As igrejas
evangélicas estão crescendo na França. A afirmativa é da reportagem da revista
L’Obs desta semana. Segundo a matéria, um novo templo é inaugurado a cada dez
dias e essa já se tornou a religião mais “dinâmica” do país, seguida pela
expansão do Islã.
A reportagem
relata o sucesso da turnê pela França do pastor australiano Nick Vujicic, que
reúne multidões por onde passa. Milhares de pessoas estiveram na sexta-feira
(14) na ministração realizada na cidade do Havre, na Normandia, noroeste da
França. A adesão a este tipo de evento confirma a ascensão das igrejas
evangélicas no país.
Durante décadas
ignoradas, as igrejas evangélicas eram tratadas como seitas pelos franceses, é
o caso da igreja brasileira Universal do Reino de Deus. Essa reputação
negativa se deve principalmente “aos cultos exuberantes marcados por rituais de
curas milagrosas, transes e rezas murmuradas em línguas imaginárias e tino para
os negócios das igrejas evangélicas”. Mas agora, elas “estão em pleno boom”,
declara o artigo.
O evangelismo
fica atrás apenas do Islã. “Mesmo se com 720 mil fiéis os evangélicos ainda
estão longe dos entre 3 e 5 milhões de muçulmanos franceses e dos 10 milhões de
católicos praticantes, eles dobraram em apenas 30 anos”, constata a reportagem.
L’Obs relata que
2,2 mil igrejas evangélicas abriram suas portas em menos de 40 anos, 400 delas
apenas nas periferias de Paris. E, segundo Etienne Lhermenault, presidente do
Conselho Nacional dos Evangélicos da França (Cnef), que federa dois terços dos
evangélicos da França, o objetivo do grupo é triplicar o número de templos nos
próximos anos.
“A progressão nas
periferias é espetacular”, observa a reportagem, que visitou um tempo da igreja
pentecostal do Centre du Renouveau chrétien (Centro do renascimento cristão, em
tradução livre), em Clichy-sous-Bois, região na qual os muçulmanos são maioria.
O texto explica
que, como em outras zonas periféricas, a maioria dos fiéis evangélicos vêm da
África subsaariana ou das Antilhas. Mas essas novas igrejas também já estão
recrutando e convertendo muçulmanos.
L’Obs ainda
acrescenta que as igrejas evangélicas também começam a ser reconhecidas no
cenário político francês. A tal ponto que, pela primeira vez na história,
seus representantes foram convidados para a cerimônia de posse do presidente
Emmanuel Macron, em maio passado.
Com informações de RFI
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