Um desentendimento numa
padaria de Natal, Rio Grande do Norte, entre o desembargador Dilermando Motta e
um garçom, resultou numa confusão que envolveu a Polícia e a revolta popular.
O desembargador Motta é
evangélico, e por algum motivo, teria destratado o garçom, o que despertou a
ira de um segundo cliente da padaria, que aos berros, protestava contra a
postura do desembargador.
Após uma troca de
“gentilezas”, em que o cliente revoltado dizia que o desembargador não poderia
humilhar o garçom, e o magistrado chamando-o de “cabra safado” e “endiabrado”,
o próprio desembargador acionou o comando da Polícia Militar e uma viatura foi
enviada ao local.
Na chegada dos PMs à padaria,
os demais clientes não permitiram que os policiais levassem o rapaz que havia
se indisposto com o desembargador, e outras três viaturas foram enviadas ao
local. Protegido pelos demais clientes, o rapaz conseguiu sair da padaria, o
que levou o desembargador a criticar de forma incisiva o trabalho dos policiais,
dizendo que eles não haviam cumprido a sua missão e ainda tinham sido
desacatados pelos clientes, e mesmo assim não tomaram atitude.
Após a confusão, Motta – que
há 34 anos é desembargador e esse ano assume a presidência do Tribunal Regional
Eleitoral – afirmou que apesar da grande proporção que a polêmica tomou nas
redes sociais, irá procurar os meios legais para resolver a situação.
“Eu sou um servo de Deus,
tenho 61 anos, sou honrado. Não sou julgador de mim mesmo, sou parte. Então
quem vai falar sobre isso são os profissionais competentes”, disse o
desembargador. “Eu vou completar 34 anos de magistratura e Deus tem me
abençoado. Eu vivo da graça de Deus e do meu salário. Quando tenho qualquer
dificuldade eu recorro ao Mestre, ao Senhor. É aos pés de Deus que eu recorro
quando tenho qualquer dificuldade de ordem pessoal, familiar ou profissional”,
resumiu.
Motta afirmou ao G1 que sua
postura será baseada em “cautela” para resolver a situação: “Tenho que ter
cuidado para não navegar na maionese, mesmo quando eventualmente estiver
errado. Um magistrado sempre tem inimigos anônimos. E o meu refúgio é os pés do
Senhor”, disse.
Vergonha
ResponderExcluir