O ex-presidente Lula (PT) continua atuando nos bastidores de Brasília
(DF) para tentar conter o avanço do impeachment, e um de seus alvos é a bancada
evangélica, onde espera conseguir alguns aliados.
No último sábado, 16 de abril, Lula esteve com o líder da Igreja
Mundial do Poder de Deus, o autointitulado apóstolo Valdemiro Santiago. A ideia
era, num primeiro momento, conquistar votos contra o impeachment na sessão do
dia 17 de abril, já que o religioso tem influência sobre três deputados
federais.
Lula, porém, queria ajuda de Santiago para que esses três deputados
federais, além de votar contra o impeachment, convencessem outros colegas da
bancada evangélica. Porém, na prática, o que se viu foi o oposto: o missionário
José Olímpio (DEM-SP), um dos ligados à Mundial, votou pela admissão do
processo.
Lula, que viajou a São Paulo, estava preocupado com as manifestações
contra Dilma e, segundo informações da revista Exame, aproveitou para tirar sua
família de seu aparamento em São Bernardo do Campo, na região do ABC Paulista.
Na volta à Brasília, o ex-presidente e principal articulador de Dilma
manteve sua tarefa inglória de tentar convencer deputados a votarem contra o
impeachment. Fez inúmeras ligações a parlamentares que se diziam indecisos,
além de abordar alguns dos que já haviam dito que votariam a favor, como o
ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf (PP).
No entanto, a maioria dos parlamentares não atenderam as ligações do
ex-presidente. No caso de Maluf, Lula esteve pessoalmente com o deputado, mas
não conseguiu mudar sua postura sobre o voto.
“Dilma é uma mulher honesta, correta, uma Virgem Maria que foi
contratada para ser cozinheira em um ambiente menos honesto. Para a presidente
não tem nenhuma questão jurídica, mas acho que o Brasil precisa de mudança”,
disse Maluf ao chegar à Câmara dos Deputados no domingo à tarde. Mais tarde,
ele votaria sim pelo impeachment.
Autor: gospelmais.com.br
Fonte: gospelmais.com.br
Fonte: gospelmais.com.br
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