Instrumentalizaram o Salvador dos cristãos para afirmar um projeto de poder que evoca um Estado gigante, paternalista e elitista.
Evylin Bastos da Mangueira. (Foto: Reprodução / Instagram)
Estão dizendo que Cristo esteve na Sapucaí. Na visão deles, Cristo está nos pobres, nas mulheres vítimas de feminicídio, nas minorias LGBTQ+, nos jovens negros em conflito com a Lei etc.
Será que era o Jesus das Escrituras? A resposta é NÃO.
O evangelho é sobre Deus crucificado para carregar a ira de Deus contra os pecadores. Ele foi morto pela alta elite religiosa, mas no meio do povo que gritou “crucifica-o” haviam também muitos pobres, mulheres, gays e lésbicas, jovens em conflito com a Lei etc.
O texto de Mateus 25 talvez seja o menos compreendido pelos evangélicos progressistas, justamente porque leem Jesus dizendo que, aquilo que um discípulo faz a um pequenino, o faz a Ele.
Contudo, o texto NÃO diz que ele está metafisicamente no pobre faminto ou sedento, no refugiado, no que ficou nu ou doente ou no que foi preso. O texto diz que as boas obras do discípulo são o sinal de que ele de fato ama o Senhor Jesus, e a prova do seu amor é quando este é manifestado graciosamente sobre os que mais sofrem.
Com isso, estamos dizendo que é legítimo o cristão ter compaixão do ser humano que sofre e se mobilizar no combate às injustiças – só que ele não faz isso pela via pública da política ou da politização dos elementos culturais; ele o faz por meio da poderosa pregação do evangelho, na graça do Espírito.
O desfile da Sapucaí só fez política, nada mais. Só instrumentalizou o Salvador dos cristãos para afirmar um projeto de poder que evoca um Estado gigante, paternalista e elitista.
O desfile do carnaval só demonstrou a ignorância teológica de Henrique Vieira, que faz subsumir o Deus encarnado na figura limitada de um revolucionário apaixonado pela ideologia que santifica a pobreza e paganiza a mensagem da Escritura.
Cristo está no ser humano que salvou sobrenaturalmente. A teologia liberal, a que flerta com o ceticismo ocidental e dialoga com a doutrina herética do universalismo, tem sido uma aliada política importante neste tempo de obscuridade representativa da esquerda brasileira. Porém, não consegue ir além dos likes na internet.
O evangelho é amor e santidade. Tire um desses atributos e você não tem mais o evangelho.
Fonte: Gospel Prime
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