A música gospel brasileira
passa por mudanças cada vez maiores. Novos ritmos aparecem, diferentes das
tradicionais canções que marcaram gerações de evangélicos, como os louvores
“calminhos” de Ozéias de Paula, Sérgio Lopes, Cristina Mel e muitos outros,
numa época em que o que hoje é chamado de gospel (junção no inglês God spell,
palavra de Deus) ainda era a “música dos crentes”. Há alguns anos, as “músicas
de fogo” de Cassiane, Elaine de Jesus e outras sacudiram muitos cristãos e
dividiram espaço com bandas e cantores de rock gospel, como Oficina G3,
Catedral e, mais tarde, PG, ex-vocalista do Oficina. Mas hoje, novos ritmos
aparecem, ou ganham destaque, no cenário gospel: o axé, o pop rock, o calipso e
o pagode.
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Esses ritmos, marginalizados
dentro do próprio meio evangélico, hoje ganham cada vez mais espaço nas igrejas
e rádios cristãs. Lázaro, ex-integrante do Olodum, ganhou o Brasil com o axé
gospel de canções como “Oh Glória” e “Eu sou de Jesus”. Em Belém e em diversas
capitais brasileiras, multidões de todas as faixas etárias foram aos shows do
cantor.
Outro gênero inovador na
gospel music é o que canta Mylla Karvalho, ex-vocalista da banda Cia do
Calipso. Após aceitar Jesus, há dois anos, a cantora continua no calipso, ritmo
que a consagrou, mas as letras já não são mais as mesmas: uma mostra é seu
grande sucesso “Te Escolhi”.
Mesmo com as novidades, outros
cantores já consagrados também tem seu lugar fiel junto a esse público tão
heterogêneo: Fernanda Brum inovou mais uma vez com a canção “Cura-me”, uma
composição forte e que traz um clipe impactante, todo gravado em tons pastéis.
O Ministério de Louvor Diante do Trono mantém a perfeição musical que os
consagrou, com o CD Príncipe da Paz, e está se preparando para gravar seu 12º
trabalho. Fernandinho, que iniciou a carreira com melodias lentas e louvores
agora investe no pop rock com o sucesso “Dançar na chuva”, que arrastou a
multidão no último show do cantor em Belém. Isso sem falar de Pedro Geraldo,
mas conhecido como PG, que lançou no fim de 2008 o CD “Eu sou Livre”, uma
mistura de rock pesado com baladas: “Quem sou eu?” e “meu Universo” já
constituem sucesso de público e de crítica. E as cantoras Damares, com o louvor
de fogo “Sabor de mel” e Soraya Moraes, vencedora do Grammy Latino de 2008, com
“Som da Chuva” remetem aos ritmos mais escutados por cristãos de outras
gerações, com pequenas variações modernas nos arranjos das letras.
A despeito de tamanha diversidade
musical, o público evangélico permanece fiel às músicas que louvam a Deus.
Essas mesmas músicas também cativam outros públicos, como católicos e
espíritas, e muitos outros que, independente do ritmo, desejam expressar a
alegria e o sentimento de servir ao Senhor, pois a música gospel se diferencia
das músicas seculares por trazer mensagens positivas e expressar sentimentos
profundos e angústias do ser humano. O objetivo, porém, é um só, é homogêneo:
render adoração a Deus, o criador do Universo.
Fonte: Diário do Pará /
Gospel+
Via: Notícias Cristãs
Via: Notícias Cristãs
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