Nos últimos 13 anos, o Brasil se desacostumou a ver a religião como
algo positivo. A agenda da esquerda, baseada em ideais marxista vem batendo na
tecla de que um Estado laico implicaria na abolição da religião. Desconsideram,
porém, que existe a esfera privada da vida de um político, que tem o direito
constitucional de professar uma religião.
Por isso, surpreende a muitos ver o tom religioso usado por Michel
Temer em seus pronunciamentos públicos. No dia da posse, afirmou que tinha como
objetivo “religar” um país dividido, usando como paralelo o sentido original da
palavra religião.
Nesta terça (24), ao anunciar as primeiras medidas econômicas, o
presidente interino afirmou: “Deus me deu uma missão, que eu ajude a tirar o
Brasil da crise”. Talvez o uso de termos religiosos nesse momento seja
necessário por que o país precisa de um verdadeiro milagre na economia.
Ontem foi entregue ao Congresso a proposta de meta fiscal, com o
anúncio que herdou do governo Dilma um déficit de R$ 170,5 bilhões.
Temer esclareceu que o país precisa de integração para superar as
dificuldades econômicas. “Precisamos pacificar, harmonizar o país para trazer o
crescimento”, lembrando que a situação financeira da nação “não será resolvida
de um dia para outro”.
Entre as medidas anunciadas por Temer está a intenção de devolver ao
Tesouro os recursos repassados ao BNDES, que passam dos R$ 100 bilhões. Este ano
seria possível recuperar R$ 40 bilhões. Porém, para concretizar a medida, o
novo governo aguarda aval sobre a possibilidade jurídica.
Outro anúncio que recebeu destaque é o encaminhamento ao Congresso de
uma proposta de emenda à Constituição (PEC) limitando o gasto público. Ele
ficaria limitado à inflação do ano anterior.
Se aprovada, isso forçaria mudanças radicais na gestão da máquina
pública nos próximos anos. Para efeitos de comparação, o Orçamento da
União seria pouco mais de metade do que é hoje, caso a medida estivesse em
vigor nos últimos dez anos.
Fonte: Gospel Prime
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