Um mega Tsunami pode atingir o
Norte e Nordeste do Brasil e a Costa Leste dos USA. (abaixo foto de satélite
das Ilhas Canárias e o Vulcão Cumbre Vieja, na Ilha La Palma expelindo fumaça)
Segundo Bill McGuire, diretor do Centro de
Pesquisa de Riscos Benfield Grieg, da University College of London, existe a
possibilidade dessas ondas gigantes atingirem a região Norte e Nordeste.
Bill McGuire têm previsões catastróficas
para o Brasil. McGuire garante que o bloco vai cair e gerar tsunamis que vão
atravessar os oceanos até 19 horas depois da erupção, ondas de 4 a 18 metros
iriam atingir a costa Norte e Nordeste do Brasil, do Pará à Paraíba.
A ilha de Fernando de Noronha seria um dos locais onde a tsunami chegará com
mais força no Atlântico Sul.
Um mega tsunami é
um raro tsunami com ondas de mais de 100 metros de altura.
Deixando de lado alguns grandes tsunamis no Alasca, incluindo aí um de 520
metros de altura, na baia de Lituya.
Acredita-se que o último
mega tsunami que atingiu uma área com população ocorreu há 4.000 anos.
Geólogos dizem que tal evento é causado por gigantescos deslocamentos de terra,
originados por uma ilha em colapso, por exemplo, em um vasto corpo
d’água como um oceano ou um mar.
Mega tsunamis podem atingir
alturas de centenas de metros, viajar a 900 km/h ao longo do oceano,
potencialmente alcançando 20 km ou mais terra adentro em regiões de
plataformas continentais/costas de baixa altitude. Em oceanos profundos, um
mega tsunami é quase invisível. Move-se em um deslocamento vertical de
aproximadamente um metro, com um comprimento de ondas de centenas de
quilômetros. Porém, a enorme quantidade de energia dentro deste movimento de
gigantesca massa líquida produz uma onda muito mais alta, à medida que a onda
se aproxima de águas rasas situadas nas costas litorâneas das plataformas
continentais.
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A Ilha de La Palma e a escura Cratera do Vulcão Cumbre Vieja |
Terremotos geralmente não
produzem tsunamis desta escala, a não ser que eles possam causar um grande
deslocamento de terra debaixo d’ água, tipicamente tais tsunamis têm uma altura
de dez metros ou menos (seria o caso do Tsunami do Japão em Março de
2011). Deslocamentos de terras que são grandes comparadas à profundidade
atingem a água tão rapidamente que a água que foi deslocada não pode se
estabelecer antes que as rochas atinjam o fundo.
Isto significa que as rochas
deslocam a água em velocidade total em todo seu caminho ao fundo. Se o nível da
água é profundo, o volume de água deslocado é muito grande e as partes baixas
estão sob alta pressão. Isto resulta numa onda que contém grande quantidade de
energia.
Algumas pessoas assumem que
mega tsunamis pré-históricos varreram antigas civilizações, como um
castigo do(s) deus(es), comum em muitas culturas ao redor do mundo. Porém, isto
é improvável, considerando que mega tsunamis usualmente acontecem sem qualquer
aviso, atigindo apenas áreas costeiras e não necessariamente ocorrendo após uma
chuva qualquer.
A hipótese de mega tsunamis foi criada
por geólogos buscando por petróleo no Alasca. Eles
observaram evidência de ondas altas demais em uma baía próxima. Cinco
anos depois, uma série de deslocamentos de terra foi revelada como a causa
destas altas ondas no Alasca. O histórico geológico mostra que mega tsunamis
são muito raros, mas que devastam qualquer coisa próxima à costa atingida.
Alguns podem devastar costas de continentes inteiros. O último evento conhecido
desta magnitude aconteceu há 4 mil anos na Ilha de Reunião, leste
de Madagascar.
UMA ONDA QUE ATINGIU 524
metros de ALTURA na BAIA DE LITUYA-ALASKA, EM 1958
Um fato sempre intrigou
biólogos e geólogos na baia de Lituya, no Alaska. Ao redor de toda a
baia, nas margens, existe uma faixa de vegetação começando da linha d’água
composta por arvores jovens e somente muitas dezenas e até centenas de metros
acima é que aparecem as árvores velhas. Os cientistas sempre souberam que as
arvores jovens nasceram em decorrência da morte das arvores velhas que ali
estavam, mas não sabiam o que havia causado isso. Um evento geológico
colossal elucidou o enigma.
No dia 9 de julho de 1958, um
grande terremoto de 8.5 graus na escala richter sacudiu a região da baia de
Lituya. Uma grande massa de rocha com volume estimado de 30 milhões de metros
cúbicos se desprendeu de uma altura de 900 metros de uma montanha, mergulhando
na profunda baia de Lituya. O gigantesco e súbito deslocamento de água produziu
uma descomunal onda. Segundos depois, parte da onda atingiu a margem oposta ao
deslizamento 1350 metros adiante e quebrou, subindo uma outra montanha e
derrubando arvores a inacreditáveis 524 metros de altura. O restante da onda
seguiu adiante e arrasou com a baia de Lituya derrubando arvores a até 200
metros de altura.
Os acontecimentos de 1958 no
ALASCA mostraram que Tsunamis também podem ser criados por deslocamento de
grandes massas de rochas de ilhas vulcânicas e deslocamento de grandes massas
de água sobre a plataforma continental, o que se um dia ocorrer, será numa
escala muito maior e poderá devastar faixas litorâneas inteiras de muitos
países.
Ameaças de Mega tsunamis
Ilhas vulcânicas como as de
Reunião e as Ilhas do Havaí podem causar megatsunamis porque
elas não são mais do que grandes e instáveis blocos de material mal agrupado
por sucessivas erupções. Evidência de grandes deslocamentos de terra foram
encontradas na forma de grande quantidade de restos subaquáticos, material
terrestre que caiu oceano adentro. Em anos recentes, cinco de tais restos foram
encontrados somente nas ilhas havaianas.
Alguns geólogos acreditam que
o maior candidato para a causa do próximo megatsunami é a erupção
do VULCÃO CUMBRE VIEJA na ilha de La Palma, nas Ilhas
Canárias, na costa oeste da África. Em 1949, uma erupção causou a
queda do cume de Cumbre Vieja e fez cair vários metros adentro
do Oceano Atlântico. Acredita-se que a causa disto foi causada pela
pressão do magma em aquecimento e água vaporizando-se presa
dentro da estrutura da ilha, causando um deslocamento da estrutura da ilha.
A velocidade e a amplitude de
deslocamento e o tamanho das ondas em caso de colapso do Vulcão Cumbre Vieja na
Ilha de La Palma.
Durante uma próxima erupção,
que estima-se acontecerá em algum tempo nos próximos anos, séculos ou milênios,
irá causar um novo deslocamento da ilha, fazendo a metade ocidental, pesando
talvez 500 milhões de toneladas, deslocar-se catastroficamente em direção ao
fundo do oceano e com isso gerando uma imensa onda em direção ao oeste, ao
norte/nordeste do Brasil e à costa leste dos EUA.
”Isto irá automaticamente
gerar um megatsunami com ondas locais com alturas de centenas de metros”.
Depois que o tsunami cruzar o
Atlântico, provavelmente irá gerar uma onda com 10 a 25 metros de altura ao
chegar no Caribe e na costa leste da América do Norte várias horas depois
(entre oito a dez horas), gerando grandes problemas econômicos e sociais para
as populações litorâneas sobreviventes dos países envolvidos e para a economia
global como um todo. Enquanto que potencialmente não tão destruidor como
um super-vulcão, um mega tsunami seria um desastre sem precedentes em
quaisquer regiões em que este evento ocorra.
Investigação intensiva na
seqüência da catástrofe do tsunami na Indonésia de 26 de dezembro de 2004
mostrou que muitas outras zonas costeiras também estão em perigo de sofrerem
impacto de tsunamis. Assim, as costas leste e oeste do Atlântico e na
costa do Mediterrâneo, não estão a salvo de maremotos e, portanto, devem ser
mais bem protegidas.
TSUNAMIS NO ATLÂNTICO
Mapa de ocorrências históricas
de Tsunamis no Atlântico:
Locais de ocorrências de
Tsunamis na área do Oceano Atlântico. Em vermelho houve séria destruição, em
amarelo destruição moderada e em branco pequena destruição.
Poucas catástrofes como
tsunamis ocorrem no Atlântico, em comparação com o Pacífico. Os maremotos
em Lisboa (em 1º de NOVEMBRO DE 1755, posterior ao grande terremoto
acontecido no mesmo dia com epicentro no nordeste do Oceano Atlântico e que
destruiu Lisboa) e em Porto Rico foram até agora a maior catástrofe
de tsunamis, quando milhares de pessoas perderam suas vidas. Saiba mais
em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sismo_de_Lisboa_de_1755
Localização potencial do
epicentro do
terremoto de 1755 em LISBOA e o tempo de propagação e chegada do
posterior
tsunami, em horas após o sismo.
Vulcão pode provocar tsunami
nos EUA e no norte do Brasil, dizem cientistas
Madri, Espanha
(Reuters) - Uma onda de 50 metros de altura atingindo o litoral atlântico
dos Estados Unidos e destruindo tudo no seu caminho –não se trata de um filme
de Hollywood, mas de uma sombria previsão de cientistas britânicos e
norte-americanos, que também incluem o BRASIL na lista de possíveis
lugares atingidos.
Enquanto a comunidade
internacional tentava ajudar as vítimas do devastador maremoto de dezembro no
sul da Ásia, os especialistas alertam que a erupção de um vulcão nas ilhas
Canárias (que pertencem à Espanha e ficam no litoral norte da África) pode
provocar a maior tsumami já registrado na história humana.
Cálculo do tamanho e da
evolução das ondas do Tsunami com o colapso do Vulcão Cumbre Vieja nas Ilhas
Canárias:
Cálculo da evolução da
propagação das ondas do tsunami: A = 2 minutos, B = 5 minutos, C = 10 minutos,
D = 15 minutos, E = 30 minutos, F = 1 hora, G = 3 horas, H = 6 horas atinge o
Norte/Nordeste do BRASIL e I = 9 horas atingindo a Flórida.
Segundo um polêmico estudo
desses cientistas, uma explosão no vulcão Cumbre Vieja, na ilha de La
Palma, pode lançar uma montanhas de rochas do tamanho de uma ilha dentro do
Atlântico, a uma velocidade de até 350 quilômetros por hora. Mas muitos
cientistas dizem que o risco de uma megatsunami provocado por tal erupção está
sendo exagerado. Nesse estudo, a energia liberada pela erupção seria
equivalente ao consumo de eletricidade nos Estados Unidos durante seis meses.
As ondas sísmicas se deslocariam pelo Atlântico na velocidade de um avião a
jato (900 km/hora).
A devastação nos Estados
Unidos provocaria prejuízos de trilhões de dólares e ameaçaria dezenas de
milhões de pessoas. Países como a Espanha, Portugal, Grã-Bretanha, França,
BRASIL, Região do Caribe, Guianas, Venezuela e todos os países da África
Ocidental também poderiam ser atingidos pelas ondas gigantes. “Isso pode
ocorrer na próxima erupção, que pode acontecer no próximo ano, ou pode levar
dez mil anos para acontecer”, disse Bill McGuire, do Centro de Pesquisas Benfield
Hazard, da Grã-Bretanha. (Sobre os EUA ver no Link:
http://thoth3126.com.br/o-futuro-dos-eua-por-ned-dougherty/
O Cumbre Vieja, que teve sua
última explosão em 1971, normalmente tem erupções em intervalos de 20 a 200
anos.“Simplesmente não sabemos quando vai acontecer, mas há alguém preparado
para assumir o risco depois dos incidentes do Oceano Índico?”, disse McGuire,
propondo a criação de um programa para monitorar a atividade sísmica na encosta
do vulcão.
“Precisamos fazer com que as
pessoas saiam antes do colapso em si. Uma vez que o colapso tenha acontecido, o
Caribe teria nove horas, e os EUA de 6 a 12 horas, para retirar dezenas de
milhões de pessoas.” Mas outros especialistas vêem exageros na previsão sobre
o Cumbre Vieja ou sobre o vulcão havaiano de Kilauea. A Sociedade
Tsunami, que reúne especialistas de vários países, diz que essas teorias só
servem para assustar as pessoas.
O grupo argumenta que
o Cumbre Vieja não explodiria em uma única rocha e que a onda criada
seria muito menor (apesar de haver registros históricos de mega explosões
como a do Vulcão submerso THERA em Santorini, no arquipélago das
ilhas gregas conhecidas como As Cíclades, no Mar Egeu, que em torno de
1.680 a.C. explodiu violentamente, literalmente jogando pelos ares a maior
parte da ilha Santorini e o topo da montanha.
Fotos de satélite de
SANTORINI, no Mar Egeu e o gigantesco buraco/vazio deixado na ilha pela
explosão do vulcão THERA em 1.680 a.C.
O impacto daquela erupção
fez-se sentir em toda a Terra, mas com particular intensidade na bacia do
Mar Mediterrâneo. A erupção do vulcão THERA em Santorini parece estar
ligada ao colapso da Civilização Minóica na ilha de Creta,
distante de Santorini 110 km ao sul.
“Estamos falando de milhares
de anos no futuro. Qualquer coisa pode acontecer. Nesse meio tempo um asteróide
também poderia cair na Terra”, disse George Pararas-Carayannis, fundador da
Sociedade Tsunami.
Muitos especialistas acham que
as tsunamis provocadas por deslizamentos abruptos duram menos do que aquelas
gerados por terremotos fortes, como o de 26 de dezembro de 2004, na Indonésia
que matou cerca de trezentas mil pessoas.
Santorini à esquerda.
Charles Mader, editor de uma
revista do Hazards sobre tsunamis, prevê que mesmo um enorme deslizamento em La
Palma provocaria ondas de apenas um metro de altura nos EUA.
De qualquer forma, especialistas
avaliam que a ameaça das tsunamis estava subestimada antes da tragédia
asiática, que matou mais de 150 mil pessoas. “Não seria surpresa para mim se
amanhã víssemos outra tsunami como essa,” disse Pararas-Carayannis, apontando
para as falhas geológicas de Portugal, de Porto Rico e do Peru como riscos
possíveis.
Para McGuire, um sistema
de alerta no Oceano Índico teria evitado completamente as mortes em Sri
Lanka e na Índia, já que na maioria dos casos a população precisava
se deslocar apenas um quilômetro para ficar a salvo. Na opinião dele, o risco
dos tsunamis para a Terra só é inferior ao do aquecimento global. “Com as
costas fortemente ocupadas agora, particularmente nos países em
desenvolvimento, as tsunamis são um grande problema porque, ao contrário dos
terremotos, transmitem a morte e a destruição através de oceanos inteiros.”
O arquipélago da Ilhas
Canárias. Na Ilha de EL HIERRO, AO SUL DA ILHA DE PALMA, onde está o CUMBRE
VIEJA está acontecendo uma enorme atividade sísmica, com muitos terremotos
(alguns são submarinos)
Ilhas Canárias: Risco de
erupção vulcânica em El Hierro ao sul de LA PALMA
Nos últimos dias do ano de
2011, se registrou uma série de movimentos sísmicos na ILHA DE EL HIERRO, e
especialistas estão agora a avaliar se o magma está subindo.
Barcos transportando equipes
da Unidade Militar de Emergências do governo espanhol local partiram, no final
da manhã, para El Hierro, para uma eventual operação de evacuação. Cinquenta e
três pessoas foram já realojadas e o principal túnel da ilha, entre as
localidades de Frontera e Valverde, foi fechado.
Foto à direita: El Hierro, nas
Ilhas Canárias: Risco de erupção vulcânica. Esferas azuis e vermelhas marcam a
ocorrência de Terremotos recentes.
As autoridades espanholas
estão a mobilizar-se para uma eventual evacuação da ilha de El Hierro, no
arquipélago espanhol das Canárias, devido ao risco de uma erupção vulcânica.
Desde o dia 19 de Julho até às
11h16 de hoje, foram registados 8.356 eventos sísmicos (TERREMOTOS) na ilha de
EL HIERRO, segundo dados do Instituto Geográfico Nacional (IGN) dA Espanha.
Apenas 15 teriam sido sentidos de fato pela população, segundo a edição online
do diário espanhol El Pais.
Mas o número de sismos
aumentou e alguns mais recentes parecem estar ocorrendo a uma
profundidade menor do que a maioria, o que pode significar um aumento do nível
do magma sob a ilha.
Especialistas dizem que esta
ocorrendo erupções submarinas em EL HIERRO, que se localizam a cerca de 2.000
metros de profundidade no leito do oceano e a uma distância entre cinco e sete
quilômetros da costa.
De qualquer forma, com o
aumento na frequência dos eventos sísmicos o governo das Ilhas Canárias acionou
o nível “amarelo” de alerta – o segundo menos grave numa escla de quatro cores,
e que implica em maior informação à população e planificação de recursos. As
autoridades estão se preparando para, caso necessário, retirar 4.000 pessoas da
Ilha de El Hierro em quatro horas.
Segundo Maria del Carmen
Romero, professora de Geografia da Universidade de Laguna, citada pelo jornal
La Vanguardia, um dos principais riscos é o de desmoronamentos de terras, já
que a ilha tem encostas muito acentuadas. No entanto, pode não chegar a haver
uma erupção vulcânica, lembrando de uma crise sísmica semelhante, descrita em
crônicas de 1793, sem erupção vulcânica.
Tradução, composição e imagens
de várias fontes: