Empregador que força trabalhador a frequentar cultos religiosos para
deixar de ser gay deve pagar indenização por dano moral. Com esse entendimento,
a 7ª Vara do Trabalho de Florianópolis (SC) condenou uma empresa de eventos a
indenizar em R$ 25 mil um promotor demitido por se recusar a acompanhar seus
patrões nos cultos evangélicos que eles frequentam.
O empregado trabalhou por dois anos na empresa e contou que, após
afastar-se do culto, passou a ser convocado para reuniões com os sócios e o
pastor para "tratar" da sua orientação sexual e de seu retorno à
igreja.
De acordo com o promotor de eventos, além de ouvir sermões, ele chegou
a ser tratado como "pessoa inconstante", "sem
caráter" e "ladrão", sendo posteriormente demitido e
desalojado da casa que alugava, nas dependências da empresa. Revoltado com
isso, ele foi à Justiça.
Intimada a depor, a empresa não compareceu à audiência e foi condenada
à revelia. Segundo o juiz Carlos Alberto Pereira de Castro, a companhia não
poderia ter condicionado a continuidade do contrato à conversão do trabalhador,
expondo o funcionário a constrangimento.
“Trata-se de procedimento vexatório, que excede o limite de cobrança e
gerenciamento, transformando-se em violação à intimidade e dignidade do
empregado”, apontou o magistrado, condenando a empresa a indenizar o
ex-funcionário por dispensa discriminatória.
Bens retidos
O juiz também determinou que a empresa restitua ao funcionário uma série de
bens que reteve — entre eles cama, fogão, geladeira e sofá — que, juntos, somam
R$ 9,3 mil. Porém, negou ao trabalhador o pedido de ressarcimento de R$
5,2 mil referente à parcela de entrada de um automóvel usado, por entender que
a companhia já havia quitado o débito por meio de parcelas mensais incorporadas
ao salário do empregado. Com informações da Assessoria de Imprensa do
TRT-12.
Morte foi consequência de protesto contra ação do governo
Um casal pastoral da Igreja Beitou acabou sendo enterrado vivo na
cidade de Zhumadian, na província de Henan, região central da China. Eles
estavam protestando contra a demolição de sua igreja, que foi condenada pelo
Partido Comunista que comanda o país. A denúncia é da organização China Aid.
Segundo testemunhas, as autoridades ordenaram a destruição do templo
onde o pastor Li Jiangong e sua esposa, Ding Cuimei, reuniam sua congregação.
Em negociações políticas, o terreno onde estava a igreja foi entregue a um
investidor local.
Escavadeiras e tratores de esteira se dirigiam para o prédio enquanto
Li e Ding tentavam impedir seu avanço. Eles ficaram de frente às máquinas, mas
foram propositadamente jogados em uma vala. Em seguida, uma escavadora cobriu
seus corpos com terra.
O relatório da China Aid afirma: “Pedindo ajuda, Li conseguiu cavar e
fugir, mas Ding morreu sufocada, antes que pudessem resgatá-la”. Foi divulgado
que os dois oficiais responsáveis pelo crime estavam detidos e responderiam
pelo ação.
Ainda segundo a organização, um dos membros da equipe de demolição deu
a ordem claramente: “Enterre-os vivos para mim. Assumo a responsabilidade por
suas vidas”. Bob Fu, que é o presidente da China Aid, lamentou o crime brutal:
“Atropelar e enterrar viva Ding Cuimei, uma mulher cristã pacífica e fiel, foi
um assassinato cruel”. Ele voltou a pedir que os governos mundiais condenem a
falta de liberdade religiosa em solo chinês.
A demolição de templos é apenas parte da grande onda anticristã que
tomou a China nos últimos anos. Já foi anunciada que existe uma tentativa de acabar com os cristãos no país.
Não se sabe o número oficial de cristãos no país, mas de
acordo com estudos existem hoje cerca de 100 milhões de cristãos no país mais
populoso do mundo. Alguns estudiosos acreditam que o número pode ser 3 vezes
maior. Para efeitos de comparação, o Partido Comunista Chinês possui 86,7
milhões de membros, sendo que a maioria é comunista só de nome.
Isso pode ser visto como um fracasso do regime, que desde a revolução
na década de 1940, defende que o povo chinês não deveria acreditar em nenhum
deus.
Apesar das dificuldades e da perseguição, diversas lideranças chinesas
realizaram uma conferência, onde foi lançado um projeto impensável anos atrás: enviar 20.000 missionários chineses para diversos países do mundo até
2030. O pastor Daniel Jin, diretor da revista China Mission Today desafiou
a Igreja chinesa a “trabalhar e orar” para cumprirem esses desafios
missionários nos próximos anos. Com informações de Gospel Herald
Peça encenada na rua em Curitiba é interrompida por pregador!
A peça “Ensaio Para uma Poética do Movimento”, que é apresentada nas
ruas estreou nesta terça (19), no calçadão do Mercado das Flores, em Curitiba.
A peça, cujas apresentações ocorrem todas as sextas (17h) e sábados (15h), até
o fim do mês, tem a proposta de interagir com o público.
Na primeira apresentação as atrizes Ana Ferreira e Jossane Ferraz foram
interrompidas por um pastor que pregava a poucos metros. Ele gritava: “Teatro é
coisa do diabo! Estão todos amarrados”. Segundo o jornal Gazeta do Povo o motivo para a ira do
pregador é que o som da peça estava mais alto que a caixa de som usada por ele.
Os gritos do pastor interromperam momentaneamente a peça.
Ana e Jossane estavam falando ao microfone para atrair as pessoas que
passavam pelo local. A apresentação continuou, cheia de improvisos, conforme
era sua proposta. No fim da peça, oitos expectadores foram convidados a deitar
em esteiras de palha, ao som de violino e violoncelo.
Teatro cristão em alta
Atualmente no Brasil, há um movimento crescente de companhias teatrais
dentro das igrejas protestantes. Essas companhias produzem e apresentam os seus
espetáculos quer para a igreja, quer para o público externo, utilizando-se do
teatro como ferramenta de evangelização, porém levando concomitantemente, arte
e cultura ao público que assiste. Provavelmente, a mais bem-sucedida é a
Companhia de arte Nissi, cujas peças também estão disponíveis em DVD.
Porém, ainda há por parte da Igreja, discriminação contra o ministério
de teatro. Um dos motivos identificados se deve ao fato, de conhecimento
histórico, que foi numa espécie de ritual ao deus pagão Dionísio na Grécia
Antiga que o teatro teve sua origem. Desse modo, a igreja ainda sustenta um
preconceito em relação ao teatro. E sustenta também a turbulenta relação entre Teatro e Religião.
Uma garota judia participava de projeto no Monte do Templo quando
encontrou uma peça com mais de 3.200 anos
Amuleto da época dos faraós é achado em Jerusalém
Uma menina de 12 anos participava com sua família de um projeto no
Monte do Templo, em Jerusalém, quando encontrou um amuleto da época dos faraós.
Neshama Spielman encontrou um objeto pequeno com o nome do faraó Tutmés
III, que teria mais de 3.200 anos.
A garota não imaginaria que ao participar das festividades da Páscoa
judia encontraria uma peça de antiguidade com tanto valor histórico.
A alegria de Spielman foi tanta que ela afirmou que “festejar a Páscoa
neste ano vai ter um significado especial para ela”.
O faraó Tutmés III, também chamado de Tutmósis III, viveu entre os anos
1481 a.C e 1425 a.C. Filho de Tutmés II, o faraó governou o Egito por cerca de
50 anos, tempo não preciso, pois com a morte de seu pai sua tia e madrasta,
Hatchepsut, assumiu o trono até que ele alcançasse a maioridade.Com informações G1
Igreja evangélica de Berlim autoriza casamento gay
Homossexuais da Alemanha que fizerem questão do casamento religioso
poderão contar com o apoio da Igreja Evangélica de Berlim, Brandemburgo e
Oberlaustiz que já aprovou a união de pessoas do mesmo sexo.
Os casamentos poderão ser realizados a partir de 1º de julho segundo a
decisão do sínodo que votou a favor da proposta. Foram 91 votos a favor e dez
contra. A reunião aconteceu em Berlim no último sábado e fez com que a Igreja
Evangélica se tornasse a terceira denominação protestante do país a permitir a
união religiosa de casais formados por pessoas do mesmo sexo.
O bispo de Berlim, Markus Dröge, afirmou ao jornal “Tagesspiegel” que a
decisão atende à necessidade de acolher a todos os casais que queiram formar
uma família.
Desde 2002 a igreja evangélica de Berlim, Brandemburgo e Oberlausitz
vem abençoando uniões gays, mas o ofício não era chamado de casamento. Com a
decisão, os casais passarão a ser realmente casados pela igreja.
Com isso, os nomes dos casais serão inclusos nos registros da igreja e
ainda poderá realizar a troca de alianças, algo que não era autorizado no
ofício anterior.
O casamento gay não tem apoio de todos os pastores da denominação, por
isso, ficou decidido que nos próximos cinco anos eles poderão se recusar a
oficiar essas cerimonias alegando motivos de consciência. Com informações Terra
A Igreja Universalista Unitariana afirma ser cristã, mas é vista como
seita por muitos teólogos. Afinal, eles não creem no inferno e nem que Jesus é
o único caminho para Deus. Talvez por isso sua congregação na cidade Lansing,
nos Estados Unidos não teve problema algum em dividir seu espaço de culto com
uma mesquita.
Localizada no mesmo bairro da mesquita local, o novo prédio da Igreja
Universalista Unitariana está passando por uma grande reforma e só ficará
pronto em maio. Até lá, os membros estavam sem lugar para realizar seus cultos.
Segundo a pastora Kathryn Bert eles receberam com “alegria” o convite
para utilizar as dependências da Sociedade Islâmica de Lansing. Eles não estão
pagando nada para utilizar o local e desde o início deste mês as duas fés compartilham
o mesmo templo. Como o dia sagrado dos muçulmanos é sexta e os cristãos se
reúnem aos domingos, seus membros não chegam a se encontrar.
“Isso funcionou bem para ambos”, comemora Sohail Chaudry, o imã da
Sociedade Islâmica. Ele disse esperar que isso “seja um exemplo para outras
comunidades de fé em todo o país.”
Como sinal de gratidão, a igreja decidiu doar todas as ofertas
levantadas em um domingo deste mês para a mesquita. Por sua vez, o imã afirmou
que irá repassar o dinheiro para a Islamic Relief EUA, organização muçulmana
que trabalha para reassentar refugiados. Com informações de Religion News
Deputado pede que a igreja evangélica acorde e entenda o que acontece
na política brasileira
O deputado Marco Feliciano (PSC/SP) muitas vezes causou polêmicas pelas
suas posturas contundentes. Durante algum tempo houve contra ele uma campanha
nacional orquestrada por movimentos de esquerda. O bordão da época era “não me
representa”. De fato, ele explica que seu objetivo é representar os
evangélicos, aqueles que o colocaram na posição que ocupa.
Procurado pelo Gospel Prime, ele falou sobre sua atuação e do que chama
de “efeito Feliciano” na Câmara. Inicialmente, justifica sua postura clara
sobre a necessidade de um impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Não existe
golpe, o PT usa isso como mantra… o que existe é Constituição em andamento”,
esclarece.
Alerta ainda que parte da confusão que existe sobre o assunto, que
divide opiniões, é justamente por que a justificativa do impedimento é técnica.
“O que aconteceu foi um crime fiscal. O governo gastou mais que podia e tomou
empréstimo, o que não podia”, resume. O resultado foi uma dívida de 73 bilhões,
que em parte desencadeou a crise econômica que o país atravessa.
“Muitos deputados estão vendidos para o governo”, dispara. Mesmo assim,
o seu papel, e dos outros parlamentares que aprovaram o parecer na Comissão
Especial, é votar no plenário. “Não podemos condenar, apenas encaminhar”, diz,
referindo-se ao Senado, que deve julgar a questão.
Para o deputado, a situação é clara: “Não dá mais para continuar”. Sua
crítica não é apenas em relação a questões econômicas, mas inclui, sobretudo, a
maneira como o governo petista, de matiz esquerdista, vem tentando implantar os
ideais comunistas em nossa nação.
Fazendo um apanhado histórico, Feliciano não tem dúvidas que o objetivo
do PT e dos seus aliados é fazer com que o Estado passe “a ser o deus do povo”.
Lembra que a civilização moderna em parte é fruto da moral judaico-cristão.
“Esquerdistas são contra toda religião e família”, sintetiza.
Marco Feliciano explica que a Frente Parlamentar Evangélica trabalha
muito. Oficialmente, são 92 membros, e sua atuação não está resumida a debater
questões de fundo religioso. Ele reconhece, contudo, que nem todos que se dizem
membros da “Bancada da Bíblia”, agem de acordo com ela. “Tem alguns Judas”,
provoca o pastor, sem dar nomes.
Embora no passado tenha ensinado que os evangélicos não deveriam se
envolver na política, explica o que o levou a mudar de opinião. “A PL 122, que
ia contra os cristãos”, dispara.
Quando esse projeto de lei passou no Congresso, em 2006, havia a
previsão de criminalização da homofobia. Ou seja, qualquer um que dissesse, por
exemplo, que isso era pecado, estava sujeito à prisão. Havia então mais de 50
deputados evangélicos no Congresso. Somente quando o projeto chegou ao Senado
que Magno Malta (PR/ES) começou a denunciar. A “briga” foi comprada pelo pastor
Silas Malafaia e o assunto passou a ser amplamente debatido em todo o país.
“Efeito Feliciano”
Já com uma ideia diferente sobre política, Feliciano foi eleito em
2010, com mais de 200 mil votos. Sua presença na Casa Parlamentar só veio
chamar a atenção do país quando ele foi eleito presidente da Comissão dos
Direitos Humanos e Minorias (CDHM). Para o deputado, surgiu então o que chama
de “efeito Feliciano”. Olhando em retrospectiva, lembra que entre março e maio
de 2013, ele viveu em meio a uma grande “batalha”, pois foram 90 dias
ininterruptos de protestos, manifestações e ameaças de grupos LGBT. Isso se
estendeu a mídia nacional, chegando a ser notícia internacional. Órgãos de
imprensa de mais de 60 países o procuraram para falar sobre o assunto.
A análise de Marco Feliciano sobre o que ocorreu em seguida pode dar
uma impressão de ser pretensiosa. Contudo, de fato as coisas mudaram. Dilma
tinha então 75% de aprovação e maioria na Câmara. Uma manifestação de evangélicos
em Brasília, dia 5 de junho de 2013 reuniu 100 mil pessoas. O “efeito
Feliciano” o tornou um símbolo da luta contra as ideologias esquerdistas.
Vieram as manifestações do Movimento Passe Livre pouco tempo depois e, de lá
para cá, o governo foi se deteriorando até chegar na situação atual.
Intervenção divina
O pastor Feliciano acredita que isso tudo é resultado de uma ação
divina. “Deus viu que esse partido que aí está [PT] tocou no alicerce, na fé,
nas crianças. Começaram a aplicar a ideologia marxista nas escolas. Para eles a
fé é relativa”. Ele entende que o país vive, sim, uma batalha espiritual. Mas
ela não termina com o impeachment. Segundo suas contas, existem mais de 1300
projetos de lei em tramitação que “atacam a família, a fé e a liberdade de
expressão”.
Um dos mais recentes é a criação na Câmara dos Deputados de uma
Comissão permanente só para as mulheres. Mesmo que já existam 22 comissões na
casa, que abordam diferentes aspectos da sociedade, ele vê nisso uma estratégia
de feministas para fortalecerem sua luta pelo aborto. A bancada evangélica reagiu,
apresentamos várias emendas para que inclua a defesa dos direitos do nascituro
(feto).
O parlamentar apela para que a igreja entenda melhor o que acontece no
local onde se decide, em grade parte, os rumos do país. “Minha vinda para
política ajudou os evangélicos a entender que não basta ser cristão, tem de ter
coragem”, dispara.
O maior problema que vivemos com essa ideologia marxista que tenta
predominar no país. “O Estado laico protege seu direito de cultuar. O
Estado laicista é ateu, vai contra a Igreja”, alerta.
Para lutar contra isso, ele conta que está se aprimorando no que é
técnico e legislativo. Dessa forma, está atuando de maneira mais eficaz. Ainda
que tenha vencido algumas batalhas, sabe que novas lutas virão. Portanto, ele
enfatiza a necessidade de uma participação mais eficaz da igreja em meio a
todas essas questões: “a bancada evangélica precisa acordar!”.
O cantor Wesley Safadão, atualmente um dos mais conhecidos entre os
artistas populares do país, é evangélico e realiza cultos domésticos em sua
residência, com a presença de familiares e amigos.
O intérprete do refrão “tô namorando todo mundo, 99% anjo, perfeito, mas
aquele 1% é vagabundo”, da música composta por Marcos e Belutti, seria membro
da Igreja Cristã Videira (ICV), de Fortaleza (CE).
A informação sobre a prática religiosa de Safadão foi divulgada pelo
jornalista Léo Dias, especializado em celebridades e responsável por uma coluna
dedicada a isso no jornal carioca O Dia.
Os cultos domésticos realizados por Wesley Safadão em sua residência
são dirigidos pelo pastor André Vitor. Em certas ocasiões, as celebrações são
feitas na casa da mãe do cantor, dona Biu.
Dias informou ainda que Wesley Safadão pretende se casar com Thyane
Dantas – com quem já vive e tem uma filha – no templo da ICV, porém ainda não
há uma data definida. “Deve ser em 2017 ou 2018. Preciso trabalhar muito
antes”, disse o cantor ao jornalista.
Fé evangélica
Com o crescimento numérico do número de membros das denominações
evangélicas, o perfil do fiel já não é mais o mesmo de décadas atrás, com
muitas pessoas que se descrevem como membros de igrejas evangélicas sendo
caracterizadas por uma prática não tão ortodoxa como era anteriormente.
Na última semana, a mídia divulgou amplamente as declarações do
funkeiro MC Bin Laden, que identificou-se como evangélico em uma entrevista à
revista pornográfica Sexy.
“Sou evangélico a ponto de gostar de ir pra igreja, né? Não sou crente, crente,
porque canto funk. Eu sou uma pessoa que gosta de estar na igreja e muita gente
confunde, né?”, disse ele na ocasião, ressaltando ser dizimista.
Outros que se declaram evangélicos – e já gravaram músicas gospel – são
a cantora Joelma Mendes, ex-vocalista do Calypso, e o funkeiro Naldo Benny,
amigo de Thalles Roberto.
Presidente da frente ressalta empenho por pautas conservadoras
A atuação da Frente Parlamentar Evangélica (FPE) no Congresso
seguidamente é criticada com o argumento de que deseja impor uma religião. Seu
presidente, João Campos (PRB/GO), explica que isso não tem fundamento.
Ele ficou bastante conhecido após a polêmica de um projeto que foi
maldosamente apelidado pela mídia de “cura gay”. Contudo, deseja mostrar que a
bancada tem diferentes preocupações e muitas não têm uma ligação direta com a
confissão religiosa de seus membros.
A FPE está diretamente envolvida com uma série de assuntos importantes
para o país. Não por acaso, a maioria das pautas que eles têm combatido no
Congresso são de autoria dos partidos com viés ideológico comunista, e mais
próximos da presidente Dilma.
Com grande empenho, Campos, que é formado em Direito e delegado de
polícia, explica que luta contra a corrupção mostra a cada dia uma nova faceta
no país. Ele vem se empenhando em mostrar aos demais membros da bancada
evangélica a necessidade de aprovação do impeachment.
Embora o seu partido, o PRB, tenha decidido por unanimidade votar pelo
afastamento da presidente, o pastor João explica que não é a favor do
impedimento por uma questão partidária. Deseja apenas “o bem do Brasil”.
Acredita que o país precisa de um governo de coalizão para que retome seu
curso.
Ele reconhece que há membros da bancada que estão do lado da
presidente, mas isso não afeta sua relação com os demais, pois o vínculo que
eles mantêm não é meramente político. Há uma preocupação em trabalharem juntos
por outras questões importantes em defesa dos valores cristãos como um todo.
Ressalta a importância de um esclarecimento sobre a Proposta de Emenda
Constitucional (PEC) 99/2011. O parlamentar goiano acredita que essa é uma das
matérias mais importantes para o segmento religioso do país, não apenas para os
evangélicos.
Seu objetivo é garantir que o poder de “provocar” uma resposta no
Supremo Tribunal de Justiça (STF), seja estendido e se torne mais democrático.
Até agora, essa prerrogativa é usada, sobretudo, ao Procurador-geral da
República, que acaba fazendo um controle prévio de constitucionalidade.
João, que é ligado às Assembleias de Deus, explica que é preciso haver
uma maior paridade. Se as entidades de classe de âmbito nacional (como sindicatos)
também conseguiram esse poder, então almeja ampliar o alcance da lei ao
“inserir neste rol entidade religiosa de âmbito nacional”. Sempre seguindo o
parâmetro constitucional, enfatiza. Ao contrário do que se divulgou, isso não é
um benefício exclusivo para as igrejas. Abre-se espaço para outras entidades de
representatividade no país.
Ao contrário do que vem sendo sugerido pela grande mídia, esse “não é
um debate teológico, do culto, é um debate constituição”, garante João Campos.
Lembra que a Constituição já garante direitos básicos à pratica religiosa,
incluindo a imunidade tributária das igrejas e a inviolabilidade da crença, sem
que isso violente a prerrogativa de um estado laico (sem religião oficial).
Insiste que o fato de o governo não cobrar impostos dos templos não é
favorecimento, mas uma questão constitucional.
Outra das bandeiras pelas quais luta a bancada evangélica como um todo
é a votação do estatuto do nascituro (feto). Afinal, eles se propõem a defender
a vida desse a sua concepção. Campos explica que o código civil faz menção aos
direitos, mas não explica quais são esses direitos, por isso é necessário esse
debate.
Ressalta que o Estatuto da Família, já aprovado na comissão especial
presidida por Sóstenes Cavalcante (DEM/RJ), vem sendo criticado por grupos
ligados ao movimento LGBT. O presidente da FPE, diz que não foi tirado nenhum
direito dos homossexuais, garantidos pela resolução do Supremo em 2013. “Não
revogamos”, assevera, “respeitamos a decisão do STF”.
Segundo o deputado do PRB, são muitas questões que precisam ser
abordadas por que os projetos de lei vêm carregados de uma “ideologia
partidária” de esquerda. Isso inclui as tentativas de se legalizar o aborto, a
prostituição e as drogas.
Sendo assim, além de projetos propositivos, a bancada está unida para
“não deixar passar” as propostas de lei que vão contra os valores cristãos. Ele
aponta como exemplo, o Plano Nacional de Educação, que estabelece as regras
para a educação no Brasil pelos próximos 10 anos. Ele veio “contaminado pela
ideologia de gênero, mas foi derrotado”, comemora.
“Preservamos um papel que cabe aos pais”, disse, referindo-se a questão
do ensino sobre sexualidade. De fato, agora a decisão do Congresso passou a ser
seguida pela maioria das câmaras de vereadores e assembleias legislativas
estaduais da nação. Garante-se assim que na sala de aula não será ensinada a
ideologia de um partido. Finaliza citando como exemplo livros para o público
infantil que apresentavam o ex-presidente Lula como um “herói da nação”.
O ex-presidente Lula (PT) continua atuando nos bastidores de Brasília
(DF) para tentar conter o avanço do impeachment, e um de seus alvos é a bancada
evangélica, onde espera conseguir alguns aliados.
No último sábado, 16 de abril, Lula esteve com o líder da Igreja
Mundial do Poder de Deus, o autointitulado apóstolo Valdemiro Santiago. A ideia
era, num primeiro momento, conquistar votos contra o impeachment na sessão do
dia 17 de abril, já que o religioso tem influência sobre três deputados
federais.
Lula, porém, queria ajuda de Santiago para que esses três deputados
federais, além de votar contra o impeachment, convencessem outros colegas da
bancada evangélica. Porém, na prática, o que se viu foi o oposto: o missionário
José Olímpio (DEM-SP), um dos ligados à Mundial, votou pela admissão do
processo.
Lula, que viajou a São Paulo, estava preocupado com as manifestações
contra Dilma e, segundo informações da revista Exame, aproveitou para tirar sua
família de seu aparamento em São Bernardo do Campo, na região do ABC Paulista.
Na volta à Brasília, o ex-presidente e principal articulador de Dilma
manteve sua tarefa inglória de tentar convencer deputados a votarem contra o
impeachment. Fez inúmeras ligações a parlamentares que se diziam indecisos,
além de abordar alguns dos que já haviam dito que votariam a favor, como o
ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf (PP).
No entanto, a maioria dos parlamentares não atenderam as ligações do
ex-presidente. No caso de Maluf, Lula esteve pessoalmente com o deputado, mas
não conseguiu mudar sua postura sobre o voto.
“Dilma é uma mulher honesta, correta, uma Virgem Maria que foi
contratada para ser cozinheira em um ambiente menos honesto. Para a presidente
não tem nenhuma questão jurídica, mas acho que o Brasil precisa de mudança”,
disse Maluf ao chegar à Câmara dos Deputados no domingo à tarde. Mais tarde,
ele votaria sim pelo impeachment.
Bernardo Santoro acredita que evangélicos estão entre os maiores
inimigos do PT
Formado em Direito, com pós-graduação em economia e mestrado em
direito, Bernardo Santoro é Coordenador do Movimento Brasil Livre (MBL) no Rio
de Janeiro. Mesmo sendo jovem, possui um histórico de ativismo no movimento
liberal-conservador brasileiro. Contudo, afirma que seu maior orgulho é ser um
seguidor de Jesus Cristo.
Como ele mesmo diz, é “nascido e criado na igreja”. Membro da igreja
Nova Jerusalém, no Rio, Bernardo está otimista com o envolvimento das igrejas
nas mudanças de atitude que ocorreram no país desde 2013. Entende ainda que os
evangélicos vêm sendo “protagonistas” nesse processo político que marcou a
história recente do país.
“Nenhum segmento social tem tanta ojeriza ao projeto de poder do PT
quanto o povo evangélico, pois eles se confrontam diretamente com nosso estilo
de vida. ‘Gayzismo’, feminismo, genocídio de vidas intrauterinas, desrespeito à
propriedade privada, corrupção em massa e rejeição ao capitalismo são bandeiras
petistas intoleráveis para a cultura evangélica tradicional”, resume.
Embora alguns segmentos da igreja não entendam que “política e religião
se misturam”, o coordenador do MBL-Rio defende que a maioria dos “nossos
líderes religiosos têm sido brilhantes nesse processo”.
Embora no Brasil, o termo não seja tão comum, durante séculos todos os
evangélicos eram chamados de “protestantes” justamente por que seu movimento
era de protesto contra a situação que o povo vivia. Seu primeiro grande líder,
Martinho Lutero escrevia sobre política. Séculos mais tarde, seu quase homônimo
Martin Luther King Jr, foi um pastor que liderou a luta por causas sociais
usando como base sua fé.
Por vários motivos, as igrejas evangélicas brasileiras não estão
acostumadas com a ideia de um ativista político fazer o que faz justamente por
ser evangélico. Contudo, Santoro assevera que isso mudou. “Somente quando
chegamos ao ponto em que nosso próprio estilo de vida cristão foi ameaçado é
que as igrejas se mobilizaram… É difícil perceber o plano do Senhor para as
providências da nossa vida, e precisamos ter fé para entender que este foi o
momento certo para a virada do país”, analisa.
Citando várias passagens das Escrituras, lembra que “reis e governantes
são invenção do homem”. Resgatando o relato de 1 Samuel 8, lembra que Deus
avisou o profeta que um governante forte e centralizado sempre abusará do povo.
Olhando para o Novo Testamento, enfatiza que Romanos 13 ensina o
respeito às autoridades, “Mas pode sempre haver conflito quando uma ou várias
dessas autoridades se desviam do caminho traçado pelo Senhor”.
Traçando um paralelo, aponta o caso do rei Saul, “um governante que
mesmo ungido pelo Senhor, se desvia Dele”. A solução foi o Deus de Israel
levantar um novo líder e ungi-lo. Obviamente os tempos são outros, hoje temos
eleições. A solução? Bernardo está convicto: “precisamos orar e refletir
profundamente, pedindo que o Senhor ilumine nossas escolhas”.
Santoro diz que está vendo “a população mais esperançosa em dias
melhores”. Confirma que o MBL irá continuar defendendo a luta “por um governo
que reduza impostos e burocracia, defenda direitos civis, entregue serviços
públicos de maneira eficiente e transparente e respeite a liberdade de crença
dos cristãos em todo o Brasil”. Em tom profético, finaliza dizendo esperar que
“a Paz e a Graça do Senhor Jesus inunde o Brasil de felicidade, liberdade e
justiça”.
A derrota do governo do PT no processo deimpeachment de Dilma
Rousseff teve como um dos fatores determinantes a atuação da bancada
evangélica, aliada à atuação dos deputados ligados ao agronegócio e às empresas
fabricantes de armas, que formam o grupo apelidado pejorativamente pela
imprensa como “BBB” (“boi, bala e Bíblia”).
Dentre todos os deputados da Câmara, 72% foram favoráveis ao impeachment,
cinco por cento a mais do que o exigido pela legislação, que é de 67%, pouco
mais de dois terços dos 513 parlamentares.
Um levantamento do jornal Folha de S. Paulo apontou, no entanto, que se
a votação do impeachmentdependesse apenas da bancada evangélica o cenário
seria ainda mais desfavorável a Dilma: 84% dos parlamentares votariam a favor.
Ainda segundo a Folha, a Frente Parlamentar Evangélica do Congresso
Nacional, presidida pelo deputado João Campos (PRB-GO), tem 199 deputados, o
que forma um dos blocos informais mais fortes da Casa. Alguns dos integrantes
são suplentes, como Marcelo Aguiar (DEM-SP), e foram afastados dos cargos antes
da votação, para que os titulares – licenciados para exercerem mandatos em
secretarias estaduais ou ministérios – assumissem.
Os principais nomes da bancada evangélica, ferrenha opositora de Dilma,
são o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), membro da igreja
Assembleia de Deus, assim como os pastores Marco Feliciano (PSC-SP), Sóstenes
Cavalcante (DEM-RJ), Eurico da Silva (PHS-PE).
Deus e família
Um levantamento feito através da ferramenta Wordle constatou quais
foram as palavras mais usadas pelos parlamentares na votação de domingo, 17 de
abril, e as menções a Deus e à família estiveram entre as mais recorrentes.
A palavra “Brasil” foi usada 552 vezes, enquanto “povo”, 247. Já as
palavras “família”, 141 vezes, e “Deus”, 59 vezes, receberam maior destaque
junto à população, que comentou nas redes sociais o uso desses termos pelos
parlamentares.
Por outro lado, de acordo com a jornalista Mariana Alvim, de O Globo,
outras palavras apareceram com maior frequência, embora menos notadas por quem
assistiu à votação. “Democracia” foi dita 110 vezes; “Constituição”, 74;
“Corrupção”, 63; e “homenagem”, 60.
O “tchau, querida”, usado pelo pastor Marco Feliciano, foi repetido
outras quatro vezes, e a palavra “golpe”, usada pelos defensores de Dilma, 99.
Um pastor evangélico que se tornou manchete em todos os noticiários
esportivos dos Estados Unidos após acertar uma cesta do meio da quadra, em uma
promoção durante o intervalo de uma partida da NBA, anunciou que vai sortear o
carro.
A ideia é arrecadar fundos para entidades que desenvolvem projetos
sociais, segundo o pastor Joseph Sissac, da igreja Center of Praise Ministries
em Sacramento, Califórnia (EUA), que acertou o arremesso.
“Uma vez que a bola deixou minhas mãos me senti bem, parecia bom. E,
literalmente, tudo o que passou pela minha cabeça foi ‘não fique aquém, não
seja um desperdício’”, afirmou o pastor, comentando o lance. Ele revelou ainda
que cresceu jogando basquete como seu esporte favorito.
O carro que Sissac recebeu é um Ford Focus, e ele foi o primeiro a
acertar o arremesso após 41 partidas da atual temporada, segundo informações do
The Blaze. No Brasil, a versão mais barata do carro custa R$ 69.900, de acordo
com a revista Autoesporte.
“Estamos doando o carro. Queremos sortear o carro para levantar
fundos”, afirmou o pastor em uma coletiva de imprensa na última terça-feira, 12
de abril. “Queremos tirar outra fotografia e utilizar este veículo para ajudar
a mudar vidas de pessoas em nossa comunidade”, acrescentou.
A ideia do pastor e sua família é fazer uma rifa, vendendo três mil
cupons a US$ 10 cada, em um esforço para levantar US$ 30 mil, que serão
divididos entre dois projetos sociais da igreja, voltados à educação.
Ao final da entrevista, Sissac revelou que a iniciativa de doar o carro
partiu de sua esposa, depois de “muita oração buscando a vontade de Deus”.
Membros da bancada evangélica oraram com ele esta semana
Diante de tantas especulações sobre o futuro do país, existe uma chance
real que o vice-presidente Michel Temer ocupe o Palácio do Planalto com a saída
de Dilma. Contudo, para muitos evangélicos essa possibilidade não é vista com
bons olhos.
Afinal de contas, existe um antigo rumor dando conta que ele seja
satanista. Anos atrás, um testemunho no livro “Filho do Fogo”, de Daniel
Mastral, um ex-satanista convertido. Em seu livro, ele falava sobre seu pai ser
uma importante figura política que tinha pacto com as trevas. Embora não desse
especificamente um nome, as características seriam condizentes com o então
deputado Michel Temer.
Apesar de já ter sido negado pelo atual vice-presidente, a história
continua sendo debatida na internet. O pastor Silas Malafaia publicou neste
sábado (16), véspera da votação do impeachment, um vídeo onde procura
esclarecer a questão. Ele sente que falta “discernimento espiritual” para as
pessoas e nega enfaticamente que haja ligação de Temer com grupos satanistas.
O pastor desqualifica o autor do boato, dizendo que a história “não tem
pé nem cabeça”. Termina pedindo que o povo evangélico continue orando e pedindo
a Deus pela nação.
Malafaia não é o único a acreditar que seja infundado esse temor.
Alguns membros da bancada evangélica procuraram Temer para fazer orações por ele. O deputado Marco
Feliciano também esteve orando com Michel Temer esta semana. O deputado João Campos (PRB/GO), presidente
da Frente Parlamentar Evangélica relatou: “Fizemos uma oração por ele (Temer),
para que, na hipótese de assumir a Presidência, Deus o capacite e dê
discernimento para tomar as decisões mais adequadas para o País”.
Nunca afirmei que sou filho desse ou daquele político”, rebate
Após a aprovação do processo de impeachment da presidente Dilma
Rousseff pela Câmara dos Deputados neste domingo (17), aumenta a expectativa
sobre como será um possível governo de Michel Temer.
Contudo, alguns segmentos evangélicos não gostam dessa possibilidade,
mencionando um antigo rumor de que ele seja satanista. Anos atrás, ficou bem
conhecido no Brasil o testemunho de Daniel Mastral, um ex-satanista convertido.
Em seus livros, da série “Filho do Fogo”, ele falava sobre seu pai ser
uma importante figura política que tinha pacto sério com as trevas. Embora
nunca tenha dado especificamente um nome, surgiram especulações que as
características seriam condizentes com o então deputado Michel Temer e que
desde 2011 é vice-presidente.
O pastor Silas Malafaia publicou neste sábado (16), um vídeo onde
procura esclarecer a questão. Ele sente que falta “discernimento espiritual”
para as pessoas e nega enfaticamente que haja ligação de Temer com grupos satanistas.
O pastor desqualifica o autor do boato, questionando sua sanidade e dizendo que
a história “não tem pé nem cabeça”.
Embora não seja citado nominalmente, o escritor e conferencista Daniel
Mastral publicou um vídeo rebatendo as acusações. Insinuando que Silas Malafaia
não mostra coerência em seus ensinamentos, também faz ironias, dizendo que vai
dar lições bíblicas “grátis” ao pastor.
Citando vários versículos, Mastral afirma que não aceita ser acusado
por Malafaia, nem por líderes “sem caráter”, que chamou de “líderes cegos”.
Lembra que escreveu 14 livros, mas acredita que Silas “não leu nenhum”. Também
faz um desafio, citando além de seus escritos também seus DVDs e vídeos no
Youtube: “encontre uma linha sobre aquilo que o senhor colocou”.
“Nunca afirmei que sou filho desse ou daquele político”, insiste.
Lembra que ele conta nos livros sobre Marlon, um sacerdote satanista que tinha
“vínculos com a política”. Este, segundo narra em Filho do Fogo, seria seu pai.
Negou que tenha dados nomes e classificou de “boatos” e de “balela”, o que é
atribuído a ele. “Não se paute em boatos”, pede Mastral no vídeo. Finaliza
dizendo que perdoa Malafaia. Em momento algum, nos mais de 8 minutos de vídeo,
o autor cita o nome de Michel Temer.
Um dos fatos que colaborou com o boato é associação que, após milhares
de buscas sobre o tema, o Google começou a fazer dos termos, que apareciam como
sugestão.
Curiosamente, em seu livro “Catedral das Sombras”, na página 117,
Daniel Mastral narra que “Marlon” acabou se convertendo a Jesus. Até onde se
sabe, Temer não fala abertamente sobre sua fé.
Existe um vídeo antigo em que o então deputado federal por São Paulo
afirma ser católico e declara: “o que eu mais frequentei no estado de São Paulo
foram as igrejas evangélicas”. Ele tem vários funcionários evangélicos e diz
ter muitos amigos pastores.
Na semana passada, alguns membros da bancada evangélica procuraram Temer para fazer orações por ele. O deputado Marco
Feliciano também esteve orando com Michel Temer esta semana.
O deputado João Campos (PRB/GO), presidente da Frente Parlamentar
Evangélica relatou: “Fizemos uma oração por ele (Temer), para que, na hipótese
de assumir a Presidência, Deus o capacite e dê discernimento para tomar as
decisões mais adequadas para o País”.
A oração ensinada por Jesus a seus discípulos – e compartilhada por
todos os cristãos, independentemente se católicos ou evangélicos – foi proibida
nas escolas públicas do estado do Mato Grosso do Sul.
A proibição foi definida após o Ministério Público Estadual (MPE-MS)
emitir um parecer recomendando que a prática fosse encerrada, devido à
reclamação de um pai de aluno, provavelmente ateu.
A Secretaria Municipal de Educação explicou, através de nota, que a
decisão foi tomada para evitar uma ação civil pública da Promotoria de Direitos
Humanos, que pedia a interrupção de todas as manifestações de cunho religioso
no ambiente escolar.
Em entrevista ao telejornal Bom Dia MS na manhã da última
segunda-feira, 04 de abril, o promotor de Justiça, Luciano Loubet, se
manifestou favorável à decisão: “A recomendação tem dois fundamentos: pela
Constituição Federal o Estado é laico, ou seja, um Estado que não tem religião,
e o segundo é pela liberdade de religião. Não foi uma decisão imposta às
escolas católicas ou evangélicas, mas uma decisão para escolas públicas que são
pagas pelos impostos de todos”, argumentou Loubet.
No entanto, a postura do MPE-MS foi rebatida pelo promotor Sérgio
Harfouche, da Vara da Infância, Juventude e Educação. Segundo informações do G1, ele entrou com um pedido de reavaliação do
posicionamento da instituição: “Se é interesse de alguém não participar, que
assim o faça. Mas, eu tenho uma esmagadora maioria de pais nas escolas querendo
que seus filhos tenham essa liberdade de expressão. Ninguém vai ser obrigado a
crer ou não crer. Ninguém vai ser beneficiado por crer e nem punido por não
crer. Impedir que as pessoas, assim tenham, como se tradicionalmente se tem na
escola, me parece que isso é uma violação maior do que a que se pretende
proteger”, ponderou o promotor.
Para a mãe Elaine Martinez Brito, que trabalha como agente de saúde, “a
oração não deve ser proibida”, pois oferece uma palavra boa para as crianças.
A pressão de militantes ateus na sociedade vem aumentando. Nos Estados
Unidos, diversos casos semelhantes são registrados anualmente, e no Brasil,
ações equivalentes também já foram noticiadas. Em algumas cidades, ações na
Justiça obrigaram a retirada de crucifixos das repartições públicas. O caso
mais extremo foi a tentativa, anos atrás, de remover a frase “Deus seja Louvado” das cédulas do real.