A Organização das Nações Unidas para a
Educação Ciência e Cultura (UNESCO) no Brasil, Vincent Defourny, aprovou
material do projeto Escola sem Homofobia que levará a 6 mil escolas públicas
materiais para professores e alunos contra a discriminação aos LGBTs.
Um ofício
foi enviado esta semana à Associação Brasileira de gays, Lésbicas e
Transgêneros (ABGLT), informando que concebeu o material como uma ferramenta
para “incentivar, desencadear e alimentar processos de formação continuada de
profissionais de educação.”
“Estamos certos de que este
material contribuirá para a redução do estigma e discriminação, bem como para
promover uma escola mais equânime e de qualidade. Parabenizamos a ABGLT, o
Ministério da Educação e as instituições envolvidas pela iniciativa,”
reconheceu Defourny no documento.
Há duas semanas o parecer técnico
do Conselho Federal de Psicologia foi favorável, alegando que o kit tem
importância no enfrentamento do bullying homofóbico.
O ofício da UNESCO também afirma
que “Os materiais do Projeto Escola Sem Homofobia estão adequados às faixas
etárias e de desenvolvimento afetivo-cognitivo a que se destinam, de acordo com
a Orientação Técnica Internacional sobre Educação em Sexualidade, publicada
pela UNESCO em 2010.”
O material foi apresentado à
Câmara dos Deputados Comissão de Legislação Participativa, em dezembro do ano
passado. Eles consistem em livros e DVDs contendo informações sobre o universo
de jovens gays.
O projeto provocou e vem
provocando a ira dos evangélicos e a Frente Evangélica que esteve se
mobilizando para parar a distribuição do material, conhecido como “Kit gay ‘no
Legislativo e Executivo. A mobilização da frente do governo de Dilma começou
com o anúncio da distribuição de kits.
Os evangélicos lançaram ainda uma petição chamada “Somos
contra o maior escândalo no país, o Kit Gay” que circula para impedir a
distribuição do material nas escolas.
O presidente da Frente Parlamentar
Evangélica, João Campos (PSDB-GO), disse que a intenção dos evangélicos “é para
evitar material considerado ofensivo a serem levadas para cerca de 6.000
escolas que deverão receber o material.
Há duas semanas, o deputado
federal Eduardo Cunha expressou suas preocupações ao The Christian Post dizendo
que isso seria uma “suposta apologia à homossexualidade” por parte do governo.
“Todos tem o direito à livre opção
sexual e ao livre exercício dessa opção. O que não pode é confundir essa livre
opção com o estímulo à opção sexual, ou seja, o de criar condições mentais,
através da educação, de que é normal a homossexualidade,” disse o deputado.
Assista o vídeo em que os
ativistas gays, dizem que as crianças estão se descobrindo gays e pedem deixem
as crianças brincarem em paz:
agorams.com.br
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