terça-feira, 21 de novembro de 2023

Desafios de missões no Brasil

O crescimento numérico dos evangélicos
Por: Rubens Muzio

Chegamos ao final da Grande Comissão? Quantos evangélicos há no Brasil? Através de estudos recentes publicados pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - podemos ter uma idéia precisa do tamanho da Igreja Evangélica. Em 1970, a população evangélica girava em torno de 4,8 milhões de fiéis. Em 1980, o tamanho do rebanho evangélico galgou a marca de 7,9 milhões. Em 1991, a igreja já avançava a barreira dos 13,7 milhões. Em 2000, acima de todas as previsões estatísticas, a igreja ultrapassou os 26 milhões de adeptos! Durante a década de 90, a velocidade de crescimento da Igreja Evangélica foi 4 vezes maior que a da população brasileira. Atualmente, giramos ao redor de ...
... 20% da população brasileira, ou seja, mais de 35 milhões de almas. Se continuar crescendo no mesmo ritmo daquele constatado entre 1991 e 2000, a população evangélica chegará a aproximadamente 55 milhões no ano 2010!

Sinal de Avivamento e Despertamento espiritual?
Bem, será que este crescimento significa também um verdadeiro avivamento espiritual nas terras brasileiras? Sim e não. Sem a menor dúvida, este crescimento é impressionante no sentido de que nunca na história da igreja brasileira tantas pessoas se tornaram membros de igrejas evangélicas ao mesmo tempo. As muitas conferências teológicas e missionárias nos meios protestantes e católicos da Europa e América do Norte estão falando sobre isso! Enquanto no hemisfério norte, as igrejas morrem diariamente ou são transformadas em museus, escolas, ou clubes, no Brasil, mais de 190 mil igrejas demonstram que o fôlego deste crescimento numérico ainda não chegou ao fim. Deus transformou em fertilizante as lágrimas vertidas pelos pastores e o sangue derramado pelos missionários e foi regando a terra brasileira. Muitas vezes, apesar dos seus líderes e da ineficácia da igreja, a boa semente deu frutos e produziu trinta, sessenta e cem por um (Mt 13:8, 23). É tempo de colheita!
Com certeza, este desenvolvimento é razão para alegria e gratidão. Podemos negar o fato que Deus tem derramado sua graça e diariamente muitos tem entregue suas vidas a Cristo? É claro que sabemos que o próprio Deus está derramando sua graça sobre o Brasil. Como negar o crescimento da igreja como sendo uma ação divina? Como negar as lágrimas derramadas enquanto a Palavra é pregada em milhares de igrejas brasileiras? Podemos recusar que o Espírito tem gerado salvação sobre tantas famílias de brasileiros, reconciliando-as com o Senhor, trazendo-as de uma vida de perdição e trevas para o Reino do seu filho amado (Cl 1:13)? Ou negar a real preocupação pela conversão dos parentes e amigos não-crentes? Jonathan Edwards descreve o primeiro grande despertamento acontecido nos Estados Unidos no século 18 com as seguintes palavras: em lágrimas, enquanto a palavra era pregada, alguns choravam com sofrimento e aflição, outros com alegria e amor, outros com compaixão e preocupação pelas almas dos seus vizinhos. Não é verdade que essas mesmas evidências de um genuíno despertamento espiritual estão também presente no Brasil?
Entretanto, o joio é muito parecido com o trigo. A história da igreja confirma que a maioria dos despertamentos espirituais foi cercada por elementos espúrios. Sempre houve atividades irregulares, manifestações estranhas, modelos doentios de igreja, elementos enraizados no pecado que setores da igreja não aceitaram. É necessário então que façamos algumas perguntas no restante deste capítulo.

Há uniformidade geográfica no crescimento?
O crescimento evangélico no Brasil não é homogêneo. A igreja não está presente simétrica e estrategicamente em todas as regiões e cidades brasileiras. Você pode verificar nos gráficos da http://www.infobrasil.org/ ou http://www.brasil2010.org.br/ a presença evangélica apresentada pelo Censo do IBGE, realizado no ano 2000, e sua projeção para o ano 2005. Algumas observações básicas:

1) A área com o maior número de evangélicos é a região Sudeste. Cidades como São Paulo e Rio de Janeiro demonstram que a igreja evangélica cresceu mais intensamente entre as classes pobres e classe média-baixa. Nos últimos anos, estão se intensificando os movimentos e igrejas voltados para as classes mais afluentes da sociedade;

2) As áreas com a maior porcentagem de evangélicos são as regiões Norte e Centro-Oeste. Apesar de uma população menor que a Sudeste, elas apresentaram as maiores taxas de crescimento do Brasil, dentro do contexto nacional. O Estado de Roraima tem o maior ritmo de crescimento do país: 13,41%. Há 12 estados com mais de 20% da população que se diz evangélica, inclusive o Distrito Federal;

3) A região Nordeste tem a menor porcentagem de evangélicos do país. Em 2000, a porcentagem de evangélicos naquela região era somente 10,26% enquanto a média para o país inteiro era 15,41% de evangélicos. Os únicos estados com menos de 15% de evangélicos ficam todos nessa região, sendo 2 deles com menos de 10%. A boa notícia chega quando verificamos sua taxa de crescimento: a maior do Brasil! Na última década, a igreja Nordestina cresceu 6 vezes mais rapidamente que a sua população, apresentando assim o índice mais elevado do país.

4) A região Sul é a região com o menor índice de evangelização e maior índice de crescimento do espiritismo e secularismo. Rio Grande do Sul se destaca como o estado com a menor taxa de crescimento (TCA) do país, 3,15%. Em toda a região Sul o crescimento dos evangélicos foi somente 4,32% comparado com um crescimento geral do país de 7,43%. Nos pampas gaúchos, o aumento da população não religiosa amplia-se quase duas vezes mais velozmente que aquele demonstrado pela igreja evangélica. A cidade de Porto Alegre é a capital menos evangelizada do Brasil com aproximadamente 400 igrejas evangélicas. Não foram encontradas igrejas em 18 bairros de Porto Alegre.

5) O perfil da igreja evangélica brasileira é predominantemente pentecostal. Entre as 5 maiores denominações evangélicas, 4 são de origem carismática: a Assembléia de Deus com mais de 8.5 milhões, a Congregação do Brasil, com quase 2.5 milhões; a Universal do Reino de Deus, com mais de 2 milhões; e a Igreja do Evangelho Quadrangular, com mais de 1.2 milhão. A segunda maior igreja do Brasil, a Batista, com mais de 3 milhões de membros, apenas confirma a tendência da pentecostalização que acontece entre as igrejas históricas;

E quanto às cidades mais resistentes ao evangelho?
Na verdade, em 1132 cidades, menos de 5% de homens e mulheres se identificam como evangélicos. Ou seja, a igreja não é visível e nem acessível para a maioria de sua população. As cidades mais necessitadas do evangelho encontram-se no sertão nordestino, na região das cidades históricas de Minas Gerais e no Sul Catarinense e Gaúcho.
Em aproximadamente 70 dessas cidades, menos de 1% dos habitantes confessam o evangelicalismo. Em várias delas, nenhuma igreja evangélica foi implantada até o presente momento! Alagoas é o estado que apresenta o maior número de cidades com menos de 1% de evangélicos. Não há informação sobre a existência de quaisquer igrejas em Santana do Ipanema (AL), 41,500 habitantes, ou São José da Tapera (AL), 27,600 habitantes, exemplos de cidades que não são tão pequenas assim.
O maior contraste evangelizador encontra-se no Rio Grande do Sul: a cidade de Alto Alegre com meros 0.3% de evangélicos encontra-se ao lado do município mais protestante do Brasil: Quinze de Novembro com 80,4% de evangélicos de acordo com o IBGE. Logicamente, sua maioria é Luterana nominal. Não sabemos se há evangélicos em cidades como Boa Vista do Sul, Nova Alvorada, Nova Roma do Sul, Relvado, Santo Antonio do Palma, São Jorge, União da Serra e Vespasiano Correa, municípios estes com 0,0% de evangélicos. Além do nominalismo, os gaúchos sentem que a dificuldade de evangelização é resultado do secularismo. Também, a resistência aos missionários vindos de outros estados se deve, entre outras coisas, ao tradicionalismo e ao etnocentrismo, um verdadeiro “espírito Farroupilha”.
Essas e outras cidades menos-evangelizadas devem ser alvos prioritários para os projetos de implantação de igrejas, oração e evangelização da Igreja evangélica de outras partes do Brasil. Recentemente, pastores e líderes participantes do Conselho de Pastores da cidade de São Paulo adotaram em oração todas as 70 cidades menos-evangelizadas. Oxalá, estas cidades menos-alcançadas - e mais resistentes - tenham em breve igrejas saudáveis e vigorosas que encarnem a beleza de Cristo e a luz do evangelho.

E o sertão nordestino?
No ano de 2000, a Juvep, missão situada em João Pessoa, enviou uma pequena equipe missionária de férias para evangelizar o povoado de Serra dos Ventos, no sertão paraibano. Quando perguntaram para uma família se eles conheciam Jesus, a resposta foi a seguinte: “Não senhora, ele num mora por aqui não”. No sertão do Rio Grande do Norte, dona Sebastiana, moradora do povoado Cobra, orou 30 anos pedindo a Deus uma igreja para o seu povoado.
A bem da verdade há duas faces no Nordeste: litorânea e sertaneja. O litoral das praias paradisíacas de água morna o ano todo, com shoppings modernos, movimentado comércio e grande concentração de igrejas evangélicas. A beira mar, a igreja nordestina tem crescido mais rapidamente que qualquer região do país. No sertão, contudo, nordeste da evidente miséria humana, avassaladora injustiça social, predominância católica, extrema idolatria, a presença evangélica mostra-se ínfima (apenas 3%), com igrejas com 20-30 membros e acanhada capacidade de expansão. No sertão, encontramos a maior parte das cidades brasileiras com menos de 1% de evangélicos.
Irmãos nordestinos testemunham que, na cidade de Solidão, sertão Pernambucano, o último pastor residente foi expulso pela polícia local em 1993 por atacar a santa da cidade, chamando-a de lagartixa. Solidão continua sem uma igreja evangélica estabelecida até os dias de hoje. A igreja nordestina compreende a necessidade da realização de projetos específicos de penetração nestas cidades, mobilização de plantadores de igrejas, parcerias com igrejas litorâneas, treinamento formal e informal de sertanejos que permaneçam no sertão, vencendo assim a tentação de êxodo para o litoral.

E as regiões ribeirinhas do norte amazônico?
Apesar de sua acanhada população, o norte apresentou a maior taxa de crescimento do Brasil na última década. A cidade de Manaus, por exemplo, é uma das cidades mais bem evangelizadas do Brasil. Em 2002, 21 pesquisadores percorreram em 7 carros todas as avenidas e ruas da cidade de Manaus encontrando quase duas mil igrejas! Sem contar milhares de células e grupos familiares disseminados por todos os cantos!
Entretanto, o norte também é uma região de contrastes. O número de comunidades ribeirinhas, a beira dos rios Amazonas, Negro, Solimões e outros, podem chegar a 40 mil. São aglomerações de 100 a 500 pessoas, somente acessíveis via barco. Aproximadamente 90% delas não possuem nenhum agrupamento evangélico. Obviamente, a maioria dispensaria a construção de um templo ou prédio. Mas todos necessitam de uma célula ou grupo familiar onde a Palavra seja proclamada, os sacramentos sejam ministrados, a comunhão do corpo de Cristo seja visualizada e a beleza do evangelho de Cristo seja demonstrada em palavras e ações.

E quanto ao avanço do secularismo?
A maior igreja Luterana da América Latina situa-se em Timbó, SC. Timbó é uma belíssima cidade, situada no Vale do Itajaí, com um dos melhores índices de desenvolvimento humano (IDH) do Brasil. Segundo o pastor Disney Macedo, esta igreja com mais de 15 mil membros, recebeu nos últimos anos, apenas 40-50 pessoas nos seus cultos de domingo. Foi então forçada a cancelar os cultos semanais, realizando-os a cada 15 dias, A mesma tendência se verifica em Indaial, ao lado de Timbó e também um dos 10 melhores IDHs do Brasil. A sua igreja luterana, com mais de 2000 membros, reúne apenas 5-10 pessoas dominicalmente. Há muitos ex-vangélicos vagando pelas nossas cidades!
O secularismo avança nas últimas décadas. Isso é evidenciado pelo número de homens e mulheres que estão se identificando como pessoas “sem religião ou sem filiação religiosa”. Quase 10% da população brasileira já se encontra nesta categoria!
O que acontece quando lançamos uma esponja seca na água suja? Ela se encharca da sujeira. Sem um cristianismo enraizado e genuíno, nosso coração se assemelha a essa esponja enxuta, jogada dentro da água do consumismo, sensualismo, egoísmo, materialismo e individualismo presentes na cultura brasileira. Somos esponjosos. Enquanto o nosso coração não se enche plenamente de Deus, absorvemos as tendências e modismos, freqüentemente saturados por um tipo de secularismo evangélico que nada se difere do resto da sociedade. Lembrem-se da história da rã que foge da água quente, mas deixa-se cozinhar na água fria!
Por muitos anos, os evangélicos criticaram os católicos brasileiros pelo evidente nominalismo: igreja é lugar de batismo, casamento, funeral e ocasiões especiais. Parece que nós, evangélicos, aprendemos rapidamente, copiando este perfil de cristão nominal, descomprometido, desenraizado, adepto de um cristianismo light e cultural. Por exemplo, Londrina, onde resido, é detentora do título de cidade bem-evangelizada, com mais de 21% de evangélicos, segundo as estatísticas do IBGE. 40 pesquisadores, estudantes de teologia, foram enviados a todos os cultos, em todas as igrejas da cidade, num período de 2 meses a fim de corroborar estes números. Em duplas, eles contaram e recontaram o número de todos os participantes nos cultos de domingo. Para surpresa geral, foram encontrados meros 7% da população de Londrina nas igrejas da cidade!
Esta tem sido nossa experiência a nível nacional: 1/3 daqueles que se identificam como evangélicos estão freqüentando regularmente suas igrejas! Onde estão os outros 2/3 de evangélicos nos domingos? Na verdade, onde estão os mais de 90% dos habitantes restantes de nossas cidades? Nos clubes e botecos, nos shoppings centers, praticando esportes diversos ou reunidos com a família, ou simplesmente em casa dormindo ou assistindo a SBT ou Faustão e Fantástico. Esta é a maior disputa que enfrentamos. Nosso maior competidor deixou de ser a igreja do outro lado da rua.

Fortalecemos a visão missionária?
Será que esta igreja com 30 milhões de membros é mais missionária que a igreja da década de oitenta com seus 13 milhões de membros? Eu penso que falta-nos um exame mais aprofundado da missão da igreja a níveis local, urbano e transcultural como sendo fundamental para a identidade, finalidade e essência do que significa ser igreja. É necessário que o Brasil não seja mais visto como campo missionário. Como muitos têm afirmado, carregamos o potencial para sermos celeiro de missionários, armazém que multiplique, capacite e envie gente para todo o mundo. Isto, entretanto ainda não tem acontecido, comparando o tamanho da igreja.
Pelo contrário, nos últimos anos, temos observado um recrudescimento da visão missionária. Somente uma pequena minoria de igrejas prioriza os projetos missionários dentro de seus orçamentos anuais. Em caso de reajuste orçamentário por razão da crise econômica, são os missionários os primeiros a serem cortados da lista de itens. Além disso, muitas das igrejas que adquiriram a visão de células levam tanto tempo para fazer a transição que não sobra energia para mais nenhuma atividade, inclusive missões.
Um pouco mais de 100 tribos indígenas não foram ainda alcançadas no Brasil. Além disso, dentre as mais de 132 tribos cujo trabalho está em andamento, encontramos poucas igrejas fortes com liderança nativa e indígena. Missionários estrangeiros que traduziram largos trechos bíblicos para essas línguas, estão se aposentando e retornando para casa, sem terem plantado uma igreja local e treinado um pastor indígena que assuma o ministério. Vários grupos étnicos e tribos urbanas são ainda desconhecidos pela maioria dos cristãos brasileiros.
Com tal potencial para se tornar um continente missionário, a igreja evangélica Latino Americana envia meramente 1% de todos os trabalhadores que aram os campos brancos do Senhor. De acordo com Ted Limpic, há aproximadamente 5 mil missionários latino-americanos, sendo a metade brasileira. A igreja católica da América Latina, que representa metade de todo o rebanho mundial, responde por um ínfimo número dos missionários transculturais posicionados em todo o mundo.
Isso tudo parece ser um tanto paradoxal tendo em vista o excessivo número de conferências que proclamam a necessidades dos campos missionários da Europa, África e Ásia, bem como os vários seminários que treinam pastores e líderes como estrategistas do crescimento.

Crescimento gera transformação?
Algumas questões reverberam na minha mente: A igreja brasileira está crescendo em maturidade de tal forma que tem transformado o Brasil? A igreja tem afetado positivamente os índices sociais? O Brasil com 30 milhões de evangélicos é um país melhor que o Brasil dos 10 milhões de evangélicos? Não creio que seja mera coincidência que 18 entre os 20 países menos corruptos do mundo detêm origem Protestante. O Brasil continua a ser um dos países de maior injustiça e desigualdade social. Qual seria a aparência de uma nação onde Jesus Cristo é o Senhor?
Um dos sinais do avivamento genuíno é a evangelização. Temos uma maravilhosa geração de evangelistas. Fizemos um excelente trabalho de parto, gerando milhões de novos-crentes, introduzido-os ao leite materno da fé cristã. Entretanto, outros sinais que evidenciam um avivamento ainda não são tão visíveis. Temos grandes dificuldades de aprofundamento nas dinâmicas da fé, no conhecimento de Deus, no conhecimento e vivência das Escrituras e no compromisso com a Grande Comissão. Negligenciamos a busca da santidade e mortificação da carne, a profundidade no discipulado e semelhança ao caráter de Cristo, e, especialmente, o aumento da influência dos valores do Reino de Deus sobre a sociedade: suficiência econômica, paz social, justiça pública, ética nacional e aumento constante do conhecimento de Cristo como Soberano. Pensando no mundo evangélico no Brasil, ainda cremos e praticamos um cristianismo bastante infantil e rudimentar, sem consciência da abrangência do pecado no indivíduo e na comunidade.

Conclusão
Crescimento não é um fenômeno simples. Todo e qualquer organismo precisa crescer, mas nem todo crescimento é saudável. Na verdade, o organismo pode enfrentar toda sorte de perigo que causa deformação no seu crescimento e que pode levá-lo fatalmente à morte. Segundo Orlando Costas, o crescimento é multidimensional e detém quatro dimensões: numérico, orgânico, conceitual e diaconal:
· O numérico, o mais básico, refere-se à reprodução e incorporação de novos membros à comunidade. Este capítulo enfocou mais enfaticamente esta dimensão.
· O orgânico é interno à igreja e tem a ver com o desenvolvimento de sua liderança, forma de governo, administração, recursos e talentos.
· O conceitual refere-se ao desenvolvimento da compreensão da fé cristã, existência e razão de ser, conhecimento das Escrituras, vocação na sociedade, compreensão da história e interação com o contexto ao redor.
· O diaconal tem a ver com a intensidade do serviço prestado ao mundo, participação na vida, conflitos e temores da cidade, desenvolvimento na qualidade do serviço que ajuda a aliviar as dores humanas e ajuda a transformar as condições sociais ao redor.
Para o bom desenvolvimento da igreja evangélica brasileira, todas essas dimensões devem caminhar simultaneamente, desenvolvendo-se ao mesmo tempo. Assim, poderemos sonhar com uma igreja saudável, integral e multiplicadora. Igreja que vive como sinal e instrumento do Reino de Deus no Brasil.

[1] O IBGE tem se provado uma fonte confiável, conhecido nos meios acadêmicos como uma das melhores instituições de pesquisa de todo o mundo.
Rubens Muzio é missionário da SEPAL. Visite http://www.rubensmuzio.org/

Publicado Originalmente no Blog do Projeto Ribeirinho  em 13 de julho de 2008

Nenhum comentário:

Postar um comentário