Internautas de todo o Brasil
estão compartilhando uma opinião que atribui à ira divina a derrota da Seleção
Brasileira contra a Alemanha por humilhantes 7 x 1. Muitos acreditam que o
técnico Luiz Felipe Scolari e a presidente Dilma Rousseff (PT) teriam
blasfemado antes do início dos jogos da Copa do Mundo.
Segundo essa teoria, ao dizer
que “nem
Jesus Cristo” conseguiria unanimidade na convocação dos 23 jogadores
chamados para a Copa, Felipão teria cometido uma blasfêmia imperdoável, e que
teria atraído a ira divina sobre a Seleção Brasileira.
Em março de 2013, a presidente
Dilma Rousseff esteve no Vaticano numa visita de cortesia ao papa Francisco. Na
ocasião, trataram de questões sobre a Jornada Mundial da Juventude, realizada
meses depois no Rio de Janeiro, e conversaram sobre a tragédia em Santa Maria
(RS) e a missão escolhida pelo pontífice para seu ministério à frente da Igreja
Católica: dar atenção aos pobres.
Na saída do encontro, Dilma
aceitou conceder uma entrevista aos repórteres que a aguardavam, e ao ser
interpelada por um repórter argentino sobre a nacionalidade do papa, a
presidente respondeu: “Vocês argentinos estão de parabéns. O papa é argentino,
mas no Brasil a gente sempre diz que ‘Deus é brasileiro’”. A reação dos
repórteres e da comitiva presidencial foi de risadas à resposta bem-humorada de
Dilma. Assista:
Mais de um ano depois, com a
derrota acachapante da Seleção Brasileira, os internautas usam as redes sociais
para divulgar esses dois episódios como os causadores do vexame, dizendo que a
ira divina foi derramada sobre a equipe comandada por Felipão.
Nessa teoria, a ação divina
seria comparada somente às manifestações enérgicas do Velho Testamento, além de
que toda a capacidade técnica e tática dos jogadores alemães fica ignorada.
Entre os comentários mais comuns dos adeptos dessa tese, está o de que Felipão
“deveria ter ficado de boca fechada”.
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