terça-feira, 19 de novembro de 2013

Evangélicos recordam os mortos, mas sem rituais

Para os evangélicos, este também é um dia de recordação e saudades. Porém, há diferenças no fundamento da fé. Eles não oram, não acendem velas ou fazem homenagens. “Não veneramos os mortos. Só lembramo-nos dos entes queridos com saudades”, diz o vice-presidente da Assembléia de Deus de Cuiabá e Região, pastor Rubens Siro de Souza. “Não há programação, solenidade porque isso significa venerar”, acrescentou.

Conforme Rubens Siro, para os fiéis da Assembléia de Deus este é um dia comum. Porém, não há nenhum problema em ir aos cemitérios nesta data. “Mas não colocar que os mortos têm esperança por meio de nós. A esperança dos mortos é que eles fizeram em vida”, frisou. Neste sentido, ele cita a passagem bíblica de Hebreus capítulo 9 versículo 27 que diz: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo”.

O pastor frisa que a morte é comum a todos e sentimentos de dor, tristeza e separação são resultados deste fenômeno que atinge a todas as camadas sociais sem distinção. “O fato se sermos cristãos não nos torna diferentes das outras pessoas em relação à natureza humana, isto é, possuímos os mesmos sentimentos de perda, separação e pesar quando morre um ente querido. Todavia, temos uma atitude distinta daqueles que se deslocam aos cemitérios com o objetivo de interceder pelos mortos procurando aliviar suas penas e livrá-los de um purgatório inexistente”, disse.

Segundo ele, o conforto vem do Espírito Santo e da Palavra de Deus, que garante que aquele que partiu para a eternidade está na presença de Deus no céu. “Além do mais, nossas orações devem ser realizadas em favor das pessoas enquanto em vida. Depois é inútil, desnecessária e completamente ineficaz”, acredita. (JD) 

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