A oração ensinada por Jesus a seus discípulos – e compartilhada por
todos os cristãos, independentemente se católicos ou evangélicos – foi proibida
nas escolas públicas do estado do Mato Grosso do Sul.
A proibição foi definida após o Ministério Público Estadual (MPE-MS)
emitir um parecer recomendando que a prática fosse encerrada, devido à
reclamação de um pai de aluno, provavelmente ateu.
A Secretaria Municipal de Educação explicou, através de nota, que a
decisão foi tomada para evitar uma ação civil pública da Promotoria de Direitos
Humanos, que pedia a interrupção de todas as manifestações de cunho religioso
no ambiente escolar.
Em entrevista ao telejornal Bom Dia MS na manhã da última
segunda-feira, 04 de abril, o promotor de Justiça, Luciano Loubet, se
manifestou favorável à decisão: “A recomendação tem dois fundamentos: pela
Constituição Federal o Estado é laico, ou seja, um Estado que não tem religião,
e o segundo é pela liberdade de religião. Não foi uma decisão imposta às
escolas católicas ou evangélicas, mas uma decisão para escolas públicas que são
pagas pelos impostos de todos”, argumentou Loubet.
No entanto, a postura do MPE-MS foi rebatida pelo promotor Sérgio
Harfouche, da Vara da Infância, Juventude e Educação. Segundo informações do G1, ele entrou com um pedido de reavaliação do
posicionamento da instituição: “Se é interesse de alguém não participar, que
assim o faça. Mas, eu tenho uma esmagadora maioria de pais nas escolas querendo
que seus filhos tenham essa liberdade de expressão. Ninguém vai ser obrigado a
crer ou não crer. Ninguém vai ser beneficiado por crer e nem punido por não
crer. Impedir que as pessoas, assim tenham, como se tradicionalmente se tem na
escola, me parece que isso é uma violação maior do que a que se pretende
proteger”, ponderou o promotor.
Para a mãe Elaine Martinez Brito, que trabalha como agente de saúde, “a
oração não deve ser proibida”, pois oferece uma palavra boa para as crianças.
A pressão de militantes ateus na sociedade vem aumentando. Nos Estados
Unidos, diversos casos semelhantes são registrados anualmente, e no Brasil,
ações equivalentes também já foram noticiadas. Em algumas cidades, ações na
Justiça obrigaram a retirada de crucifixos das repartições públicas. O caso
mais extremo foi a tentativa, anos atrás, de remover a frase “Deus seja Louvado” das cédulas do real.
Fonte: Gnotícias
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