/noticias.gospelprime.com.br/files/2016/05/viviany-beleboni-e-a-biblia.jpg)
Lema dos 20 anos do evento assume tom político
Em 1987, cristãos começaram a reunir-se em Londres para andar pela
cidade, intercedendo e cantando louvores. A iniciativa de missionários
evangélicos ganharia o nome de “Marcha para Jesus” e se espalharia pelo mundo
todo nos anos seguintes.
No Brasil, teve início em 1993 e agregou elementos típicos do país como
trios elétricos e apresentações musicais. Hoje se configura no maior evento do
tipo no planeta, chegando a reunir mais de dois milhões de pessoas.
Nas ruas de Nova York ocorreu em 1969 a primeira “Pride Parade”,
reunindo algumas dezenas de homossexuais que tinham uma agenda política de luta
pelos que consideravam seus direitos. Esse tipo de manifestação também assumiu
proporções mundiais e no Brasil desde 1996 é realizada anualmente com o nome de
“Parada do Orgulho LGBT”. Assim como foi com a Marcha para Jesus, a versão
brasileira ganhou trios elétricos e um inegável tom político.
Na sua 20ª edição, a Parada do Orgulho LGBT ocorre apenas 3 dias depois
da Marcha para Jesus. Ambas na mesma cidade, com aproximadamente o mesmo número
de participantes e num clima que reflete o que ocorre no Brasil nesse momento.
Oficialmente, o tema da Parada é “Lei de Identidade de Gênero, já!
Todas as pessoas juntas contra a Transfobia!” Todos os 17 trios elétricos levam
uma bandeira com a letra T, em referência às mulheres transexuais, homens trans
e travestis. A organização do evento afirma que o objetivo é fazer uma grande
mobilização para que seja aprovada no Congresso a “Lei de Identidade de
Gênero”, de autoria de Jean Wyllys (PSOL/RJ).
Um dos destaques na avenida paulista este ano é Viviany Beleboni, a transexual que desfilou crucificada em 2015.
Após as diversas polêmicas no ano passado, incluindo protestos dos
deputados, sua fantasia este ano é uma provocação aos evangélicos. “O meu
protesto este ano é contra os fundamentalistas que barram as nossas leis. Vou
falar de religião quantas vezes forem necessárias”, afirmou.
Com uma mordaça na boca e uma balança sobre os ombros, ela colocou uma
Bíblia com os dizeres “retrocesso” e “bancada evangélica”. Desse modo, faz uma
provocação a todos os cristãos, que certamente não acreditam que o conteúdo das
Escrituras representa um retrocesso para a sociedade.
Apesar as críticas que a bancada evangélica seguidamente recebe, o foco
da Parada esse ano mostra que os movimentos liberais, em especial os de cunho
marxista, escolheram os que lutam pelas bandeiras cristãs na política como seus
principais inimigos.
Uma constante no governo Dilma, essa associação fica clara com as
dezenas de faixas e cartazes empunhados na Paulista. Muitas eram palavras
contra o presidente da República em exercício, Michel Temer, pedindo a saída
dele do cargo.
Resposta da Bancada
Procurado pelo Portal Gospel Prime, o deputado Sóstenes Cavalcante
(DEM/RJ), falou em nome da Frente Parlamentar Evangélica (FPE). Lembrou que a
Bíblia é um símbolo de fé para todos os cristãos do país, portanto atinge
também os católicos.
“Não existe um embate contra a população LGBT, nós defendemos o que
cremos. Contudo, acreditamos que esse tipo de provocação é apenas um
reconhecimento de que a bancada tem feito seu trabalho de lutar pela família e
os valores cristãos”. Para Cavalcante, que também é pastor, nas próximas
eleições a bancada evangélica irá aumentar pois a população está mais
consciente do que acontece no país.
Ezequiel Teixeira, apóstolo do Projeto Vida Nova e deputado federal
(PTN/RJ), foi categórico: “Trata-se de um contrassenso. Os LGBT pedem respeito,
mas a recíproca não é verdadeira. Seus atos de intolerância relevam a
verdadeira natureza desse grupo. Acredito que isso é intolerância religiosa!”.
“Eu estranharia se eles tivessem outro posicionamento sobre a Bíblia,
os cristãos e a bancada evangélica que não esse”, asseverou o deputado Roberto
de Lucena (PV/SP). Ele afirma que “A máxima do movimento é procurar
desqualificar os argumentos contrários e quem os defenda por falta de
substância na sustentação de suas convicções.”
Para ele, “essas declarações sinalizam apenas que estamos no caminho
certo e nossa agenda em defesa da vida e da família tradicional deve continuar!
”
O deputado Victório Galli (PSC/MT), também membro da FPE, foi
categórico: “Jamais se viu na Marcha para Jesus um ataque contra os
homossexuais. Porém, a recíproca não é verdadeira”.
Finalizou dizendo que os LGBT é quem estão atacando os cristãos.
“Graças a Deus a sociedade elegeu deputados católicos e evangélicos para fazer
frente ao relativismo moral e a tentativa de destruição de valores cristãos.
Esses militantes sonham com uma ditadura da opinião, mas isso não irá ocorrer”.
Fonte: Gospel Prime
Nenhum comentário:
Postar um comentário