Pastor usa as afirmações de Paulo sobre
festas pagãs para dizer que a participação só pode ser feita são tiver adoração
a São João
Durante os meses de junho e
julho é comum que escolas, bairros e até igrejas realizem as tradicionais
festas juninas. Mas apesar de serem festas católicas em homenagem a São João
(João Batista) é comum encontrar evangélicos participando e até promovendo
festas parecidas com o nome de “Arraiá Gospel” ou semelhantes.
O dia de São João é comemorado
no dia 24 de junho, uma vez que a Bíblia narra que João nasceu seis meses antes
de Jesus. A data é apenas convenção, já que não se sabe ao certo qual foi o dia
em que Jesus nasceu.
Ao ser questionado se
evangélicos podem ou não participar dessas festas, o reverendo Augustus
Nicodemus Lopes, da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), mostrou dados
históricos e bíblicos para dar a resposta.
O pastor da IPB de Santo Amaro
lembrou que há poucas festas juninas que são realizadas para homenagear São
João, uma vez que a festa acabou se tornando uma “festa caipira” com danças de quadrilha,
de origem francesa, que só prosperou no Brasil rural.
“Se estas festividades
tivessem somente um caráter religioso e fossem celebradas dentro das igrejas
como se fossem parte das atividades dos católicos, não haveria qualquer dúvida
quanto à pergunta, “pode um evangélico participar?” Acontece que as festas
juninas foram absorvidas em grande parte pela cultura brasileira de maneira que
em muitos lugares já perdeu o caráter de festa religiosa.”
Para dar uma resposta bíblica,
Augustus Nicodemus usou o livro de I Coríntios 10 onde Paulo fala a respeito de
festivais pagãos dando três conselhos diferentes:
1º “O crente não deveria ir ao
templo pagão para estas festas e ali comer carne, pois isto configuraria culto
e portanto, idolatria (1Cor 10:19-23). Na mesma linha, eu creio que os crentes
não devem ir às igrejas católicas ou a qualquer outro lugar onde haverá oração,
rezas, missas e invocação do São João, pois isto implicaria em culto idólatra e
falso.”
2º “Paulo disse ainda que o
crente poderia aceitar o convite de um amigo pagão e comer carne na casa dele,
mesmo com o risco de que esta carne tivesse sido oferecida aos ídolos. Se,
todavia, houvesse alguém presente ali que se escandalizasse, o crente não
deveria comer (1Cor 10:27-31). Fazendo uma aplicação para nosso caso, se
convidado para ir a casa de um amigo católico neste dia para comer milho, etc.,
ele poderia ir, desde que não houvesse atos religiosos e desde que ninguém ali
ficasse escandalizado.”
3º “Paulo diz que o crente
pode comer de tudo que se vende no mercado sem perguntar nada. A exceção é
causar escândalo (1Cor 10:25-26). Aplicando para nosso caso, não vejo problema
em o crente comer milho, pamonha, mungunzá, etc. neste dia e estar presente em
festas juninas onde não há qualquer vínculo religioso, desde que não vá
provocar escândalos e controvérsias.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário