O atacante Jô,
revelado pelo Corinthians aos 16 anos em 2000, se converteu ao Evangelho após
viver experiências preocupantes com o alcoolismo e ver sua carreira ser ameaçada.
O atleta, que jogou
por grandes clubes, como o Manchester City, Internacional e Atlético-MG – onde
conquistou a Taça Libertadores da América em 2013 –, e chegou a disputar a Copa
do Mundo 2014 pela Seleção Brasileira, mudou de vida.
Nos tempos de
Atlético-MG formou uma dupla eficaz com Ronaldinho Gaúcho dentro de campo, e
preocupante fora dele, com muitas baladas e polêmicas, que terminaram com seu
afastamento do elenco do clube de Belo Horizonte em novembro de 2014.
Desde que se
converteu ao Evangelho em outubro de 2015, quando jogava no Al-Shabab, de
Dubai, Jô perdeu contato com Ronaldinho. “A gente se distanciou um pouco, pelo
fato de eu ter saído do país e a gente ter perdido o contato. Não tive a
oportunidade de sentar e conversar com ele. O Ronaldo como profissional e como
amigo também, independentemente do que a gente fazia, conversava bastante
comigo e me ajudou muito dentro de campo”, relembra. “Cada um tem a sua vida.
Se ele acha que a maneira que está vivendo é a maneira correta, eu respeito. Se
um dia eu tiver a oportunidade de conversar com ele, de tentar passar um pouco
do que vivi e do que vivo hoje, poder falar pessoalmente, vou falar”,
acrescenta.
Sem fazer
julgamentos sobre o amigo, Jô diz que Ronaldinho poderia ter ido ainda mais longe
se tivesse uma vida regrada, e diz que lutará para apresentar o Evangelho a
ele: “Não posso falar que o Ronaldo é sem juízo. Acho que ele curte em excesso.
Se ele se cuidasse mais, diminuísse… se foi duas, poderia ser dez vezes melhor
do mundo. Tenho certeza que vou determinar espiritualmente para que o Ronaldo
encontre Deus na vida dele. E aí poderá ser melhor ainda, porque ele é uma
pessoa maravilhosa”.
Sobre os pontos
baixos de sua carreira, Jô não hesita em apontar o abuso da bebida como
principal responsável: “Coloco a bebida primeiro, porque ela te leva a outras
situações. Exemplo, eu poderia começar a beber aqui em casa, com dois, três
amigos, com a minha esposa. Começava a beber, aí o espírito começa a ficar
inquieto. Você quer sair. Aí, se eu não tivesse jogo, começava a beber em casa.
E saía. Te leva pra noite, te leva a fazer coisas que você não queria”, afirma.
Na entrevista,
concedida ao Globo Esporte, o atacante detalha como o alcoolismo o prejudicou:
“Não que eu gostasse de ir para a noite, mas daqui a pouco você se pega num
lugar que você não gostaria de estar. Aí eu acabava vivenciando aquilo ali
intensamente. Começava a beber, beber, beber e queria beber até de manhã. Saía
de manhã e queria esticar para um outro bar, e ir para casa de um outro amigo.
Aí, depois, quando eu parava, pensava: o que estou fazendo? Onde estou? Minha
mulher tá em casa… Falava que não ia fazer mais, mas daí a pouco, dois dias,
fazia tudo de novo. As festas não eram a prioridade. Eu gostava de beber em
casa, mas isso me levava a fazer outras coisas. A bebida era o ponto crucial”,
lamenta.
A aproximação do
Evangelho se deu, inicialmente, por influência de um companheiro de clube.
Pierre, volante que hoje joga pelo Fluminense, começou a evangelizá-lo. “Hoje
eu durmo a noite toda. Já tem dois anos que eu não bebo. Tudo melhorou 100%”,
conta.
“A melhor situação
para se usar de exemplo é o seu testemunho, não tem nada melhor que o
testemunho vivo. Também demorei, foram muitos anos até ter esse encontro com
Deus. Se tiver oportunidade de falar para os jovens que estão começando, é para
não ir pela dor, porque a dor é uma situação difícil. Você se vê sem saída,
então vai pelo amor. Eu sei que jovem que curtir, quer sair. Mas lá frente isso
não vai te levar a lugar nenhum, só vai te levar para o buraco”, encerra.
Uma nova etapa na
carreira do jogador se inicia em 2017, quando ele iniciará um novo vínculo de
três anos com o Corinthians.
Fonte: Gospel+
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