sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Clubes de strip-tease reabrem em cidade dos EUA, mas igrejas enfrentam dificuldades


A pandemia do novo coronavírus tem contribuído para o desenho de um cenário duvidoso sobre a liberdade religiosa no mundo, visto que igrejas parecem estar sendo tratadas de forma discriminatória em várias regiões, como nos Estados Unidos.

Sob o pretexto de prevenção contra a Covid-19, alguns governantes têm implementado regras que dificultam a liberdade de culto, o que seria visto com naturalidade se essas mesmas regras fossem aplicadas para todos os grupos sociais.

No entanto, na cidade de San Diego, na Califórnia, enquanto Clubes de strip-tease puderam reabrir após decisão judicial, igrejas continuam fechadas, proibidas de exercer livremente às suas atividades, e isso no país que é considerado o maior exemplo de democracia do planeta.

A decisão pela reabertura das casas noturnas foi do juiz do Tribunal Superior de San Diego, Joel R. Wohlfeil, segundo informações do Los Angeles Times. Ele concedeu uma liminar que pedia a reabertura, alegando que os proprietários dos estabelecimentos Pacers Showgirls International e Cheetahs Gentlemen’s Club estariam tendo seus direitos violados.

Enquanto isso, várias igrejas na Califórnia estão sofrendo sansões por causa da realização de cultos no estado. Paul Jonna, conselheiro especial do grupo jurídico conservador Thomas More Society, comentou o caso:

“Se você vai aceitar o argumento de que dançar nu é um discurso protegido que é tão significativo que supera o interesse do governo em regulamentar seus cidadãos com as ordens da Covid-19, então obviamente a adoração a Deus, que é expressamente mencionada na Primeira Emenda deve ser mantida em um padrão mais elevado”, disse Jonna ao jornal Washington Free Beacon.

O presidente da Comissão de Ética e Liberdade Religiosa da Convenção Batista do Sul, Russel Moore, também apontou o que para ele significa incoerência de alguns governos em restringir a atividade das igrejas, mas facilitar a de outros grupos.

“Não há nenhuma controvérsia de que o governo tem um interesse convincente em restringir assembleias durante tempos de pandemia, mas em vários estados, incluindo Minnesota, Califórnia e Nevada, têm seguido políticas que são inconsistentes, incoerentes e não neutras em relação a reuniões religiosas em oposição a reuniões não religiosas”, disse ele.

Fonte: Gospel+

Nenhum comentário:

Postar um comentário