“Nossos inimigos não têm ideia de quão poderoso nós somos”, afirma
líder da inteligência
Dez anos após a sua última grande guerra, travada contra o Hezbollah,
Israel está preparado para enfrentar a maior guerra da história. “Não é um
pesadelo, é um cenário muito realista”, afirma o chefe da Defesa, brigadeiro-general
Zvika Haimovich, das Forças de Defesa de Israel (IDF).
Preparado para qualquer cenário em uma futura guerra, Israel sabe que
será atingido com o maior ataque de foguetes já visto na história. Haimovich,
que comanda as defesas aéreas do estado Judeu, falou recentemente em uma
conferência sobre segurança nacional, que o Irã, mais seus grupos aliados
Hezbollah e Hamas estavam investindo conjuntamente em pesquisa e
desenvolvimento de foguetes.
“Nós acompanhamos um monte de testes em Gaza… Eles estão fazendo um
grande esforço para aumentar e melhorar as suas competências”, afirmou.
Acrescentou saber que numa provável investida futura, os foguetes
viriam “de várias direções”, consolidando-se como uma “guerra regional”. Por
exemplo, Israel já identificou locais de lançamento de milhares de foguetes
tanto em Gaza (fronteira sul) quanto no Líbano (fronteira norte). Segundo os relatórios,
o Hezbollah conseguiria atingir mais de 75 por cento do território israelense.
“Estamos falando de uma ameaça multidirecional, isso é muito mais
complicado do que enfrentamos cinco ou 10 anos atrás. Vamos lidar com números
muito grandes de mísseis. Não importa se são disparados pelo Hezbollah ou
Hamas. Vamos encontrar novas surpresas no campo de batalha, isso é certo”,
assegurou o chefe de defesa aérea. “Não é um pesadelo. É um cenário muito
realista”, insiste.
Por outro lado, o major-general Herzi Halevi, que comanda a
Inteligência Militar do IDF, acredita que “As regras do jogo no Oriente Médio
mudaram. Em vez de alguns estados, há agora muitas frentes. A transição da
guerra contra nações para um conflito contra organizações é muito significativa.
Mas se nossos inimigos soubessem de nossas capacidades militares, iriam evitar
conflitos adicionais”.
Halevi afirma que após o acordo nuclear, o Irã teve uma grande injeção
de dinheiro e parte dele está sendo investido no apoio às três principais
ameaças contra Israel: Hamas, Hezbollah e Jihad islâmica. Os israelenses estão
atentos, mas são cautelosos. “Não queremos uma guerra, mas estamos mais prontos
do que nunca… Nossos inimigos não têm ideia de quão poderoso nós somos”,
concluiu.
Sistema sofisticado
Em março, Israel começou a testar o sistema de defesa antimísseis mais sofisticado do mundo. O projeto
contou com o financiamento dos Estados Unidos, a um custo de US$ 3,3 bilhões.
Batizado como “Funda de Davi”, os primeiros testes foram considerados um
sucesso por forças israelenses e americanas.
Segundo foi divulgado, o sistema é capaz de abater diversos tipos de
mísseis e até satélites espaciais. Sua tecnologia é a mais avançada no ramo da
defesa. “Podemos dizer que é um sistema pioneiro. Nem os Estados Unidos possuem
algo tão complexo e sofisticado”, comemora Uzi Rubin, ex-chefe do programa
israelense de defesa antimíssil.
Na mesma época, o Irã fez testes de lançamento de mísseis balísticos.
Os dois mísseis Qadr H atingiram seus alvos, a uma distância de 1.400
quilômetros no sudeste do país. Um fato chamou atenção, havia uma mensagem
escrita nos foguetes: “Israel deve ser varrido da Terra”. Para efeitos de
comparação, tanto Jerusalém quanto Tel Aviv ficam a cerca de mil quilômetros do
local do lançamento. Além disso, essa frase foi dita em outras ocasiões pelo aiatolá Ali Khamenei, líder supremo
do país.
Por questões políticas, Obama agora está pedindo que o Congresso
americano não aprove um repasse de 455 milhões de dólares, destinado a
compra de mais sistemas de defesa para Israel. Isso pode interferir na segurança
do país e, por isso, Israel está procurando apoio da Rússia.
Fonte: Gospel Prime
Nenhum comentário:
Postar um comentário