Recentemente, o Ministério da
Saúde brasileiro lançou uma campanha nacional para vacinação de adolescentes
contra o papilomavírus humano (HPV), vírus tido pelos especialistas como uma
das principais causas de câncer no colo do útero. Porém, a campanha, que tem
como público alvo meninas entre 11 e 13 anos, tem recebido resistência por
parte de algumas religiosas antes mesmo de iniciar.
Marcada para começar no dia 10
de março de 2014, a vacinação das adolescentes estaria sendo boicotada por um
grupo de mães evangélicas, que querem evitar que suas filhas tomem a vacina
afirmando que a mesma pode incentivar a prática sexual.
Segundo uma matéria que tem
circulado na internet (supostamente do Estado do Espírito Santo), algumas mães
afirmam que, com a vacina, suas filhas “se sentiriam imunizadas e tentariam
experimentar o novo”. Uma das defensoras desse ponto de vista seria a pastora e
psicanalista Raquel Diniz Jantorno, 38 anos. Mão de duas meninas atualmente com
10 e 3 anos de idade, ela afirma que não permitirá que as filhas recebam a
vacina quando tiverem idade para isso.
- Não tenho nada contra o
cuidado do Ministério da Saúde com o povo brasileiro, mas acho que essa vacina
é desnecessária. A melhor forma de prevenir Doenças Sexualmente Transmissíveis
(DSTs) é a fidelidade no casamento – afirma a pastora.
- Essa é uma idade em que os
hormônios estão à flor da pele e tudo desperta curiosidade. Com a vacina, elas
se sentiriam imunizadas e tentariam experimentar o novo – completa.
A opinião de Raquel é
defendida também pela evangélica Elizângela Gomes, 28, mãe de uma menina de 7
anos, que também afirma não haver necessidade da filha receber a vacina quando
estiver na idade.
- O que previne mesmo as
meninas mesmo do HPV é a relação com um só parceiro. Desde já converso com ela,
na linguagem simples que ela entenda, sobre a sexualidade – defende a dona de
casa.
Segundo a reportagem, o
presidente da Associação de Pastores Evangélicos da Grande Vitória, Enoque de
Castro, também se pronunciou sobre o assunto, dizendo acreditar que a vacina é
uma boa solução para a doença, mas que concorda que a melhor prevenção é a
fidelidade.
Veja abaixo a reprodução da
matéria:
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