A influência do judaísmo nas
igrejas evangélicas contemporâneas é assunto que constantemente levanta
polêmicas no meio cristão e, principalmente, motiva críticas por parte de
líderes cristãos que não aprovam a importação de costumes judeus para dentro do
cristianismo.
Em um texto publicado
recentemente, o reverendo , missionário da Junta de Missões da Convenção
Batista Nacional, criticou essa aproximação exagerada de alguns segmentos
evangélicos da cultura judaica, os quais classificou como “grupos heréticos”.
- A igreja brasileira sempre
nutriu certa apreciação pela Terra Santa e pelo Povo Judeu. Mas o que vemos
hoje em dia é uma importação exagerada dos costumes judeus para dentro da
igreja, ferindo assim a orientação apostólica, o ensino dos pais da igreja e
dos reformadores quanto ao assunto – afirmou Branco.
Afirmando ter como objetivo em
seu artigo “mostrar a irracionalidade, a deturpação e denunciar explicitamente
as aberrações destes movimentos tidos judaizantes espalhados pelo Brasil”, o
religioso afirma que é necessário se ter uma compreensão da missão história de
Israel e do Antigo Testamento, e afirma que tal missão tem sido vista de forma
equivocada pela igreja brasileira.
- O Antigo Testamento, com
todas as suas leis, rituais e tradições, tem sido muitas vezes interpretado de
forma equivocada, principalmente por alguns segmentos cristãos, não tão novos
como imaginamos, que desde o princípio da igreja tem procurado trazer para
dentro da Nova Aliança elementos oriundos das tradições judaicas, culminando
naquilo que conhecemos como “cristãos judaizantes” – explica Luis A R Branco.
- A missão de Israel no Antigo
Testamento envolvia elementos muito particulares para aqueles dias e tentar
transferir estes elementos para os nossos dias, pode certamente nos induzir a erros
e a cometer interpretações equivocadas da missão de Israel – completa, citando
seu livro “Israel e a Igreja”.
O reverendo explica ainda que
muitas das regras cerimoniais relatadas pela Bíblia em relação ao povo judeu
tinham como base mais “questões de saúde, devido à sua localização geográfica e
questões climáticas do que propriamente com questões religiosas”. Ele ressalta
ainda a incoerência da tentativa de adotar alguns desses costumes, e deixar de
observar outros, como a dieta kosher.
Outro costume que se tornou
“moda” entre muitas igrejas, e que também foi criticado pelo pastor, é o uso do
Shofar. Explicando que tal prática é adotada de maneira equivocada pelas
igrejas, por ser usado totalmente fora de seu contexto histórico e religioso, o
pastor afirma que “não estamos revivendo em hipótese alguma o fortalecimento do
judaísmo nas igrejas, mas um sincretismo religioso que reúne elementos de todo
tipo de religião”.
- Meus irmãos as heresias
destes grupos que são vários e cada um com um nome diferente, tem como objetivo
afastar o crente de Jesus Cristo e da sua obra redentora. Estes grupos, através
destas festas, rituais, re-batismos no Jordão e ensinos, procuram enriquecer
vendendo ou fazendo parcerias com empresas que vendem pacotes turísticos para Israel,
e levas os crentes a negar a fé – finaliza.
Por Dan Martins, para o Gospel+
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