sábado, 30 de agosto de 2014

Os novos rumos da política brasileira

 As mudanças políticas atuais exigem a construção de respostas com a população 
 Nos governos conservadores, e durante décadas, tivemos um país e um povo em situação de vida medíocre e mesmo lastimável. Foi durante os dois governos posteriores e o atual que foram realizados enormes conquistas, transformando nossa sociedade. Hoje são enfrentadas dificuldades poderosas com a crise internacional. No Brasil estão colocadas também novas limitações em decorrência de elementos de nosso crescimento, mesmo assim temos a manutenção dos avanços alcançados, inclusive com mais outros.
O compromisso das orientações políticas que impulsionou este caminho junto e com a população surgiu nas lutas sociais anteriores. Levou a grandes melhorias sociais e em decorrência tivemos avanços econômicos importantes. Com a economia ampliada as empresas, entretanto, não sofreram as modificações correspondentes. Na sociedade também existem deficiências e estas exigências estão longe de soluções. Com relação às melhorias sociais, que foram enormes, hoje estão colocadas exigências que devem realizar mudanças estruturais.
As saídas dos grandes capitais estrangeiros de suas origens, com opção de investimento local tendem a absorver empresas brasileiras de pouca capacidade de concorrência. No interior de nossa sociedade vemos grandes investimentos de multinacionais e seu domínio hegemônico em setores de nossa economia, inclusive determinando as condições de seu funcionamento. No panorama social cada vez mais vemos como a história de nossa trajetória criou um sistema precário no passado. O efeito na população é grave e cria barreiras enormes ao desenvolvimento de toda a sociedade.
É urgente reorganizarmos este quadro econômico e social, levando a uma discussão política e procurando alternativas mais exigentes, podemos dizer mesmo mais radicais. A solução é alcançarmos a transformação do sistema político atual para alcançarmos a transformação da estrutura da sociedade brasileira. Não podemos ficar com soluções meramente pontuais e numéricas.
Por este motivo a participação ampla e com discussão intensa da população é decisiva. Só nega este espaço para nosso povo quem não deseja modificações e têm medo da democracia com outra representação e participativa.
Os limites que vivemos apresentam consequências graves.
As enormes melhorias necessárias na infraestrutura do país são visíveis. Da mesma forma precisamos avanços significativos na qualidade do Estado brasileiro, inclusive que permitam também maiores possibilidades econômicas. Mas é urgente também ampliar as melhorias internas das empresas. Mesmo assim a questão mais significativa é aumentarmos a qualidade da mão de obra, o que só é viável com enormes melhorias nas condições de vida, sem o que não teremos os devidos avanços desejados por todos.
Nossa população alcançou grandes melhorias na sua condição de vida, mas é urgente atingir transformações onde existem oportunidades iguais para todos. Não é possível viver a duas horas de transporte do trabalho, em residências de péssimas qualidades e distantes de muitos serviços públicos. É uma situação de cidadãos afastados do sistema urbano consolidado e de todo o seu acúmulo de valores, afastado de significativas condições profissionais.
O mais grave na condição de vida do brasileiro é que nestas condições praticamente não é possível superar sua situação de pobreza. A discriminação social está sendo instalada e aumenta de maneira enorme. A consequência mais grave são as frustrações nas pessoas e a falta de oportunidades para todos. A alienação do luxo, das televisões conservadoras que foge da vida real das pessoas e muitos outros elementos negativos influenciam constantemente no pensamento e na cultura de todos.
O mercado imobiliário não deve ter poder de impor a moradia dos trabalhadores e estudantes nestas periferias de nossas cidades. Da mesma maneira o mercado de alimentos deve ser favorável ao povo brasileiro. As condições do campo, sua produção, as propriedades, a superação das relações atuais de produção e condições da população com as consequências que conhecemos. Muitos outros fatores podem ser mostrados. A reforma agrária junto com a reforma urbana deve ser realizada e iniciada imediatamente.
O que for realizado hoje corresponde ao que teremos no futuro do Brasil e das consequências na vida de nosso povo brasileiro. Os efeitos do que é feito não estão limitados ao imediato. Nas últimas eleições municipais estas dificuldades apareceram de maneira evidente. Nas cidades de porte médio e nas grandes cidades houve diminuições das forças progressistas e surgiram forças de expressão políticas relativamente novas e de forte alienação como em São Paulo e Curitiba.
Na capital paulista foi evidente que o PSDB era um partido que aparecia com derrota antecipada. No PT tivemos uma situação de afirmação e caráter vitorioso com a presença da liderança de Lula, mas também da proposta política apresentada que era bastante concreta e popular. Em vários outros municípios, onde em seu conjunto representa mais de 40% de toda a população brasileira, o quadro não foi vitorioso, mesmo quando era considerado como “impossível sua derrota”.
Soluções.
Hoje temos as grandes mobilizações de forte significado político, mesmo que em alguns momentos possam parecer decorrentes de fatores específicos, pontuais ou menores. As forças de direita do Brasil não têm propostas e podemos dizer mesmo que não tem possibilidades de elaborar soluções. As forças populares passam por transformações e devem acelerar sua evolução para avançar muito em sua concepção, ser mais profundas e radicais para a sociedade.
Antes de tudo é importante entendermos que nada deverá ocorrer se não passar por uma ampla discussão, elaboração de soluções com a população e bastante inovadora. Também agora as formais mensagens, sem participação e sem nenhum propósito político terá como importância grave seu retorno posterior.
É fundamental termos firmeza e confiança em transformações enormes na sociedade brasileira. É possível e é necessário seu profundo debate e elaboração de propostas concreta para nossa população e nossa sociedade. Agora, no dia 11 de julho teremos uma mobilização de todo o povo brasileiro. É decisivo acumular forças para evoluir e transformar a lógica de atuação brasileira. Precisamos depois a consulta direta do cidadão brasileiro.
Fonte: Jaime Rodrigues é urbanista e historiador
Como escolher o melhor candidato?
É comum, em época de eleições, que os meios de comunicação dediquem-se a publicar matérias sobre as mais variadas fórmulas que o eleitor deve usar na hora de decidir em quem votar. Todas as ideias são interessantes, algumas simples, outras nem tanto. Assim, aproveitando a oportunidade, elegemos alguns critérios que devem ser levados em conta para escolher um candidato.
Primeiramente, o eleitor deve identificar quais valores julga mais importantes e quais valores quer ver seu representante defender. Isso é importante porque, geralmente, escolhemos um candidato por afinidade, ou seja, aquele que tem valores iguais aos nossos.
Em teoria, não há nada de errado nessa escolha, aliás, é improvável, senão impossível, alguém votar em quem defende valores opostos aos seus. Contudo, o eleitor deve esforçar-se para escolher candidatos que tenham preocupações universais, ou seja, preocupações que dizem respeito ou são aplicáveis a todas as pessoas e não só a um pequeno grupo.
Para saber o que o candidato pensa, o eleitor deve conhecer a carreira dele, assim como sua atuação profissional, seu histórico de vida, sua postura ética e sua conduta diante da sociedade. Se o discurso do candidato não condiz com sua atuação em outros momentos da vida, isso é um indício de que ele pode estar mentindo.
Em seguida, é preciso analisar suas propostas, o partido ao qual está filiado e quem são seus correligionários. Além disso, é preciso ver se suas promessas são viáveis e compatíveis com o cargo que ele pretende ocupar. Promessas genéricas do tipo “vou criar milhares de empregos” são muito fáceis de fazer e obviamente são inviáveis de cumprir.
Informação das mais importantes é saber quem são os financiadores do candidato, pois as pessoas e empresas que financiam as campanhas eleitorais têm interesses que nem sempre se coadunam com os interesses da coletividade.
Muito embora não dê para ter certeza de que o candidato mais preparado cumprirá suas promessas, mesmo que viáveis, é possível reconhecer e descartar o político falastrão e despreparado.
Para obter informações sobre os candidatos, devemos ficar atentos a notícias, jornais, revistas, propagandas eleitorais veiculadas no rádio e na televisão, pesquisas e debates entre os concorrentes. Dessa forma, é possível saber se o candidato já esteve envolvido em algum escândalo, o que ele realizou em mandatos anteriores e avaliar suas propostas.
Todos os meios de veiculação de informação são válidos, contudo, atualmente, a melhor ferramenta para auxiliar o cidadão é a Internet, pois nada escapa à rede mundial de computadores. Nas páginas dos órgãos do Legislativo, da Justiça Eleitoral, de algumas ONGs ou simplesmente em sites de busca, é possível obter informações sobre os candidatos e políticos.

A seguir, alguns dos principais sites que podem auxiliar nessa pesquisa:
Justiça Eleitoral
www.tse.jus.br (informações sobre prestação de contas de candidatos, comitês e direção partidários);
Presidência da República 
(informações sobre os atos do presidente, agenda, notícias, espaço para enviar mensagens);
Senado Federal 
www.senado.gov.br (informações sobre a atuação dos senadores e sobre os projetos de lei);
Câmara dos Deputados 
www.camara.leg.br (informações sobre os deputados federais, atividades legislativas e projetos de lei. Há, inclusive, a opção “Acompanhe o seu deputado” em que o cidadão pode se cadastrar e receber boletins por e-mail);
ONG Transparência Brasil 
www.transparencia.org.br (informações sobre os parlamentares brasileiros);
Projeto Às Claras 
www.asclaras.org.br (informações sobre o financiamento eleitoral destinado aos parlamentares, bem como a quantidade de votos que receberam);
Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar 
www.diap.org.br (informa os sindicatos de trabalhadores e a sociedade sobre os projetos em curso no Congresso Nacional e oferece elementos sobre a atuação parlamentar, contribuindo para que haja transparência e para que o cidadão tenha, afinal, meios de conferir se há coerência entre discurso eleitoral e prática legislativa de cada representante do povo);
Instituto Ágora 
www.institutoagora.org.br (instituto paulista que atua em defesa do eleitor e da cidadania por meio do controle social do parlamento, do investimento em educação e do incentivo à participação política, autônoma e suprapartidária);
Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral 
www.mcce.org.br (O MCCE é integrado por 51 entidades nacionais que atuam em três eixos principais: a fiscalização, que visa assegurar o cumprimento da Lei nº 9.840/1999 e da LC no 135/2010 (Ficha Limpa); a educação, que visa contribuir com a consolidação de uma consciência dos eleitores de que “voto não tem preço, tem consequências”; e o monitoramento das ações do parlamento brasileiro em relação à Lei no 9.840 e à LC no 135/2010, como o controle social do orçamento público e da máquina administrativa.
Fonte: Servidora da Justiça Eleitoral, lotada na Escola Judiciária Eleitoral do TSE.

Se errar a consequência vai durar no mínimo 4 anos!
Primeiro, você precisa ter claro qual é a sua posição política e o que espera do governo brasileiro. Prefere instituições pequenas, que cobrem pouco imposto e apenas regulem a sociedade, ou sonha com um Estado forte, capaz de garantir alimentação a todos apesar da alta carga tributária? Quanto às leis, você precisa de alguém que defenda a legalização da maconha ou quer apoiar um defensor da redução da maioridade penal? Com sua posição política em mente, procure os candidatos que melhor representem as suas idéias. O mais difícil é saber se, além de pensar como você, eles são honestos e realmente vão lutar pelo que defendem. O melhor jeito de descobrir isso é tendo muita informação. Busque conhecer a carreira do candidato e veja se suas promessas são viáveis e compatíveis com o cargo que ele pretende ocupar. “Promessa genérica é muito fácil de fazer. Melhor é apresentar planos concretos para resolver os problemas”, afirma Claudio Weber Abramo, diretor da ong Transparência Brasil. “Qualquer um pode prometer que vai combater a corrupção, mas o eleitor deve perguntar quais as medidas concretas a ser tomadas.”
A internet é uma ótima ferramenta para buscar informações sobre os candidatos desta eleição. Nos sites da Câmara, do Senado, das Assembléias Legislativas, de algumas ongs ou simplesmente no Google, é possível saber se seu candidato já esteve envolvido em algum escândalo, o que ele realizou em mandatos anteriores e avaliar as propostas do seu partido. Não se esqueça que presidentes e governadores não governam sozinhos. Precisam de uma equipe, muitas vezes composta por milhares de pessoas. Preste atenção no candidato a vice, no partido e nos aliados de campanha, que devem ocupar ministérios ou secretarias do novo governo. Saiba quem são os suplentes dos senadores. E lembre-se que, para deputado, seu voto é contado primeiro para o partido e depois para o candidato. Difícil? Pois o trabalho segue depois das eleições. Acompanhe se o candidato eleito está fazendo o que prometeu. Na próxima eleição, ele vai precisar de você.

Veja os principais pontos do programa de governo de Marina Silva
PSB lançou as propostas eleitorais da candidata a presidente pelo partido.
Programa da presidenciável está dividido em seis eixos principais.
O PSB divulgou nesta sexta-feira (29), em São Paulo, o programa de governo da candidata partido à Presidência da República, a ex-senador Marina Silva. As propostas foram divididas em seis eixos principais, que contemplam temas como economia, educação, sustentabilidade, mobilidade urbana, políticas sociais e cidadania. Veja abaixo os principais pontos:

Educação e cultura
"Nosso governo vai priorizar a educação integral na Educação Básica, tornando-a uma política de Estado. Educação integral requer vontade política e desejo de ensinar, atendendo ao direito de crianças e adolescentes a uma escola digna, justa e significativa em suas vidas. É, portanto, um dever do Estado que deve ser traduzido em uma política pública consistente, factível e propulsora de parâmetros que garantam equidade e qualidade de ensino."

Formação dos professores
“Não à contínua precarização da formação docente e aos baixos salários. Não à falta de condições de trabalho. A valorização do professor como um projeto de futuro, uma utopia de país. Implementar um programa federal para que a União apoie financeiramente estados e municípios a fim de que aumentem o piso nacional dos professores em quatro anos.”

Combate à discriminação
“É preciso olhar com respeito às demandas de grupos minoritários e de grupos discriminados. A população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) encontra-se no rol dos que carecem de políticas públicas específicas. O direito de expressar sentimentos e vivenciar a sexualidade deve ser garantido a todos. As demandas da população LGBT já estão nas agendas internacionais. No Brasil, no entanto, precisamos superar o fundamentalismo incrustrado no Legislativo e nos diversos aparelhos estatais, que condenam o processo de reconhecimento dos direitos LGBT e interferem nele."

 Casamento gay
"Apoiar propostas em defesa do casamento civil igualitário, com vistas à aprovação dos projetos de lei e da emenda constitucional em tramitação, que garantem o direito ao casamento igualitário na Constituição e no Código Civil."
[Observação: após a divulgação do texto, a coordenação da campanha de Marina Silva retirou do programa de governo a referência ao casamento gay. 

"Eliminar obstáculos à adoção de crianças por casais homoafetivos."

Direitos da população LGBT
"É preciso olhar com respeito às demandas de grupos minoritários e de grupos discriminados. A população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) encontra-se no rol dos que carecem de políticas públicas específicas. O direito de expressar sentimentos e vivenciar a sexualidade deve ser garantido a todos. As demandas da população LGBT já estão nas agendas internacionais. No Brasil, no entanto, precisamos superar o fundamentalismo incrustrado no Legislativo e nos diversos aparelhos estatais, que condenam o processo de reconhecimento dos direitos LGBT e interferem nele."
"Incluir o combate ao bullying, à homofobia e ao preconceito no Plano Nacional de Educação, desenvolvendo material didático destinado a conscientizar sobre a diversidade de orientação sexual e às novas formas de família.”

Economia
"Ampliar o repasse de recursos da União para estados e municípios a partir de transferências de recursos fundo a fundo."
"Garantir o aumento imediato de 23,5% para 25,5% nos recursos transferidos aos municípios pelo FPM, propondo condicionalidades como investimento em transporte coletivo e custeio do passe livre."
"Propor um novo modelo constitucional de repartição de receitas tributárias a fim de garantir mais recursos e maior autonomia a estados e municípios."
"Ajustar legislação e arcabouço infralegal ao novo modelo federativo, favorecendo a colaboração federativa, a coordenação de políticas e a diminuição das sobreposições entre União, estados e municípios."

"Estimular a formação de consórcios públicos interfederativos e outras formas de associativismo territorial que sejam socioambientalmente sustentáveis."

Saúde
"Implementar gradualmente, ao longo de quatro anos, a proposta do projeto de lei de iniciativa popular de vincular 10% da Receita Corrente Bruta da União ao financiamento das ações de saúde."
"Consolidar no Sistema Único de Saúde (SUS) os serviços de interrupção da gravidez conforme a legislação em vigor."
"Rejeitar qualquer Desvinculação de Receitas da União para assegurar a manutenção das fontes orçamentárias da Seguridade Social."

Fator previdenciário
"A coligação Unidos pelo Brasil propõe a busca de alternativa ao fator previdenciário que concilie os princípios de justiça – beneficiando quem mais cedo começou a trabalhar, computando tempo suficiente para o custeio do seu benefício, e evitando, ao mesmo tempo, a imprevisibilidade derivada do fator previdenciário, que sofre alteração a cada ano, à medida que se eleva a expectativa de vida da população. Uma formula numérica que elimine o fator negativo, ou seja, a redução do benefício, a partir de certo patamar, parece ser defensável e suficiente para mitigar os efeitos perversos do fator."

Habitação
“O pacto pela vida começa com uma consistente política habitacional, que combata os guetos de pobreza com moradias sustentáveis, em bairros com infraestrutura.”
Mobilidade urbana
“O transporte público é um direito constitucional, assegurado a todos. Em contraste com o espírito da lei, há um esforço contínuo do governo federal de promover ações para reduzir o preço dos automóveis. O investimento é maciço, na forma de renúncia fiscal, e vem casado com ampla facilitação do acesso ao crédito”.
"Implantar um programa de forte apoio da União a estados e municípios para que construam, em quatro anos, um total de no mínimo 1 mil quilômetros de vias para veículos leves sobre trilhos (VLTs) e de corredores de ônibus integrados (BRT) em todas as cidades brasileiras com mais de 200 mil habitantes."
"Expandir as malhas metroviária e ferroviária de cada uma das regiões metropolitanas em 150 quilômetros ao longo de quatro anos."
Controle da inflação: restaurar o compromisso do Banco Central com o centro da meta em um ambiente de autonomia; reconquistar a confiança dos agentes no governo e nos dados por ele apresentados."

Segurança pública
“Para melhorar a segurança pública, vamos fazer com que a União assuma responsabilidades numa Política Nacional de Segurança Pública viabilizando a integração com os demais entes federados e a articulação dos diversos órgãos do sistema entre si e
com as organizacões da sociedade civil.”
Cidadania
“Aprofundar a participação da sociedade civil organizada e dos movimentos de direitos humanos no aprimoramento e na execução da Política Nacional de Direitos Humanos.”
“Apoiar a formulação, a implementação e a avaliação de políticas e ações sociais para reduzir desigualdades econômicas, sociais e culturais existentes no país, priorizando as necessidades dos grupos socialmente vulneráveis.”

Energia nuclear
"Aperfeiçoar e aumentar a escala dos atuais programas de promoção de energias fotovoltaica e eólica, utilização do hidrogênio em células combustíveis e energia nuclear, fundamentais para que o país se torne um ator relevante nesses setores, que serão vitais para a sociedade do futuro."
[Observação: após a divulgação do texto, a campanha de Marina Silva divulgou uma errata do programa de governo em relação ao item energia nuclear. A íntegra da nota é a seguinte: "Lamentavelmente, por erro de revisão, na página 144, do Programa de Governo da Coligação Unidos pelo Brasil, o programa de energia nuclear foi citado como um dos que merecem atenção para aperfeiçoamento e aumento de sua presença na matriz energética do país. Os princípios que vão regular a expansão da produção de energia para o desenvolvimento sustentável do país no governo Marina Silva-Beto Albuquerque são os que estão listados na pág. 65, em especial o item 3 - "realinhamento da política energética para focar nas fontes renováveis e sustentáveis, tanto no setor elétrico como na política de combustíveis, com especial ênfase nas fontes renováveis modernas (solar, eólica, de biomassa, geotermal, das marés, dos biocombustíveis de segunda geração)".]

Inflação e autonomia do Banco Central
"Controle da inflação: restaurar o compromisso do Banco Central com o centro da meta em um ambiente de autonomia; reconquistar a confiança dos agentes no governo e nos dados por ele apresentados."

Sistema carcerário
"Aumentar a eficiência dos mecanismos de persecução com foco nos crimes mais graves, reduzindo a demanda de encarceramento massivo."
"Promover penas alternativas, incentivar justiça restaurativa para a superação de conflitos e estimular penas de restrição da liberdade como alternativas às penas de privação da liberdade."

Passe livre
"Adotar o 'passe livre' para estudantes conforme a proposta apresentada na seção Mobilidade do Eixo 5 − Novo Urbanismo, Segurança Pública e o Pacto pela Vida. O passe livre para estudantes é um passo para se chegar a políticas mais abrangentes, como o atendimento à demanda por tarifa zero."

Estados e municípios
"Ampliar o repasse de recursos da União para estados e municípios a partir de transferências de recursos fundo a fundo."
"Garantir o aumento imediato de 23,5% para 25,5% nos recursos transferidos aos municípios pelo FPM, propondo condicionalidades como investimento em transporte coletivo e custeio do passe livre."
"Propor um novo modelo constitucional de repartição de receitas tributárias a fim de garantir mais recursos e maior autonomia a estados e municípios."

Movimentos sociais
"Possibilitar que movimentos populares e movimentos sociais ocupem espaços políticos. Manter diálogo permanente com eles, por meio de canais de comunicação mais ágeis e acessíveis. Definir prazos para responder às reivindicações e problemas."
"Implantar efetiva Política Nacional de Participação Social, pelo aumento da participação da sociedade civil nos conselhos e instâncias de controle social do Estado."

Líderes evangélicos convidam para orar e jejuar pelas eleições

Dia 27 de agosto iniciou-se uma campanha de jejum e oração pelas eleições de 2014 no Brasil. Uma iniciativa do movimento “Brasil de Joelhos”, a corrente tem recebido apoio de líderes conhecidos como Valnice Milhomens, Hudson Medeiros e Ana Paula Valadão.
Segundo o site Ore Pelo Brasil, o objetivo é “proclamar que o Senhor Jesus Cristo é o único Senhor e Rei soberano da República Federativa do Brasil, por direito de criação e por direito e redenção”. Serão 40 dias de oração e jejum, que se encerrará no dia 5 de outubro, data do primeiro turno.
“Nos próximos dias vamos intensificar nossas orações pela nação. Afinal, mais do que um cidadão comum que pode decidir votar, nós crentes também temos o poder da oração que muda a história”, declarou Ana Paula Valadão, líder do Ministério de Louvor Diante do Trono,
O pastor Hudson Medeiros afirmou que deseja levantar 12.000 “sentinelas” que fiquem em intercessão para “levantar cobertura espiritual sobre o Brasil que vai eleger novos gestores públicos em âmbito estadual e federal”. Seu propósito é “acelerar, ocupar e influenciar pessoas, cidades e nações com os valores do governo de Deus”.
Valnice Milhomens postou na internet uma carta aberta, onde explica: “As questões espirituais e morais que o Brasil enfrenta não serão resolvidas no Planalto, no Congresso, ou no Supremo Tribunal Federal. O que o Brasil precisa é um grande despertar espiritual como plataforma de transformação! A Igreja deve experimentar um avivamento que a desperte para o poder transformador que Jesus Cristo produz na vida de indivíduos e nações. Tal despertar espiritual no seio da Igreja de Cristo tem o poder de gerar a verdadeira mudança política e cultural na sociedade”.


Ibope aponta Marina Silva liderando as intenções de votos entre evangélicos; Pastor Everaldo é o último colocado


Marina Silva (PSB) é a candidata à presidência que lidera na intenção de votos entre os evangélicos e é a segunda preferida entre os católicos, apontou pesquisa realizada pelo Ibope.
A pesquisa foi divulgada na última terça-feira, 26 de agosto, e mostrou o crescimento da candidatura de Marina à presidência, com uma projeção de vitória no segundo turno contra Dilma Rousseff (PT).
É muito comum os institutos de pesquisas fatiarem os dados por indicadores sócio-econômicos para permitir uma análise mais detalhada de como as propostas dos candidatos é percebida pelos diferentes setores da população.
A pesquisa mostrou que 37% dos evangélicos entrevistados pretende votar em Marina Silva, contra 4% que declarou voto no pastor Everaldo Pereira (PSC), o que o torna o último colocado entre os candidatos que pontuaram na pesquisa. A candidata à reeleição, Dilma Rousseff, tem 27% de intenções de voto entre os evangélicos, e o senador Aécio Neves (PSDB), 17%.
Entre os católicos Dilma lidera com 39%, enquanto Marina tem 25%, Aécio 20%, e o pastor Everaldo não saiu do zero. Veja o infográfico do G1:


Marina e Everaldo

Ontem, em visita a uma cidade do interior de São Paulo, o pastor Everaldo afirmou que considera normal o crescimento de Marina Silva entre os evangélicos, afinal a candidata do PSB é uma evangelista da Assembleia de Deus, mesma denominação a que Everaldo pertence.
 “Todos os candidatos recebem votos de evangélicos, que são eleitores comuns. Então, isto é um movimento natural. Nós fazemos campanhas para todos os brasileiros. Por acaso eu sou evangélico e tenho mais afinidade, sendo conhecido por isto. A entrada de Marina nas eleições sempre foi uma possibilidade e isto ainda não muda e não foi sentido em nossa campanha”, minimizou o pastor.
Everaldo ainda lembrou que trabalha para chegar ao segundo turno e que o cenário político mostrado pelas duas últimas pesquisas pode mudar em breve: “A pesquisa retrata um momento. Ainda é cedo, temos mais 40 dias de campanha e as pessoas estão conhecendo os candidatos. Isso só será definido no dia da apuração”, concluiu.

PT está preparando militantes para atacar Marina Silva nas redes sociais, diz jornal

O PT decidiu reagir ao crescimento de Marina Silva (PSB) nas pesquisas de intenção de votos e estaria mobilizando militantes para atacar a candidata nas redes sociais e tentar brecar sua ascensão.
O comitê de campanha de Dilma Rousseff (PT) se reuniu na última terça-feira, 26 de agosto, após a divulgação da pesquisa Ibope, juntamente com integrantes do segundo escalão do governo federal e decidiu criar uma operação de ataque a Marina nas redes sociais, de acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo.
Entre as ações ordenadas aos militantes, está a obrigação de realizar ao menos um evento político por semana, fora de seus horários de trabalho, para “defender o projeto político” de Dilma.
Boa parte da força de trabalho do PT contra Marina Silva virá dos cargos comissionados que a presidente distribuiu aos aliados. Aproximadamente 100 assessores que trabalham em ministérios e estatais e que são filiados ao próprio PT ou aos partidos da base de apoio, como  PMDB, PP, PR, PSD, PDT, PROS e PC do B atenderam à convocação.
Um dos participantes da reunião afirmou que “a ordem é trabalhar pela vitória da Dilma, com os assessores se distribuindo em viagens pelos Estados”. Os chefes do comitê de Dilma informaram aos presentes que as despesas dessas viagens serão bancadas pelo caixa do PT.
No dia seguinte à reunião, a própria Dilma Rousseff convocou uma reunião no Palácio da Alvorada, que é a residência oficial do presidente da República, e reuniu os principais conselheiros políticos de seu governo para traçar a estratégia de combate a Marina. Os dados das duas últimas pesquisas, que indicam Marina Silva vitoriosa no segundo turno, ligou o alarme entre os petistas.
Contra-ataque
A ação de Marina nos próximos 38 dias para rebater os ataques vindos do PT já foi definida pelos assessores da ex-senadora. A candidata que substituiu Eduardo Campos, morto no dia 13 de agosto no trágico acidente aéreo em Santos, deverá adotar um discurso mais objetivo e firme contra os adversários.


Magno Malta critica Dilma por tentar proibir pregação do Evangelho em casas de recuperação: “Só o Evangelho recupera”; Assista

O governo da presidente Dilma Rousseff (PT) quer proibir as casas de recuperação mantidas por instituições religiosas de falar sobre fé durante o tratamento oferecido aos dependentes químicos, o que afetaria diretamente o trabalho social desenvolvido por diversas igrejas evangélicas.
O senador Magno Malta (PR-ES) criticou a portaria do Conselho Nacional de Políticas Sobre Drogas (CONAD) – que é subordinado à presidente Dilma Rousseff (PT) -, dizendo que estava tentando “cortar o mal pela raiz”
“Lamento que o Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas prepare uma resolução pela qual as comunidades terapêuticas não poderão mais falar sobre religião com os pacientes”, disse o senador durante discurso no Congresso Nacional.
A norma que o CONAD pretende publicar em breve visa proibir o que a direção do órgão chamou de “proselitismo religioso”. Malta disse que essa portaria trata-se, na verdade, de uma tentativa de censura religiosa, e foi objetivo em seu contra-argumento: “Sabe qual é o remédio [para dependentes químicos]? É Deus de manhã, Jesus meio-dia e o Espírito Santo de noite”.
Malta ainda lembrou que as atividades voluntárias realizadas pelos cristãos no país impedem que a sociedade entre em colapso: “Sem o terceiro setor, sem o apoio das religiões e dos movimentos sociais, os usuários de drogas estariam cada vez mais abandonados. O governo é omisso e não quer deixar os dedicados voluntários agirem em defesa da vida”.
Por fim, o senador ressaltou que em todos os anos que trabalha com recuperação de dependentes químicos, nunca viu a metodologia tradicional alcançar resultados: “Eu não conheço ninguém que o Conselho de Medicina recuperou. Eu não conheço ninguém que foi recuperado pelo Ministério Público. Eu não conheço ninguém que o governo Dilma recuperou. Eu não conheço ninguém que o SUS recuperou. Eu conheço milhões, milhares nesse país que foram recuperados pela fé, pela pregação do Evangelho”, concluiu.
Eleições
O senador Magno Malta afirmou recentemente que o único candidato à presidência que representa a agenda da bancada evangélica é o pastor Everaldo (PSC): “Eu estou com o pastor, acho que ele é o único que encarna as crenças e os valores de família do público evangélico. Vamos lutar para levá-lo ao segundo turno”, disse.
Malta afirmou ainda que há membros da bancada evangélica apoiando a evangelista assembleiana Marina Silva (PSB), mas minimizou o racha: “Os parlamentares evangélicos que estão apoiando Marina já não eram Everaldo”, disse ao jornalista Felipe Patury, da revista Época.
No entanto, Malta afirmou que Marina terá seu apoio se for ao segundo turno: “Meu apoio, no segundo turno, será de qualquer um contra o PT”.



Cineasta israelense destrói Templo de Salomão da Igreja Universal

O Templo de Salomão da Igreja Universal acabou de ser inaugurado e já foi destruído. Pelo menos na ficção.
A artista e cineasta israelense Yael Bartana está produzindo um filme que simula a demolição da nova sede da Igreja Universal do Reino de Deus, como se fosse uma repetição profética do passado, quando os dois templos erguidos em Israel foram destruídos.
O primeiro templo foi construído pelo rei Salomão e foi destruído no ano 584 a.C. Já o segundo templo acabou demolido em 64 d. C, dando origem ao atual Muro das Lamentações.
De acordo com a revista Veja SP, a destruição imaginada pela cineasta israelense acontece durante os 22 minutos do filme Inferno, um curta-metragem filmado no barracão de uma escola de samba de São Paulo.
Bartana visitou as obras do Templo de Salomão idealizado por Edir Macedo em 2013, e a partir do que viu e documentou, reproduziu os espaços que precisaria para filmar e montou a ficção que mostra o megatemplo sendo destruído pelo fogo e desmoronando.
No filme, o lugar que ocupava o Templo de Salomão vira uma espécie de Muro das Lamentações brasileiro, e se torna destino de romarias de fiéis que vão ao local fazer suas orações.
A exibição do curta-metragem acontecerá a partir do dia 06 de setembro, na 31ª Bienal de São Paulo. Em 2014, a exposição tem como tema “a influência da arte sobre o mundo”, e mostrará, dentre outras, a cidade de São Paulo como personagem de muitos trabalhos que serão expostos.
Assista a um trecho do filme Inferno, de Yael Bartana:

Templo de Salomão
A nova sede da Igreja Universal do Reino de Deus foi construída ao longo de quatro anos, e custou R$ 680 milhões, que foram doados à denominação pelos fiéis através de dízimos, ofertas e contribuições especiais.
Inaugurado no dia 31 de julho de 2014, abriga 10 mil pessoas e conta com um luxuoso apartamento de mais de mil M², onde o fundador da Universal, bispo Edir Macedo, vive com sua esposa.




sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Marina seria eleita em segundo turno graças ao voto dos evangélicos, revela pesquisa

Com 22% do eleitorado, evangélicos têm praticamente o dobro de preferência pela candidata
Se o 2.º turno da eleição fosse nesta quarta-feira (27), Marina Silva (PSB) seria eleita presidente graças, sobretudo, ao voto dos eleitores evangélicos. É o que revela a pesquisa Ibope divulgada pelo Estado. Há empate técnico entre Marina e Dilma Rousseff, candidata do PT à reeleição, entre os católicos: 42% a 40%, respectivamente, na simulação de 2.º turno. A diferença de dois pontos está dentro da margem de erro.
Ou seja, apesar de serem o maior contingente do eleitorado (63%), os católicos teriam impacto quase insignificante no resultado da eleição, pois dilmistas católicos anulariam marinistas da mesma fé. O voto decisivo seria dos evangélicos. Com 22% do eleitorado, eles têm praticamente o dobro de preferência por Marina. Na média, 53% dos eleitores pentecostais, de missão e de outras denominações evangélicas declaram voto na candidata do PSB, contra apenas 27% que dizem preferir a atual presidente. Os 15% de eleitores que não são católicos nem evangélicos (ateus, agnósticos, outras religiões) também pendem mais para o lado de Marina.
 Mas, além de terem um peso menor, a distância que separa Dilma da sua principal adversária é menor entre eles: 27% a 45%. É um grupo heterogêneo e, entre eles, não há líderes com a influência de pastores e bispos entre os evangélicos. Não é novidade a preferência do eleitorado evangélico por Marina. Em 2010, Dilma não venceu no 1.º turno por causa de campanha movida por pastores e seguida por padres. O motivo: a hipotética defesa da legalização do aborto pela petista. A maior parte dos eleitores que abandonou Dilma migrou para Marina, dobrando seu eleitorado na reta final. Dilma negou defender o aborto, mas não adiantou. Só foi recuperar parte dos eleitores evangélicos quando revelou-se que a mulher de seu adversário no 2.º turno, José Serra (PSDB), fizera um aborto quando jovem.
O eleitor evangélico sempre desconfiou da presidente. Em maio, uma nova onda tomou a internet quando o governo Dilma regulamentou a execução de abortos autorizados pela lei (casos de estupro, por exemplo) na rede de hospitais públicos do SUS. A reação foi tão grande que o governo voltou atrás. A intenção de voto em Dilma entre os evangélicos cai desde então. Era 39% em maio, é 27% agora. Entre os católicos, no mesmo período, a intenção de voto na presidente oscilou muito menos, de 42% para 39%. Já a entrada de Marina na corrida eleitoral provocou uma revolução no eleitorado evangélico.
No começo de agosto, Eduardo Campos, então candidato do PSB, tinha 8% de intenções de voto entre eleitores dessa fé - a mesma taxa do Pastor Everaldo (PSC). Marina já entrou com 37%, abrindo uma vantagem de 10 pontos sobre Dilma. O impacto foi tão grande que pulverizou as intenções de voto no até então mais notável candidato evangélico. O pastor caiu de 3% para 1% no eleitorado total, e de 8% para 3% entre evangélicos.
Everaldo é líder religioso e tem o apoio de outros pastores, como Silas Malafaia. Em nenhum outro segmento do eleitorado Marina tem uma vantagem tão grande sobre Dilma do que entre os evangélicos. Nem entre os jovens, nem no Sudeste, nem entre os mais escolarizados, nem entre os mais ricos. Isso não significa que a maioria dos eleitores de Marina seja evangélica - tem 56% de católicos.
Mas Marina está abaixo da média nesse segmento, e fica sete pontos acima entre os evangélicos. A candidata do PSB trocou a Igreja Católica pela Assembleia de Deus em 1997. Ela costuma evitar a mistura religião e política no seu discurso, mas às vezes derrapa. Questionada no Jornal Nacional sobre seu fraco desempenho eleitoral no Estado de origem, o Acre, Marina disse: “Ninguém é profeta em sua própria terra”.


terça-feira, 26 de agosto de 2014

Projeto de lei prevê desconto em folha de dízimos e ofertas e abatimento dos valores do Imposto de Renda

Um novo projeto de lei promete envolvendo dízimos e ofertas de fiéis às igrejas evangélicas promete causar polêmica na sociedade brasileira. A proposta prevê o desconto dos valores destinados pelos fiéis na folha de pagamento, com possibilidade de abater os valores do Imposto de Renda (IR).
O deputado federal e pastor Hidekazu Takayama (PSC-PR), autor do projeto, argumenta que sem uma legislação específica, os fiéis enfrentam “grandes dificuldades” para efetuar as doações às suas respectivas religiões, e os valores acabam não sendo abatidos do IR.
O projeto de lei (PL) 6609/13 prevê que o limite máximo de doação do trabalhador seja de 15%, podendo o fiel escolher valores menores, conforme sua condição financeira pessoal. A nova lei não impõe que as doações sejam feitas dessa maneira, apenas abre uma nova possibilidade.
Segundo informações da Câmara dos Deputados, para que a doação seja descontada em folha e possa ser deduzida do Imposto de Renda, a entidade que receber a doação deverá fazer parte de uma lista da Secretaria de Receita Federal, atendendo a requisitos legais de constituição e funcionamento.
“Muitas vezes, o único apoio que as pessoas carentes conhecem vem de comunidades religiosas, seja apoio espiritual, material ou de natureza médica”, observou o deputado Takayama, destacando a importância de criar mecanismos legais que incentivem as doações dos fiéis.
Agora, o PL 6609/13 foi enviado para análise final nas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Se aprovada nessas comissões, a proposta será votada no plenário da Câmara dos Deputados e posteriormente, tramitará no Senado, para se aprovada, ser sancionada pela presidente Dilma Rousseff (PT).


Candidato evangélico assume campanha contra público gay

"Minha proposta é defender a família no Congresso", diz Victório Galli


Um dos poucos representantes dos evangélicos nas eleições deste ano, o professor de Teologia Victório Galli, candidato a deputado federal pelo PSC, afirmou que, caso eleito, lutará contra projetos em favor da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros), legalização da maconha e contra o tabaco.
De acordo o representante da bancada evangélica, o objetivo é defender a “verdadeira família”, com base na Bíblia Sagrada, conforme enfatizou.
“A minha proposta é sempre defender a família no Congresso e ir contra os projetos que tentem desvincular a família tradicional. Um dos projetos é a PL 122, essa questão de casamento homossexual, a Lei da Palmada, casais gays quererem adotar criança, sou contra tudo isso”, afirmou o professor.
Suplente de federal, Galli diz não se considerar homofóbico. Ele acredita apenas defender "o direito de ser contra a homossexualidade".
“Não sou homofóbico, jamais vou bater na pessoa porque é gay. Agora, vou defender o que acho que é certo. O problema é que neste país você pode falar mal da Dilma, do pastor, do governador, deputado, do jornalista, mas, se falar alguma coisa sobre os gay, ai é discriminação”, disse.
Galli chegou a classificar casais gays como “aberração”. No entanto, voltou atrás e disse que era “contrário à natureza”. 

"O problema é que neste país você pode falar mal da Dilma, do pastor, do governador, deputado, do jornalista, mas, se falar alguma coisa sobre os gay, ai é discriminação"


“Deus criou um casal, um homem e uma mulher, não dois homens ou duas mulheres. Estou defendendo o que acho e tenho esse direito. Não sou contra a pessoa querer casar com alguém do mesmo sexo. Isso é o livre arbítrio, o que sou contra é apoiar isso”, afirmou.
O postulante a uma das oito vagas no Congresso é contra, ainda, a legalização da maconha.
Ele defendeu que haja um maior monitoramento para ajudar dependentes químicos.
“Sou contra isso, não vou aceitar, porque é contra a família. O cara vai ficar drogado, tem justificativa para isso? Não existe justificativa legalizar a droga. Temos que livrar as pessoas dos vícios e não abrir as portas para eles entrarem nesse mundo”, afirmou.
“Outro projeto que irei levar é a proibição do tabaco. Se depender de mim, ninguém irá fumar. Está na minha pauta e vou trabalhar em cima disso. Também quero trabalhar contra a bebida alcoólica”, completou.

Bancada evangélica
Segundo Galli, os evangélicos estão “carentes” de representantes na Câmara Federal. O parlamentar acredita que isso é devido à “descrença” dos eleitores nos agentes políticos.
“A maioria dos políticos apenas lembra-se do eleitorado em época de eleição. Depois se esquecem do compromisso feito e das propostas e só trabalham por interesses próprios”, afirmou.
“Está faltando evangélico na Câmara. Segundo IBGE, até 25% do eleitorado é evangélico e na bancada temos apenas 72 representantes. Isso é ruim porque lá só decide as coisas por maioria, às minorias perdem tudo”, explicou.
Ele defendeu o posicionamento do vice-presidente da Comademat (Convenção dos Ministros das Assembleias de Deus no Estado de Mato Grosso), pastor Rubens Ciro, que em entrevista ao MidiaNews,disse que a convenção decidiu se manter afastada do processo político-eleitoral.
“Esse posicionamento da Comademat está correto. Todos estão descrentes com a política. Por isso sou representante dos evangélicos. Porque queremos lutar pelos nossos interesses”, completou o candidato.

Contra as drogas, bispo Marcelo Crivella diz que uso de maconha fez aviões caírem

O bispo Marcelo Crivella, candidato do PRB ao governo do estado do Rio de Janeiro, causou uma grande polêmica com uma declaração sua sobre os motivos de ser contra a descriminalização das drogas.
No debate promovido pela TV Bandeirantes, Crivella relacionou os problemas nos aviões Fokker ao uso de maconha pelos funcionários da fabricante, que fechou as portas na década de 1990.
“Os países que adotaram isso retrocederam. A Holanda, por exemplo, teve empresas que foram fechadas porque seus funcionários estavam usando drogas, como a Fokker, por exemplo, e os aviões começaram a ter problemas. Inclusive no Brasil”, disse Crivella.
A reação da platéia que acompanhava o debate foi de risos espontâneos à declaração do senador e bispo licenciado da Igreja Universal.
No Twitter, a afirmação de Crivella se tornou um dos assuntos mais comentados pelos internautas em todo o Brasil.
 O candidato Tarcísio Motta (PSOL), que perguntou a Crivella sobre os motivos que o levam a ser contra a legalização da maconha, defendeu sua postura argumentando que no cenário oposto ao atual, o governo pode controlar o uso e tratar os dependentes.
“Países e locais onde a maconha foi legalizada, o consumo diminuiu e o estado pôde controlar. E trataram o uso problemático como um problema de saúde pública”, afirmou Motta.
No Facebook, a repercussão da fala de Marcelo Crivella virou piada, e uma montagem com foto do bispo e sua queixa contra a maconha virou meme, sendo compartilhado por diversos usuários.
Mesmo com a repercussão tornando sua declaração motivo de piada, Crivella reafirmou seu argumento numa entrevista à rádio CBN na última quarta-feira, 20 de agosto.
“Existe uma grande empresa de aviação chamada Fokker, que começou a apresentar em diversas partes do mundo defeitos em
seus aviões. Então houve uma inspetoria internacional. E verificaram que os funcionários, por conta de ser legalizada, usavam drogas durante o serviço. Como a montagem de um equipamento requer minúcias, milhares e milhares de pequenas peças, esses problemas acarretaram no seguinte: caiu no mercado a notícia de que haviam viciados em drogas montando avião. As ações despencaram, acabou com fornecedor, acabou pessoas que queriam ligação com aquele negócio e a empresa quebrou”, narrou o bispo.



Projeto de lei tornará obrigatória a presença da Bíblia Sagrada no acervo de bibliotecas públicas

Um projeto de lei que tramita no Congresso Nacional poderá exigir que as bibliotecas públicas do país mantenham ao menos um exemplar da Bíblia Sagrada em seus acervos. A proposta, de autoria do deputado federal Filipe Pereira (PSC-RJ) foi aprovado na Câmara e agora é analisado no Senado.
O relator do projeto no Senado, Marcelo Crivella (PRB-RJ), emitiu parecer favorável ao projeto, que agora deverá ser votado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), de acordo com informações da Agência Senado.
O autor da proposta argumenta que é preciso tornar acessível o exame da Bíblia Sagrada às pessoas que não possuem condições financeiras de comprar um exemplar, e que a disposição do livro nas bibliotecas será uma contribuição importante para a tradição cristã do país.
Crivella, que incluiu emendas ao projeto para exigir a versão digital da Bíblia nas bibliotecas que disponham de computadores com acesso à internet e um prazo de 360 dias para que a lei seja cumprida, destacou que um dos motivos que o levaram a emitir um parecer favorável ao projeto está na Constituição Federal: “Eis que ela declara, expressamente, a crença em Deus, como se dessume (deduz) da leitura do preâmbulo da própria Carta Magna”.
Por fim, o senador afirmou que a Bíblia Sagrada não pode ser vista apenas como o símbolo de uma religião em particular: “O projeto pretende, apenas, propiciar que as bibliotecas públicas disponham de exemplar da Bíblia Sagrada, em razão de seu reconhecido valor histórico e de formação de valores humanos compatíveis com uma sociedade plural, tolerante e voltada para a prática da solidariedade entre as pessoas e de amor ao próximo”.
Caso seja aprovado na CCJ, o projeto de lei será enviado para a Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), onde será apreciado pelos parlamentares e posteriormente votado pelos integrantes da comissão.


sábado, 16 de agosto de 2014

Sabemos onde está a Arca da Aliança, revela rabino

O rabino Chaim Richman é um dos mais influentes hoje em dia por causa de seu projeto de reconstrução do Terceiro Templo, que deverá ser erguido no seu local original. 

Em uma longa reportagem feita pelo jornal inglês The Telegraph, ele revelou alguns de seus segredos. Em uma das salas onde estão guardadas as peças principais do novo Templo, repousa a Arca da Aliança.
“Esta não é a verdadeira arca perdida”, diz ele ao repórter. “Ela está escondida a cerca de um quilômetro daqui, em câmaras subterrâneas cavadas ainda nos dias de Salomão”.
Ele vai mais além “É verdade. Os judeus têm uma cadeia ininterrupta de informações gravadas e transmitidas de geração em geração, indicando a sua localização exata. Há um grande fascínio com a descoberta da arca perdida, mas ninguém pergunta aos judeus. Nós sabemos onde ela está há milhares de anos. Poderíamos escavá-la no alto do Monte do Templo [Moriá], mas essa área ainda é controlada pelos muçulmanos”.
Richman, 54, é o responsável pelo Instituto do Templo, organização que já fez todos os preparativos para sua reconstrução, incluindo as peças que seguem as orientações da Bíblia e o treinamento dos sacerdotes que servirão ali dia e noite.  Para muitos ele seria hoje o candidato mais forte a sumo-sacerdote, retomando a tradição que iniciou com Arão, o irmão de Moisés.
Contudo, o novo templo terá algumas diferenças do original. Não no projeto arquitetônico, mas na utilização de tecnologia de ponta. O rabino, por exemplo, usa em seu smartphone um aplicativo especialmente projetado para acender as luzes e abrir as cortinas.  Ele também já tem pronto o projeto de um monotrilho, para transportar os visitantes até a porta. Uma caixa d’agua totalmente informatizada para controlar o uso de um bem tão precioso em Israel.  Richman explica que basta um toque e a torneira vai liberar a quantidade exata de água estipulada pela lei judaica para as lavagens rituais.

  “Não há razão alguma para não usarmos a tecnologia, que é um milagre moderno, juntamente com os milagres celestiais. É parte da nossa visão [do templo] levando em conta a realidade de nosso tempo. Tenho certeza de termos elevadores de última geração e um moderno sistema de controle do estacionamento”, comemora.
Outro motivo de orgulho para o Instituto do Templo são todos os utensílios sagrados já prontos. As vestes do sumo-sacerdote, feitas estritamente segundo a tradição dos levitas, estão prontas. Incluindo as peças de ouro e o peitoral com 12 pedras preciosas. Seu custo foi estimado em quase 450 mil reais. [€ 160.000]. Há também trombetas de prata e harpas de madeira, bandejas para coletar o sangue dos sacrifícios, um incensário e a mesa onde fica o pão ritual. Lá fora,  repousa um candelabro cuidadosamente esculpido, com 90 kg de ouro e pesando 1,5 tonelada. Seu custo aproximado foi 3 milhões de reais [€ 1,4 mi].
Os 20 estudiosos do Talmude, que trabalham para o Instituto em tempo integral, elaboraram em detalhes todos os procedimentos seguindo as leis elaboradas cerca de 3.000 anos atrás. O Instituto liderado por Richman afirma que gastou mais de 30 milhões de dólares até o momento. Já se passaram 22 anos desde sua fundação. Aberto ao público, eles calculam que mais de um milhão de pessoas visitaram o local na última década.
Há uma expectativa crescente em Israel pela reedificação do Templo, garante ele. Mas ao mesmo tempo um temor quanto aos extremistas israelenses. Em 1984, um plano do grupo Jewish Underground para explodir o Domo da Rocha foi descoberto pela polícia. Outros palestinos acreditam que a ameaça vem do próprio governo israelense. Já no ano 2000, quando então líder da oposição, Ariel Sharon, visitou o local para enfatizar o controle de Israel sobre a área, iniciou-se a segunda intifada, na qual morreram 1.000 israelenses e 3.000 palestinos.
Nos últimos dois anos, uma série de líderes  políticos e religiosos vem lutando para reconquistar o direito dos judeus orarem livremente no Monte do Templo. As tentativas têm gerado conflitos entre árabes e judeus, quase sempre com a intervenção da polícia.
Os líderes palestinos tem acompanhado de perto a situação. “[O desejo judeu é] totalmente inaceitável, e poderia transformar a região em um barril de pólvora”, disse em maio o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.  O Sheikh Mohamad Hussein, o Grande Mufti de Jerusalém foi mais enfático: “Os muçulmanos na Palestina e em outros lugares do mundo nunca aceitarão essa provocação e vamos impedir isso… Esta é a linha vermelha final para nós. Os israelenses e o mundo devem escutar atentamente o que estou dizendo”.
No entanto, mesmo entre a comunidade religiosa judaica, há quem se oponha.  Michael Melchior, um rabino ortodoxo e ex-membro do Parlamento, considera Richman e sua organização “irresponsáveis”. “No momento em que você anuncia que deseja construir um templo, perturba o equilíbrio delicado que nós criamos aqui”.
Porém, muitos questionam as afirmações do Instituto do Templo, e receiam que uma guerra contra os muçulmanos que juram defender até a morte o Domo da Rocha e a mesquita de Al Aqsa, atualmente no local do Templo.  Sobre a localização da Arca da Aliança, Shimon Gibson, um arqueólogo renomado do Instituto Albright, em Israel, defende que a Arca foi destruída em 587 a.C. quando os babilônios saquearam Jerusalém e tiraram todo o ouro que estava no templo, derretendo todos os utensílios. Outros estudiosos acreditam que ela foi levada para a África. Uma antiga reivindicação dos cristãos ortodoxos da Etiópia defende que eles são os guardiões da Arca há séculos. Até hoje ela estaria na cidade de Aksum, na conhecida “Capela das Tábuas da Lei” .
As muitas tradições religiosas sobre o local prevalecem entre os judeus mais ortodoxos, e também a confiança nas profecias bíblicas que o Templo voltará ser erguido.  Desde a destruição do Segundo Templo, no ano 70, o acesso dos judeus foi severamente restringido ou mesmo proibido por governantes cristãos e islâmicos que governaram Israel.
“Trata-se do território de Deus. O Islã aproveitou nosso exílio e se apoderou do Monte do Templo e diz que os judeus nunca estiveram aqui”, lamenta Richman. “Estamos prontos para restaurar este lugar à sua antiga glória… temos condições de construir o templo se realmente quisermos! Deus deve estar se perguntando o que estamos esperando”. Com informações de Telegraph.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Morte de Eduardo Campos pode fazer Marina Silva ameaçar reeleição de Dilma, afirmam líderes cristãos e especialistas

A morte de Eduardo Campos na manhã de ontem, 13 de agosto, mudou completamente o cenário das eleições desse ano à presidência da República. Marina Silva, sua vice, poderá ser oficializada pelo PSB como candidata e tomar votos dos demais candidatos.
A imprensa internacional, ao repercutir o acidente que vitimou Eduardo Campos, destacou que o cenário político agora está imprevisível, e é possível que as próximas pesquisas sobre a intenção de voto do eleitor mostrem um quadro impensável há dois dias.
Especula-se que setores do PSB não sejam favoráveis à indicação de Marina Silva, mas especialistas políticos apontam que esse é o caminho natural e óbvio. O próprio irmão de Eduardo Campos, Antônio, defendeu que ela seja a indicada: “Eduardo morreu lutando. Temos que colocar Marina para cima”, afirmou, segundo informações do jornal O Globo.
“No momento oportuno, vamos tomar essa decisão (de quem será o candidato). Estamos muito abalados, e agora que vamos começar a conversar. É um impacto muito grande. O Eduardo era um candidato competitivo, que representava a esperança para milhões e milhões de brasileiros”, ponderou o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).
Marina forte
No meio evangélico há a expectativa de que Marina seja efetivada como a titular da chapa. O colunista do Gospel+, pesquisador Johnny Bernardo, acredita que se ela for a escolhida pelo PSB, pode representar séria ameaça a Dilma Rousseff (PT).
“Com sua imagem fortalecida pela última eleição ao Planalto, em 2010 – ano em que alcançou 20 milhões de eleitores e levou as eleições ao segundo turno -, Marina Silva imporia um novo ritmo, capaz até mesmo de colocar em risco à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Outro fato que pode pesar a seu favor será a comoção nacional”, avaliou.
Para Bernardo, até mesmo os votos que muitos evangélicos direcionariam ao pastor Everaldo Pereira (PSC) podem, em caso de oficialização da missionária assembleiana na disputa, mudar de lado: “Com Marina como candidata até mesmo votos quase certos ao pastor Everaldo poderão ser direcionados a ela. Mesmo não alcançando a presidência, pela primeira vez na história do Brasil duas mulheres poderão disputar a atenção dos eleitores em um segundo turno, em uma disputa extremamente apertada. Os próximos dez dias apontarão o caminho a ser tomado. Esperemos!”, resumiu.
O ex-reverendo presbiteriano Caio Fábio afirmou em seu programa de TV que a morte de Eduardo Campos pode fazer a sociedade brasileira despertar: “Eu creio em soberania para além do imediato. Eu creio em soberanias que precedem acidentes. Eu não sei o que vem por aí, mas pode ser que o Eduardo Campos seja mais útil às mudanças que o Brasil tem que receber morto do que vivo. Às vezes, um cenário como este muda um inconsciente coletivo de uma nação”, ponderou.
Lamentando a morte do candidato e a dor que familiares e amigos estão sentindo, Caio Fábio disse que “a tendência natural a essa sucessão seria a Marina”, e acrescentou um raciocínio muito semelhante ao do pesquisador Johnny Bernardo: “Não me admiraria se por causa da tragédia como adubo, ela, que já tinha simpatias anteriores somadas a tragédia do Eduardo – como fertilizante trágico da campanha – possa vir dar e criar um cenário totalmente novo de repente para essas eleições”.
“Que Deus tenha misericórdia deste país. Que Deus nos ilumine e o que quer que venha, venha nos fazer o bem porque fazer o mal, a gente já está experimentando muita coisa que nos faz mal”, finalizou Caio Fábio. 
Pesquisas
Antes da oficialização da candidatura de Eduardo Campos como titular do PSB, o Instituto Datafolha realizou uma pesquisa em abril considerando a hipótese de Marina Silva ser a candidata do partido.
À época, o desempenho de Marina era superior ao de Eduardo e o de Aécio Neves (PSDB). Segundo os números divulgados pelo instituto em 07 de abril de 2014, Dilma Rousseff (PT) teria 39% das intenções de voto, contra 27% de Marina Silva e Aécio Neves 16%. Os brancos e nulos seriam 13%.
Antecipando-se à possível oficialização de Marina Silva como candidata à presidência após a morte de Eduardo Campos, o Datafolha registrou ainda ontem uma nova pesquisa na Justiça Eleitoral. O levantamento será feito entre hoje, 14 de agosto, e o próximo sábado, 16.
O resultado, que sai na segunda-feira, 18 de agosto, poderá ajudar o PSB a tomar as decisões sobre os rumos de sua campanha.




Igreja Universal cria código de vestimenta para mulheres que forem ao Templo de Salomão; Confira

A Igreja Universal do Reino de Deus divulgou uma espécie de “dress code” para as mulheres que forem visitar o Templo de Salomão, sua nova sede.
Antes da inauguração do megatemplo, a denominação fundada pelo bispo Edir Macedo havia publicado um vídeo com uma espécie de código de conduta para “admissão” no local, explicando a proibição de certas peças de roupa, como camisas de time e chinelos.
Agora, passado o evento que atraiu fiéis e autoridades, a denominação voltou ao assunto e publicou um código de vestimenta para as mulheres, que devem evitar roupas curtas ou com “fendas e decotes”.
Usando jargões muito comuns entre profissionais de moda, a Universal afirma que rendas e transparências são permitidas apenas se usadas com uma blusa por baixo, de forma que componha “um visual contemporâneo”.
Calças, camisas e blusas com estampas de animais não devem ser usadas na visita ao Templo de Salomão, assim como calças justas: “Esqueça a legging (faça disso um mantra para sua vida). Jeans são megaconfortáveis (sic), mas, para essa ocasião, não devem sair do armário”, determina a igreja, que ainda pede cuidado com as roupas “que marcam” o corpo.
O texto sugere ainda que bolsas usadas pelas mulheres no cotidiano ou para trabalhar devem ser deixadas no carro ou no ônibus de sua caravana: “Vá com uma opção mais nobre, como clutches e carteiras”.
As recomendações do código de vestimenta da Universal alcançam até as maquiagens: “Não se maquie como se fosse para o São Paulo Fashion Week. Jamais exagere nos acessórios”.
Na conclusão do texto, a Universal diz que apesar de Deus não olhar “a aparência de ninguém” e se importar “com o coração”, é preciso se vestir de forma elegante: “Vista-se, de acordo com sua condição financeira, como faria se fosse encontrar socialmente uma pessoa importante”, finaliza.


Publicado por Tiago Chagas em 14 de agosto de 2014 

“Forever Bible”: grupo cristão usa nanotecnologia para criar Bíblia à prova d’água e ajudar missionários

Um grupo de cristãos se reuniram para criar uma edição da Bíblia Sagrada que seja resistente à maioria dos fatores que a fazem se desgastar e criou a Forever Bible (“Bíblia eterna”, em tradução livre do inglês).
Os criadores da Forever Bible usaram uma tecnologia que utiliza um papel sintético e garantem que o livro é resistente à sujeira, desgastes, rasgões e à prova de água. A única vulnerabilidade da “Bíblia eterna” é o fogo.
Foi utilizado um material criado a partir de nanotecnologia, que deu origem a um papel 24 vezes mais resistente que as folhas obtidas a partir de árvores, e que permite a impressão igualmente aos papéis comuns.
Após o desenvolvimento do modelo ultra-resistente da Bíblia, os idealizadores lançaram um crowdfounding (projeto de arrecadação de doações para financiar uma ideia) e conseguiram arrecadar alguns milhares de dólares em pouco tempo, o que permitiu a produção da Forever Bible em escala comercial.
No entanto, segundo informações de portais de notícias cristãos, a Sociedade Bíblica Americana está tentando impedir na Justiça a comercialização da Forever Bible. O argumento usado contra a “Bíblia eterna” é que seus criadores não teriam autorização para imprimir cópias do conteúdo existente nas Escrituras.
Apesar da polêmica, os criadores publicaram uma nota explicando que a proposta de seu projeto tem cunho missionário, pois a cada exemplar vendido, outro será doado a um campo missionário que abastece evangelistas expostos a dificuldades e que necessitam de um material mais resistente.
Os idealizadores da Forever Bible estão disponibilizando exemplares que variam entre US$ 40 e US$ 60,00. A diferença de preços se explica pela possibilidade de customização, com escolhas de três diferentes modelos de capa e até traduções: a encomenda pode ser feita com a tradução da Nova Versão Internacional (NVI), King James ou English Standard Version (ESV).
 Publicado por Tiago Chagas em 14 de agosto de 2014 


Africanos contrariam orientações sobre epidemia e lotam igrejas clamando pelo fim do surto do Ebola

A epidemia do vírus ebola, que já matou cerca de 1.000 pessoas na África Ocidental, está levando um grande número de pessoas às igrejas dos países mais afetados pela doença. No último fim de semana as populações de Serra Leoa e Libéria lotaram igrejas na busca de serem liberto da epidemia.
Porém, as grandes aglomerações nas igrejas contrariam as orientações e alertas do governo para evitar grandes reuniões púbicas, a fim de conter a epidemia. O surto da doença fez com que Serra Leoa e Libéria foram declaradas zonas de emergência, visto que o Ebola que é uma doença altamente contagiosa e incurável. O vírus também afetou a população de Guiné e se espalhou pela Nigéria.
Apesar dos alertas para evitar aglomerações, um número cada vez maior de pessoas continua se reunindo nas igrejas, principalmente nas pentecostais, e os religiosos afirmam que o surto da doença não irá abalar sua fé.
- Todo mundo está com muito medo. No entanto, o ebola não abalará a nossa fé… porque nós já passamos por tempos difíceis – afirmou Jones Martee Seator da Igreja Luterana.
Devido às grandes aglomerações de pessoas, as igrejas de Morovia, capital da Libéria, colocaram baldes de plástico com água e cloro para que os fiéis pudessem desinfetar as mãos. Segundo o Charisma News, os pastores pediram também que os fiéis sigam as instruções dadas pelas autoridades sanitárias sobre a epidemia.
As medidas de quarentena imposta às comunidades infectadas têm afetado o comércio e o fornecimento de alimentos em alguns dos países mais pobres do mundo. Em Serra Leoa, o bispo Abu Aja Koroma da Igreja Flaming Bible, em Freetown, comentou o aumento dos preços dos bens de consumo afirmando que isso estava destruindo a economia do país. Diante de tal situação ele catalogou o ebola como ‘um demônio’.
Em seu sermão do último domingo, o bispo proclamou o arrependimento entre os fiéis “para evitar este flagelo em nosso país”.
A interpretação da doença por um viés religioso levou também, recentemente, líderes do Conselho de Igrejas da Libéria (LCC) a afirmarem que o vírus foi enviado por Deus como uma punição pelos “atos imorais” dos homossexuais.


Por Dan Martins em 14 de agosto de 2014 

Frase de pastor sobre a morte de Eduardo Campos é considerada infeliz por líderes evangélicos: “Grotesco”

O pastor Daniel Vieira, conhecido por ser um dos preletores do Congresso dos Gideões Missionários da Última Hora, protagonizou um episódio constrangedor logo após a notícia da morte do candidato à presidência da República, Eduardo Campos (PSB).
Vieira usou seu perfil no Twitter para expressar seu pesar pela morte de Campos de uma forma muito peculiar e incomum. “Morre Eduardo Campos, candidato a presidente. Hoje são 13, numero do PT. Deveria ter levado a DILMA!”, publicou o pastor.
Nas redes sociais, a reação indignada dos internautas foi imediata, e até o pastor Ricardo Gondim se manifestou reprovando a postura do colega pentecostal: “Acabo de receber tuíte em que certo pastor goza a tragédia: ‘a morte bateu na porta errada’. A imbecilidade que o gerou o faz mostrar a cara”, criticou.
O pastor Renato Vargens usou seu blog para lamentar que a morte de um semelhante tenha servido para a expressão de desejos inconfessáveis.
“Apesar da tragédia houveram alguns que emitiram afirmações de mau gosto ou inferências políticas bizarras nas redes sociais, como por exemplo, pessoas pedindo para que, no lugar de Campos,  estivesse Aécio ou Dilma,  ou até mesmo colocando a culpa em um ou em outro pelo acidente. Se não bastasse isso, um pastor, emitiu uma grotesca opinião dizendo que a morte bateu na porta errada”, escreveu Vargens, lamentando o episódio.
Danilo Fernandes, editor do blog Genizah, publicou artigo sobre o assunto e lamentou a postura do pastor Daniel Vieira: “Entre todo o tipo de absurdo que se lê nas redes sociais ‘evangélicas’ acerca da tragédia que se abateu sobre a nação, fica difícil suportar a ideia de que o mal é a marca mais evidente que se vislumbra [...] logo após o país ser surpreendido com a triste notícia da morte do ex-governandor Eduardo Campos. Entre as mais absurdas teses envolvendo o ‘deus’ que prefere a evangélica Marina Silva ao ímpio – que pena da doce irmã  Marina vir a ouvir esta insanidade – vejo embasbacado a imagem deste ‘pastor’, incapaz do menor gesto cristão e de conforto para quem fica”, pontuou.
A repercussão negativa de sua infeliz frase fez Vieira se desculpar: “Errei ao fazer esse infeliz comentário, todavia, as reações calorosas e violentas em nada os faz (sic) melhores do que eu!! Perdão!”.


Publicado por Tiago Chagas em 14 de agosto de 2014