Uma acusação injusta levou
Lawrence McKinney a passar 31 anos preso por um crime que não cometeu, e agora,
com as provas de sua inocência expostas à sociedade, o ex-presidiário quer
compartilhar seu testemunho com o mundo.
Em 1978, Lawrence tinha 22
anos e foi condenado a 110 anos de prisão pelo Tribunal de Justiça da cidade de
Shelby, no Tennesse, acusado de estupro. Outro homem, acusado do mesmo crime,
também foi condenado.
Décadas depois, o homem que havia
sido condenado juntamente com Lawrence, procurou a organização The Innocence
Project, que se dedica a revisar casos de presos condenados injustamente, e
corroborou as alegações de Lawrence de que ele era inocente.
Com a análise de DNA colhido
nas provas do crime, foi comprovada a inocência do homem que havia sido privado
da liberdade durante mais de três décadas, e ele foi solto. Apesar da
injustiça, Lawrence afirma que não guarda rancor ou amargura por aquilo que foi
feito a ele.
“Se você encontrar Jesus, Ele
pode fazer as coisas que você precisa que Ele faça. Quando eu encontrei Jesus ,
eu coloquei todos os meus problemas em suas mãos”, afirmou Lawrence ao
Christian Post.
Tentando recuperar o tempo
perdido, Lawrence trabalha em três empregos, frequenta sete estudos bíblicos
ministrados em duas igrejas e faz planos de tornar-se missionário. Planos que
não foram postos prática porque, mesmo livre, sua ficha de antecedentes
criminais não havia sido corrigida, e ainda constava a condenação. Isto o impediu
de votar, conseguir um bom emprego e até o passaporte.
Uma emissora de TV soube do
caso e passou a pressionar a promotoria de Memphis, cidade onde o crime foi
cometido, para que a ficha de Lawrence fosse limpa. Depois de muitas
tentativas, o problema foi resolvido.
“Foi feito em 15 segundos.
Trinta e cinco anos de uma marca injusta na vida deste homem foram desfeitos em
15 segundos. Não houve tempo para sermão lá. Foi muito emocionante. Foi como
foi libertar um membro da família”, contou o pastor John Hunn, líder da Igreja
Batista Immanuel, onde Lawrence é membro.
Questionado qual seria o
primeiro país para onde viajaria para testemunhar sobre sua vida, Lawrence
disse não saber: “Isso não faz nenhuma diferença, contanto que eu possa
espalhar a mensagem sobre Jesus Cristo”.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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