terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Ladrões roubam igreja e são mortos por um raio durante a fuga; “Punição divina”, dizem jornais; Assista

Um assalto a uma igreja não terminou como os ladrões planejavam, e não foi porque a Polícia os prendeu. Um raio os atingiu durante a fuga, e a câmera de segurança da viatura que os perseguia filmou tudo.
Sites de notícias internacionais destacaram que os ladrões foram “punidos por Deus imediatamente” após assaltar uma igreja em São Petersburgo, na Rússia.
O grupo de homens armados e mascarados invadiu a igreja e roubou pertences. A Polícia foi acionada e passou a perseguir o carro dos ladrões numa rodovia da região, quando o raio os acertou em cheio.
Segundo relatórios da Polícia, os ocupantes foram mortos instantaneamente, pois o raio causou uma explosão no veículo. Destroços atingiram um carro que trafegava no local, mas ninguém ficou ferido.
O vídeo da perseguição seguida da explosão se tornou viral nas redes sociais e tem causado perplexidade pela violência da descarga elétrica. Assista:

Assaltos
No Brasil, os assaltos a templos são corriqueiros e muitas vezes, saem impunes. Recentemente, na cidade de Caruaru (PE), uma filial da Assembleia de Deus que já foi assaltada cinco vezes sem que os ladrões tenham sido pegos, voltou a sofrer com a ação dos criminosos.
No último furto, o pastor da igreja estimou o prejuízo em R$ 10 mil: “Lamentavelmente esta é a quinta vez que acontece aqui na nossa igreja”, disse o pastor Isaque Ferreira, referindo-se à ação dos bandidos. “A gente fica triste, porque é fruto de um trabalho de anos para beneficiar. Infelizmente, não há respeito mais nem pela casa de Deus”, acrescentou.

Arábia Saudita aprova pena de morte para quem for pego com exemplares da Bíblia Sagrada

A perseguição religiosa contra cristãos na Arábia Saudita ganhou contornos mais extremos com a promulgação de uma lei que prevê a pena de morte para quem portar uma Bíblia.
A medida, indireta, faz parte de uma série de mudanças na legislação do país, é uma forma de atender às exigências da Sharia, lei muçulmana que é usada pelos governantes da Arábia Saudita como inspiração para as leis civis.
A pena prevista para quem for pego com uma Bíblia Sagrada é a morte, de acordo com informações da missão Heart Cry (“clamor do coração”, em tradução livre).
A medida foi implementada quando o governo alterou a legislação da importação de drogas ilegais e incluiu um artigo sobre literatura, prevendo que “todas as publicações de outras crenças religiosas não islâmicas e que tragam prejuízo” devem ser combatidas.
Na prática, tornou-se proibido entrar com Bíblias na Arábia Saudita, e quem for pego com um exemplar das Escrituras Sagradas do cristianismo deve ser condenado à morte por contrabando.
Na Arábia Saudita, país de maioria islâmica, o cristianismo é restrito a alguns estrangeiros que lá vivem, e as poucas igrejas existentes são pequenas e sem ligação com grandes ministérios internacionais.
Existe o temor de que, dessa forma, o plano para erradicar o cristianismo na Arábia Saudita alcance êxito, segundo informações do portal WND.
A Missão Portas Abertas divulga anualmente uma lista com os países que mais perseguem cristãos, e a Arábia Saudita figura na sexta colocação de piores nações para a divulgação do Evangelho.
“Se os muçulmanos verdadeiramente tivessem confiança que sua religião é verdadeira, não teriam medo de pessoas que leem a Bíblia”, comentou o teólogo Joel Richardson, autor de diversos livros sobre o islamismo.


Pastor canta música “Happy”, de Pharrell Williams, durante sermão e cai morto no púlpito

Um pastor evangélico caiu morto no púlpito depois de cantar a música “Happy”, de Pharrel Williams. Gordon A. Humpfrey Jr., líder da Shiloh Missionary Baptist Church, em Chicago (EUA), era conhecido por cantar durante seus sermões.
Com mais de 40 anos de ministério, Gordon vinha ajudando a pastorear outras duas igrejas na Califórnia, além da Igreja Batista em que era pastor-presidente.
No último domingo, o pastor cantava um trecho da música secular “Happy”, que fala sobre a importância da alegria, quando caiu morto no púlpito, de acordo com informações do Christian Post.
“Eu não tenho certeza se eles já determinaram a causa da morte, mas [os paramédicos] disseram que ele pode ter tido um ataque cardíaco”, disse o pastor auxiliar Greg Hunter.
Greg afirmou que os membros da congregação chamaram os paramédicos imediatamente quando o pastor Gordon teve o mal súbito. A congregação, abalada, tem tentado manter viva a memória de um líder dedicado e amoroso.
“Estamos enfatizando o fato de que ele morreu fazendo o que amava fazer, e ele adorava pregar. Essa é a relação que ele tinha com Deus, e quando ele pregou ele deu o seu tudo. Então, ele passou a fazer a coisa de que ele gostava de fazer, que era compartilhar a Palavra de Deus e ministrar ao corpo de Cristo”, resumiu Greg.
Na página da igreja no Facebook, fiéis prestaram uma última homenagem: “Deus te abençoe reverendo Humphrey. Descanse de seu trabalho, e como você cantou ontem, seu nome está no jubileu dos cristãos”, escreveu uma pessoa. “Maravilhoso homem de Deus. Pregação tradicional, ministério e música gospel com a capacidade de alcançar a este mundo moderno. Descanse no céu, ´pastor Humphrey Jr.”, disse outro fiel.
Pharrell Williams
O cantor Pharrell Williams é um dos artistas em maior ascensão nos Estados Unidos, e atualmente, integra o corpo de jurados da versão norte-americana do reality show musical The Voice.
Em uma etapa recente, quando o cantor Craig Wayne Boyd interpretou o hino cristão “The Old Rugged Cross” (“Rude Cruz”, na versão em português) no programa, Pharrell o aplaudiu e elogiou a iniciativa de Boyd, dizendo que era bonito vê-lo exaltar a Deus em um momento importante da disputa.
“Craig, eu entendo! A Deus seja a glória! Você batalhou para chegar aqui. Eu tenho uma pergunta para você: como você se sente estando no topo deste jogo e reconhecendo que isto tudo é obra de Deus?”, questionou Pharrell Williams, sob aplausos da plateia.
“Eu me sinto simplesmente abençoado neste momento”, respondeu Craig Wayne Boyd.


Adolescente comete suicídio por temer a reação dos pais evangélicos à sua homossexualidade

A dúvida sobre como a família receberia a notícia sobre sua homossexualidade levou uma adolescente a cometer suicídio. Elizabeth Lowe, de 14 anos, filha de pais evangélicos, temia ser rejeitada.
Embora não tivesse certeza sobre sua atração por mulheres, Elizabeth conversava com amigos sobre seu receio de que seus pais reagissem de forma incompreensiva. Além disso, sentia-se com dificuldade de conciliar sua própria fé com os sentimentos que rondavam seus pensamentos.
À Polícia de Manchester, na Inglaterra, o pai de Elizabeth afirmou que a menina não teria motivos para ser receosa, pois caso ela revelasse a eles esse conflito, eles receberiam a notícia com “amor e aceitação”.
De acordo com informações do jornal O Globo, a morte aconteceu há meses, porém os fatos foram revelados somente agora após a conclusão das investigações. A Polícia descobriu que na noite de 10 de setembro, Elizabeth mandou mensagens para um amigo falando sobre sua angústia e terminou a conversa dizendo “Mantenha-se forte. Sinto muito”.
O amigo, preocupado, alertou a mãe de Elizabeth, que então acionou as autoridades, porém os policiais chegaram tarde ao parque onde ela havia se enforcado. A autópsia feita no corpo da adolescente constatou que ela não havia feito o uso de drogas ou álcool.
Antes do episódio que culminou com sua morte, Elizabeth já havia falado com os colegas sobre o desejo de tirar a própria vida para pôr fim aos problemas, e que por vezes, ela havia se automutilado como uma forma de afastar os pensamentos suicidas.
 “Ela era uma ótima estudante que estava enfrentando questões complicadas com a chegada da maturidade e a descoberta da sua sexualidade, e também estava encontrando dificuldade para conciliar isso com sua fé. Ficou claro que ela estava sofrendo e que vinha falando sobre isso com outras pessoas”, comentou o médico-legista Nigel Meadows. A afirmação é corroborada pelos boletins e relatos de professores da escola Parrs Wood High School, onde ela estudava.
Para Nigel, não há dúvidas que a família saberia lidar com a situação de forma a contornar o problema: “Ela nunca teve a oportunidade de conversar sobre suas preocupações com seus pais, mas tenho certeza de que eles teriam apoiado a filha”.


Grupo satanista irá instalar presépio do “aniversário de satanás” na sede do Congresso dos Estados Unidos

Um grupo satanista solicitou e conseguiu uma autorização das autoridades nos Estados Unidos para instalar um presépio no gramado do Capitólio, em Washington (DC), a fim de comemorar o “aniversário de satanás”.
O uso de presépios é uma marca dos cristãos, que reproduzem a manjedoura onde Jesus veio ao mundo. A iniciativa partiu da organização Templo Satânico, que tem chamado a atenção com ações de oposição ao cristianismo nos Estados Unidos.
“Onde existe uma resistência em manter imagens religiosas nos espaços públicos, o mínimo que podemos fazer é garantir que o governo se mantenha neutro, respeitando a diversidade dos pontos de vista religiosos, com nenhuma preferência ou exclusão”, disse Jex Blackmore, representante do grupo satanista.
De acordo com informações do Huffington Post, os responsáveis pela administração do Capitólio (que é a sede do Congresso norte-americano), procurou aconselhamento jurídico sobre a instalação do presépio satânico na área externa do edifício.
Antes da confirmação da autorização, um membro da comissão de administração afirmou que o presépio não poderia ser instalado porque não haveria uma pessoa que pudesse ficar responsável pela manutenção diária do monumento.
No entanto, a organização Templo Satânico terminou por conseguir que seu presépio comemorativo ao “aniversário de satanás” fosse instalado no local.
Essa entidade é a mesma que pretende construir uma estátua de satanás ao lado de um famoso monumento cristão chamado “Dez Mandamentos”, no edifício Oklahoma State Capitol, em Oklahoma City.
De acordo com o projeto, a estátua terá 2,1 metros de altura e será uma representação de satanás na forma de Baphomet, um hominídeo alado e barbudo com uma cabeça de cabra e grandes chifres. O esboço da estátua mostra a figura satânica sentada em um trono debaixo de um pentagrama invertido e com duas crianças sorrindo ao seu lado.


Pastor Silas Malafaia e Marina Silva são listados entre os mais influentes do Brasil pela Época

A revista Época divulgou sua tradicional lista das 100 pessoas mais influentes na sociedade brasileira durante o ano que se encerra, e o pastor Silas Malafaia e outras figuras do meio evangélico foram listados.
O líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) já havia sido mencionado nos anos de 2011 e 2012, e agora retorna à seleção da revista.
Nesse ano de eleições, Malafaia voltou a figurar no cenário nacional por causa dos apoios manifestados a candidatos de oposição à presidente Dilma Rousseff (PT).
No primeiro turno, apoiou o pastor Everaldo Pereira (PSC-SP), que teve sua candidatura ofuscada por Marina Silva (PSB), que foi alçada ao posto de cabeça de chapa da coligação Unidos pelo Brasil após a fatídica morte de Eduardo Campos (PSB) e também é mencionada na lista de Época.
Marina, aliás, chegou a liderar as pesquisas de intenção de voto para o segundo turno, mas se viu alvo de ataques intensos do PT. Toda a artilharia usada pelos apoiadores de Dilma surgiu após o episódio em que o pastor Malafaia questionou propostas para a comunidade LGBT no programa de governo de Marina Silva.
Embora a ex-senadora e ex-ministra negasse que as publicações de Malafaia no Twitter a tivessem influenciado na decisão de rever as propostas à comunidade LGBT, os adversários políticos decidiram usar o episódio para confrontar sua candidatura, e ela terminou fora do segundo turno, manifestando apoio a Aécio Neves (PSDB).
Outros evangélicos que surgem na lista são o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), membro da bancada evangélica e pré-candidato de seu partido para a presidência da Câmara dos Deputados; e o jogador Neymar, atacante do Barcelona e da Seleção Brasileira.
Marina
Após receber 22 milhões de votos e ficar em terceiro lugar na disputa para a presidência da República, a missionária assembleiana foi eleita pela revista FT Magazine, publicada pelo influente e tradicional jornal britânico Financial Times, como a mulher mais influente da política mundial.
O ranking denominado “Women of 2014” elencou uma lista de mulheres com vasta influência na política de seus países e até internacional.
No editorial que divulgou Marina como vencedora da lista de mulheres mais influentes da política mundial, a revista apresenta um perfil da ex-senadora e um artigo do economista Eduardo Giannetti sobre ela: “Eu acho que uma liderança nacional com as características de Marina é rara em qualquer lugar do mundo. Ela está na linha de Nelson Mandela, ou Mahatma Gandhi ou Martin Luther King, um líder que está fundamentada na ética e valores”, resumiu.


EUA e Israel: protegidos por Deus?

O elo bíblico entre EUA e Israel explica a ligação entre Washington e Tel-Aviv. A previsível vitória da direita nas próximas eleições americanas reforça a perspectiva

Inspirados pelo livro do Êxodo, os protestantes americanos cimentaram paralelos entre a fuga dos judeus do Egito e a dos puritanos da Inglaterra. Na origem, a fundação da Igreja Anglicana por Henrique VIII: pretendia casar-se com Ana Bolena, mas o divórcio lhe era negado pela religião católica. Somente um século depois os puritanos ingleses, inconformados com a criação forçada de uma igreja que entendiam herética, partiram para a América do Norte. Em Le Protestantisme Évangélique Nord-Américain en Mutation(Publisud, 2014, 277 págs., 24 euros), o professor de história e civilização americana Mokhtar ben Barka, da Universidade de Valenciennes, contrapõe, talvez pela primeira vez de forma detalhada, a diferença entre os evangélicos conservadores, eleitores de Jimmy Carter, Ronald Reagan e George W. Bush, e os evangélicos de esquerda, eleitores de Barack Obama em 2008. Os primeiros são conservadores teológica e politicamente. Por sua vez, os evangélicos de esquerda são progressistas do ponto de vista político, mas conservadores no que toca à teologia. Obama foi o candidato ideal em 2008, após o fracasso total de W. Bush. Resta saber, porém, se os evangélicos de esquerda terão algum peso na próxima presidencial nos EUA. O balanço dos dois mandatos de Obama, deixa claro Ben Barka, é bastante fraco.

CartaCapital: Por que os Estados Unidos cultivam esse mito de ser um país abençoado por Deus e, portanto, têm uma ligação com Israel? Além do Brasil, que também é abençoado por Deus...
Mokhtar ben Barka: Essa ligação com Israel tem uma explicação teológica, política e estratégica. Para a direita evangélica, Israel sempre foi considerado como parte do cenário do fim do mundo.

CC: O Apocalipse?
MBB: Sim. Jesus vai voltar a Jerusalém. As batalhas do fim dos tempos, e o combate final entre o bem e o mal, Armagedom, acontecerão lá. A vitória será de Cristo. O que os evangélicos conservadores não dizem aos judeus é que terão de se converter ao cristianismo, ou perecerão. No entanto, a própria esquerda israelense se incumbe de colocar os crentes judeus a par desse importante detalhe. A esquerda israelense, diga-se, é contra o partido de direita Likud. Ao contrário do Likud e da direita evangélica, a esquerda evangélica é favorável à paz entre israelenses e palestinos. Portanto, posiciona-se contra os evangélicos conservadores. A esquerda israelense tem ligações com a esquerda evangélica.

CC: E qual é o aspecto estratégico dessa visão de que os Estados Unidos são um país abençoado por Deus?
MBB: O acesso ao petróleo no Oriente Médio, especialmente no Iraque e na Arábia Saudita. Após a queda do Império Otomano no fim da Primeira Guerra Mundial, a Grã-Bretanha e a França eram as duas potências dominantes. No entanto, esses países já não tinham os meios para cuidar da região. Não fossem os EUA, a União Soviética os substituiria. Os Estados Unidos preencheram o vazio. E o argumento político dos EUA para apoiar Israel é de que é a única democracia na região.

CC: Mas quando Benjamin Netanyahu declara Israel Estado Judeu, nos perguntamos se o premier não quer relegar árabes israelenses, um quarto da população, a cidadãos de segunda classe.
MBB: Isso é evidente. Segundo essa lógica, o cidadão árabe israelense se torna de segunda classe. Essa é uma equação irrefutável e implacável. Árabes israelenses são de fato excluídos.

CC: Essa medida parece tão arrogante quanto a crença de que os Estados Unidos são um país escolhido por Deus?
MBB: É pretensão. Por que Deus deve abençoar os EUA? Dois: é arrogante dizer “somos abençoados por Deus e, sendo assim, podemos impor nossos valores”. Isso é chamado de “excepcionalismo americano”. É errado, é estúpido. O problema dessa crença nos EUA é sua forte convicção. Remonta ao século XVII, com a chegada dos primeiros puritanos. Tratava-se de cristãos, perseguidos na Inglaterra, após o nascimento da Igreja Anglicana. Assim, esses cristãos ao fugir da Inglaterra, comparavam-se aos hebreus do Êxodo. Por isso os EUA são chamados de “a nação escolhida”. Assim, os puritanos ingleses estabeleceram paralelos entre eles e os hebreus, que, em busca da Terra Prometida, atravessaram o Deserto do Sinai quando expulsos do Egito.

CC: A Bíblia é muito importante para compreender os Estados Unidos.
MBB: A Bíblia e a religião têm importância essencial na compreensão e leitura da história dos EUA. E, desse fundo puritano, nasce a ideia de que a América, por ser uma nação escolhida, tem o dever de ser modelo para os outros. Ler os discursos de George W. Bush é como ler os sermões dos primeiros puritanos. Há uma semelhança extraordinária.

CC: De que forma os acontecimentos do século XX marcam o país?
MBB: Os EUA são a única superpotência, após o colapso do comunismo. Eles são a primeira potência militar, política e econômica. E a história lhes dá razão, porque é preciso não esquecer: os EUA salvaram o mundo nas duas guerras mundiais. Se eles não marcassem presença, não sei onde estaríamos. Tudo isso reforçou essa noção de superioridade, de povo excepcional. Mas será que a China em breve não assumirá a posição dos EUA?

CC: No seu livro, o senhor diz que os evangélicos se aproximaram de Israel somente após a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Motivo: foi o ano em que Israel conquistou Jerusalém. Mas por que apenas em 1967, se levarmos em conta que Israel e a Palestina são lugares bíblicos?
MBB: Para os evangélicos americanos, a vitória era sinônimo de cumprir a profecia bíblica sobre a vinda do Messias. Profecia presente no livro do Apocalipse, no de Daniel, no de Ezequiel, onde jaz Gog e Magog, a batalha entre as forças do bem e do mal, e a vitória do bem. Voltamos sempre à Bíblia para dizer que essa vitória confirma a tendência e o movimento rumo à vitória de Israel contra os árabes. Há sempre essa transposição bíblica na prática. Trata-se de passos rumo ao fim dos tempos, um cenário escatológico. A direita conservadora evangélica é pessimista. Vamos para o fim do mundo, rumo à guerra, à morte. É um cenário sombrio.

CC: A esquerda evangélica não é sombria.
MBB: De fato, a perspectiva da esquerda evangélica é otimista. Falam em progresso. Progressistas devem lutar, é preciso encontrar melhores situações, temos de ajudar, curar. Jimmy Carter, em seu livro Palestine: Peace Not Apartheid, quer colocar um fim a esse massacre: israelenses e palestinos precisam chegar a um acordo. Para os conservadores, o conflito precisa piorar. O fogo deve devorar tudo. Os conservadores evangélicos detestavam até o ex-primeiro-ministro Ariel Sharon. Disseram que Deus o havia punido com um AVC porque ele retirou colonos israelenses da Faixa de Gaza. Para eles, qualquer resolução vai contra o cenário do fim do mundo.

CC: Barak Obama parece acreditar na solução de dois Estados, mas não faz nada contra a colonização da Cisjordânia. Foi diplomaticamente cauteloso por ocasião do recente massacre de palestinos em Gaza. Por que não reagiu durante as provocadoras visitas de políticos da legenda direitista Likud na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém?
MBB: O conflito israelo-palestino é um dos pontos negros da presidência de Obama. No início, queria agir. Conseguiu fazer Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, e Ehud Olmert, então premier israelense, dialogarem. No entanto, um grande problema para Obama foi a eleição logo após a dele, de Netanyahu, este determinado a enfrentá-lo. O ódio entre os dois homens causou o fracasso de Obama. Obama não pode fazer nada, porque o Partido Republicano domina o Senado e o Congresso. Em termos de política externa, o presidente americano tem mais poder. Mesmo assim, suas iniciativas são bloqueadas pelos republicanos. A meu ver, Obama é uma decepção. A política dele para o Oriente Médio é um fracasso total. E fiquei surpreso após a absolvição de um policial branco em novembro que matou Michael Brown, um adolescente afro-americano desarmado, em Ferguson, no Missouri. Obama esteve completamente ausente. Há quem diga: “Não é o papel do presidente estar presente em cada morte”. Mas existe uma visibilidade mínima, um mínimo de testemunho.

CC: Por que essa ausência de Obama?
MBB: Outro ponto fraco dele é não ser afro-americano ou branco. Isso lhe custou caro. Ele não quis cair na armadilha de afro-americano de “movimento dos direitos civis”, da década de 1960. Mas Obama também não é branco. Quando se apresentou candidato presidencial, os afro-americanos não deram a mínima para ele. Motivo? Não tinha antepassados escravos. Não pertencia à comunidade negra. É um mestiço. Os afro-americanos o apoiaram mais tarde. O fato de que ele não fez nada durante o evento Ferguson e outros mostram que a sua posição é muito frágil.

CC: Mas o senhor diz que Obama tem as mãos amarradas.
MBB: Além da oposição dos republicanos, do Tea Party, e de assuntos estratégicos, econômicos e financeiros, ele lida com o lobby judaico. Nenhum candidato pode fazer campanha sem um discurso ao Aipac. O Aipac é muito forte financeiramente porque mobiliza o eleitorado judaico: 80% deles vão às urnas. Além de ter se beneficiado do dinheiro do lobby judeu, recebeu apoio de Wall Street. Por isso, Obama não foi capaz de regular Wall Street. O fracasso do Partido Democrata na próxima eleição presidencial é garantido.
*Reportagem publicada originalmente na edição 830 de CartaCapital, com o título "Protegidos por Deus?"


Fé inabalável que moveu um grupo ao sucesso em campo

Nos últimos dois anos, um celestial grupo se uniu em prol do objetivo de se tornar mais do que vencedor. Eles suportaram tudo no Deus que os fortaleciam e foram recompensados. Assim é narrada a história recente do Cruzeiro. A fé assumiu papel de destaque no elenco bicampeão brasileiro.

Ajoelhados, de braços erguidos e olhos para o céu. Uma cena recorrente após os mais de cem gols que o time fez na temporada. Nas entrevistas, sempre o nome de Deus é citado. Em outra manifestação marcante, as esposas dos jogadores e a torcida se uniram para exibir uma faixa com os dizeres: “A Deus toda glória”, antes da partida contra o Goiás, que selou o título do Brasileirão, no Mineirão.

O que é mostrado dentro de campo é fruto de uma relação dos cruzeirenses com o lado espiritual. Com grande número de evangélicos e católicos no escrete estrelado, eles se reúnem, fazem orações e estudam a bíblia.

“Nós entendemos que o diferencial do Cruzeiro são as reuniões que fazemos, dentro da questão espiritual, pois isso vem a agregar no caráter do homem para que ele possa ser mais profissional e comprometido com seus deveres dentro de campo”, destacou o lateral-direito Ceará, que também é pastor.

Ele é um dos líderes do grupo evangélico do Cruzeiro, que ainda tem o goleiro Fábio como um dos mais proeminentes. Há também o zagueiro Léo, o boliviano Marcelo Moreno, o atacante Dagoberto, entre outros. Os volantes Nilton e Lucas Silva são alguns dos católicos.

Para o pastor da Igreja Batista Getsêmani, Cristiano Hosken, a integração que o elenco do Cruzeiro adquiriu só acompanha um movimento cada vez mais presente nos gramados pelo Brasil.
“O futebol é o grande instrumento de evangelização. Antes, os atletas eram mais ‘malandros’. Depois que o evangelho entrou no esporte, a visão foi modificada. Eles levam mais a sério toda a profissão. Os jogadores amadureceram”, destacou Cristiano, que ministra um culto às segundas, reunindo vários atletas de diversos esportes. O templo, que fica no Bairro Dona Clara, região da Pampulha, também recebeu um culto de agradecimento, realizado pelo time cruzeirense, no fim de novembro.

“O ser humano se aproxima de Deus em um momento de obstáculo, quando está em dificuldade. No futebol, se desenvolve pelo ambiente de cobrança, o atleta sempre tenta estar no ápice. Eu entendo que Deus pode nos auxiliar e fazer aquilo que não podemos fazer”, concluiu Ceará. 


BRUNO TRINDADE E DIEGO COSTA

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Manuscritos antigos sugerem que Jesus teria viajado ao Japão e se tornado cultivador de arroz

A figura de Jesus Cristo é vista pelos historiadores como uma fonte inesgotável de pesquisas, e também serve para a difusão das mais variadas hipóteses, mesmo que essas sejam difíceis ou impossíveis de comprovar. Uma das especulações mais curiosas envolve o Japão.
O país asiático milenar teria sido o destino de uma viagem feita por Jesus aos 21 anos, de acordo com antigos manuscritos chamados “Documentos de Takenouchi”. Nas linhas desses manuscritos, Jesus nunca teria sido o Cristo.
Segundo a versão dos “Documentos de Takenouchi”, Jesus teria vivido no Japão por 12 anos, antes de retornar a Israel aos 33, quando um suposto irmão caçula dele, Isukiri, teria sido crucificado em seu lugar.
Depois de ver o irmão mais novo sendo assassinado, Jesus teria retornado ao Japão e casado com uma japonesa, ao lado de quem se dedicou ao cultivo do arroz e morreu aos 106 anos de idade.
A lenda dos “Documentos de Takenouchi” não pode ser comprovada pois os manuscritos foram destruídos durante a Segunda Guerra Mundial. Porém, a falta de comprovação não impede que milhares de pessoas de todas as partes do mundo se dirijam à cidade de Shingo, no Japão, para visitar os supostos túmulos de Jesus e Isukiri, segundo o site do History Channel.
Jesus casado
Recentemente, outra teoria que envolve um suposto casamento de Jesus foi “ressuscitada” com o lançamento do livro “Evangelho Perdido”.
A publicação é uma tradução de manuscritos em aramaico de aproximadamente 1.500 anos que afirmam que Jesus teria se casado com Maria Madalena e tido dois filhos.
Essa mesma teoria foi usada pelo escritor Dan Brown, quando ele usou o argumento na publicação de seu livro de ficção “O Código da Vinci”. A sugestão de que Jesus e Maria Madalena haviam se casado e tido filhos, e a descendência da família viveria na França causou alvoroço na Igreja Católica, que protestou.


Fonte: Gmotícias

Em livro, ex-primeira-dama Rosane Malta revela uso de magia negra durante mandato de Collor

A ex-primeira-dama Rosane Malta, ex-mulher do presidente deposto Fernando Collor, lança dia 04 de dezembro uma autobiografia sobre os 22 anos em que foi casada com o político brasileiro de maior ascensão e queda na história do país.
De acordo com Rosane, que se converteu ao Evangelho há poucos anos, o cenário pré-campanha eleitoral em 1989 foi marcado por apelos à magia negra para vencer a disputa da primeira eleição com voto direto da população.
Os rituais, segundo descreve Rosane, envolviam a violação de túmulos: “Consistia em colocar uma espécie de amuleto, que chamam de azougue, dentro da boca de sete defuntos recém-enterrados”.
O objetivo destes “trabalhos” antes da disputa era impedir que o apresentador Silvio Santos registrasse sua candidatura ao Planalto. O empresário e dono do SBT era um dos mais cotados para concorrer com Lula à época, mas acabou desistindo da eleição.
A Casa da Dinda, mansão onde Collor vivia com a esposa era o cenário dos rituais de magia negra descritos por Rosane: “Quando tudo acabava, ficava uma sujeira danada, sangue espalhado”, conta.
Durante o mandato de Collor, a Casa da Dinda se tornou um dos itens do escândalo de corrupção que culminou no impeachment do presidente mais jovem do país.
A queda de Collor é narrada por Rosane no livro, que usou a cena da descida da rampa do Palácio do Planalto como ilustração para seu papel durante a crise. “Levante a cabeça. Seja forte”, teria dito Rosane a Collor no dia 2 de outubro de 1992, enquanto deixavam a sede do poder de mãos dadas.
 “As pessoas vão saber quem é a Janja, essa garota feliz, de bem com todo mundo, de coração lindo, que ajudava a todos. E que foi atrás de um sonho e de um amor em que se jogou por completo”, disse a ex-primeira-dama descrevendo a si mesma no livro.
De acordo com informações da jornalista Mônica Bergamo, colunista do jornal Folha de S. Paulo, Rosane considera que escapou da “maldição” que rondou seu ex-marido e familiares: “O mais interessante é que, tanto eu como a mãe de santo [Cecília], aceitamos Jesus e nos afastamos completamente da magia negra… Fomos as únicas que escapamos da tal ‘maldição do impeachment‘”, finaliza.


Fonte: Gmotícias

Feriado de Ação de Graças é considerado o mais importante nos Estados Unidos; Pesquisadores dizem que gratidão faz bem à saúde

O feriado de Ação de Graças faz parte da cultura norte-americana e representa uma data de gratidão a Deus, com reuniões de famílias em confraternizações marcadas por orações e refeições em conjunto, por todos os bons acontecimentos ao longo do ano.
Comemorado na quarta quinta-feira do mês de novembro, a data é considerada o principal feriado dos Estados Unidos, e supera inclusive o Natal. Cidades como Nova York, maior metrópole do mundo, ficam desertas, com lojas e restaurantes fechados.
No entanto, a tradição cristã que deu origem ao feriado começa a ser observada pela ciência como uma fonte de boa saúde. O site LiveScience publicou um artigo relatando que agradecer pelas coisas boas ajuda a se manter saudável.
“Dezenas de estudos descobriram que a gratidão pode melhorar o bem-estar , e pode até mesmo ajudar as pessoas a reduzir a depressão e a ansiedade, melhorar o colesterol, e fazer dormir melhor”, disse Robert Emmons, psicólogo da Universidade da Califórnia e autor do livro  ” Gratitude Works! A 21-Day Program for Creating Emotional Prosperity” (“Gratidão Funciona! Um programa de 21 dias para criar a prosperidade emocional”, em tradução livre).
A Ação de Graças é o único feriado nacional dos Estados Unidos em que as pessoas se lembrem em render graças por todas as bênçãos da vida, mas a gratidão não é apenas uma desculpa para boas refeições, segundo especialistas, que apontam a data como a expressão final de um estilo de vida mantido por muitas pessoas.
“Pessoas gratas praticam mais exercícios, têm melhores comportamentos alimentares, são menos propensos a fumar e abusar de álcool, e têm maiores taxas de adesão à medicação [quando necessária]”, disse o psicólogo.
“A gratidão é um bom remédio”, finalizou o acadêmico e escritor, dizendo que o feriado sintetiza o ensino bíblico de 1 Tessalonicenses 5: 16-18. “Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco”.


Fonte: Gmotícias

Cristã condenada à morte no Paquistão pede ajuda de irmãos na fé: “Não me abandonem”

A cristã Asia Bibi, condenada à morte no Paquistão por supostamente ter ofendido o profeta Maomé, inspirador do islamismo, fez um apelo aos cristãos de todo mundo para que não a abandonem.
Presa há quatro anos, Asia Bibi apresentou a última contestação legal possível no sistema judiciário do Paquistão para tentar reverter sua condenação, e tentar suspender a pena de morte.
“Vocês são minha única esperança de permanecer viva neste calabouço, então por favor, não me abandonem. Eu não cometi blasfêmia”, disse ela em uma carta aberta.
Asia Bibi tem agora 50 anos e é mãe de cinco filhos, e desde 2010 está detida. O episódio que rendeu sua prisão teria acontecido durante uma discussão com colegas muçulmanos, que a acusaram de ofender Maomé quando bebeu água de uma fonte.
A blasfémia é um tema extremamente sensível na maioria dos países muçulmanos. O advogado de defesa Saiful Malook disse à Agência France Press que ele havia apresentado um recurso em nome de Asia Bibi para a Suprema Corte.
Na petição, a cliente pediu ao tribunal que reconsiderasse deficiências no processo, incluindo provas supostamente manipuladas e um atraso entre o momento do incidente e o início das investigações por parte da polícia.
Malook acrescentou que a alegação de blasfêmia foi inventada pelos inimigos de Asia Bibi para prejudicá-la: “Nós esperamos uma audiência inicial do recurso e espero que o processo acabe em um ano”, acrescentou o advogado.
O desafio é a última esfera dos tribunais. Depois desse passo, restaria apenas a possibilidade de um apelo pessoal do marido de Asia Bibi, Ashiq Masih, ao presidente do Paquistão, Mamnoon Hussain, pedindo a ela para ser perdoada e autorizada a se mudar para a França.
“Estamos convencidos de que Asia Bibi só será salvo de ser enforcada se o venerável presidente Hussain conceder-lhe um perdão. Ninguém deve ser morto por beber um copo de água”, publicou o New York Times.


Fonte: Gmotícias

“Êxodo: deuses e reis”: Ator Christian Bale compara Moisés a “terroristas” dos dias atuais

O ator Christian Bale, que interpretou o papel de Moisés no filme “Êxodo: deuses e reis”, afirmou que nos dias de hoje o líder hebreu seria considerado um terrorista.
O protagonista do filme épico – como vem sendo descrito pela mídia especializada em cinema – disse que apesar do povo israelense vê-lo como um herói e libertador, provavelmente os egípcios teriam um pensamento diferente a respeito.
“Absolutamente, [Moisés foi] visto como um combatente da liberdade para os hebreus, mas um terrorista em termos do império egípcio”, disse o ator em entrevista ao programa Nightline, da emissora NBC.
Christian Bale acrescentou que, a seu ver, nos dias de hoje Moisés seria perseguido por exércitos: “O que aconteceria se Moisés surgisse hoje? Drones seriam enviados atrás dele, certo?”, questionou, fazendo alusão à forma como terroristas são vigiados e combatidos no Oriente Médio.
Conhecido mundialmente por interpretar Batman na trilogia dirigida pelo cineasta Christopher Nolan, Christian Bale disse em outra entrevista que em suas reflexões a respeito do personagem, chegou à conclusão que Moisés era um “esquizofrênico bárbaro perturbado e tumultuado”.
O ator Christian Bale, que interpretou o papel de Moisés no filme “Êxodo: deuses e reis”, afirmou que nos dias de hoje o líder hebreu seria considerado um terrorista.
O protagonista do filme épico – como vem sendo descrito pela mídia especializada em cinema – disse que apesar do povo israelense vê-lo como um herói e libertador, provavelmente os egípcios teriam um pensamento diferente a respeito.
“Absolutamente, [Moisés foi] visto como um combatente da liberdade para os hebreus, mas um terrorista em termos do império egípcio”, disse o ator em entrevista ao programa Nightline, da emissora NBC.
Christian Bale acrescentou que, a seu ver, nos dias de hoje Moisés seria perseguido por exércitos: “O que aconteceria se Moisés surgisse hoje? Drones seriam enviados atrás dele, certo?”, questionou, fazendo alusão à forma como terroristas são vigiados e combatidos no Oriente Médio.

Conhecido mundialmente por interpretar Batman na trilogia dirigida pelo cineasta Christopher Nolan, Christian Bale disse em outra entrevista que em suas reflexões a respeito do personagem, chegou à conclusão que Moisés era um “esquizofrênico bárbaro perturbado e tumultuado”.
Fonte: Gmotícias

Empresa que obrigava funcionários a orar no início do expediente é condenada pela Justiça

Uma empresa da cidade de Rio do Sul, em Santa Catarina, foi condenada pela Justiça do Trabalho a pagar uma indenização de R$ 30 mil a um ex-funcionário que era obrigado a orar junto com os colegas no início da jornada de trabalho. A sentença foi determinada pelo juiz Roberto Masami Nakajo, da 2ª Vara do Trabalho de Rio do Sul.
Em sua defesa, os representantes da Retsul Retífica e Recuperação de Cabeçotes Ltda. afirmaram que a participação nas orações diárias não é imposta. Porém, testemunhas confirmaram que os funcionários que se negam a participar sofrem ameaças do proprietário da empresa.
Segundo informações da Assessoria de Comunicação Social do TRT-SC, o juiz afirmou que a conduta adotada pela empresa em relação às orações fere o princípio constitucional da liberdade religiosa.
Na decisão, Nakajo destacou que o Brasil é um país laico, não existindo uma religião oficial e sendo proibida qualquer discriminação com relação à escolha de religião ou ausência dela. Ele afirmou ainda que a liberdade de crença de alguém vai até onde não prejudique a dos outros.
O magistrado afirmou ainda que ainda que o autor da ação professasse a mesma religião que a do seu empregador, não seria lícito que fosse exigida dele a adesão aos seus ritos e práticas religiosas no local de trabalho.
– Na liberdade de crença entra a liberdade de escolha da religião, a liberdade de aderir a qualquer seita religiosa, a liberdade (ou o direito) de mudar de religião, mas também compreende a liberdade de não aderir a religião alguma, assim como a liberdade de descrença, a liberdade de ser ateu e de exprimir o agnosticismo – afirmou o juiz Nakajo em sua fundamentação, citando o entendimento do doutrinador José Afonso da Silva.
 Fonte: Gmotícias

Após receber visita de pastor, testemunha se retrata e dois inocentes que estavam presos há 39 anos recebem a liberdade

Dois homens que ficaram presos por quase quarenta anos receberam sua liberdade na última semana, após serem inocentados de um assassinato em 1975 por que a testemunha chave contra eles retratou seu testemunho. A testemunha, que tinha apenas 13 anos na época do suposto crime, se retratou de seu testemunho após receber a visita de um pastor evangélico.
As acusações contra Ricky Jackson, de 57 anos, e Wiley Bridgeman, de 60 foram retiradas por um juiz de apelação civil do condado de Cyyahoga. Segundo informações da Agência Express, a testemunha voltou atrás em seu testemunho no ano passado e revelou que investigadores da polícia de Cleveland o forçaram a testemunhar que os dois, juntamente com o irmão de Bridgeman, assassinaram o empresário Harry Franks em 19 de maio de 1975.
Ronnie Bridgeman, de 57 anos, e que agora se chama Kwame Ajamu, foi solto da prisão em janeiro de 2013 e compareceu à audiência que resultou na soltura de seu irmão e de Ricky Jackson, que falou sobre como se sente após ser inocentado do crime pelo qual pagou injustamente por quase 40 anos.
– A língua inglesa nem serve para descrever o que estou sentindo. Estou eufórico. Você se senta na prisão por tanto tempo e pensa nesse dia, mas quando ele realmente chega você não sabe o que vai fazer, você apenas quer fazer alguma coisa – disse Jackson ao ser liberto.
O processo de três anos que levou às libertações dos três inocentes se iniciou após uma reportagem publicada na revista Scene em 2011, que detalhava as falhas no caso, incluindo o questionável depoimento de Eddie Vernon, que agora tem 52 anos. Vernon não se retratou sobre seu testemunho até ser visitado por um pastor em um hospital em 2013.
Durante uma audiência sobre Jackson na terça, Vernon caiu no choro e descreveu as ameaças que sofreu por parte dos investigadores e falou do peso da culpa que carregou por tanto tempo.
Ao comentar sobre a mudança do testemunho de Vernon, Jackson afirmou que não guarda rancores dele e disse que “foi preciso muita coragem para fazer o que ele fez”.
– Ele esteve carregando um fardo por 39 anos, assim como nós. Mas, no final, ele se arrependeu, e sou grato por isso – afirmou.
 Fonte: Gmotícias

OAB vai combater sacrifícios de animais em rituais de religiões afro; Pai de santo acusa evangélicos de perseguição

O presidente da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da OAB-RJ, Reynaldo Velloso, afirmou que a entidade irá combater o sacrifício de animais em ritos das religiões afro-brasileiras a partir do próximo ano.
“Tradição tem que ser na África, não no Brasil”, disse Velloso, em discurso durante a XXII Conferência Nacional dos Advogados. Na umbanda, candomblé e outros cultos afro-brasileiros, o sacrifício de animais durante as celebrações é tido como sagrado.
De acordo com o jornal O Dia, representantes do candomblé alegaram perseguição religiosa. O babalorixá Ivanir dos Santos, que preside a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, afirmou que a iniciativa de Velloso é injusta e acusou grupos evangélicos de orquestrarem a medida.
“Isso é perseguição de grupos evangélicos, e ele está querendo usar isso como forma de se notabilizar”, afirmou. Para Ivanir, a prática do sacrifício é interpretada de maneira equivocada: “Os animais têm que ser defendidos, mas as pessoas têm que entender os limites da nossa tradição da sacralização do alimento”, argumentou.
O pai de santo também se disse tranquilo quanto à situação, pois “outras ações jurídicas já feitas em combate à pratica foram consideradas inconstitucionais”.
No entanto, Velloso sugere que o sacrifício é praticado por religiões com “pouca representação” na sociedade brasileira: “Só o candomblé e mais religiões de poucos adeptos cometem essa prática. Tem que prevalecer a vontade da maioria. Onde já se viu matar um ser indefeso para uma entidade evoluir? Isso só existe na cabeça das pessoas”, protestou.
Velloso rebateu o argumento do pai de santo e disse que não é evangélico, e reforçou a ideia de que o sacrifício de animais é uma afronta à Constituição Federal.
“A religião tem que ter um limite. Há leis que proíbem maus tratos aos animais. A religiosidade tem que se submeter a todas as regras da vida. Você não tem direito de matar um marginal se ele invadir sua casa”, disse Velloso.


Pastor Russell Moore prega em conferência no Vaticano contra “revolução sexual”

Os pastores Russell D. Moore e Rick Warren se manifestaram a favor do casamento tradicional em uma conferência realizada há poucos dias no Vaticano, e frisaram que os cristãos não devem sucumbir às pressões da cultura secular sobre o assunto.
convite foi feito aos pastores por parte do Vaticano, para o evento que contou com a presença do papa Francisco. Os organizadores disseram no ato do convite que a Igreja Católica está à busca de um terreno comum com os líderes religiosos de fora do Vaticano para atuar em conjunto.
Russell Moore, que é pastor batista, disse que a revolução sexual não encontra apoio no que a Bíblia Sagrada diz a respeito da sexualidade e casamento: “A cultura ocidental agora comemora a sexualidade ocasional, convivência, divórcio sem culpa, redefinição da família e direito ao aborto como parte de uma revolução sexual que pode derrubar sistemas patriarcais de uma era”, disse Moore durante seu discurso.
“A revolução sexual não é a libertação por completo, mas simplesmente a imposição de um tipo diferente do patriarcado”, acrescentou o pastor. “A revolução sexual capacita os homens a perseguirem uma fantasia darwiniana do predador alfa-macho enraizada nos valores de poder, prestígio e prazer pessoal… Nós vemos os destroços da sexualidade como uma auto-expressão de nós, e vamos ver mais ainda. As apostas não são meramente com relação ao âmbito social ou cultural, mas profundamente espiritual”, pontuou.
Moore, que é o presidente da Comissão de Ética e Liberdade Religiosa da Convenção Batista do Sul, lembrou que diversas culturas reconhecem que na sexualidade, há algo além “do que simplesmente o disparo de terminações nervosas”, e que o casamento é “algo misterioso”, pois significa “a união de ‘eus”.
“Na perspectiva cristã evangélica, [isso acontece] porque não existe tal coisa como um encontro sexual, completamente ocasional, quando estamos falando em termos espirituais”, comentou Moore.
Sobre evangelismo, Moore disse que concordava com o pastor Rick Warren que a omissão de verdades bíblicas sobre o tema da sexualidade com o intuito de atrair pessoas seja um erro: “Acontece que as pessoas que não querem o cristianismo também não querem o ‘quase-cristianismo’ […] Descartar ou minimizar a ética sexual cristã é abandonar a mensagem que Jesus entregou a nós, e não temos autoridade para fazer isso. Tal atitude também pode ser definida como abandonar o nosso amor por nossos vizinhos. Não podemos oferecer ao mundo o ‘meio-evangelho’ de um universalismo, que isenta de o julgamento de Deus”, concluiu.


Professores evangélicos impedem ensino da história e cultura africana nas escolas, diz especialista

Uma lei que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas estaria sendo descumprida devido à atuação de professores evangélicos, que estariam sendo um “entrave” no assunto. A afirmação é da professora Ana Célia da Silva, da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
A lei 10.639, publicada em janeiro de 2003, prevê que os alunos aprendam sobre os ancestrais africanos e sua cultura e história. Numa entrevista ao portal EBC, Ana Célia diz que a religião e a falta de formação dos professores são os principais pontos que dificultam a colocação da lei em prática.
“O desafio maior hoje é a atuação das igrejas evangélicas através dos professores evangélicos que, em sua grande maioria, demonizam tudo em relação à história e cultura afro-brasileira. Porque a história e cultura afro-brasileira parte da religiosidade, da cultura, e eles acham que tudo é demônio”, queixou-se a professora.
Ana Célia diz que “uma pesquisa feita por uma aluna de Salvador mostrou que os professores recebem os livros do MEC e escondem da diretora para não levar para a sala quando tem uso do ‘demônio’, como eles chamam”.
A professora, que se dedica ao estudo da representação do negro nos livros didáticos, diz que houve avanços desde que a lei foi publicada, mas ainda há dificuldades. “O grande entrave à lei hoje são, primeiro, os professores evangélicos; Segundo, a formação, por [causa da] falta de continuidade nos cursos de formação dos professores”.
De acordo com Ana Célia, o texto da lei tem um ponto falho, pois não prevê a exigência do ensino de história e cultura afro-brasileira nas universidades, o que resultaria na formação de novos professores com conhecimento sobre o tema.
“O grande defeito da lei é não abranger os cursos de formação. Isso foi intencional. Eles vetaram o artigo que tornava obrigatório que todo professor de licenciatura passasse por essa formação”, reclamou Ana Célia.
Recentemente a UFBA e outras universidades estaduais e federais acrescentaram disciplinas sobre cultura e história africana ao currículo de seus cursos.


Pesquisa mostra que católicos estão se tornando evangélicos em busca de um “relacionamento pessoal com Deus”

Uma nova pesquisa do instituto Pew Research descobriu que os católicos latino-americanos estão cada vez mais deixando a Igreja Católica para se juntar a igrejas protestantes evangélicas ou estão abandonando a religião por completo. Os participantes da pesquisa citaram uma busca por um relacionamento pessoal com Deus como a maior razão para a sua mudança.
A ampla pesquisa, divulgada no dia 13 de novembro, informou que, embora 69% dos adultos de toda a região se identifiquem como católicos, em quase todos os países pesquisados, houve uma redução real do número de católicos em termos de pessoas criadas na religião e que se mantém nela.
Na América Latina como um todo, 84% da população cresceu como católico, mas apenas 69% se identificam como parte da Igreja Católica agora. Por outro lado, apenas 9% da população da América Latina foi criado na tradição protestante, mas hoje 19% se identificam como protestantes.
O número de pessoas religiosamente não afiliados também está aumentando, passando de 4% desde a última pesquisa feita anos atrás, para 8% oito atualmente.
São várias as razões por quê os latino-americanos estão deixando a Igreja Católica. 81% dos que participaram da pesquisa disseram estar em busca de um relacionamento pessoal com Deus; 69% disseram apreciar o estilo de adoração em uma igreja evangélica contemporânea; enquanto 60% disseram que queriam uma maior ênfase na moralidade.
“Grande parte do movimento de distanciamento do catolicismo e em direção ao protestantismo na América Latina ocorreu no espaço de uma única vida. De fato, na maioria dos países pesquisados, pelo menos um terço dos protestantes atuais foram criados na Igreja Católica, e metade ou mais dizem que foram batizados como católicos”, apontou o relatório do Pew Research.
A pesquisa também destacou que, embora o papa Francisco tenha atraído muita atenção desde sua nomeação, em março de 2013, apenas em seu país natal, a Argentina, assim como no Uruguai, sua postura fez a maioria dos ex-católicos expressarem uma visão favorável sobre o pontífice. Nos demais países da América Latina, apenas cerca de metade dos ex-católicos têm uma visão favorável do papa.
O Uruguai também foi identificado como tendo o maior percentual de adultos religiosamente não afiliados da América Latina, com cerca de 37% de sua população. Esse número varia consideravelmente em toda a região, com Bolívia, Peru e Paraguai tendo menos de 5% das pessoas sem qualquer filiação religiosa.
Jovens hispânicos nos Estados Unidos também têm deixado a igreja romana em direção a denominações protestantes, segundo o relatório da pesquisa. Um estudo do Boston College, lançado no início deste ano, constatou que 59% dos padres que servem em comunidades hispânicas têm mais de 55 anos, criando um fosso geracional.
“Há poucos esforços na Igreja Católica para chegar aos jovens latino-americano, o que é uma grande bandeira vermelha para a nossa instituição, porque mais de 55% dos jovens católicos em os EUA são hispânicos. Se a Igreja não chegar a esta geração , nós vamos correr o risco de perdê-los”, afirmou Hosffman Ospino, um professor assistente de teologia e ministério no Boston College, ao Christian Post.