A descoberta de evidências que
corroboram a narrativa bíblica sobre a ressurreição de Jesus Cristo tem
aproximado céticos da fé cristã, afirmou Gary Habermas, diretor do Departamento
de Filosofia e Teologia da Liberty University.
Habermas fez essa declaração
durante uma conferência no Congresso de Apologética organizado pelo Seminário
do Sul, um importante instituição de teologia nos Estados Unidos.
Segundo informações do site
Protestante Digital, Gary Habermas é especialista no estudo da ressurreição de
Jesus, e já publicou 18 livros e dezenas de artigos sobre o assunto em revistas
especializadas.
Para Habermas, a ressurreição
como um fato histórico é um tema tratado com descrédito no meio acadêmico.
Porém, o especialista adotou uma estratégia curiosa para reverter a postura de
ceticismo sobre a volta de Jesus à vida após três dias.
Gary Habermas passou a
desenvolver seus estudos usando apenas provas que são aceitas pelo meio
acadêmico, incluindo os críticos que negam a ressurreição de Cristo.
A partir da premissa de que os
céticos admitem que Paulo é uma figura histórica e que ele relatou sua
experiência de conversão, além de ter escrito sete cartas a igrejas do primeiro
século, Habermas centrou suas investigações no material escrito pelo apóstolo,
tomando 1 Co 15 como passagem central.
“Os críticos reconhecem que
Paulo teve sua experiência de conversão entre um e três anos após a morte de
Jesus”, explica Habermas, acrescentando que em 1 Gálatas, o apóstolo relata que
foi a Jerusalém três depois de sua conversão, e catorze anos depois – segundo 2
Gálatas, ele voltou a Jerusalém e se encontrou com três pessoas que conheciam
melhor a Jesus: Tiago, João e Pedro.
“Tendo em conta que alguns
críticos não aceitam a autoria tradicional dos quatro Evangelhos, este encontro
seria o relato mais antigo de pessoas que haviam sido testemunhas da vida de
Jesus”, diz Habermas.
O estudioso diz que nessa
segunda visita a Jerusalém, quando Paulo se encontrou com os discípulos, ele
faz uma comparação entre o que tinha pregado com o que os Tiago, João e Pedro
haviam pregado, a fim de conferir se todos compartilhavam a mesma mensagem.
“Isso é importante, porque
isso significa que a mensagem do Evangelho começa a ser pregada apenas um ou
dois anos depois que Jesus morreu na cruz”, disse Habermas, resumindo que
Tiago, João, Pedro e Paulo pregaram a mesma mensagem, assim como os primeiros
evangelistas fizeram antes do início do ministério de Paulo.
Habermas argumenta que até
mesmo os críticos reconhecem que esta mensagem foi pregada um ou dois anos após
a crucificação: “Esta é uma prova de que até mesmo os críticos da historicidade
dos Evangelhos e Atos reconhecem”, finaliza.
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