sexta-feira, 25 de março de 2016

O Deus do Movimento de Crescimento de Igreja por Martin Murphy

“Às vezes me sinto tão violentamente acossado pelos pensamentos mundanos que chego a pensar que somente a morte me poderia aliviar, tantas as deprimentes circunstâncias que me envolvem”. A pressão do secularismo parecia premer a alma de Jonathan Edwards [1] muito antes que sociólogos e historiadores da igreja investigassem o assunto. Entretanto, o relacionamento entre o secular e o sagrado tem uma longa história de discussão. Durante o tempo em que vivia Jonathan Edwards o termo “mundano” era popular, mas tinha o mesmo significado de secularismo. “Muitos têm interpretado a Aliança de Meio-Termo (Half-way Covenant) como uma degeneração do Puritanismo estrito na medida em que os negócios na Nova Inglaterra começaram a gerar prosperidade, em decorrência do maiorsecularismo”.[2]
Muito pode ser dito acerca das causas responsáveis pelos problemas que assolam a igreja evangélica hoje em dia. No entanto, o acúmulo de problemas começou com o nascimento da igreja evangélica no Século XVI.
O termo “igreja evangélica” será utilizado neste trabalho para descrever o “evangelicalismo” ou “evangelismo” clássico. Os distintivos teológicos da Reforma Protestante, sola scriptura, sola fide e sola gratia, são as marcas da igreja evangélica. A igreja evangélica no Século XVI podia ser chamada de Igreja Protestante ou de Igreja Reformada. A igreja das boas novas do Século XVI interessava-se pela verdade do Evangelho. Por exemplo, a Igreja Católica Romana ensinava a “justificação pela fé” mas havia perdido a compreensão bíblica da justificação. Os reformadores corrigiram o problema ao aduzir a palavra “somente” à declaração. A igreja evangélica “tem-se chafurdado dentro de um impressionante analfabetismo teológico”, [3] deixando para trás o “somente” que a fazia distintivamente evangélica. De fato, a igreja evangélica tem uma definição tacanha do mundo eclesiástico de hoje. Isso no tocante aos distintivos da Reforma que na maioria das vezes têm sido abandonados pelos evangélicos.
O colapso da igreja evangélica pode ser atribuído a uma série de fatores. Não seria o propósito deste trabalho demarcar a decadência da igreja evangélica. Mas a igreja evangélica tem sido certamente afetada pelo seguinte tema: modernidade e movimento de crescimento da igreja. O argumento deste trabalho consiste em dizer que embora a modernidade tenha modelado o caráter da igreja evangélica, o movimento de crescimento da igreja é o catalisador da utilização das ferramentas da modernidade pela igreja evangélica.
A modernidade tem sido descrita como “o caráter e sistema do mundo produzido pelas forças de modernização e desenvolvimento”.[4] “A modernização é o processo que requer que nossa sociedade seja organizada em torno das cidades para atender ao propósito da industrialização e do comércio”.[5] A modernização e a modernidade estão relacionadas, mas são diferentes. David Wells explica que a modernização é “o processo direcionado ao capitalismo e alimentado pela inovação tecnológica. Essas forças têm reformulado nosso pano de fundo social e por conseqüência as nossas próprias vidas interiores, forçando o surgimento de um turbilhão dentro de nós. É a este turbilhão que chamo modernidade”.[6]
O círculo das ideologias define a modernidade, mas, além disso, estabelece uma progênie. A prole emerge das ideologias para produzir ainda mais descendentes. O projeto do Iluminismo deu à luz a modernidade e a modernidade tem servido de agente de expansão da influência do secularismo. O foco do secularismo como visão de mundo e de vida está no “tempo presente”. Então se a atenção está colocado no tempo presente, por que se interessar por algo além desta vida? O descuido em relação a esse “por que” é o assassino silencioso da cristandade evangélica. Infelizmente o foco no secular direciona os cristãos a tornarem-se parte dessa progênie da filosofia secular. O dilema nos conduz ao fato triste de que há “cristãos secularizados ao invés de humanistas seculares…o que representa a desintegração da vitalidade religiosa” [7] da igreja evangélica.
O relacionamento entre a modernidade e o projeto do Iluminismo tem mais a ver com a expressão de idéias do que com a filosofia dogmática. Nesse sentido, Alasdair MacIntyre, filósofo moral contemporâneo, entende que o “projeto do Iluminismo… falhou em seus próprios padrões”, [8] e segue descrevendo a massa de destruição que esse projeto deixou em seu rastro. O Iluminismo foi o cérebro do desenvolvimento pejado de modernidade. A progênie da modernidade que emerge do projeto do Iluminismo será a força poderosa, ainda que devastadora para a igreja evangélica.
No começo deste século, quando o liberalismo ameaçava a igreja, J. Gresham Machen respondeu por meio de um escrito apologético para defender o mandato cultural aos cristãos. Machen disse que “de todo ponto de vista, portanto, o problema em questão é a mais séria preocupação da igreja. Qual a relação entre a Cristandade e a cultura moderna que pode manter a cristandade em uma era científica?”.[9] Por todo o livro de Machen, faz-se referência, ao menos implicitamente, ao mandato cultural no período da modernidade. Os cristãos têm toda razão de se sentirem culpados de permitir que a cultura seja controlada pelos filhos da modernidade. Esses filhos da modernidade são essa progênie da modernidade a que se alude.
As guerras culturais, no contexto do pensamento teológico e filosófico, são também filhas da modernidade. James Davison Hunter ensina que “a presente guerra cultural tem sido desenvolvida, ... como a luta com vistas a estabelecer novos consensos acerca do caráter e do conteúdo da cultura pública da América”.[10] Essas guerras culturais refletem a falha dos cristãos em se empenharem no mandato cultural dado por Deus.
A tragédia dos efeitos do fundamentalismo aparece nas sub-culturas cristãs de evangelicalismo. A música cristã, a rádio e televisão cristãs, a literatura cristã e a estética cristã são somente uns poucos exemplos de como os cristãos, por causa do fundamentalismo, têm recusado a cultura. As guerras culturais estão sendo travadas nos campos da educação, da lei, da política e da ética. As guerras culturais não estão somente dividindo cristãos dos não-cristãos, estão criando barreiras entre os cristãos. Por exemplo, os cristãos não estão de acordo quanto à questão de aborto. Os cristãos estão divididos sobre educação. Guerras culturais nasceram na modernidade, adotadas pelo fundamentalismo na igreja, e tem se multiplicado, em detrimento mais do povo de Deus.
Outra filha da modernidade é a revolução terapêutica. O professor de psicologia da Universidade de Nova Iorque, Dr. Paul Vitz, descreve os EUA como uma “sociedade psicológica em que se verifica o triunfo da terapêutica”.[11] A terapia tem-se tornado palavra de ordem para os americanos que crêem que são vítimas do poder e da persuasão de outras pessoas. Essa filha da modernidade repercute e afeta a igreja. Por causa disso, alguns filhos de Deus ainda se sentem propensos para cometer algum tipo de pecado que inclusive chega a fazer parte da vida deles. As tentações e as experiências de vida orientam essas pessoas a esperar respostas assim que sentem ameaçados e vitimados. Então eles vão ao terapeuta para ajuda e o ciclo vicioso continua.
De todos os filhos (ou filhas) que a modernidade tem produzido o furor gerencial é uma das produções que certamente tende a modificar o formato da igreja. Na avaliação de Maclntyre, em se tratando de filosofia moral do mundo ocidental, “o administrador burocrático ... pode moldar, influenciar e controlar o ambiente social”.[12] Sua estimativa é exata “porque parece que a administração positiva é essencial para o sucesso de qualquer organização"[13] segundo a teoria gerencial. A administração ou gerência impacta o conceito bíblico de liderança. A Administração não é um conceito novo, mas a modernidade o tem explorado e fez dele uma ferramenta que vai de encontro ao conceito bíblico de liderança.
A progênie da modernidade continuará a influenciar a igreja evangélica, a menos que aprendamos a controlar os filhos da modernidade. Esses filhos da modernidade embora não intrinsecamente maus, podem se tornar instrumentos do inimigo para fazer mal. Os cristãos evangélicos deveriam compreender os perigos dessa descendência. Os Guinness cita Peter Berger para nos chamar atenção sobre o uso dos filhos da modernidade. “Ele adverte que quem quer jantar com o diabo da modernidade tem que ter talhares de cabos bem cumpridos”.[14] Algo poderia ser dito acerca desse sobreaviso. “O crente 'vai comendo e vai descobrindo que os seus talhares vão ficando mais e mais curtos – até que a última colherada vai encontra-lo sozinho à mesa, com nenhum talher e com os pratos vazios'. Nosso desafio, então, é participar do banquete da modernidade - mas com talhares bem compridos”.[15]
Com este bom aviso a igreja evangélica deveria ser informada dos perigos, mas usar os benefícios da modernidade. Ainda na qualidade de pagão sempre pensava que tinha mais autoridade que poder. Como cristão compreendo que tenho mais poder que autoridade. Tenho o poder de pecar, mas não a autoridade para tanto. Tenho o poder de ser teologicamente errado, mas não tenho autoridade para ser teologicamente errado. Há o senso de poder fluindo dos filhos da modernidade. David Wells argumenta que “o que molda o mundo moderno não são as mentes poderosas mas forças poderosas, não a filosofia mas a urbanização, o capitalismo e a tecnologia”.[16] A mente moderna não é necessariamente vazia, mas não é estimulada por uma agenda intelectual. Steven Conner escreveu um livro para introduzir as teorias do pensamento contemporâneo. Poderia ser considerada uma obra significativa do pensamento pós-moderno. Trata-se um trabalho erudito, mas é vago em termos de argúcia intelectual. Os tópicos que dominam o livro são hermenêutica, análise literária e estética. Conner diz que “o mundo reclama por textos literários que são fundamentados simplesmente em seus próprios recursos textuais”.[17]
O desconstrucionismo pode ser no futuro a tônica da análise literária, mas isso não faz necessariamente dele uma escolha correta. Outra voz ilustrativa do pensamento pós-moderno diz “Uma coisa tenho aprendido em hermenêutica que tem efetuado mudança em todos os aspectos e é o que devo chamar apenas de ‘obediência aos textos’ – escutar o texto em si mesmo ao invés dos intérpretes modernos dele”.[18] Conner, um liberal deconstrucionista, não pode fazer qualquer declaração de verdade por que a verdade não pode ser definida exceto pela desconstrução do texto. Thomas Oden corrige este erro usando as forças intelectuais para definir os absolutos. O poder da modernidade está arraigado pelo relativismo que dele decorre. “Este é um tempo em que as características principais [da modernidade] (o relativismo moral, narcisista, hedonista, naturalista e reducionista e o individualismo autônomo) têm sido bem descritas pelos historiadores intelectuais modernos...”.[19]
O relativismo como filosofia tem se mantido na dianteira em toda parte na nossa sociedade incluindo na religião e filosofia. O relativismo é poderoso, porque não pode ser confinado em qualquer corpo de pensamento. Os filhos e filhas da modernidade estão combinados para usar a relativização para avançar com sua causa e isso é uma ferramenta poderosa. O relativismo é inerentemente perigoso no pensamento moderno.
A relativização tem seus próprios perigos especiais, e distinções importantes devem ser preservadas. A rejeição dos assuntos transcendentais do historicismo e dos seus seguidores e mesmo a estonteante perda da estabilidade que a física einsteiniana criou para as categorias de tempo e espaço...Tudo é relativo por que não há nada transcendente ao fluxo que pode prover a estabilidade necessária para posicionar tudo o mais ... A espécie de relativização que poderia ser afirmada, em contraste seria a que colocasse os valores humanos sob o julgamento do Deus transcendente. ...Uma sociedade que não pode tolerar um juiz além da história achará que pode aprender a tolerar tudo o mais [20].
Eu faço distinção entre eruditos e intelectuais. Um erudito é aquele que é capaz e pratica determinada escola de pensamento. Por exemplo, há muitos eruditos carregados com volumes de propaganda e que são bem equipados para a defesa de uma causa. Somente tem olhos para o que pode ser considerado politicamente correto. Eles tem sido muito bem especializados, mas os seus argumentos morrem na mesa de debate. Intelectuais, por outro lado, lida com o mundo de idéias. Eles perseguem linhas de pensamento usando processos lógicos que levam a determinadas conclusões.
Portanto, os eruditos são propensos à relativização, mas os intelectuais são ligados aos processos analíticos e lógicos que os conduzem a alguns absolutos. O impacto da relativização da igreja evangélica reflete a força da modernidade. É certo que “muitos tem em mente que [a] fé Cristã é a únicarelativamente verdadeira. ...” [21] O desaparecimento da verdade absoluta no circulo cristão foi um golpe devastador à missão da igreja. A visão correta da missão da igreja será evidente quando a igreja resgatar a verdade absoluta. A modernidade oferece variedade e mudança para quem que devote a isso. O segredo do sucesso da expansão da modernidade é o racionalismo. Refere-se ao racionalismo aqui no sentido de que o apelo à razão, à parte da experiência, é o único caminho para resolver os problemas. Há distinção entre o racionalidade daquele que usa a razão numa tentativa de interpretar a realidade e o racionalismo como ora se tem descrito. O racionalismo não responde a todas as perguntas da vida. Jacques Barzun tem pontuado que o Liberalismo do Século XVIII (o culto ao eu) e o Racionalismo do Século XVIII (o culto à razão) exerceram impacto no sentido de tornar a religião supérflua. Se homem é o seu próprio senhor, e a razão seu único juiz, o que é o homem faz com o persistente senso de que na vida há mais o que a razão e o mundo material pode conter? [22] O racionalismo termina por conduzir ao mundo da subjetividade. A busca para compreender a realidade nunca completa o ciclo, assim o próximo passo sempre é tentar o novo ou o diferente. Os estudiosos da modernidade têm dominado este conceito. É triste mas verdadeiro que a igreja evangélica tem sido persuadida por esses discípulos a se torna veículo para espalhar a mensagem de modernidade.
A modernidade tem elementos persuasivos poderosos que indicam que "a modernidade não é exatamente uma série de paixões, esperanças e idéias, trata-se de uma mentalidade que prevalece em alguns círculos mais do que em outros, e em nenhum lugar mais do que na universidade, o agente primário da ideologia de modernidade".[23] A universidade é o lugar em que nossos teólogos vão para se educar. Muitos seminários têm professores formados na universidade. A questão é: até que ponto eles têm sido persuadidos pela modernidade e o quanto essa persuasão será transferida para as próximas gerações? A igreja evangélica está diante de um precipício que poderá mergulhá-la numa nova idade média. Deveríamos ficar atemorizados diante da possibilidade de que a modernidade possa nos empurrar para além do limite determinado?
A ameaça potencial da modernidade à igreja evangélica é provavelmente maior do sempre foi, mas a oportunidade para a reforma é também maior do que a de qualquer tempo da história recente. Os filhos e filhas da modernidade têm tentado secularizar o cristianismo. Por diferentes modos podemos vê-lo variado, mas primeiramente como “o pastor procura incorporar o que modernidade estima e ao redefini-lo, o ministério do pastoral aparece como os dois mais admirados tipos culturais vigentes, o administrador e o psicólogo”. [24] David Wells atribui o problema ao desaparecimento da teologia. Algo precisa substituir a teologia. Note bem, “o abismo entre o evangelismo centrado na verdade de Edwards e Whitefield e a variedade da religião industrializada centrada na técnica ... ilustrada por Charles Finney [25] ... é um dos muitos exemplos de como modernidade ameaça a boa saúde da igreja evangélica”. A modernidade tem produzido uma progênie por seu poder e persuasão e agora se posta como uma ameaça à igreja. O que podemos fazer? Podemos rejeitar os “mitos de poder [e] popularidade, [que] tem nos conduzido à uma preocupação doentia com o sucesso superficial, métodos acima da mensagem, técnica acima da verdade, quantidade acima da qualidade?”.[26] A maior questão é como podemos fazer isso? Michael Horton responde à pergunta nos lembrando o nossa visão de mundo e de vida.
“A Bíblia ordena, ' não vos conformeis nem um pouquinho com o padrão deste mundo mas transformai-vos pela renovação de vossa mente' (Rom. 12:2). Enquanto muito combustível tem sido gasto para conseguir que as pessoas ajam como cristãos, a Bíblia insiste que devemos primeiro pensar como cristãos. A transformação de nossas mentes se dá não por intermédio de mágica, técnicas supersticiosas ou devoções superficiais, mas através de sério e às vezes difícil estudo. Isso requer que saibamos alguma coisa sobre a Bíblia e sobre as pessoas para quem é endereçada, e que saibamos alguma coisa sobre nós mesmos e a cultura em que vivemos. É perigoso fingir que não é mundano quando há a recusa do exame critico dos caminhos em que se têm sido influenciados mais pelo espírito deste século mais do que pelo Espírito de Cristo”.[27]
Assim como jorro de água de um poço artesiano, a visão cristã de mundo e de vida não jorra afastado da base. Ela decorre do esforço laborioso de quem age pelo poder do Espírito Santo. Os cristãos não dedicam tempo e esforços suficientes perguntando o “por que” da fé Cristã. A pergunta que devemos fazer é por que devemos usar as ferramentas da modernidade. Mas muito freqüentemente os cristãos perguntam como posso utilizar as ferramentas de modernidade. A questão do “como” tem levado o cristão a ponto de desespero. O cristão começa a usar as ferramentas da modernidade, o relativismo o arrasta sorrateiramente para que logo a metodologia se torne o seu deus. Em 1926, os Cruzados Bíblicos da América formaram uma missão especial para “dar combate ao Modernismo, Evolução, Agnosticismo e o Ateísmo”.[28] Hoje, os evangélicos nem de longe estão lutando contra o Modernismo, eles estão o abraçando. O mais notável exemplo disso pode ser encontrado no movimento de crescimento da igreja.
O movimento de crescimento da igreja é uma livre confederação de ministros e leigos cujo inicio pode ser traçado com Donald McGavran. Ele foi missionário na Índia, professor no Seminário Fuller e fundador do Instituto de Crescimento da Igreja.
O movimento de crescimento da igreja não pode ter o privilégio de contar em suas fileiras qualquer importante teólogo. Quando Martinho Lutero e João Calvino sucederam-se nos primeiros movimentos da Reforma, não poderia ser impróprio referir-se a pontos em que ambos se distanciavam. Embora alguns homens-chave da Reforma tivessem esses pontos de discordância, eles eram unidos uns aos outros por teologia e filosofia comuns. O movimento de crescimento da igreja é desprovido de qualquer centro teológico, podendo ser encontrado indiferentemente em igreja liberal, conservadora, fundamentalista ou evangélica. Qual a liga que as mantém juntas?
Os líderes do movimento de crescimento da igreja se cercam de discípulos comprometidos de forma que beira ao culto da personalidade. Win Am, um famoso discípulo de Donald McGavran, disse “treinandos que saem de igrejas vitoriosas e têm sido treinados por homens que são eles próprios multiplicadores de igrejas, são geralmente eficazes”.[29] A idéia é que o sucesso gera sucesso.
Tem-se sugerido que o conceito de que uma “igreja líder” deve tomada como modelo. Deve ser enfatizado que o termo 'Igreja Líder' se refere a uma definição funcional. Da mesma forma que conforme a mais simples definição líder é 'uma pessoa que o povo segue,' igreja líder é a designação funcional de uma igreja que tem o ministério considerado frutífero dentro de uma determinada área metropolitana..[30]
Esses não são casos isolados dentro desse conceito de liderança Alguns dos defensores do movimento de crescimento da igreja entendem que a Escritura defendem o conceito deles de liderança Num caso, Neemias e Paulo foram citados como exemplos utilizados pelos aderentes do movimento de crescimento da igreja. Este livro continuou descrevendo João Calvino como “um homem de grande capacidade organizacional e de liderança”. [31]
Sim, esses homens são exemplos de grandes líderes, mas eles não tentaram juntar outros líderes da igreja dentro de um plano “seguemista” [de “seguem me” ou “follow me”]. Esses homens tentaram e tiveram algum sucesso em reformar a igreja. O conceito popular entre os líderes do movimento de crescimento da igreja é o plano do "siga o líder bem sucedido”. Um líder do movimento de crescimento da igreja “patrocina uma conferência [três vezes por ano] em que 500 líderes da igreja se juntam para ver como as coisas devem ser feitas”.[32]
O melhor guia para se saber como Deus deseja crescer Sua igreja é a Bíblia. O conceito bíblico de expansão do Reino de Deus é: um planta, outro rega, e outro colhe, mas somente Deus é quem opera na igreja para que esta cresça. O erro fundamental do movimento de crescimento da igreja é quando aos pastores é dito que podem esperar que suas igrejas cresçam, desde que “necessariamente desejem seguir os passos de um líder de crescimento”.[33]
Do pastor se espera que assuma a posição de diretor geral de uma empresa. George Barna, especialista em metodologia de crescimento da igreja, de forma ousada, critica a igreja ao dizer, “muitas pessoas julgam o pastor não pela sua capacidade de pregar, ensinar ou aconselhar, mas pela sua capacidade de fazer a igreja funcionar tranqüila e eficientemente. Na essência ele é julgado como um homem de neg

Martin Murphy


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