Além de projetar um
crescimento de aproximadamente 30% dos seus integrantes, a bancada evangélica
vem traçando estratégias junto a pastores para que a meta se
cumpra. Líderes evangélicos de todo o país, como Silas Malafaia, R. R.
Soares, Edir Macedo, Valdemiro Santiago e Manoel Ferreira já se articulam para
colocar em prática o projeto que faria a bancada
evangélica atingir aproximadamente 20% das 513 vagas da Câmara dos
Deputados.
O pastor Silas Malafaia, que
lidera a igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC, 120 templos e 40
mil membros) explica o motivo de a liderança evangélica desejar aumentar sua
representatividade no Poder Legislativo: “No Congresso, temos 800 projetos de
lei tramitando que detonam os princípios e os valores cristãos. É o Congresso
que faz as leis”.
Além disso, estes mesmos
líderes têm sido procurados por candidatos a governos estaduais. O principal
cenário de disputa entre eles é o Rio de Janeiro, onde Malafaia apóia o petista
Lindbergh Farias, enquanto que Macedo recomenda o voto em Marcelo Crivella
(PRB), e o deputado Anthony Garotinho (PR) conta com o apoio de outras
lideranças evangélicas no estado e, até agora, se mantém à frente nas pesquisas
de intenção de votos. O candidato Luiz Fernando Pezão (PMDB), apoiado pelo
atual governador, receberá suporte do bispo Manoel Ferreira, principal
liderança da Assembleia de Deus em Madureira.
Malafaia diz ter sido procurado
pelo governador Sérgio Cabral (PMDB) para apoiar seu candidato, Pezão, porém
negou: “Falei ao Pezão com honestidade. Não tenho nada contra ele. Nunca
falarei mal dele na campanha. Mas eu disse: ‘Pezão, lamento dizer. Você
representa o governador Sérgio Cabral. E o Cabral não cumpriu nenhum acordo. Ao
contrário: fez de tudo para beneficiar a causa gay no Legislativo. Agora, se
ele quiser votos, que procure os gays’”.
Uma coisa em comum entre a
maioria dos líderes evangélicos é o desejo de ver a presidente Dilma Rousseff
(PT) derrotada em sua tentativa de reeleição, de acordo com o jornal O Globo. A
avaliação é de que a presidente não cumpriu sua palavra com os evangélicos em
questões como o aborto, por exemplo. Malafaia, sob a justificativa de querer
ver a “alternância do poder”, apoiará Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva,
evangélica e missionária da Assembleia de Deus.
O senador Magno Malta (PR), pré-candidato
à presidência da República, e o pastor Everaldo Pereira (PSC) até agora não
anunciaram ter recebido apoio de nenhuma liderança evangélica representativa a
nível nacional.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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