Os pastores Russell D. Moore e
Rick Warren se manifestaram a favor do casamento tradicional em uma conferência
realizada há poucos dias no Vaticano, e frisaram que os cristãos não devem
sucumbir às pressões da cultura secular sobre o assunto.
O convite foi feito aos pastores por parte do Vaticano,
para o evento que contou com a presença do papa Francisco. Os organizadores
disseram no ato do convite que a Igreja Católica está à busca de um terreno
comum com os líderes religiosos de fora do Vaticano para atuar em conjunto.
Russell Moore, que é pastor
batista, disse que a revolução sexual não encontra apoio no que a Bíblia
Sagrada diz a respeito da sexualidade e casamento: “A cultura ocidental agora
comemora a sexualidade ocasional, convivência, divórcio sem culpa, redefinição
da família e direito ao aborto como parte de uma revolução sexual que pode
derrubar sistemas patriarcais de uma era”, disse Moore durante seu discurso.
“A revolução sexual não é a
libertação por completo, mas simplesmente a imposição de um tipo diferente do
patriarcado”, acrescentou o pastor. “A revolução sexual capacita os homens a
perseguirem uma fantasia darwiniana do predador alfa-macho enraizada nos
valores de poder, prestígio e prazer pessoal… Nós vemos os destroços da
sexualidade como uma auto-expressão de nós, e vamos ver mais ainda. As apostas
não são meramente com relação ao âmbito social ou cultural, mas profundamente
espiritual”, pontuou.
Moore, que é o presidente da
Comissão de Ética e Liberdade Religiosa da Convenção Batista do Sul, lembrou que
diversas culturas reconhecem que na sexualidade, há algo além “do que
simplesmente o disparo de terminações nervosas”, e que o casamento é “algo
misterioso”, pois significa “a união de ‘eus”.
“Na perspectiva cristã
evangélica, [isso acontece] porque não existe tal coisa como um encontro
sexual, completamente ocasional, quando estamos falando em termos espirituais”,
comentou Moore.
Sobre evangelismo, Moore disse
que concordava com o pastor Rick Warren que a omissão de verdades bíblicas
sobre o tema da sexualidade com o intuito de atrair pessoas seja um erro:
“Acontece que as pessoas que não querem o cristianismo também não querem o
‘quase-cristianismo’ […] Descartar ou minimizar a ética sexual cristã é
abandonar a mensagem que Jesus entregou a nós, e não temos autoridade para
fazer isso. Tal atitude também pode ser definida como abandonar o nosso amor
por nossos vizinhos. Não podemos oferecer ao mundo o ‘meio-evangelho’ de um
universalismo, que isenta de o julgamento de Deus”, concluiu.
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