A variante de uma bactéria que pode levar à morte estaria se espalhando
rapidamente entre a comunidade gay das cidades de São Francisco e Boston, nos
Estados Unidos.
De acordo com um estudo publicado na revista especializada Annals of
Internal Medicine, a nova forma da bactéria MRSA, conhecida como MRSA USA300 é
altamente resistente a medicamentos e é transmitida por meio de sexo anal, pelo
contato da pele ou com superfícies contaminadas.
Os especialistas fizeram um levantamento da incidência da doença em
diferentes áreas das cidades de São Francisco e Boston com base em registros
hospitalares, mas não informaram o número exato de contaminados até agora.
A equipe de pesquisadores descobriu que no distrito de Castro, em São
Francisco, – que teria uma das maiores concentrações de homossexuais dos
Estados Unidos – um em cada 588 residentes estaria infectado com a bactéria. Em
outras áreas da cidade, essa proporção seria de um para cada 3.800.
Uma outra parte do estudo ainda indicou que os homossexuais moradores
de São Francisco teriam 13 vezes mais chances de contrair a doença do que
outros residentes da cidade.
Necrose
A infecção pode causar úlceras na pele, necrose dos tecidos, atacar
órgãos como pulmão e o coração e se espalhar facilmente pela corrente
sangüínea.
Entre a comunidade gay, a doença teria se proliferado pelo contato da
pele, causando abscessos e infecções nas nádegas e nos órgãos genitais.
Os especialistas aconselham esfregar o corpo com água e sabão após as
relações sexuais para evitar que a bactéria se espalhe.
De acordo com o jornal americano The New York Times, 19 mil pessoas
morreram nos EUA em 2005 em decorrênica de doenças causadas pela MRSA
(Estafilococos Aureus resistente à meticilina, MRSA, na sigla em inglês).
No passado, a bactéria era comum apenas em infecções hospitalares, mas
recentemente também tem sido contraída por pessoas saudáveis fora dos
hospitais.
Além de ser resistente à meticilina, a MRSA USA300 também não é
facilmente combatida por outros antibióticos utilizados para tratar outras
variantes da bactéria.
Os especialistas advertem que a menos que laboratórios de microbiologia
identifiquem o tratamento adequado para nova bactéria, “a infecção poderá se
espalhar rapidamente e se tornar uma ameaça nacional”.
Com informações do O Globo.
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