Nos últimos dois anos, um
celestial grupo se uniu em prol do objetivo de se tornar mais do que vencedor.
Eles suportaram tudo no Deus que os fortaleciam e foram recompensados. Assim é
narrada a história recente do Cruzeiro. A fé assumiu papel de destaque no
elenco bicampeão brasileiro.
Ajoelhados, de braços erguidos e olhos para o céu. Uma cena recorrente após os mais de cem gols que o time fez na temporada. Nas entrevistas, sempre o nome de Deus é citado. Em outra manifestação marcante, as esposas dos jogadores e a torcida se uniram para exibir uma faixa com os dizeres: “A Deus toda glória”, antes da partida contra o Goiás, que selou o título do Brasileirão, no Mineirão.
O que é mostrado dentro de campo é fruto de uma relação dos cruzeirenses com o lado espiritual. Com grande número de evangélicos e católicos no escrete estrelado, eles se reúnem, fazem orações e estudam a bíblia.
“Nós entendemos que o diferencial do Cruzeiro são as reuniões que fazemos, dentro da questão espiritual, pois isso vem a agregar no caráter do homem para que ele possa ser mais profissional e comprometido com seus deveres dentro de campo”, destacou o lateral-direito Ceará, que também é pastor.
Ele é um dos líderes do grupo evangélico do Cruzeiro, que ainda tem o goleiro Fábio como um dos mais proeminentes. Há também o zagueiro Léo, o boliviano Marcelo Moreno, o atacante Dagoberto, entre outros. Os volantes Nilton e Lucas Silva são alguns dos católicos.
Para o pastor da Igreja Batista Getsêmani, Cristiano Hosken, a integração que o elenco do Cruzeiro adquiriu só acompanha um movimento cada vez mais presente nos gramados pelo Brasil.
“O futebol é o grande instrumento de evangelização. Antes, os atletas eram mais ‘malandros’. Depois que o evangelho entrou no esporte, a visão foi modificada. Eles levam mais a sério toda a profissão. Os jogadores amadureceram”, destacou Cristiano, que ministra um culto às segundas, reunindo vários atletas de diversos esportes. O templo, que fica no Bairro Dona Clara, região da Pampulha, também recebeu um culto de agradecimento, realizado pelo time cruzeirense, no fim de novembro.
“O ser humano se aproxima de Deus em um momento de obstáculo, quando está em dificuldade. No futebol, se desenvolve pelo ambiente de cobrança, o atleta sempre tenta estar no ápice. Eu entendo que Deus pode nos auxiliar e fazer aquilo que não podemos fazer”, concluiu Ceará.
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