Brasil é o 60º
colocado em ranking mundial de educação
Desempenho do
País está entre os mais baixos, em ranking internacional que avaliou 76 países;
melhor avaliado é Cingapura.
SÃO PAULO - O
Brasil ficou na 60.ª posição no ranking mundial de educação, divulgado nesta
quarta-feira, 13, pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE). Foram avaliados 76 países - um terço das nações do mundo -
por meio do desempenho de alunos de 15 anos em testes de Ciências e Matemática.
Apesar de estar
entre os países com pior desempenho, a organização avaliou no relatório que o
Brasil tem grande potencial de crescimento econômico se conseguir proporcionar
educação básica universal para todos os adolescentes de 15 anos.
O relatório
aponta ainda que o Brasil registrou melhoras “notáveis” na performance dos
adultos na última década. No entanto, o relatório ressalta o grande número de
estudantes que abandonam a escola e chama a atenção para a qualidade do ensino
ofertado. “Apesar de praticamente todas as crianças entre 7 e 14 anos de idade
ingressarem nas escolas no começo do ano, nem todos continuam até o final. Eles
abandonam porque o currículo escolar não é atrativo, porque precisam trabalhar
ou por ter dificuldade em acompanhar as aulas.”
No ranking, o
Brasil aparece com desempenho pior do que o de países como o Irã (51.º), que
enfrentou uma guerra de grandes proporções nas últimas décadas, e os vizinhos
Chile (48.º) e Uruguai (55.º), que têm economias mais fracas do que a
brasileira. Outros três sul-americanos ficaram entre os 15 piores colocados na
avaliação: Argentina (62.º), Colômbia (67.º) e Peru (71.º). No ranking de 2012,
que avaliou 65 países, o Brasil havia ficado em 58.º lugar.
A assessoria de
imprensa do Ministério da Educação (MEC) informou que só vai comentar os dados
após a apresentação oficial do relatório, que ocorrerá na próxima semana
durante o Fórum Mundial de Educação, na Coreia do Sul.
No evento,
líderes mundiais vão traçar metas de educação para os próximos 15 anos. Os
últimos objetivos foram traçados em 2000, mas alguns deles - como fornecer
ensino primário a todas as crianças - não foram completamente alcançados.
“A tarefa para os
governos é ajudar os cidadãos a se desenvolver e garantir que em 2030 todos
eles tenham os conhecimentos e habilidades necessários para ter uma educação,
trabalho e vidas adequados”, avalia a OCDE, no relatório.
Posições. As
cinco melhores colocações ficaram para países asiáticos, Cingapura, Hong Kong,
Coreia do Sul, Japão e Taiwan, na sequência.
Segundo o diretor
educacional da OCDE, Andreas Schleicher, é a primeira vez que o ranking
consegue ter uma escala “verdadeiramente global” sobre a qualidade da educação.
“A ideia é dar a mais países, ricos e pobres, a possibilidade de comparar a si
mesmos com os líderes mundiais em educação para descobrir pontos fracos e
fortes e ver os ganhos econômicos a longo prazo gerados pela melhoria da
qualidade da educação.”
Schleicher chamou
a atenção para o caso de Cingapura, que nos anos 1960 tinha altos índices de
analfabetismo, mas conseguiu uma recuperação nas últimas décadas.
Nas três piores
posições do ranking estão Gana, África do Sul e Honduras.
Determinacao da
nacão em progredir. O Japão, antes da guerra, investiu pesado em
educação...tanto que a maioria dos imigrantes que vieram pra cá eram formados:
médicos, dentistas etc.
Depois
da guerra eles receberam uma ajuda muito grande dos EUA, um Plano Marshall do
oriente, pra frear o comunismo. Eles investiram e se desenvolveram, com
mão-de-obra qualificada e educação de primeira ficou mais fácil. O Japão como
nenhum outro país investiu absurdamente em uma simples aréa : TECNOLOGIA. Soube
utilizar os aportes financeiros do Estados Unidos, no após guerra e aliado a
sólida observância as leis e tradição milenar, alicerçada no nivel cultural da
população, transformam a Nação do sol nascente, em potência internacional. Povo
de garra e tradição.
Durante alguns anos após a derrota japonesa na Segunda Guerra Mundial, a
economia da nação ficou quase totalmente paralisada em virtude da destruição
causada pela guerra, com uma séria escassez de alimentos, uma inflação
descontrolada e um agressivo mercado negro. A nação perdeu todos os seus
territórios de além-mar e a população ultrapassou a marca dos 80 milhões de
habitantes, com o acréscimo de cerca de seis milhões de repatriados do
exterior. Fábricas foram destruídas pelo fogo dos ataques aéreos. A demanda
interna caíra com a cessação das encomendas militares e o comércio exterior era
restrito pelas forças de ocupação. Mas o povo japonês começou a reconstruir a
economia devastada pela guerra, auxiliado no início pela ajuda à reabilitação
dos Estados Unidos. Em 1951, o Produto Nacional Bruto foi recuperado ao nível
de 1934-36. O crescimento populacional inibiu a recuperação da renda per capita
da nação, mas em 1954 esse indicador também recobrou o nível de 1934-36 em
termos reais. O pessoal militar desmobilizado e os civis desconvocados
juntaram-se ao mercado de trabalho proporcionando uma larga oferta de
trabalhadores para a reconstrução econômica no início do período do pós-guerra.
Várias
reformas sociais realizadas após a guerra ajudaram a moldar uma estrutura
básica para o subsequente desenvolvimento econômico. A desmilitarização do
pós-guerra e a proibição de rearmamento estabelecidas pela nova Constituição
eliminaram o pesado ônus provocado pelos gastos militares sobre os recursos
econômicos da nação. A dissolução dos Zaibatsu (enormes monopólios
empresariais) libertou as forças da livre concorrência, e a propriedade da
terra cultivável foi redistribuída em grande quantidade entre os antigos
arrendatários agricultores, dando-se a eles novos incentivos para a melhoria de
seus lotes. Também foram removidos os obstáculos às atividades sindicais, tendo
como resultado o fato de a segurança de emprego dos trabalhadores tornar-se mais
protegida e abriu-se o caminho para o aumento constante dos níveis salariais.
Com o 'sistema de
produção prioritária', deu-se ênfase ao aumento da produção do carvão e do aço,
os dois principais focos do esforço industrial do país. A elevação da produção
do aço estabeleceu a base para uma decolagem global da produção, caracterizando
um impulso no investimento de capital, sustentado pela recuperação do consumo.
Em seguida, a produção foi incrementada não apenas nas indústrias de base, tais
como a do aço e dos produtos químicos, mas também em novas indústrias
produtoras de vens de consumo, tais como as de aparelhos de televisão e de
automóveis.
A economia japonesa continuou a expandir-se rapidamente de meados dos anos 50
até a década de 1960, tendo sofrido apenas duas breves recessões, em 1962 e em
1965. A taxa média de crescimento anual esteve próxima dos 11% em termos reais,
durante a década de 1960. Compare-se isto com os 4,6% da República Federal da
Alemanha e os 4,3% dos Estados Unidos, no período de 1960 a 1972. E essa taxa
também ficou bem acima do dobro da média da taxa de crescimento do próprio
Japão de antes da guerra, que era cerca de 4% ao ano.
Organização,competência,força de vontade política e para mostrar aos EUA e ao
mundo que aquele pais renasceria e seria o melhor,que ninguém derrubaria os
niponicos... O nível educacional e de escolaridade da população era muito alto.
Existe uma tradição milenar de hierarquia e obediência às leis em todos os
níveis. Os americanos queriam uma força para conter o comunismo na China e na
Coreia. Construiram bases no Japão e injetaram muito dinheiro na reconstrução.
Receberam uma grande quantidade de dinheiro dos EUA, que embora tenham se
divertido destruindo e matando japoneses, não queriam uma nação miseravel ao
lado das duas maiores potencias socialistas do mundo, a URSS e a China. Além
disso, ter no Japão um aliado politico era estratégicamente interessante aos
EUA, da mesma forma que Cuba era interessante à URSS. Passaram então a enviar
dinheiro e investir no Japão, de forma ao pais não ficar tentado a se tornar
socialista.
Os
japoneses pegaram quase todo o dinheiro e investiram em educação. Assim, em uma
geração, já tinham profissionais altamente capacitados trabalhando na área
tecnológica, desenvolvendo novas pesquisas e produtos. Com isso, o Japão
conseguiu não só se reerguer, mas se tornar uma das maiores potencias
economicas da atualidade.
Conheça os 5 vilões que dificultam desenvolvimento do Brasil
Embora já tenha conquistado
o posto de sexta maior economia do mundo em 2011, o Brasil ainda se vê às
voltas com dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que destoam do
papel assumido pelo país na cena internacional nos últimos anos
Segundo
especialistas, o recente cenário da queda dos juros deixou tais entraves ainda
mais evidentes.
“Por muito tempo,
as empresas aproveitaram-se dos juros altos para ganhar dinheiro, aplicando
seus lucros no mercado financeiro com vistas a maiores retornos. Porém esse
cenário está mudando”, afirmou André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos.
Na prática, com
essas aplicações agora menos rentáveis, as empresas começam a deslocar o
excedente de capital do setor financeiro para o setor produtivo, investindo na
expansão dos próprios negócios.
1) Infraestrutura
precária
Segundo um estudo
do Departamento de Competitividade de Tecnologia (Decomtec), da Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), as empresas têm uma despesa anual
extra de R$ 17 bilhões devido à precariedade da infraestrutura do país,
incluindo péssimas condições das rodovias e sucateamento dos portos.
Como resultado,
os custos logísticos acabam encarecendo o produto final. De acordo com um
levantamento do instituto ILOS, cerca de 30% do preço da tonelada soja
produzida em Mato Grosso e exportada do porto de Santos, por exemplo,
referem-se apenas aos gastos com transporte do grão.
“O Brasil também
fez uma opção pelo transporte rodoviário, mais caro do que outros meios, como
ferrovias ou hidrovias”, afirmou Márcio Salvato, coordenador do curso de Economia
do Ibmec.
Além da
infraestrutura, o país também sofre com as altas tarifas de energia elétrica,
apesar de cerca de 70% de sua matriz energética ser proveniente de
hidrelétricas, consideradas mais limpas e baratas.
Uma pesquisa da
Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Fierj), publicada no ano passado,
mostrou que o custo médio de energia no Brasil é 50% superior à média global e
mais do que o dobro de outras economias emergentes.
2) Déficit de mão
de obra especializada
Em alguns setores
da indústria, o Brasil já vive “um apagão de mão de obra”, com falta de
profissionais qualificados capazes de executar tarefas essenciais ao
crescimento do país.
Segundo o mais
recente levantamento feito pela consultoria Manpower com 41 países ao redor do
mundo, o Brasil ocupa a 2ª posição entre as nações com maior dificuldade em
encontrar profissionais qualificados, atrás apenas do Japão.
Entre os
empresários brasileiros entrevistados para a pesquisa, 71% afirmaram não ter
conseguido achar no mercado pessoas adequadas para o trabalho.
Para efeitos de
comparação, na Argentina o índice é de 45%, no México, de 43% e na China, de
apenas 23%.
“Se no Japão o
maior entrave é o envelhecimento da população, o problema no Brasil é a falta
de qualificação profissional”, afirmou à BBC Brasil Márcia Almström, diretora
da Recursos Humanos da filial brasileira da Manpower.
De acordo com uma
pesquisa divulgada neste ano pelo Ipea, o governo direcionou apenas 5% do PIB
em 2010 para a educação, contra 7% do padrão internacional.
“Sofremos com a
falta de profissionais de nível técnico, de operações manuais e de
engenheiros”, acrescentou Almström.
Atualmente, segundo a consultoria McKinsey, apenas 7% dos trabalhadores
brasileiros têm diploma universitário, atrás da África do Sul (9%) e da Rússia
(23%).
3) Sistema
tributário complexo
Segundo o
relatório ‘Doing Business’ do Banco Mundial, são necessárias 2.600 horas por
ano para empresas de médio-porte brasileiras somente para pagar impostos,
contra 415 na Argentina, 398 na China e 254 na Índia.
“Já passou da
hora para que o Brasil simplifique seu sistema tributário”, disse André
Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos.
Um dos exemplos
da alta complexidade tributária no Brasil pode ser verificado no Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Como está
presente em todos as etapas da cadeia produtiva, seu recolhimento ocorre
diversas vezes e leva à cobrança de imposto sobre imposto, também conhecido de
“imposto em cascata”.
“São 27
legislações, uma para cada estado, além de alíquotas diferentes para cada
produto. Isso sem falar na alíquota interestadual”, afirmou Felipe Salto,
economista da Tendências Consultoria e professor da FGV-SP. “Isso dificulta a
vida do empresariado brasileiro”, acrescentou.
O resultado são
produtos menos competitivos, que chegam mais caros às gôndolas e sofrem maior
concorrência dos estrangeiros.
4) Baixa
capacidade de investimentos público e privado
Historicamente, a
taxa de investimentos tanto pública quanto privada é baixa no Brasil, em torno
de 18% do PIB.
Especialistas
consideram que seria necessário elevar esse patamar para, pelo menos, 25% do
PIB, de forma a permitir um crescimento sustentável da economia.
Isso porque, sem
investimentos, para a compra de novos maquinários ou para a construção de novas
rotas de escoamento, por exemplo, há uma menor eficiência produtiva, o que
encarece e diminui a competitividade dos produtos brasileiros.
“É preciso que o
governo faça os ajustes necessários para aumentar a confiança do empresariado
e, assim, incentivar o investimento”, acrescentou Salto.
5) Burocracia
excessiva
Segundo o Banco
Mundial, entre 183 países o Brasil ocupa o 126º lugar quando se analisa a
facilidade de se fazer negócios, abaixo da média da América Latina (95º) e
atrás de países como Argentina (115º), México (53º), Chile (39º) e Japão (22º).
Até obter retorno
sobre seus investimentos, cabe aos empresários brasileiros vencer uma
via-crúcis, que, inclui, entre outras etapas, 13 procedimentos apenas para
abrir um negócio, ou 119 dias.
Na Argentina, são
necessários 26 dias, no Chile, 7 e na China, 14.
Entre tais
procedimentos estão, por exemplo, a homologação da empresa em diferentes órgãos
de supervisão, o registro dos funcionários e licenças ambientais.
“Ao fim e ao
cabo, o custo das empresas é extremamente alto, antes mesmo que elas produzam
qualquer centavo”, afirmou Salvato.
Fontes:
Estadão
Com informações do site LASBLOG
Luis Guilherme Barrucho, BBC Brasil
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