Dos que se declaram evangélicos, 34% pertencem atualmente à Assembleia
de Deus, e num patamar abaixo aparecem, na sequência, Igreja Batista (11%),
Universal do Reino de Deus (8%), Congregação Cristã no Brasil (6%),
Três em cada dez (29%) brasileiros com 16 anos ou mais atualmente são
evangélicos, dividindo-se entre aqueles que podem ser classificados como
evangélicos pentecostais (22%), em maior número e frequentadores de igrejas
como Assembleia de Deus, Universal do Reino de Deus, Congregação Cristã e
Quadrangular do Reino de Deus, e 7%, como evangélicos não pentecostais,
pertencentes a igrejas como Batista, Presbiteriana e Metodista, entre outras.
Esse segmento evangélico fica abaixo do formado por católicos (50%), e ainda há
14% sem religião, 2% de espíritas, kardecistas e espiritualistas, 1% de
umbandistas, 1% de praticantes do candomblé, 1% de ateus e 2% de outras
religiões. Desde a década de 90, quando o Datafolha iniciou
sua série histórica de consultas sobre o tema, esse quadro tem se alterado, com
a diminuição na diferença dos índices de católicos e evangélicos e, mais
recentemente, o aumento no número de brasileiros sem religião.
Em agosto de 1994, quatro em cada dez (75%) dos brasileiros com 16 anos
ou mais eram católicos, 10%, evangélicos pentecostais, 4%, evangélicos não
pentecostais, outros 4%, espíritas, e 5%, sem religião. Passados pouco mais de
dez anos, em outubro de 2005, a parcela de católicos havia diminuído para 66%,
e a de evangélicos pentecostais, crescido para 14%. Além disso, os não
pentecostais eram 7%, os espíritas, 3%, e os sem religião, 7%. Em julho de
2015, os católicos representavam 55% da população adulta brasileira, e os
evangélicos pentecostais, 22%. Os evangélicos não pentecostais somavam 8%, os
espíritas, 3%, e os sem religião, 7%. A comparação dessa evolução com o quadro
atual mostra uma continuidade na queda no percentual de católicos,porém, desta
vez, com uma migração mais intensa para os declarantes de sem religião, grupo
que dobrou sua representatividade na população (neste segmento, 33% têm entre
16 e 24 anos).
Os evangélicos, considerando pentecostais e não pentecostais, tem idade
média de 37 anos, ante 40 dos brasileiros. Uma parcela de 34% tem escolaridade
fundamental (entre os brasileiros, 35%), e 51% estudaram até o ensino médio
(ante 45% entre os brasileiros), o que faz com que uma parcela menor deles (de
15%) tenha chegado ao ensino superior (na população brasileira, 20%). Metade
(49%) dos evangélicos estão na região Sudeste (ante 43% da população), 23%, no
Nordeste (na população, 27%), 10%, no Norte (ante 8% dos brasileiros), 9%, no
Sul (ante 15% dos brasileiros) e outros 9%, na região Centro Oeste (no Brasil,
8%).
A parcela com renda familiar mensal de até 2 salários mínimos
representa 53% dos evangélicos, ante 49% entre os brasileiros. Uma fatia de 33%
tem renda entre 2 e 5 salários (no Brasil, 36%), e 9% obtém mais do que 5
salários (na população são 10%).
Dos que se declaram evangélicos, 34% pertencem atualmente à Assembleia
de Deus, e num patamar abaixo aparecem, na sequência, Igreja Batista (11%),
Universal do Reino de Deus (8%), Congregação Cristã no Brasil (6%),
Quadrangular (5%), Deus é Amor (3%), Adventista (3%), Presbiteriana (2%),
Internacional da Graça de Deus (2%), Mundial do Poder de Deus (2%), entre
outras menos citadas.
Cerca de metade (48%) dos evangélicos não teve outra religião ao longo
da vida, e 44% deles já foram católicos. Há também aqueles que já foram de
outras denominações evangélicas, pentecostais (1%) ou não pentecostais (4%), e
os que já foram espíritas (2%), umbandistas (1%), e praticantes do candomblé
(1%), entre outras menos citadas. Na fatia dos católicos, 90% nunca tiveram
outra religião.
Os evangélicos também foram consultados sobre outras igrejas
evangélicas que frequentaram ao longo da vida, e 18% mencionaram a Assembleia
de Deus. Em seguia aparecem Batista (13%), Universal (7%), Deus é Amor (7%),
Quadrangular (6%), Congregação Cristã (4%), Presbiteriana (4%), Adventistas
(3%) e Mundial do Poder de Deus (1%), entre outras com menor percentual.
O movimento de migração de religião entre os evangélicos,
principalmente de origem católica, fica mais evidente quando se compara o tempo
de ligação com a igreja atual. Em média, os evangélicos frequentam sua igreja
atual há 12 anos (para uma idade média de 37 anos), enquanto os católicos estão
ligados à sua igreja há, em média, 32 anos (eles têm, em média, 42 anos, e 11%
do segmento não frequenta cultos religiosos).
45% dos evangélicos discordam de que todas as religiões têm mesmo valor
Consultados sobre o que sua religião tem de melhor, 18% dos evangélicos
mencionaram espontaneamente a fé (em Deus ou Jesus), 12%, os ensinamentos da
Bíblia e da igreja, 5%, a palavra de Deus, 4%, a solidariedade, união e
igualdade entre as pessoas, 3%, os projetos sociais, o amor a Deus e ao próximo,
3%, os conselhos sobre vícios e condutas, e 3%, tudo, entre outros. Na parcela
de católicos, 14% mencionam a fé, 9%, o livre arbítrio, liberdade e
flexibilidade, 6%, os ensinamentos da Bíblia e da igreja, 5%, a solidariedade,
união e igualdade entre as pessoas, e 5%, nada, o fato de ser igual às outras,
não ter nada de especial, entre outras respostas menos citadas. A parcela dos
que não souberam apontar o que sua religião tem de melhor fica em 14% entre os católicos, ante 4% no segmento evangélico.
De 0 a 10, a fé em Deus tem 9,9 de importância na vida dos evangélicos,
e 9,8 na de católicos.
Semelhantes na avaliação da importância da fé, os dois segmentos têm
visão diferente sobre as religiões em geral. Dos brasileiros que declaram ter
religião, 70% concordam que “todas as religiões tem o mesmo valor porque todas
levam ao mesmo Deus”, sendo que 54% concordam totalmente com a frase, e 14%, em
parte. Na fatia de católicos, a taxa de concordância vai a 81% (64% totalmente,
e 17%, em parte), e os demais não concordam nem discordam (2%), discordam (7%
totalmente, 8%, em parte) e há 1% que não opinou. Entre os evangélicos, metade
(50%) concorda com a frase (sendo 36% totalmente, e 14%, em parte), 4% não
concordam nem discordam e 45% discordam (31% totalmente, e 14%, em parte) e 1%
não opinou.
De forma geral, os evangélicos veem um grau de afinidade menor entre os
valores de outras religiões e sua crença. Para medir esse grau de afinidade, os
entrevistados foram consultados se os valores de outras religiões eram
totalmente iguais, na maior parte iguais, na maior parte diferentes ou
totalmente diferentes do que aqueles em que eles têm fé.
O Cristianismo (identificado dessa forma, sem detalhar doutrinas
específicas) é visto como aquele em que as crenças mais combinam, em geral:
entre os que declaram ter religião, 60% veem valores totalmente ou na maior
parte iguais, os demais identificam valores totalmente ou em parte diferentes
(18%), ou não souberam opinar (22%). Na parcela de evangélicos, esses índices
ficam em 58%, 23%, e 19%, respectivamente, e entre os católicos, 61%, 15% e
24%.
Candomblé e Umbanda, entre as consultadas, são as religiões em que
tanto religiosos em geral quanto evangélicos em particular identificam menor
afinidade de valores. No caso da primeira, por exemplo, 16% dos que declaram
religião veem valores totalmente ou na maior parte iguais, 48%, totalmente ou
na maior parte diferentes, e há 36% que não souberam opinar. Entre os
católicos, a taxa dos que acreditam que os valores em que acreditam e os
valores do candomblé são iguais fica em 18%, ante 7% entre os evangélicos. A
taxa dos que veem valores diferentes, entre os católicos, é de 42%, e sobe para
62 entre os evangélicos.
Religiosos ou não, brasileiros atribuem sucesso financeiro,
primeiramente, a Deus
Entre uma série de questões sobre aspectos religiosos, a que conta com
maior respaldo tanto de evangélicos quanto católicos diz respeito à criação:
98% dos evangélicos concorda, totalmente (93%) ou em parte (5%), que o homem é
uma criação de Deus, que o construiu a sua imagem e semelhança; entre
católicos, 94% concordam (83% totalmente, 11%, em parte). A avaliação de que
“todo o sucesso financeiro da minha eu devo, em primeiro lugar, a Deus” é
respaldada por 97% dos evangélicos, incluindo os que concordam totalmente com a
afirmação (89%) e os que concordam em parte (7%). No segmento católico da
população, 91% concordam com essa questão (78% totalmente, 13%, em parte).
A afirmação de que “aqueles que creem em Deus, quando morrerem, irão
para o céu e terão uma vida eterna” tem a concordância de 87% dos evangélicos,
sendo que 72% concordam totalmente com ela, e 15%, em parte. Entre os
católicos, esses índices ficam em 61% e 19%, respectivamente. Com apoio
similar, entre os evangélicos, está a avaliação de que “o fim do mundo está
próximo e somente aqueles que acreditarem em Deus irão se salvar”, com a qual
83% concordam (67% totalmente, e 16%, em parte). Na porção católica da
população, 58% concordam com a afirmação, incluindo os que concordam totalmente
(41%) e os que concordam em parte (16%).
Para 28% dos evangélicos, “as pessoas pobres, em geral, não tem fé em
Deus, e por isso não conseguem sair dessa situação”, sendo que 20% deles
concordam totalmente com essa afirmação, e 8%, em parte. Entre os católicos,
15% concordam totalmente, e 7%, em parte.
Católicos e evangélicos divergem sobre a adoção por casal gay e
concordam sobre crime em aborto
A maioria (71%) dos evangélicos acredita que deveria haver uma lei para
quem intimidar, constranger ou agredir homossexuais, índice próximo ao
verificado entre a população em geral (76%) e católicos (77%). Para 22%, não
deveria haver uma lei com esse propósito, e 7% não opinaram.
Quando o assunto é a legalização da união entre pessoas do mesmo sexo,
porém, a maioria (68%) dos evangélicos adota posição contrária, e 19%, a favor,
além de 10% que são indiferentes e 3% que não opinaram. Na população
brasileira, 44% são a favor da legalização da união de homossexuais, 42%,
contra,
11%, indiferentes, e 3% não opinaram.
11%, indiferentes, e 3% não opinaram.
A adoção de crianças por um casal gay é rejeitada por 64% dos
evangélicos, e 26% são a favor de que isso ocorra. Há ainda 7% de evangélicos
que são indiferentes, e 3% que não opinaram. Entre os católicos, 56% são a
favor de casais gays adotarem crianças, e 33% são contra. Na população
brasileira, 49% são a favor, e 40%, contra.
Questionados se uma mulher que interrompe uma gravidez deveria ou não
ser processada e ir para a cadeia, 64% dos evangélicos responderam
positivamente, e 23% se colocaram contra essa possibilidade, além de 12% que
são indiferentes. Entre os católicos, a taxa de apoio à proposta fica em 58%
(com 29% contra e 14% indiferentes), e entre os brasileiros, em 56% (30% são
contra, e 14%, indiferentes).
A opinião de católicos e evangélicos converge quanto à presença da
religião nas escolas. Para 85% de ambos os segmentos as escolas deveriam
ensinar as crianças a rezar e acreditar em Deus. Na população brasileira, 79%
são a favor. Com informações Datafolha
Nenhum comentário:
Postar um comentário