Uma produção nacional, que se
tornou conhecida por causa do Youtube e se consagrou como uma franquia
milionária, a Galinha Pintadinha é sucesso inegável. Tanto que se tem sua marca
licenciada para cerca de 600 produtos e está prestes a ser assistida um bilhão
de vezes na rede social de vídeos.
Criada “meio que sem querer”
pelos amigos Juliano Prado e Marcos Luporini em 2006, os vídeos infantis reúnem
animação básica com músicas infantis populares. Aos poucos o material foi sendo
compartilhado entre os pais. Veio o primeiro DVD e ela hoje é “a maior estrela
de vídeos na internet do Brasil e da América Latina”, conforme indica a matéria
de capa da Revista Época desta semana. Uma inegável demonstração do quanto o
assunto está em pauta.
Seus criadores lançaram
versões da animação em inglês e espanhol. Os vídeos na língua espanhola já
tiveram mais de 200 milhões de acessos. Aproveitando o sucesso internacional,
eles anunciam que irão produzir um longa-metragem, com um faturamento estimado
em R$ 20 milhões.
Contudo, nas últimas semanas
as redes sociais vêm reproduzindo o testemunho de uma mãe evangélica que
acredita haver uma “maldição” nos vídeos. Postado primeiramente em 27/9 no
fórum de mães do site “Baby Center”, em poucos dias começou a ser reproduzida
freneticamente na internet. Classificada por muitos como “bobagem” ou
“loucura”, o depoimento foi inclusive retirado do ar pelo site. Mas
transcrições da mensagem e capturas de tela foram mantidas e copiadas.
O site ateu Ceticismo.net
ridicularizou a “campanha” antiGalinha na matéria intitulada “Galinha
Pintadinha é coisa do demônio, segundo mamãe crente” e outros sites ateístas
reproduziram o material. Depois, sites de humor colocaram o assunto em pauta
sempre criticando os evangélicos por ver “demônio em tudo”.
As colocações polêmicas foram
comentadas por muitos evangélicos no Facebook e em fóruns, concordando que
existe uma inegável semelhança entre o personagem “mestre André” dos desenhos
com a entidade conhecida como “Zé Pelintra”. No clipe em questão, a música
também usaria o ritmo comumente usado nos centros de religião afro-brasileiras.
Outro problema identificado era entender o que significam as palavras da música
“Fli Flai Flu”, se é que elas têm sentido.
Entre os muitos comentários, a
usuária Jahaisa escreveu “Vamos orar a Deus e repreender as influencias que
foram infiltradas através desses desenhos em nossas crianças”. Outros faziam um
link para um vídeo de março que tentava provar a “mensagem subliminar” da
música “Fli Flai”.
Certamente tratam-se de
opiniões pessoais, que refletem preocupações de alguns e geram estranheza em
outros. Absurda ou não, a lição que fica é clara: os pais devem estar atentos
aos que seus filhos veem e ouvem nesses dias onde a internet abre portas para o
que o mundo tem de melhor e de pior.
Leia o testemunho na íntegra e
tira suas próprias conclusões:
Assista aqui!
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