A Missão Portas Abertas tem
ministrado seminários de conscientização sobre o islamismo a cristãos que vivem
em países onde a perseguição religiosa é intensa.
A proposta é mudar a forma
como cristãos e muçulmanos se relacionam, promovendo o respeito e tolerância
entre adeptos das duas crenças.
“Em 2013, o treinamento
alcançou 157 líderes de igreja, obreiros e fiéis em duas províncias temporárias
da Indonésia. Os objetivos principais deste treinamento foram explicar as
diferenças entre ensinos islâmicos e bíblicos, estimular uma maior interação
entre cristãos e muçulmanos e incentivar o evangelismo para que, apesar da
perseguição, os cristãos permaneçam fiéis ao seu chamado”, informa um
comunicado no site da Missão.
O principal motivador para
essa iniciativa é a forte ascensão do radicalismo islâmico em diversos países
onde a religião é maioria. Na Indonésia, por exemplo, os cristãos que vivem em
áreas rurais enfrentam restrições e oposição por parte das autoridades locais,
o que tem levado a hostilidades de ambas as partes.
Outro exemplo é a Nigéria,
onde o grupo extremista Boko Haram tem impetrado ataques terroristas constantes
contra cristãos, e somente nos últimos meses, fiéis foram assassinados
queimados vivos e vilas e templos cristãos foram destruídos.
De acordo com a Portas
Abertas, onde o curso é ministrado, o conhecimento adquirido a respeito do islã
aumenta a confiança dos cristãos para interagir com muçulmanos: “Depois do
seminário, tenho estado mais em contato com muçulmanos. Agora que eu compreendo
melhor os ensinamentos dos mulçumanos, posso começar uma conversa sobre um tema
com o qual eles estejam familiarizados”, afirmou um dos participantes.
“Sinto-me mais seguro e à vontade ao falar com eles. Eu não estava tão
confiante antes do treinamento porque não entendia o mundo deles”, acrescentou
outro aluno.
A iniciativa tem rendido
frutos, de acordo com o comunicado da Missão Portas Abertas. O relato de outro
participante do seminário mostra que os muçulmanos passaram a ser mais abertos
à convivência pacífica com cristãos: “Temos estado mais ativos em reuniões
comunitárias com os muçulmanos. Dessa forma, não somos vistos como arrogantes
ou exclusivistas”, afirmou.
“A aceitação da comunidade tem
ajudado alguns cristãos a alcançar posições estratégicas e reverenciadas que
são cruciais para a construção da paz”, conclui a Missão Portas Abertas.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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