Segundo o último censo do
IBGE, capital é a mais evangélica do país.
Pastor garante que em Rio Branco há mais de 1,3 mil igrejas.
Com 39% da população sendo
evangélica, o Acre possui 239.589 mil protestantes em todo o estado. O dado faz
parte de uma tendência religiosa que ocorre no Brasil, onde há duas décadas o
número de católicos vem caindo e o de evangélicos crescendo, sendo a religião
escolhida por 22% dos brasileiros.
Adventistas, presbiterianas,
luteranas, metodistas e batistas, há igrejas para todos os tipos de fiéis
dentro do segmento evangélico. De todas as divisões, dos 22% dos evangélicos do
Brasil, 60% são pentecostais, ou seja, participam de igrejas que relatam
experiências religiosas, curas, profecias e línguas durante o culto.
Para comportar o número de
evangélicos, as igrejas também se multiplicam. Ruas como a Valdomiro Lopes e a
Rua da Conquista, no Bairro da Paz, tem mais de sete igrejas evangélicas ao longo
de pouco mais de 1 km.
Os números da Secretaria
Municipal de Desenvolvimento e Gestão Urbana, registram na capital apenas 64
estabelecimentos religiosos legalizados. Um dado que contradiz os números
apresentados pelo deputado estadual e pastor Jamyl Asfury, que faz parte da
'Liderança Evangélica', entidade não-oficial, segundo ele, que integra um
conjunto de líderes religiosos que juntos conseguem levantar dados do número de
igrejas em Rio Branco.
Jamyl Asfury garante que em
Rio Branco existem ao menos 1.340 igrejas, sendo 560 com prédios próprios e
mais de 780 alugadas.
A Bíblia me garante que à
medida que você se coloca diante de Deus, o próprio Deus é capaz de capacitar
as pessoas"
Jamyl Asfury
O líder explica: as igrejas
mais tradicionais que trabalham há mais tempo na evangelização são a maioria
com templo próprio. "Nós temos esse número porque à medida que temos esses
templos regularizados há a possibilidade do maior mover de Deus", explica.
Pastor há 10 anos, Jamyl
explica que como qualquer crescimento, a quantidade de igrejas também levanta
problemas, já que cada organização é independente e age de forma específica
dentro de sua congregação. Isso também acontece com a capacitação dos pastores.
"Nas igrejas Assembleia
de Deus, Batista, Quadrangular, como são denominações mais antigas elas tem
procedimento de capacitação, tem algum nível de exigência para que elas sejam
colocadas como pastor, ou se não há essa capacitação ela tem que ter um tempo
relativamente grande dentro da igreja para que seja colocado como pastor",
esclarece.
O líder diz que a mesma
preocupação é menor em ministérios mais novos, e que geralmente é a demanda que
faz a escolha do líder escolhido.
"A gente não tem como
avaliar essa questão da competência do pastor porque isso vai de cada pessoa e
a bíblia me garante que à medida que você se coloca diante de Deus, o próprio
Deus é capaz de capacitar as pessoas", comenta Jamyl.
Casos como as ruas Valdomiro
Lopes e a Rua da Conquista, são na opinião de Jamyl positivos para a comunidade
ao redor. Para ele, a quantidade das igrejas nunca será suficiente.
"Quanto mais igrejas
tiver, eu penso que seria melhor. É claro que quando você aumenta coisas,
números, aumentam os problemas também. Não é difícil achar uma igreja onde a
sua liderança tenha falha de caráter, mas em termos comparativos é sempre melhor
ter uma igreja que um bar ou algum movimento que traga droga ou bebida",
relata.
O que pode ser visto como um
número exagerado de igrejas, para o pastor é uma oportunidade para que cada um
possa procurar um local onde se sinta mais à vontade.
"Existem algumas igrejas
em que o louvor é mais alto, outras que o louvor é mais baixinho, tem outras
que pegam muito na palavra, outras falam muito de cura. Então eu acho que Deus
com a sua onipotência, onisciência, sua capacidade de nos entender, fez uma
igreja para cada um de nós. Eu acho que essa diversidade me oportuniza, me dá a
oportunidade de ficar onde eu me sinto melhor", finaliza.
Finte: G1
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