Na última semana, a publicação
de uma vaga de emprego para auxiliar administrativo nas redes sociais causou
polêmica na cidade de Imperatriz, no Maranhão. Publicado no início da semana, o
anúncio motivou uma série de discussões devido à restrição de certas
características para os candidatos, inclusive religiosas.
Ao descrever as exigências
para o cargo, o anúncio afirmava que o candidato deveria ser do sexo feminino,
ter idade entre 20 e 22 anos e que tivesse orientação religiosa evangélica.
Considerado ilegal segundo o
G1, o anúncio motivou até mesmo uma intervenção do ministério do trabalho,
através do auditor fiscal da gerência Regional do Trabalho, Evandro Rodrigues,
que afirmou que não pode existir nenhum tipo de discriminação no momento da
seleção para contratação.
- No Brasil, o nosso conceito
de discriminação ou preconceito é dado pela convenção 111 da OIT, que foi
promulgada em 1968. Logo no artigo primeiro, ela fala que discriminação é toda
distinção, preferência ou exclusão de uma pessoa candidata a um emprego por
motivo de sexo, idade, convenção política, religiosa, filosófica – afirmou
Rodrigues.
Após a grande repercussão dada
ao caso, a agência responsável pelo anúncio divulgou uma nota reconhecendo que
houve falhas na elaboração do anuncio, e que erros como esse não irá mais se
repetir.
- Temos um banco de recursos
humanos. As empresas associadas nos pedem profissionais cotidianamente. Nós
estamos com um corpo de profissionais qualificados para fazer a seleção destas
pessoas, buscando, na medida do possível, eliminar qualquer tipo de
constrangimento para o candidato. A gente tem que ter muito cuidado para não
causar nenhum tipo de constrangimento aos candidatos a um emprego – explicou o
gestor de RH, Giovanni Pietrin, que afirmou ainda que as exigências partiram de
uma empresa que faria a contratação para o cargo.
Por Dan Martins, para o Gospel+
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