O Super Bowl 48, final do
futebol americano, levou igrejas dos Estados Unidos a cancelarem ou
transferirem seus cultos para não forçarem os fiéis a escolherem entre assistir
ao jogo ou ir ao culto.
A partida, vencida pelo
Seattle Seahawks por 43 a 8 contra o Denver Broncos, é um evento anual
grandioso, e considerado parte da cultura norte-americana. “Estamos alterando
os horários dos cultos para o grande jogo”, anunciou a New Spring Church.
A decisão tomada pela igreja
de adequar os horários para que os fiéis pudessem comparecer ao culto e
posteriormente assistir ao jogo em suas casas foi apresentada como uma solução
adequada para a questão.
“Sabemos que o jogo é
importante, e por isso estamos alterando os horários de culto para atender
melhor à sua agenda”, dizia o comunicado da megaigreja. “Isso vai nos dar a
oportunidade de alcançar mais pessoas essa semana e dar-lhe mais oportunidades
para convidar seus amigos e familiares”, acrescentou a direção da comunidade,
de acordo com o Christian Post.
Outra denominação que adotou
estratégia semelhante foi a megaigreja North Point Community, em Atlanta,
Geórgia. A direção da igreja cancelou o culto de domingo das 18h30 para deixar
a congregação assistir o jogo: “Aproveitem o Super Bowl”, dizia o anúncio no
site da igreja.
Não foram somente as
congregações evangélicas que adotaram esta postura. Algumas igrejas católicas
do estado de Washington – local de origem do Seahawks – também se adaptaram ao
horário do jogo. Entre as principais que mudaram seus horários, estavam as
igrejas Saint Charles Borromeo, em Tacoma, e Saint Andrew, em Sumner. A
justificativa, nesse caso, foi mais objetiva: “Como ninguém vai participar da
Santa Missa às 5h30 da tarde, Padre Jack Shrum a cancelou e disse às pessoas
para irem com as outras massas”, afirmou Monica Rodrigues, assistente de
pastoral para a formação de fé da igreja de Saint Andrew, numa entrevista ao
Tribune.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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