O pastor José Wellington,
presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus (CGADB), demonstrou
preocupação com os rumos da denominação pentecostal, e afirmou que a igreja
está “imitando e aceitando os costumes dos samaritanos”.
O discurso foi feito durante
uma reunião de obreiros na Convenção Fraternal das Assembleias de Deus no
Estado de São Paulo (CONFRADESP). A preocupação com as mudanças doutrinárias na
igreja fez o pastor chegar a uma conclusão bastante objetiva: “A Assembleia de
Deus já não é mais a mesma”.
As críticas do
pastor-presidente da Assembleia de Deus Ministério do Belém, em São Paulo,
foram às mudanças doutrinárias da igreja, como a adoção de grupos de louvor que
usam coreografias, definidos por ele como “palhaçada”.
“Estamos caminhando para uma
igualdade, já existe muitas coisas do costume dos samaritanos que nós já
estamos aceitando. Há muita coisa entre nós que não é da Assembleia de Deus”,
afirmou, usando o gentílico “samaritanos” para se referir a evangélicos de
outras denominações. Segundo Wellington, “essas influências estão deixando os
cultos mais frios, sem a presença do Espírito Santo, que cura e liberta as
pessoas”.
Em sua palavra, o pastor dá a
entender que a doutrina assembleiana tem valor similar às escrituras, e presume
que os hábitos definidos pela direção da igreja como impróprios estão
categorizados como pecado: “Pela tolerância de alguns costumes que não são
nossos, algumas Assembleias de Deus, você olha para o auditório, não tem mais
diferença, tá tudo na igualdade. Cabelo cortado, pintura, obreiro no púlpito
com barbicha (parece um bode)… Olha nós estamos aceitando os costumes dos
samaritanos e estão apagando o culto a Deus dentro da igreja. Nós não estamos
brincando de evangélico não, a Palavra de Deus em nada mudou, o que era pecado
quando o navio chegou aqui, continua pecado até hoje, nada mudou Deus não
mudou, a Sua Palavra não mudou, o Espírito Santo não mudou. O ensino da Palavra
de Deus é ‘ensinar e praticar’. A igreja precisa de homens com a vida no altar
e que seja compromissados com a Palavra de Deus”, disse o pastor.
Na sequência, José Wellington
se aprofunda nas questões comportamentais que foram mudando ao longo dos anos
na denominação: “O culto ao Deus da Assembleia já esta ficando diferente, em
muitos lugares já não se usa a nossa Harpa Cristã… Mas o samaritanos trouxeram
alguns corinhos e muita bateção de palmas, alguns conjuntos que começam o culto
para animar… O culto não é programa de auditório. Um dia que pastor for
animador de culto, ele pode mudar de profissão, ele será um palhaço lá fora.
Aqui neste lugar Deus quer homens ungidos… Isso aqui não é lugar para
divertimento não”, criticou.
“Nós não nos curvaremos aos
costumes dos samaritanos, nós não aceitaremos um culto ao ‘deus pagão’, pois
existe um Deus Verdadeiro”, disse José Wellington.
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