A falta de chuva sobre os
reservatórios que abastecem o Sistema Cantareira, em São Paulo, levou o
conjunto de represas ao mais baixo nível da história: 8,6% da capacidade. Essa
crise inédita levou o reverendo Hernandes Dias Lopes a convocar os cristãos a
orarem pedindo chuva a Deus.
A mensagem do reverendo
presbiteriano foi publicada em sua página no Facebook, com um lamento pelo fato de políticos de oposição
ao governo paulista usarem o assunto como tema de debate eleitoral.
“O sistema Cantareira que
abastece 8 milhões de pessoas, na região metropolitana de São Paulo está com
apenas 8% da sua capacidade de armazenamento de água. Caso não chova nos
próximos dias, as consequências para a população são imprevisíveis e caóticas.
Infelizmente a classe política usa esse assunto para proveito eleitorais
revelando uma total insensibilidade com o problema. A Sabesp procura
alternativas para amenizar a situação, mas a solução definitiva é a chuva”,
escreveu Lopes.
Para o reverendo, um clamor
coletivo pode trazer chuva de volta aos rios que abastecem as represas do
Sistema Cantareira, fazendo com que o nível de água volte ao seu normal:
“Sabemos que a chuva pode ser prevista pelas ciências que estudam a atmosfera
terrestre (meteorologia), mas só Deus pode mandar chuva com abundância sobre a
terra. Por isso, conclamamos o povo de Deus para orar por chuva em São Paulo.
Devemos nos apropriar das promessas de Deus: ‘Muito pode, por sua eficácia, a
súplica do justo’”, afirmou.
Lembrando do profeta Elias,
Hernandes Dias Lopes disse que ele “era homem semelhante a nós, sujeito aos
mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra,
e, por três anos e seis meses, não choveu. ‘E orou, de novo, e o céu deu chuva,
e a terra fez germinar seus frutos’ (Tiago 5.16-18). Pedimos à liderança local
das igrejas que convide o povo de Deus para orar por essa causa. Demonstremos
amor pela nossa cidade e usemos a nossa fé como expressão da nossa cidadania”,
concluiu.
Crise
Com apenas 8,6% da capacidade,
a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) deverá
recorrer ao chamado “volume morto” das represas que formam o Sistema
Cantareira. De acordo com o G1, os técnicos estipulam que os milhões de litros
d’água que formam o “volume morto” – que fica no fundo das represas e
geralmente não é usado – serão usados a partir da próxima quinta-feira, 15 de
maio, caso não chova nas regiões adequadas para que a água volte a subir nas
represas.
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