Censo do IBGE/2010
mostrou 123 milhões que se declaram católicos, mas os praticantes são apenas 5%
em torno de 7 milhões que frequentam a Igreja e participam dos sacramentos. Com
estes dados o pesquisador Johnny Bernardo afirma que com relação a praticantes
os evangélicos são maioria.
A conta é do pesquisador do
Núcleo Apologético de Pesquisas e Ensino Cristão, Johnny Bernardo(f0t0), em
entrevista concedida ao jornalNosso Tempo, do Rio de Janeiro, comentando o
crescimento evangélico nacional. Essa conta também aponta riscos. Ele alertou
que a discussão sobre uma futura hegemonia evangélica no Brasil passa pela
questão da manutenção do laicismo.
O Censo do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010 apontou 123 milhões de
cidadãos e cidadãs que se declararam católicas, mas apenas 5% vão às missas.
“Portanto, poderíamos adiantar e dizer que o Brasil não é mais o maior país
católico do mundo, pelo menos não em número de praticantes”, calculou.
Mesmo que os evangélicos
passam a assumir uma nova postura na sociedade, marcando presença e maior
representatividade nosmeios de comunicação, Bernardo apontou para uma
discrepância e diferenciação contínua no movimento evangélico brasileiro, “que
o torna um movimento independente, competitivo, superficial”.
Se o Censo de 2010 levantou a
existência de 42,5 milhões de brasileiros e brasileiras que se declararam
evangélicos, ele não levou em conta, porém, a falta de uma concepção clara e
definida, pelo menos no maior segmento dos evangélicos – o neopentecostalismo –
do que seja Igreja. É comum evangélicos orbitarem também em terreiros de
Umbanda, no espiritismo e em outras formatações religiosas.
“A própria herança religiosa
começa a perder sentido no Brasil. Os novos brasileiros veem ao mundo em um
período em que a diversidade religiosa oferece múltiplas opções de escolha”,
afirmou.
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