quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Sinal profético. Grandes erupções vulcânicas podem ser aviso de terremotos.


A região conhecida como Círculo de Fogo do Pacífico, ou simplesmente Anel de Fogo, engloba cerca 40.000 km de países banhados pelo Oceano Pacífico. O nome deriva do formato que os maiores vulcões estão dispostos, quase fechando um círculo.

Historicamente, as erupções de seu cinturão de vulcões estão ligadas aos movimentos de grandes placas tectônicas. Sempre quando o limite de resistência da borda de uma dessas placas é atingida, as rochas se rompem e provocam terremotos ou erupções vulcânicas.

Embora tenha recebido pouca atenção da mídia, o fato é que dez dos principais vulcões do Anel de Fogo entraram em erupção ao longo dos últimos meses. Alguns deles estavam dormentes há décadas. É bastante raro ver tantos em atividade ao mesmo tempo, o que pode indicar que o mundo está prestes a ver uma onda de grandes terremotos.

Para alguns estudiosos das profecias este é um grande sinal do final dos tempos. Embora ninguém goste de testemunhar tragédias naturais, que custam a vida de milhares de pessoas, uma simples análise do que deveria ser motivo de preocupação.


Os 10 vulcões em erupção ativa são:

1- Monte Sinabung, na Indonésia: Está em erupção de forma intermitente desde setembro, mas neste mês chegou a entrar em erupção oito vezes por dia. Causou uma “chuva de pedras” sobre uma grande área, o que forçou milhares de pessoas a fugir de suas casas. Na terça-feira sua nuvem de cinzas chegou a 10 km, um recorde para o vulcão que fica ao norte da ilha de Sumatra.

2 – Vulcão Colima, no México: Desde o último domingo, o Fuego de Colima teve pequenas erupções, chegando a cuspir jatos de lava cerca de 35 vezes por dia, atingindo algumas cidades do estado de Jalisco.

3- Sakurajima, no Japão: Nos últimos meses, o vulcão se tornou mais violento, com uma série de explosões que gerou nuvens de cinzas com 4.5 km de altura. A cratera Showa tem emitido cinzas de maneira constante na última semana.

4- Fuego, na Guatemala: Dois fluxos de lava estão ativos nas encostas superiores do vulcão. A atividade começou em 11 de novembro e atingiu seu ápice em 18 de novembro. Colunas de cinzas de até 800 metros de altura ficaram visíveis.

5- Santa Maria / Santiaguito em Guatemala: Uma nuvem de cinzas finas com 3,2 km de altura foi vista após uma erupção hidromagmática.

6- Yaser, na ilha de Vanuatu: O vulcão continua a produzir emissões de cinzas quase contínuas, desde 3 de novembro. É provável que continue e se intensifique nas próximas semanas.

7- Popocatepetl, no México: O vulcão Popocatepetl começou a emitir colunas de cinzas geradas por erupções de média intensidade. Podem ser vistas na cidade de Puebla, onde a população está de sobreaviso.

8- Monte Marapi na Indonésia: vulcão mais ativo do arquipélago da Indonésia, entrou em erupção nesta segunda-feira, emitindo uma nuvem de cinzas negras com cerca de 2.000 metros de altura.

9- Kliuchevskoi em Kamchatka, na Rússia: Desde setembro tem entrado em erupção de maneira intermitente. Entre 18 e 19 de novembro experimentos fortes emissões de lava e sua fumaça atrapalhou os voos sobre o espaço aéreo da região.

10 – Vulcão submarino Nishinoshima, no Japão – A Guarda Costeira do Japão verificou o nascimento de uma ilha formada por lava deste vulcão na região do arquipélago de Ogasawara. Com cerca de 650 metros de diâmetro, é o resultado de uma grande erupção submarina.

Com informações Epoch Time e Prophecy News.
Fonte: Gospel Prime

domingo, 24 de novembro de 2013

Mega Tsunami de 100 metros pode atingir costa do Norte e Nordeste do Brasil

Um mega Tsunami pode atingir o Norte e Nordeste do Brasil e a Costa Leste dos USA. (abaixo foto de satélite das Ilhas Canárias e o Vulcão Cumbre Vieja, na Ilha La Palma expelindo fumaça)

Segundo Bill McGuire, diretor do Centro de Pesquisa de Riscos Benfield Grieg, da University College of London, existe a possibilidade dessas ondas gigantes atingirem a região Norte e Nordeste.

Bill McGuire têm previsões catastróficas para o Brasil. McGuire garante que o bloco vai cair e gerar tsunamis que vão atravessar os oceanos até 19 horas depois da erupção, ondas de 4 a 18 metros iriam atingir a costa Norte e Nordeste do Brasil, do Pará à Paraíba. A ilha de Fernando de Noronha seria um dos locais onde a tsunami chegará com mais força no Atlântico Sul.


Um mega tsunami é um raro tsunami com ondas de mais de 100 metros de altura. Deixando de lado alguns grandes tsunamis no Alasca, incluindo aí um de 520 metros de altura, na baia de Lituya.
Acredita-se que o último mega tsunami que atingiu uma área com população ocorreu há 4.000 anos. Geólogos dizem que tal evento é causado por gigantescos deslocamentos de terra, originados por uma ilha em colapso, por exemplo, em um vasto corpo d’água como um oceano ou um mar.
Mega tsunamis podem atingir alturas de centenas de metros, viajar a 900 km/h ao longo do oceano, potencialmente alcançando 20 km ou mais terra adentro em regiões de plataformas continentais/costas de baixa altitude. Em oceanos profundos, um mega tsunami é quase invisível. Move-se em um deslocamento vertical de aproximadamente um metro, com um comprimento de ondas de centenas de quilômetros. Porém, a enorme quantidade de energia dentro deste movimento de gigantesca massa líquida produz uma onda muito mais alta, à medida que a onda se aproxima de águas rasas situadas nas costas litorâneas das plataformas continentais.

A Ilha de La Palma e a escura Cratera do Vulcão Cumbre Vieja
Terremotos geralmente não produzem tsunamis desta escala, a não ser que eles possam causar um grande deslocamento de terra debaixo d’ água, tipicamente tais tsunamis têm uma altura de dez metros ou menos (seria o caso do Tsunami do Japão em Março de 2011). Deslocamentos de terras que são grandes comparadas à profundidade atingem a água tão rapidamente que a água que foi deslocada não pode se estabelecer antes que as rochas atinjam o fundo. 
Isto significa que as rochas deslocam a água em velocidade total em todo seu caminho ao fundo. Se o nível da água é profundo, o volume de água deslocado é muito grande e as partes baixas estão sob alta pressão. Isto resulta numa onda que contém grande quantidade de energia.
Algumas pessoas assumem que mega tsunamis pré-históricos varreram antigas civilizações, como um castigo do(s) deus(es), comum em muitas culturas ao redor do mundo. Porém, isto é improvável, considerando que mega tsunamis usualmente acontecem sem qualquer aviso, atigindo apenas áreas costeiras e não necessariamente ocorrendo após uma chuva qualquer.



A hipótese de mega tsunamis foi criada por geólogos buscando por petróleo no Alasca. Eles observaram evidência de ondas altas demais em uma baía próxima. Cinco anos depois, uma série de deslocamentos de terra foi revelada como a causa destas altas ondas no Alasca. O histórico geológico mostra que mega tsunamis são muito raros, mas que devastam qualquer coisa próxima à costa atingida. Alguns podem devastar costas de continentes inteiros. O último evento conhecido desta magnitude aconteceu há 4 mil anos na Ilha de Reunião, leste de Madagascar.
UMA ONDA QUE ATINGIU 524 metros de ALTURA na BAIA DE LITUYA-ALASKA, EM 1958
Um fato sempre intrigou biólogos e geólogos na baia de Lituya, no Alaska. Ao redor de toda a baia, nas margens, existe uma faixa de vegetação começando da linha d’água composta por arvores jovens e somente muitas dezenas e até centenas de metros acima é que aparecem as árvores velhas. Os cientistas sempre souberam que as arvores jovens nasceram em decorrência da morte das arvores velhas que ali estavam, mas não sabiam o que havia causado isso. Um evento geológico colossal elucidou o enigma.


No dia 9 de julho de 1958, um grande terremoto de 8.5 graus na escala richter sacudiu a região da baia de Lituya. Uma grande massa de rocha com volume estimado de 30 milhões de metros cúbicos se desprendeu de uma altura de 900 metros de uma montanha, mergulhando na profunda baia de Lituya. O gigantesco e súbito deslocamento de água produziu uma descomunal onda. Segundos depois, parte da onda atingiu a margem oposta ao deslizamento 1350 metros adiante e quebrou, subindo uma outra montanha e derrubando arvores a inacreditáveis 524 metros de altura. O restante da onda seguiu adiante e arrasou com a baia de Lituya derrubando arvores a até 200 metros de altura.
Os acontecimentos de 1958 no ALASCA mostraram que Tsunamis também podem ser criados por deslocamento de grandes massas de rochas de ilhas vulcânicas e deslocamento de grandes massas de água sobre a plataforma continental, o que se um dia ocorrer, será numa escala muito maior e poderá devastar faixas litorâneas inteiras de muitos países. 
Ameaças de Mega tsunamis
Ilhas vulcânicas como as de Reunião e as Ilhas do Havaí podem causar megatsunamis porque elas não são mais do que grandes e instáveis blocos de material mal agrupado por sucessivas erupções. Evidência de grandes deslocamentos de terra foram encontradas na forma de grande quantidade de restos subaquáticos, material terrestre que caiu oceano adentro. Em anos recentes, cinco de tais restos foram encontrados somente nas ilhas havaianas.
Alguns geólogos acreditam que o maior candidato para a causa do próximo megatsunami é a erupção do VULCÃO CUMBRE VIEJA na ilha de La Palma, nas Ilhas Canárias, na costa oeste da África. Em 1949, uma erupção causou a queda do cume de Cumbre Vieja e fez cair vários metros adentro do Oceano Atlântico. Acredita-se que a causa disto foi causada pela pressão do magma em aquecimento e água vaporizando-se presa dentro da estrutura da ilha, causando um deslocamento da estrutura da ilha.
                                  
A velocidade e a amplitude de deslocamento e o tamanho das ondas em caso de colapso do Vulcão Cumbre Vieja na Ilha de La Palma.
Durante uma próxima erupção, que estima-se acontecerá em algum tempo nos próximos anos, séculos ou milênios, irá causar um novo deslocamento da ilha, fazendo a metade ocidental, pesando talvez 500 milhões de toneladas, deslocar-se catastroficamente em direção ao fundo do oceano e com isso gerando uma imensa onda em direção ao oeste, ao norte/nordeste do Brasil e à costa leste dos EUA.
”Isto irá automaticamente gerar um megatsunami com ondas locais com alturas de centenas de metros”.
Depois que o tsunami cruzar o Atlântico, provavelmente irá gerar uma onda com 10 a 25 metros de altura ao chegar no Caribe e na costa leste da América do Norte várias horas depois (entre oito a dez horas), gerando grandes problemas econômicos e sociais para as populações litorâneas sobreviventes dos países envolvidos e para a economia global como um todo. Enquanto que potencialmente não tão destruidor como um super-vulcão, um mega tsunami seria um desastre sem precedentes em quaisquer regiões em que este evento ocorra.
Investigação intensiva na seqüência da catástrofe do tsunami na Indonésia de 26 de dezembro de 2004 mostrou que muitas outras zonas costeiras também estão em perigo de sofrerem impacto de tsunamis. Assim, as costas leste e oeste do Atlântico e na costa do Mediterrâneo, não estão a salvo de maremotos e, portanto, devem ser mais bem protegidas.
TSUNAMIS NO ATLÂNTICO
Mapa de ocorrências históricas de Tsunamis no Atlântico:


Locais de ocorrências de Tsunamis na área do Oceano Atlântico. Em vermelho houve séria destruição, em amarelo destruição moderada e em branco pequena destruição.
Poucas catástrofes como tsunamis ocorrem no Atlântico, em comparação com o Pacífico. Os maremotos em Lisboa (em 1º de NOVEMBRO DE 1755, posterior ao grande terremoto acontecido no mesmo dia com epicentro no nordeste do Oceano Atlântico e que destruiu Lisboa) e em Porto Rico foram até agora a maior catástrofe de tsunamis, quando milhares de pessoas perderam suas vidas. Saiba mais em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sismo_de_Lisboa_de_1755


Localização potencial do epicentro do terremoto de 1755 em LISBOA e o tempo de propagação e chegada do posterior tsunami, em horas após o sismo.
Vulcão pode provocar tsunami nos EUA e no norte do Brasil, dizem cientistas
Por Daniel Flynn -  www.reuters.com
Madri, Espanha (Reuters) - Uma onda de 50 metros de altura atingindo o litoral atlântico dos Estados Unidos e destruindo tudo no seu caminho –não se trata de um filme de Hollywood, mas de uma sombria previsão de cientistas britânicos e norte-americanos, que também incluem o BRASIL na lista de possíveis lugares atingidos.
Enquanto a comunidade internacional tentava ajudar as vítimas do devastador maremoto de dezembro no sul da Ásia, os especialistas alertam que a erupção de um vulcão nas ilhas Canárias (que pertencem à Espanha e ficam no litoral norte da África) pode provocar a maior tsumami já registrado na história humana.
Cálculo do tamanho e da evolução das ondas do Tsunami com o colapso do Vulcão Cumbre Vieja nas Ilhas Canárias:


Cálculo da evolução da propagação das ondas do tsunami: A = 2 minutos, B = 5 minutos, C = 10 minutos, D = 15 minutos, E = 30 minutos, F = 1 hora, G = 3 horas, H = 6 horas atinge o Norte/Nordeste do BRASIL e I = 9 horas atingindo a Flórida.
Segundo um polêmico estudo desses cientistas, uma explosão no vulcão Cumbre Vieja, na ilha de La Palma, pode lançar uma montanhas de rochas do tamanho de uma ilha dentro do Atlântico, a uma velocidade de até 350 quilômetros por hora. Mas muitos cientistas dizem que o risco de uma megatsunami provocado por tal erupção está sendo exagerado. Nesse estudo, a energia liberada pela erupção seria equivalente ao consumo de eletricidade nos Estados Unidos durante seis meses. As ondas sísmicas se deslocariam pelo Atlântico na velocidade de um avião a jato (900 km/hora).
A devastação nos Estados Unidos provocaria prejuízos de trilhões de dólares e ameaçaria dezenas de milhões de pessoas. Países como a Espanha, Portugal, Grã-Bretanha, França, BRASIL, Região do Caribe, Guianas, Venezuela e todos os países da África Ocidental também poderiam ser atingidos pelas ondas gigantes. “Isso pode ocorrer na próxima erupção, que pode acontecer no próximo ano, ou pode levar dez mil anos para acontecer”, disse Bill McGuire, do Centro de Pesquisas Benfield  Hazard, da Grã-Bretanha. (Sobre os EUA ver no Link: http://thoth3126.com.br/o-futuro-dos-eua-por-ned-dougherty/
O Cumbre Vieja, que teve sua última explosão em 1971, normalmente tem erupções em intervalos de 20 a 200 anos.“Simplesmente não sabemos quando vai acontecer, mas há alguém preparado para assumir o risco depois dos incidentes do Oceano Índico?”, disse McGuire, propondo a criação de um programa para monitorar a atividade sísmica na encosta do vulcão.
“Precisamos fazer com que as pessoas saiam antes do colapso em si. Uma vez que o colapso tenha acontecido, o Caribe teria nove horas, e os EUA de 6 a 12 horas, para retirar dezenas de milhões de pessoas.” Mas outros especialistas vêem exageros na previsão sobre o Cumbre Vieja ou sobre o vulcão havaiano de Kilauea. A Sociedade Tsunami, que reúne especialistas de vários países, diz que essas teorias só servem para assustar as pessoas.
O grupo argumenta que o Cumbre Vieja não explodiria em uma única rocha e que a onda criada seria muito menor (apesar de haver registros históricos de mega explosões como a do Vulcão submerso THERA em Santorini, no arquipélago das ilhas gregas conhecidas como As Cíclades, no Mar Egeu, que em torno de 1.680 a.C. explodiu violentamente, literalmente jogando pelos ares a maior parte da ilha Santorini e o topo da montanha.  


Fotos de satélite de SANTORINI, no Mar Egeu e o gigantesco buraco/vazio deixado na ilha pela explosão do vulcão THERA em 1.680 a.C.
O impacto daquela erupção fez-se sentir em toda a Terra, mas com particular intensidade na bacia do Mar Mediterrâneo. A erupção do vulcão THERA em Santorini parece estar ligada ao colapso da Civilização Minóica na ilha de Creta, distante de Santorini 110 km ao sul.
Acredita-se que tal cataclismo tenha inspirado as posteriores lendas acerca de Atlântida. Ver mais em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Santorini ).
“Estamos falando de milhares de anos no futuro. Qualquer coisa pode acontecer. Nesse meio tempo um asteróide também poderia cair na Terra”, disse George Pararas-Carayannis, fundador da Sociedade Tsunami.
Muitos especialistas acham que as tsunamis provocadas por deslizamentos abruptos duram menos do que aquelas gerados por terremotos fortes, como o de 26 de dezembro de 2004, na Indonésia que matou cerca de trezentas mil pessoas.
Santorini à esquerda.
Charles Mader, editor de uma revista do Hazards sobre tsunamis, prevê que mesmo um enorme deslizamento em La Palma provocaria ondas de apenas um metro de altura nos EUA.
De qualquer forma, especialistas avaliam que a ameaça das tsunamis estava subestimada antes da tragédia asiática, que matou mais de 150 mil pessoas. “Não seria surpresa para mim se amanhã víssemos outra tsunami como essa,” disse Pararas-Carayannis, apontando para as falhas geológicas de Portugal, de Porto Rico e do Peru como riscos possíveis.
Para McGuire, um sistema de alerta no Oceano Índico teria evitado completamente as mortes em Sri Lanka e na Índia, já que na maioria dos casos a população precisava se deslocar apenas um quilômetro para ficar a salvo. Na opinião dele, o risco dos tsunamis para a Terra só é inferior ao do aquecimento global. “Com as costas fortemente ocupadas agora, particularmente nos países em desenvolvimento, as tsunamis são um grande problema porque, ao contrário dos terremotos, transmitem a morte e a destruição através de oceanos inteiros.”


O arquipélago da Ilhas Canárias. Na Ilha de EL HIERRO, AO SUL DA ILHA DE PALMA, onde está o CUMBRE VIEJA está acontecendo uma enorme atividade sísmica, com muitos terremotos (alguns são submarinos)
Ilhas Canárias: Risco de erupção vulcânica em El Hierro ao sul de LA PALMA
Nos últimos dias do ano de 2011, se registrou uma série de movimentos sísmicos na ILHA DE EL HIERRO, e especialistas estão agora a avaliar se o magma está subindo.

Barcos transportando equipes da Unidade Militar de Emergências do governo espanhol local partiram, no final da manhã, para El Hierro, para uma eventual operação de evacuação. Cinquenta e três pessoas foram já realojadas e o principal túnel da ilha, entre as localidades de Frontera e Valverde, foi fechado.
 Foto à direita: El Hierro, nas Ilhas Canárias: Risco de erupção vulcânica. Esferas azuis e vermelhas marcam a ocorrência de Terremotos recentes.

As autoridades espanholas estão a mobilizar-se para uma eventual evacuação da ilha de El Hierro, no arquipélago espanhol das Canárias, devido ao risco de uma erupção vulcânica.
Desde o dia 19 de Julho até às 11h16 de hoje, foram registados 8.356 eventos sísmicos (TERREMOTOS) na ilha de EL HIERRO, segundo dados do Instituto Geográfico Nacional (IGN) dA Espanha. Apenas 15 teriam sido sentidos de fato pela população, segundo a edição online do diário espanhol El Pais.
Mas o número de sismos aumentou e alguns mais recentes parecem estar  ocorrendo a uma profundidade menor do que a maioria, o que pode significar um aumento do nível do magma sob a ilha.


Especialistas dizem que esta ocorrendo erupções submarinas em EL HIERRO, que se localizam a cerca de 2.000 metros de profundidade no leito do oceano e a uma distância entre cinco e sete quilômetros da costa.
De qualquer forma, com o aumento na frequência dos eventos sísmicos o governo das Ilhas Canárias acionou o nível “amarelo” de alerta – o segundo menos grave numa escla de quatro cores, e que implica em maior informação à população e planificação de recursos. As autoridades estão se preparando para, caso necessário, retirar 4.000 pessoas da Ilha de El Hierro em quatro horas.
Segundo Maria del Carmen Romero, professora de Geografia da Universidade de Laguna, citada pelo jornal La Vanguardia, um dos principais riscos é o de desmoronamentos de terras, já que a ilha tem encostas muito acentuadas. No entanto, pode não chegar a haver uma erupção vulcânica, lembrando de uma crise sísmica semelhante, descrita em crônicas de 1793, sem erupção vulcânica.
Tradução, composição e imagens de várias fontes: 





sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Senadora culpa evangélicos por atraso na pauta LGBT

O Senado tirou PL da Homofobia da pauta e a Câmara aprovou propostas contrárias à causa dos gays. Enquanto Ana Rita (PT-ES) e presidente da ABLGT criticam setores religiosos conservadores, Feliciano diz que partidos fugiram do debate



Em um mesmo dia, a comunidade LGBT(Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) sofreu derrotas nas comissões de Direitos Humanos da Câmara e do Senado. Para parlamentares ligados a esses grupos, a culpa é da bancada evangélica no Congresso, em especial seus os integrantes do movimento neopentecostal. Enquanto o Projeto de Lei 122/06, que trata do crime de ódio contra gênero, orientação sexual e raça, foi retirado de votação pelos senadores, deputados aprovaram duas propostas que contrariam decisões da Justiça em favor dos gays. 
“O que está empacando é o setor de neopentencostais, que não admite a aprovação desse projeto. Esse projeto tem acordo com as igrejas evangélicas; igrejas mais progressistas; com a Igreja Católica; com o movimento LGBT; com o governo, por meio da Secretaria de Direitos Humanos; mas, infelizmente, aqui no Congresso, tem uma representação de parlamentares neopentencostais que não admitem que esse projeto seja aprovado”, afirmou a presidente da CDH do Senado, senadora Ana Rita (PT-ES), ao Congresso em Foco.
Foi justamente na comissão presidida por Ana Rita que houve a primeira derrota do setor. Na manhã de quarta-feira, estava prevista a votação do PL 122. Apesar de tramitar na Casa há mais de sete anos, ainda não conseguiu ser analisado na comissão de mérito. Integrantes da bancada evangélica nas duas Casas do Congresso e representantes de igrejas se manifestaram na sessão, impossibilitando a votação da proposta.
Inicialmente, o texto apresentado pela deputada Iara Bernardi (PT-SP) criminalizava a homofobia. Porém, após sucessivas negociações com a bancada evangélica, o termo foi retirado da proposta e foi adotada uma redação mais genérica. O relator do PL, Paulo Paim (PT-RS), ampliou a lei que já pune a discriminação racial e o capítulo do Código Penal que trata do crime de injúria para incluir o combate a todo tipo de preconceito, não apenas aos homossexuais, mas também ao direcionado a idosos, mulheres e pessoas com deficiências físicas.
“Fundamentalistas”
Em discurso no plenário do Senado na quarta-feira, o senador Magno Malta (PR-ES), um dos integrantes da bancada evangélica no Congresso, disse que o PL 122 pretende criar um  “império homossexual” no país. Crítico do projeto – “é uma anomalia” -, o parlamentar capixaba entende que, com as mudanças elaboradas por Paim, fica aberto o caminho para a criação do “estatuto do homossexual”.
“É um império homossexual, em que eles podem tudo e ninguém pode nada. Por exemplo: se não alugar casa a um homossexual, você vai preso; se não admitir, você vai preso; se demitir, vai preso também. São essas as aberrações que existem no bojo daquele projeto. E mais: você vai preso se não aceitar a opção sexual do indivíduo. Ou seja: você está criminalizado e é obrigado, se não é um criminoso, a aceitar a opção sexual dele”, disse.
Em nota, o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Carlos Magno, diz que “esse povo apenas quer impor a teocracia”. Ele entende que os parlamentares da bancada evangélica devem, ao citar dados de violência contra homossexuais, serem responsabilizados “pelas mortes, pela violência e pelas discriminações que fazem vítimas de milhares de brasileiras e brasileiros todos os anos”.
“Este povo fundamentalista não quer diálogo, este povo quer transformar o Brasil em uma ditadura fundamentalista que faz acepção a quem não siga seus dogmas. Este povo perdeu os valores: semeia o ódio contra a população LGBT. Basta ver conteúdos de determinadosprogramas de televisão apresentados por pastores fundamentalistas, sem falar da vergonhosa Comissão da Câmara dos Deputados que não é digna do nome de Direitos Humanos e Cidadania”, afirmou.
Acordo
Ana Rita garante que existe acordo com igrejas e com o governo para aprovação da proposta. Mas coloca na conta dos neopentecostais a culpa pela proposta não avançar no Senado. “Eu acho que a religiosidade não pode se sobrepor a questão dos direitos humanos. A defesa dos direitos humanos tem de estar acima de qualquer religião, de qualquer identidade religiosa. E o que está prevalecendo aqui, por parte de alguns parlamentares, é a crença acima dos direitos humanos. Eu acho quem é cristão, e tem fé, tem de defender os direitos humanos. E o Estado é laico”, disse.
Com a retirada de pauta, a proposta não tem data para ser analisada novamente. Paim e Ana Rita vão retomar as negociações com os líderes para o texto ser analisado. “Eu, sinceramente, espero que possamos aprovar esse projeto. Na minha opinião, é um grande avanço na conquista de direitos de toda essa população e, particularmente, da população LGBT, que é altamente discriminada em nossa sociedade”, comentou a presidente da CDH.
Casamento, direitos previdenciários e plebiscitos
Horas depois, a CDH da Câmara, em uma sessão esvaziada, aprovou dois projetos e rejeitou um diretamente ligados aos grupos LGBT. O primeiro deles foi o Projeto de Decreto Legislativo 871/13, que revoga a resolução (175/13) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) editada para obrigar cartórios a celebrar casamentos de pessoas do mesmo sexo. A mesma norma torna obrigatória a conversão para casamento de união estável entre homossexuais.
Na sequência, a comissão de Direitos Humanos rejeitou projeto do ex-deputado Maurício Rands (PE), que permite a inclusão de companheiros gays como dependentes na Previdência Social. No fim, ainda aprovaram um projeto de resolução que prevê a realização de plebiscito nacional sobre a união civil entre pessoas do mesmo sexo. “Essa comissão não é séria, propor isso não é sério, é um escárnio com o país”, afirmou o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ), que deixou a CDH após a eleição do Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para a presidência do colegiado.
Para Feliciano, “faltou o contraditório”. “Os partidos que defendem a causa [LGBT] simplesmente fugiram da comissão. Cadê o contraditório, não apareceram aqui. Ou não estão defendendo direito ou ign oraram a nossa votação”, afirmou, em referência à decisão de deputados do PT, PCdoB e Psol em sair do colegiado. Presidente da CDH desde o início do ano, sofreu reações de grupos ligados a direitos humanos por conta de declarações dadas no passado. Nenhum dos projetos aprovados na quarta são de autoria dele.

Trâmite
Apesar de a CDH ser a comissão de mérito, todas as propostas ainda precisam passar por outros colegiados. O plebiscito, por exemplo, segue para a Finanças e Tributação (CFT) e depois pela Constituição e Justiça (CCJ). Feliciano entende que a “falta de coragem” em debater assuntos relacionados a LGBT levam o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a atuarem no vácuo legislativo. “Existe uma interferência nos poderes. O STF não pode mudar a Constituição, apenas esta Casa pode fazer.”
Em abril, o CNJ aprovou uma resolução para obrigar os cartórios de registro a reconhecer a união civil entre pessoas do mesmo sexo e celebrar o casamento homoafetivo. Para aprovar a determinação, o conselho se baseou em decisão do Supremo de maio de 2011, quando a mais alta corte reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Batismo de Igreja Evangélica causa poêmica.

Pela internet tomamos conhecimento de uma nova forma de batismo estranha sobre a qual passaremos a comentar. Vamos à notícia: “Batismo nas águas na Bola de Neve: batismo ou diversão? Há igrejas que batizam por aspersão ou borrifação. Usam a palavra rantizo do grego, que significa aspergir ou salpicar. A palavra batismo é apenas transliterada do grego baptizo. Baptizo significa imergir ou mergulhar.
Sempre que a Bíblia se refere ao batismo, a palavra usada é baptizo, e nunca rantizo. Em Rom. 6.3-5, alguns símbolos reforçam o ensino sobre o batismo por imersão, como “sepultados pelo batismo”, “plantados à semelhança da sua morte pelo batismo”, etc…
Outros exemplos são o batismo de Jesus e do eunuco (Mat 3.16; At 8.38,39), através das expressões: ”desceram à água” e “saíram da água”. Se o batismo fosse por aspersão, bastaria um copo d’água para salpicá-la na cabeça. Ao contrário, é necessário haver abundância de água para o ato batismal, pois a fórmula bíblica do batismo é por imersão.
Tanto o que batiza como o que é batizado, ambos descem às águas. A igreja Bola de Neve – que justificava suas práticas para atrair os jovens – resolveu ir mais longe. Seu batismo é feito num tobogã, no qual os membros deslizam sobre as águas até chegar embaixo e lá, dizem, serem batizados ao som de “glória de Deus!”“.

PR. NATANAEL: Essa forma de batismo chamada tobogã seria mesmo uma forma profana de celebrar o batismo? 
Sem dúvida. Não podemos esquecer de que devemos apresentar os nossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus que o nosso culto racional e celebrar o batismo como se estivéssemos brincando num tobogã com irreverência, isto demonstra profanação como lemos em Romanos 12:1 – “ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.”

A quem cabe a culpa pela celebração de um batismo de caráter profano: o pastor ou os batizandos? 
Certamente o pastor. Ele não pode alterar por sua livre vontade um ato sagrado como o batismo e a celebração da Ceia, ordenanças deixadas pelo Senhor Jesus para serem praticados na igreja e profaná-las a seu bel prazer.

Mesmo com a finalidade de ganhar maior número de jovens a se tornarem cristãos não tem valor essa forma de batismo? 
Não. Quando Jesus nos convida para segui-lo ele exige renúncia e expôs que isso deve nos levar à submissão. Mateus 16:- 24-26 – “Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me; 25 – Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á. 26 – Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?”

O batismo é necessário para a salvação?
Não. O arrependimento e a fé salvadora são necessários para a salvação. Atos 3:19 – “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do SENHOR,” Efésios 2:8-9 – “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. 9 – Não vem das obras, para que ninguém se glorie;” “Paulo declarou que batizar não faz parte de evangelizar. I Coríntios 1:17 – “Porque Cristo enviou-me, não para batizar, mas para evangelizar; não em sabedoria de palavras, para que a cruz de Cristo se não faça vã”.

As crianças recém nascidas devem ser batizadas?
Não. As crianças não têm condições de decisão e de declarar sua fé em Jesus como Salvador e Senhor e o batismo deve ser ministrado a quem tiver essa condição segundo lemos em Atos 8:36-38 – “E, indo eles caminhando, chegaram ao pé de alguma água, e disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado? 37 – E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus. 38 – E mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou.”

As crianças que morrem na infância são salvas sem o batismo infantil?
Sim. Pelo menos é o que nós lemos acerca de Jesus quando recebia crianças para ser por ele ser abençoadas. Os discípulos quiseram impedir, mas Jesus foi incisivo repreendendo os seus discípulos: Mateus 19:14-15 – “Jesus, porém, disse: Deixai os meninos, e não os estorveis de vir a mim; porque dos tais é o reino dos céus. 15 – E, tendo-lhes imposto as mãos, partiu dali.”

Veja o vídeo:

 Fonte> Centro Apologético Cristão de Pesquisas.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

A marca da besta

Dentre todos os tópicos da Bíblia, talvez a marca da besta seja o que mais tem suscitado especulações e argumentações ridículas e bombásticas. Cristãos e não-cristãos debatem o significado de seu valor numérico. Mas o que diz, realmente, o texto bíblico?
O Número 666: Marca Registrada da Tribulação?
A questão central da Tribulação é: Quem tem o direito de governar, Deus ou Satanás? Deus vai provar que é Ele quem tem esse direito. Pela primeira e única vez na história, as pessoas terão uma data limite para aceitarem o Evangelho. Por enquanto, todos podem aceitar ou rejeitar essa mensagem em diferentes momentos da vida; alguns o fazem na infância, outros no início da fase adulta, outros na meia-idade, e alguns até na velhice. Mas, quando vier a Tribulação, as pessoas terão que tomar essa decisão de forma imediata ou compulsória por causa da marca da besta, de modo que toda a humanidade será deliberadamente dividida em dois segmentos. O elemento polarizador será precisamente a marca da besta.
A Bíblia ensina que o líder da campanha em defesa da marca da besta será o falso profeta, que está ligado à falsa religião (Ap 13.11-18). Apocalipse 13.15 deixa claro que o ponto-chave em tudo isso é adorar "a imagem da besta". A marca da besta é simplesmente um meio de forçar as pessoas a declararem do lado de quem estão: do Anticristo ou de Jesus Cristo. Todos terão que escolher um dos lados. Será impossível manter uma posição neutra ou ficar indeciso com relação a esse assunto. A Escritura é muito clara ao afirmar que os que não aceitarem a marca serão mortos.
Toda a humanidade será forçada a escolher um dos lados: "...todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos" (Ap 13.16). O Dr. Robert Thomas comenta que essa construção retórica "abrange todas as pessoas, de todas as classes sociais, [...] ordenadas segundo sua condição financeira, [...] abrangendo todas as categorias culturais [...]. As três expressões são um recurso estilístico que traduz universalidade".[1] A Escritura é muito específica. O falso profeta vai exigir uma "marca" em sinal de lealdade e devoção à besta, e essa marca será "sobre a mão direita"– não a esquerda – "ou sobre a fronte" (Ap 13.16).
A palavra "marca" aparece em muitas passagens da Bíblia. Por exemplo, ela é usada várias vezes em Levítico, referindo-se a um sinal que torna o indivíduo cerimonialmente impuro, e está geralmente relacionada à lepra. É interessante notar que o modo como Ezequiel 9.4 usa a idéia de "marca" é semelhante ao de Apocalipse: "E lhe disse: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal a testa dos homens que suspiram e gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela". Nessa passagem, o sinal serve para preservação, assim como o sangue espalhado nas ombreiras das portas livrou os hebreus durante a passagem do anjo da morte, como relata o Livro do Êxodo. Em Ezequiel, a marca é colocada na fronte, semelhantemente à do Apocalipse. Todas as sete ocorrências da palavra "marca" ou "sinal" (gr. charagma) no Novo Testamento em grego, encontram-se no Livro do Apocalipse, e todas se referem à "marca da besta" (Ap 13.16,17; 14.9,11; 16.2; 19.20; 20.4). O Dr. Thomas explica o significado desse termo na Antigüidade:
A marca deve ser algum tipo de tatuagem ou estigma, semelhante às que recebiam os soldados, escravos e devotos dos templos na época de João. Na Ásia Menor, os seguidores das religiões pagãs tinham prazer em exibir essas tatuagens para mostrar que serviam a um determinado deus. No Egito, Ptolomeu IV Filopátor (221-203 a.C.) marcava com o desenho de uma folha de trevo os judeus que se submetiam ao cadastramento, simbolizando a servidão ao deus Dionísio (cf. 3 Macabeus 2.29). Esse significado lembra a antiga prática de usar marcas para tornar pública a fé religiosa do seu portador (cf. Isaías 44.5), e também a prática de marcar os escravos a fogo com o nome ou símbolo de seu proprietário (cf. Gl 6.17). O termo charagma ("marca") também era usado para designar as imagens ou nomes dos imperadores, cunhadas nas moedas romanas e, portanto, poderia muito bem aplicar-se ao emblema da besta colocado sobre as pessoas.[2]
Alguns se perguntam por que foi usado um termo tão específico para designar a marca do Anticristo. Essa marca parece ser uma paródia do plano de Deus, principalmente no que se refere aos 144.000 "selados" de Apocalipse 7. O selo de Deus sobre Suas testemunhas muito provavelmente é invisível e tem o propósito de protegê-las do Anticristo. Por outro lado, o Anticristo oferece proteção contra a ira de Deus – uma promessa que ele não tem condições de cumprir – e sua marca é visível e externa. Como os que receberem a marca da besta o farão voluntariamente, é de supor que as pessoas sentirão um certo orgulho de terem, em essência, a Satanás como seu dono. O Dr. Thomas afirma: "A marca será visível e identificará todos os que se sujeitarem à besta".[3]

Uma Identificação Traiçoeira

Além de servir como indicador visível da devoção ao Anticristo, a marca será a identificação obrigatória em qualquer transação comercial na última metade da Tribulação (Ap 13.17). Este sempre foi o sonho de todos os tiranos da história – exercer um controle tão absoluto sobre seus vassalos a ponto de decidir quem pode comprar e quem pode vender. O historiador Sir William Ramsay comenta que Domiciano, imperador romano no primeiro século, "levou a teoria da divindade Imperial ao extremo e encorajou ao máximo a ‘delação’; [...] de modo que, de uma forma ou de outra, cada habitante das províncias da Ásia precisava demonstrar sua lealdade de modo claro e visível, ou então era imediatamente denunciado e ficava impossibilitado de participar da vida social e de exercer seu ofício".[4] No futuro, o Anticristo aperfeiçoará esse sistema com o auxílio da moderna tecnologia.
Ao longo da história, muitos têm tentado marcar certos grupos de pessoas para o extermínio, mas sempre houve alguns que conseguiram achar um meio de escapar. Porém, à medida que a tecnologia avança, parece haver uma possibilidade cada vez maior de bloquear praticamente todas as saídas. Essa hipótese é reforçada pelo emprego da palavra grega dunétai – "possa" (Ap 13.17), que é usada para transmitir a idéia do que "pode" ou "não pode" ser feito. O Anticristo não permitirá que alguém compre ou venda se não tiver a marca, e o que possibilitará a implantação desta política será o fato da sociedade do futuro não usar mais o dinheiro vivo como meio de troca. O controle da economia, ao nível individual, através da marca, encaixa-se perfeitamente no que a Bíblia diz a respeito do controle do comércio global pelo Anticristo, delineado em Apocalipse 17 e 18.
A segunda metade de Apocalipse 13.17 descreve a marca como "o nome da besta ou o número do seu nome". Isso significa que "o número do nome da besta é absolutamente equivalente ao nome, [...]. Essa equivalência indica que, como nome, ele é escrito com letras; mas, como número, é o análogo do nome escrito com algarismos".[5] O nome do Anticristo será expresso numericamente como "666".
Calculando o Número
Nesse ponto da profecia (Ap 13.18), o apóstolo João interrompe momentaneamente a narrativa da visão profética e passa a ensinar a seus leitores a maneira correta de interpretar o que havia dito. Uma leitura do Apocalipse demonstra claramente que os maus não entenderão o significado, porque rejeitaram a Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Por outro lado, os demais que estiverem atravessando a Tribulação receberão sabedoria e entendimento para que possam discernir quem é o Anticristo e recusar a sua marca. A Bíblia deixa claro que aqueles que receberem a marca da besta não poderão ser salvos (Ap 14.9-11; 16.2; 19.20; 20.4) e passarão a eternidade no lago de fogo. O fato de João usar essa passagem crucial para transmitir sabedoria e entendimento aos crentes, com relação a um assunto de conseqüências eternas, mostra que Deus proverá o conhecimento necessário para que o Seu povo possa segui-lO fielmente.
Mas o que essa sabedoria e esse conhecimento permitem que os crentes façam? A passagem diz que podemos "calcular". Calcular o quê? Podemos calcular o número da besta.
O principal propósito de alertar os crentes sobre a marca é permitir que eles saibam que, quando em forma de número, o "nome" da besta será 666. Assim, os crentes que estiverem passando pela Tribulação, quando lhes for sugerido que recebam o número 666 na fronte ou na mão direita, deverão rejeitá-lo, mesmo que isso signifique a morte. Outra conclusão que podemos tirar é que qualquer marca ou dispositivo oferecido antes dessa época não é a marca da besta que deve ser evitada.
Portanto, não há motivo para os cristãos de hoje encararem o número 666 de forma supersticiosa. Se o nosso endereço, número de telefone ou código postal incluem esse número, não precisamos ter medo de que algum poder satânico ou místico nos atingirá. Por outro lado, temos que reconhecer que muitos ocultistas e satanistas são atraídos por esse número por sua conexão com a futura manifestação do mal. Porém, o número em si não tem poderes sobrenaturais. Quando um crente acredita nisso, já caiu na armadilha da superstição. A Bíblia ensina que não há nenhum motivo para atribuir poderes místicos ao número 666.

A Carroça na Frente dos Bois
Muitos têm tentado descobrir a identidade do Anticristo através de cálculos numéricos. Isso é pura perda de tempo. A lista telefônica está cheia de nomes que poderiam ser a solução do enigma, mas a sabedoria para "calcular" o nome não é para ser aplicada agora, pois isso seria colocar a carroça adiante dos bois. Esse conhecimento é para ser usado pelos crentes durante a Tribulação.
Em 2 Tessalonicenses 2, Paulo ensina que, durante a presente era da Igreja, o Anticristo está sendo detido. Ele será "revelado somente em ocasião própria" (v.6). Ao escolher a palavra "revelado", o Espírito Santo quis indicar que a identidade do Anticristo estará oculta até a hora de sua revelação, que ocorrerá em algum momento após o Arrebatamento da Igreja. Portanto, não é possível saber quem é o Anticristo antes da "ocasião própria". O Apocalipse deixa bem claro que os crentes saberão na hora certa quem é o Anticristo.
Como apontamos acima, o Apocalipse não deixa dúvida de que durante a Tribulação todos os crentes saberão que receber a marca da besta será o mesmo que rejeitar a Cristo. Durante a Tribulação, todos os cristãos terão plena consciência disso onde quer que estejam. Nenhuma das hipóteses levantadas no passado, ou que venham a ser propostas antes da Tribulação, merece crédito.
Apocalipse 13.17-18 diz claramente que o número 666 será a marca que as pessoas terão que usar na fronte ou na mão direita. Em toda a história, ninguém jamais propôs a utilização desse número em condições semelhantes às da Tribulação, de modo que todas as hipóteses já levantadas a respeito da identidade do Anticristo podem ser descartadas.
O mais importante nessa passagem é que podemos nos alegrar em saber que a identificação do futuro falso Cristo ainda não é possível, mas o será quando ele ascender ao trono. Com certeza, aquele a quem o número 666 se aplica é alguém que pertence a uma época posterior ao período em que João viveu, pois ele deixa claro que alguém iria reconhecer esse número. Se nem a geração de João nem a seguinte foi capaz de discerni-lo, isso significa que a geração que poderá identificar o Anticristo forçosamente estava (e ainda está) no futuro. No passado, houve várias figuras políticas que tipificaram características e ações desse futuro personagem, mas nenhum dos anticristos anteriores se encaixa perfeitamente no retrato e no contexto do Anticristo do final dos tempos.[6]
A Relação entre Tecnologia e a Marca da Besta
Muitos têm feito as mais variadas hipóteses sobre a marca da besta. Alguns dizem que ela será como o código de barras utilizado para identificação universal de produtos. Outros imaginam que seja um chip implantado sob a pele, ou uma marca invisível que possa ser lida por um scanner. Contudo, essas conjeturas não estão de acordo com o que a Bíblia diz.
A marca da besta – 666 – não é a tecnologia do dinheiro virtual nem um dispositivo de biometria. A Bíblia afirma de forma precisa que ela será:
a marca do Anticristo, identificada com sua pessoa
o número 666, não uma representação
uma marca, como uma tatuagem
visível a olho nu
sobre a pele, e não dentro da pele
facilmente reconhecível, e não duvidosa
recebida de forma voluntária; portanto, as pessoas não serão ludibriadas para recebê-la involuntariamente
usada após o Arrebatamento, e não antes
usada na segunda metade da Tribulação
necessária para comprar e vender
recebida universalmente por todos os não-cristãos, mas rejeitada pelos cristãos
uma demonstração de adoração e lealdade ao Anticristo
promovida pelo falso profeta
uma opção que selará o destino de todos os que a receberem, levando-os ao castigo eterno no lago de fogo.
Talvez na história ou na Bíblia nenhum outro número tenha atraído tanto a atenção de cristãos e não-cristãos quanto o "666". Até mesmo os que ignoram totalmente os planos de Deus para o futuro, conforme a revelação bíblica, sabem que esse número tem um significado importante. Escritores religiosos ou seculares, cineastas, artistas e críticos de arte fazem menção, exibem ou discorrem a respeito dele. Ele tem sido usado e abusado por evangélicos e por membros de todos os credos, tendo sido objeto de muita especulação inútil. Freqüentemente, pessoas que se dedicam com sinceridade ao estudo da profecia bíblica associam esse número à tecnologia disponível em sua época, com o intuito de demonstrar a relevância de sua interpretação. Mas, fazer isso é colocar "a carroça na frente dos bois", pois a profecia e a Bíblia não ganham credibilidade ou legitimidade em função da cultura ou da tecnologia.
Conclusão
O fato da sociedade do futuro não utilizar mais o dinheiro vivo será usado pelo Anticristo. Entretanto, seja qual for o meio de troca substituto, ele não será a marca do 666. A tecnologia disponível na época da ascensão do Anticristo será aplicada com propósitos malignos. Ela será empregada, juntamente com a marca, para controlar o comércio (como afirma Apocalipse 13.17). Sendo assim, é possível que se usem implantes de chips, tecnologias de escaneamento de imagens e biometria para implementar a sociedade amonetária do Anticristo, como um meio de implantar a política que impedirá qualquer pessoa de comprar ou vender se não tiver a marca da besta. O avanço da tecnologia é mais um dos aspectos que mostram que o cenário para a ascensão do Anticristo está sendo preparado. Maranata! (Thomas Ice - Pre-Trib Perspectives - http://www.chamada.com.br)
Robert L. Thomas, Revelation 8-22: An Exegetical Commentary (Chicago: Moody Press, 1995), pp. 179-80.
Thomas, Revelation 8-22, p. 181.
Thomas, Revelation 8-22, p. 181.
Sir William Ramsay, The Letters to the Seven Churches (New York: A. C. Armstrong & Son, 1904), p. 107.
Thomas, Revelation 8-22, p. 182.
Thomas, Revelation 8-22, p. 185.

Thomas Ice é diretor-executivo do Pre-Trib Research Center (Centro de Pesquisas Pré-Tribulacionistas) e professor de Teologia na Liberty University. Ele é Th.M. pelo Seminário Teológico de Dallas e Ph.D. pelo Seminário Teológico Tyndale. Editor da Bíblia de Estudo Profética e autor de aproximadamente 30 livros, Thomas Ice é também um renomado conferencista. Ele e sua esposa Janice vivem com os três filhos em Lynchburg, Virginia (EUA).


Apóstolo Estevam Hernandes afirma que políticos evangélicos não representam a opinião dos evangélicos do Brasil

Em entrevista recente ao site UOL, durante uma viajem para realização da Marcha para Jesus em Israel, o apóstolo Estevam Hernandes, líder da Igreja Renascer em Cristo, comentou sobre temas polêmicos nos quais a denominação esteve envolvida nos últimos anos. Entre os assuntos abordados Hernandes falou sobre a queda do telhado do principal templo da igreja, que vitimou nove fiéis em 2009, e sobre a prisão dele e de sua esposa, a bispa Sônia, em 2007 por evasão de divisas. Hernandes falou também sobre os evangélicos na política, e afirmou que tais parlamentares não representam a opinião dos evangélicos do país.


- A gente encara como uma situação pontual, e que foi superada em todos os aspectos. E nós estamos tranquilos em relação a isso. Já faz sete anos – falou o líder religioso sobre sua detenção nos Estados, onde passou dois anos preso por tentar entrar com 56 mil dólares não declarados.

Questionado sobre o desabamento do telhado da sua sede internacional, no Cambuci, no centro de São Paulo, em 2009, Hernandes afirmou se tratar de uma fatalidade, e isentou a denominação de responsabilidade no ocorrido.

- Nós encaramos como uma fatalidade, o prédio estava 100% regular, o prédio estava com alvará e estava com todas as condições. Infelizmente aconteceu aquilo. Obviamente que eu, pessoalmente, não gostaria que ninguém estivesse lá e não gostaria que tivesse acontecido – afirmou.

- E o nosso posicionamento quanto tudo aquilo que nós sofremos, sejam perseguições, injustiças ou seja o que for, é no sentido de continuarmos. Então essa é a mensagem que nós queremos que as pessoas tenham. Porque, obviamente, não há um ser humano sobre a Terra que não tenha problemas – completou o religioso.

O líder da Igreja Renascer comentou também sobra atuação dos evangélicos na política brasileira, e afirmou que a atual bancada evangélica não representa a opinião da totalidade dos evangélicos Brasileiros.

- Eu não acredito que esses políticos tenham a capacidade de transformar a sociedade brasileira. Obviamente nós temos mais conservadores do que liberais, e nesse aspecto o bloco evangélico sempre deverá ser mais conservador por causa dos seus princípios bíblicos – afirmou o religioso, que também criticou as posições assumidas por muitos políticos evangélicos.

- Nós estamos focados em uma única posição, que não representa a opinião dos evangélicos do Brasil. Eu acredito que nós somos um povo 100% aberto ao diálogo… Nós somos um povo que deseja uma transformação na sociedade, e dentro disso contempla-se a tolerância, porque o princípio do evangelho é o amor ao próximo – completou Hernandes, afirmando que os evangélicos não podem se apoiar em uma opinião radical.


Anajure repudia parceria do governo com grupos de prostituição

A tentativa de tornar a prostituição como profissão legalizada tem interesses econômicos diante dos eventos esportivos que trarão milhares de turistas ao país
Citando a Constituição Federal que defende a dignidade humana, a ANJURE (Associação Nacional de Juristas Evangélicos) escreveu uma carta de repúdio à parceria entre o Governo Federal e grupo de prostituição que agora, em parceria com a Caixa Econômica Federal, pode aceitar cartões de débito e crédito como pagamento dos programas.
Ao entender que a prostituição rompe com o fundamento republicano da dignidade humana, a ANAJURE acredita que tal parceria afronta não apenas a Constituição, mas o Código Civil e Estado Democrático de Direito.
“Estamos diante de uma parceria imoral, inconstitucional e ilegal. O que está em jogo, no caso em apreço, é muito mais do que uma questão jurídica; está em jogo a destruição ou ruptura do nosso modelo de sociedade”, diz o Dr. Uziel Santana.
No início desta semana o jornal O Estado de Minas Gerais noticiou o tratado entre a Associação de Prostitutas de Minas com a Caixa, além de ter a máquina para recebimento dos programas, as prostitutas também passaram a ter cartão de crédito com anuidade gratuita por um ano, cheque especial e capital de giro e status de microempreendedoras.
No Brasil a prática não é legalizada e nem se enquadra nas categorias econômicas listadas pelo Comitê Gestor do Simples Nacional. Mesmo assim, a parceria permite que elas se tornem Microempreendedoras Individuais (MEI) e passam a ter direitos como salário-maternidade, auxílio-doença e outras benefícios sociais.
A Associação Nacional de Juristas não repudia os benefícios sociais, mas sim a prática, pois a “comercialização do corpo” atinge principalmente a dignidade das mulheres brasileiras. “É no corpo que se materializa e se expressa mais concretamente a dignidade do ser humano, por isso mesmo, este não pode ser objeto de violação, exploração e escravização”, diz o presidente da ANAJURE.
O Dr. Uziel também aproveita o momento para falar do PL 4.211/2012 que tem como objetivo legalizar a prostituição, um projeto de lei que seria aprovado antes dos eventos esportivos marcados para os próximos anos que trarão ao Brasil milhares de turistas.
“Vale dizer, parece-nos que há toda uma conjuntura política, econômica e ideológica com o objetivo claro de se legalizar e institucionalizar a prostituição como profissão no Brasil. Repudiamos veementemente tudo isso e defenderemos as mulheres do nosso país contra tal possibilidade.”


Não é possível sustentar a fé fora da igreja, diz teólogo

O mais recente Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) mostrou o aumento significativo do número de evangélicos sem igreja.
O fenômeno dos “desigrejados” representa 4 milhões de pessoas, ou seja, 10% de todos os evangélicos do Brasil.
O termo não é aplicado em pessoas que perderam a fé, muito pelo contrário, elas continuam acreditando em Jesus e se consideram evangélicas, porém não estão ligadas a estruturas eclesiásticas.
Essa ruptura com a igreja instituição pode ser gerada por diversos fatores: decepção com lideranças, críticas com o modelo de igreja empregado nos dias atuais, descontentamento com os ensinos bíblicos e até mesmo com a doutrina.
O assunto tem ganhado destaque, diversos estudiosos já pesquisaram e escreveram livros a esse respeito como é o caso do teólogo Alan Corrêa autor de “Dissidentes da Igreja”.
Em entrevista para a revista “Cristianismo Hoje”, edição de novembro/2013, Corrêa dá sua opinião sobre o tema dizendo que não é possível sustentar a fé fora da vivência em comunidade por muito tempo.
“O plano de salvação também compreende o ajuntamento de todos os remidos em um só corpo, e esse corpo é sinalizado na terra por meio das igrejas”, disse.
Alan é membro da Igreja Batista Nacional em São Bernardo, na Grande São Paulo, mas também atua no ministério chamado Dokime, que busca resgatar a simplicidade do Evangelho.
A revista Cristianismo Hoje de novembro aborda este tema na matéria de capa conversando com pastores, estudiosos e com evangélicos “desigrejados” que relatam os motivos que os levaram a sair das igrejas.
Os dados apresentados na matéria mostram que 62% das pessoas sem vínculos denominacionais são egressos de denominações neopentecostais que dão ênfase à teologia da prosperidade.
Dos que pretendem voltar a se vincular a uma igreja, 63% diz que só fariam isso se a comunidade não apresentasse os mesmos problemas que os afastaram de uma denominação.


Amor à Vida reproduz cena de culto evangélico, internautas comentam

O episódio da novela “Amor à Vida” do último sábado (2) mostrou a personagem Gina (Carolina Kasting) sendo convidada por Maristela (Vera Mancini) para participar de um culto evangélico.
Maristela encontrou a cozinheira triste em um parque e resolveu fazer o convite para que ela conhecesse a nova igreja do bairro.
Gina estava desesperada pelo fim do relacionamento com o médico Herbert (José Wilker). A jovem descobriu que seu noivo foi o grande amor da vida de sua mãe e por um momento surgiu a dúvida de que ele era seu pai.
Aborrecida, ela resolveu buscar ajuda na Bíblia que recebeu de Maristela. Foi folheando o Livro que ela encontrou o Salmo 23 e passou a ter esperança.
Ao aceitar o convite para entrar no culto, Gina é surpreendida com uma palavra do pastor Efigênio (Gláucio Gomes) que faz a personagem chorar de emoção.
“Eu não sei que caminho trouxe você até aqui hoje, mas eu posso ver dor no seu rosto”, disse o pastor. “Acredite, eu também passei por caminhos espinhosos até chegar aqui, mas eu encontrei a paz de Cristo.”
Efigênio pede o hino 107 da Harpa Cristã e a igreja canta desejando que Gina receba a Cristo.
Internautas opinam sobre a cena
Muitos internautas evangélicos comentaram sobre a cena, alguns comemoram a pregação em horário nobre, outros acharam que a novela estava zombando da Palavra de Deus.
“Tenso. Novela da Globo só poderia mesmo produzir uma cena deprimente dessas…”, escreveu o evangélico André Neves.
O tuiteiro Roger Bhecker gostou e deu sua opinião no microblog: “Achei linda a cena da novela Amor à vida, que mostrava uma personagem em um ‘culto evangélico’.”
A assessoria de imprensa do deputado pastor Marco Feliciano postou o vídeo do episódio no Facebook e pediu a opinião dos seguidores. Mais uma vez houve críticas e elogios à produção.
“Sou evangélica e gostei muito da cena, uma reprodução perfeita de um culto evangélico”, escreveu Lia Targino que afirmou ser telespectadora de “Amor à Vida”.
Dalila Gonçalves Carvalho é contra, e acredita que “estão zombando dos crentes” ao colocar personagens e até mesmo um culto na trama.
Já Alex Sandro diz não se importar se o motivo é zombar ou não os evangélicos. “Se estão zombando ou não, o importante é que a palavra foi pregada. Fato é que quando Deus manda, até o diabo obedece”.

Evangélicos recordam os mortos, mas sem rituais

Para os evangélicos, este também é um dia de recordação e saudades. Porém, há diferenças no fundamento da fé. Eles não oram, não acendem velas ou fazem homenagens. “Não veneramos os mortos. Só lembramo-nos dos entes queridos com saudades”, diz o vice-presidente da Assembléia de Deus de Cuiabá e Região, pastor Rubens Siro de Souza. “Não há programação, solenidade porque isso significa venerar”, acrescentou.

Conforme Rubens Siro, para os fiéis da Assembléia de Deus este é um dia comum. Porém, não há nenhum problema em ir aos cemitérios nesta data. “Mas não colocar que os mortos têm esperança por meio de nós. A esperança dos mortos é que eles fizeram em vida”, frisou. Neste sentido, ele cita a passagem bíblica de Hebreus capítulo 9 versículo 27 que diz: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo”.

O pastor frisa que a morte é comum a todos e sentimentos de dor, tristeza e separação são resultados deste fenômeno que atinge a todas as camadas sociais sem distinção. “O fato se sermos cristãos não nos torna diferentes das outras pessoas em relação à natureza humana, isto é, possuímos os mesmos sentimentos de perda, separação e pesar quando morre um ente querido. Todavia, temos uma atitude distinta daqueles que se deslocam aos cemitérios com o objetivo de interceder pelos mortos procurando aliviar suas penas e livrá-los de um purgatório inexistente”, disse.

Segundo ele, o conforto vem do Espírito Santo e da Palavra de Deus, que garante que aquele que partiu para a eternidade está na presença de Deus no céu. “Além do mais, nossas orações devem ser realizadas em favor das pessoas enquanto em vida. Depois é inútil, desnecessária e completamente ineficaz”, acredita. (JD) 

Criação “morna” de pais evangélicos afasta filhos da fé

O crescente abandono da fé por parte de adolescentes vem sendo objeto de debate há muitos anos. Um novo estudo, conduzido pelo ministério Focus on the Family [Foco na Família] pretende apresentar possíveis respostas sobre a tendência entre os jovens adultos que podem contradizer as previsões catastróficas sobre o futuro da Igreja.
A pesquisa recebeu o nome de “Participação na Fé e Retenção entre os Milenares”. Como o título indica, o foco principal são as opções religiosas da chamada geração milenar (nascidos entre 1980 e 2000) e descobriu que apenas uma pequeno percentual mantem sua fé desse a infância.
O principal motivo é a falta de uma formação clara no lar sobre a questão espiritual. O estudo utiliza dados da pesquisa anual do Instituto Pew e da Fundação Nacional de Ciência Social. Cerca de um quinto (18%) dos jovens adultos criados em lares com pouca influência religiosa declaram não ter atualmente nenhum vínculo com uma fé específica. Por outro lado, 60% por cento dos milenares afirmam que “mantém a fé”.
Entre os que afirmam ser “sem religião”, apenas 11% disse que tinha uma fé forte enquanto criança e viviam em uma casa onde uma fé viva era praticada e ensinada. Em outras palavras, a grande maioria dos jovens que deixam o cristianismo não viveram em famílias com forte convicções religiosas.

“Esta não é uma crise apenas de fé, mas também é dos pais”, observou o Focus on the Family. ”Os pais que possuem um lar onde uma fé vibrante é praticada, ainda que de modo imperfeito, são muito mais propensos a criar jovens que continuem sendo cristãos sérios, mesmo que às vezes passem por crises e questionamentos”, disse o estudo. “Não é surpresa que onde a fé dos pais é ‘morna’, as crianças não persistem mais quando envelhecem”.
O estudo também aponta que 20% dos jovens adultos decidem mudar suas crenças, embora a maioria sai de uma denominação cristã para outra (incluindo católicos). Em geral, o número dos sem religião cresceu cerca de 10% nos últimos 20 anos. Contudo, entre os milenares, muitos desses “sem religião” não abandonaram a fé por completo, mas sim dizem serem espirituais, contudo sem serem religiosos.
O estudo tratou também da questão sobre por que os jovens adultos que se envolvem menos com a comunidade (isso inclui a igreja), são mais propensos a ver as pessoas religiosas como hipócritas ou excessivamente conservadoras.  A resposta parece ser a falta de bons modelos.
Além disso, o estudo observou que os que tiveram uma criação menos religiosa tendem a adiar o casamento e a paternidade. ”Ter modelos fortes de casamentos e de famílias na infância é uma importante fator também na questão da igreja”. Entre as principais conclusões do estudo, está que as famílias que ensinam as crianças de maneira constante sobre fé, desde a primeira infância, têm um maior “índice de retenção” na idade adulta.
Outro fato importante é que as Igrejas que ensinam a Bíblia (evangélicas conservadoras) continuam crescendo. O motivo é que os jovens de hoje querem viver “algo maior que eles mesmos”. Os milenares querem uma fé séria, fundamentada, não uma forma de entretenimento.
Por outro lado, as igrejas que oferecem apenas mensagens positivas e promovem a riqueza estão em declínio. A nova geração parece menos propensa a aceitar o discurso que é preciso apenas “ter fé na força da fé”. Com informações de BP News.