Uma das detentas mais famosas
do Brasil, Suzane von Richtofen deixou a ala das evangélicas no Presídio de
Tremembé, no interior de São Paulo, e se casou com uma colega de cela,
condenada por sequestro.
De acordo com as informações
do jornal Folha de S. Paulo, Suzane agora vive em regime marital dentro do
presídio com Sandra Regina Gomes, que foi condenada a 27 anos de prisão por
sequestrar uma empresária.
Antes do romance com Suzane,
Sandra mantinha um relacionamento com outra presa famosa: Elize Matsunaga,
presa pela morte e esquartejamento do marido, Marcos Kitano Matsunaga, CEO das
indústrias Yoki.
Suzane e Sandra se conheceram
na fábrica de roupas que a Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel mantém no
presídio. A oficina de costura emprega presas, que além de salário, recebem um
dia de remissão de pena a cada três trabalhados. As duas se envolveram
afetivamente, o que deflagrou um rompimento de amizade entre Elize e a dupla
Suzane e Sandra.
Pastora?
Logo após o anúncio de que
Suzane teria se convertido ao Evangelho, a informação de que ela havia se
tornado pastora foi divulgada e muito questionada nas redes sociais. Numa
entrevista concedida na última semana à revista Marie Claire, Suzane negou que
tivesse sido chamada para o ministério pastoral dentro da cadeia.
“Não virei pastora evangélica,
apenas frequentei alguns cultos”, disse Suzane, que é descrita pela direção do
presídio como uma presa de comportamento exemplar. Recentemente Suzane abriu
mão do regime semi-aberto, direito concedido pela Justiça por conta de seu
histórico dentro do sistema prisional.
Pelo trabalho exercido na
oficina de costura da cadeia, Suzane recebe R$ 705,00, e guarda a maior parte
do que ganha, abrindo exceções apenas para produtos de higiene pessoal e alguns
alimentos que não são servidos no presídio.
“Depois que me conhecem, as presas
veem que não sou fresca e se surpreendem quando sento no chão para comer com
elas [...] Quando cheguei, fiz o caminho de todo mundo: comecei varrendo o
pátio, um trabalho que não tem salário, mas conta para remissão da pena. Depois
fui servir comida, com uma pequena remuneração. Na sequência, virei monitora da
educação, era a assistente da professora e dei aulas de inglês para um grupo de
presas até que entrei na oficina”, narrou Suzane.
Sobre o futuro, Suzane afirma
que sonha em ser mãe: “Quero que as pessoas saibam que sou um ser humano comum.
Cometi um erro, estou pagando por ele e quero recomeçar minha vida”, afirmou.
“Não tem como olhar no espelho e não lembrar [do crime]. Cometi um erro, vou
lembrar dele para sempre. Todos os dias penso que queria acordar e ver que tudo
foi um pesadelo”, concluiu.
Publicado por Tiago Chagas em
29 de outubro de 2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário