A Petrobrás, maior empresa
brasileira, vive uma fase de exposição pública de escândalos de corrupção e
agora uma parte dos holofotes recai sobre parlamentares da bancada evangélica
que integram uma lista de beneficiados por empresas fornecedoras da petroleira
que estão sendo investigadas pela Polícia Federal.
Entre os 121 parlamentares que
receberam doações de campanha dessas empresas, estão nomes como Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), Marcelo Aguiar (DEM-SP), Benedita da Silva (PT-RJ), Magno Malta
(PR-ES), Marcelo Crivella (PRB-RJ), Walter Pinheiro (PT-BA), entre outros.
De acordo com a revista Veja,
a Polícia Federal descobriu que os “grupos empresariais ambicionavam
estabelecer relações com um espectro amplo de partidos e políticos” e que “um
em cada cinco deputados e um em cada três senadores eleitos receberam alguma
doação oficialmente das empresas” ligadas de alguma forma ao esquema de
corrupção do doleiro Alberto Yousef ou ao ex-diretor de Abastecimento da
Petrobras, Paulo Roberto Costa.
O total doado pelas empresas
fornecedoras da Petrobrás chegou a R$ 852 milhões entre os anos de 2006 a 2012.
Entre os partidos que mais receberam doações, o PT puxa a fila com R$ 12,6
milhões, seguido pelo PP, R$ 4,4 milhões; PMDB, R$ 3 milhões; Democratas, R$
2,9 milhões; e PSDB, R$ 2,3 milhões.
O deputado evangélico Eduardo
Cunha aparece como recebedor de R$ 500 mil em doações do grupo de empresas. Já
o cantor gospel Marcelo Aguiar recebeu R$ 100 mil, enquanto Benedita da Silva,
R$ 3 mil.
A deputada Bruna Furlan
(PSDB-SP), ligada à Congregação Cristã no Brasil e filha do ex-prefeito de
Barueri, aparece como beneficiada das empresas em R$ 400 mil. O senador Magno
Malta, postulante à presidência da República, teria recebido R$ 200 mil em
doações, assim como seu colega Walter Pinheiro. O pré-candidato ao governo do
Rio de Janeiro, bispo Marcelo Crivella, teria recebido R$ 100 mil.
O Congresso tem dado andamento
à instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os
fatos em torno do esquema, mas há quem se preocupe com a eficácia das
investigações, uma vez que boa parte dos membros da Câmara e do Senado estão
envolvidos de alguma forma.
“Não significa que todos vão
defender os interesses desses grupos, mas, em qualquer decisão que se tome, tem
que ser analisado se os parlamentares não servem aos interesses de financiadores.
Isso só pode ser verificado na atuação concreta”, comentou Claudio Weber
Abramo, diretor-executivo da ONG Transparência Brasil.
O Gospel+ disponibiliza espaço às
assessorias de imprensa dos parlamentares citados acima para esclarecerem as
ligações com as empresas envolvidas na investigação e o motivo de receberem
valores das mesmas para suas campanhas eleitorais.
Esta notícia foi recomendada
pelo usuário Jgmix.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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