A novela Babilônia poderá ser
o centro de um embate sem precedentes entre os evangélicos e a TV Globo. O
folhetim, que mostrou um casal de idosas lésbicas se beijando, atraiu a fúria e
o boicote dos fiéis, e agora, o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) virou suas
baterias contra a principal patrocinadora da novela: a Natura.
Numa publicação em sua página
no Facebook, o pastor pediu que os fiéis boicotem também os
produtos da marca, afirmando que a novela “esbofeteia a família brasileira com
uma subliminar mensagem anti-cristã”. Como a empresa de cosméticos investe em
comerciais e merchandising no folhetim, Feliciano entende que os evangélicos
não devem comprar seus cremes e perfumes.
“A empresa Natura, conhecida
marca popular, é a maior patrocinadora da novela Babilônia, que logo em seu
primeiro capítulo esbofeteia a família brasileira com uma subliminar mensagem
anticristã. Conclamo aos que defendam valores morais a boicotar esta empresa,
não comprando e nem vendendo seus produtos até que ela retire seu patrocínio”,
escreveu o pastor.
De acordo com Feliciano,
“nosso silêncio às vezes custa nossos valores”. O pastor acrescenta ainda que
os ativistas gays não hesitam em boicotar empresas que defendam a família
tradicional, e citou casos recentes como exemplo.
“Grupos de direitos humanos e
ativistas gays estão convocando um boicote à marca de alimentos italiana
Barilla, maior fabricante de macarrão do mundo. A iniciativa é uma reação às
declarações recentes do presidente da companhia, Guido Barilla, que afirmou em
entrevista jamais permitir um casal gay nos comerciais de seus produtos”,
exemplificou o pastor.
Marco Feliciano também citou o
caso dos estilistas Domenico Dolce e Stefano Gabbana, que defenderam os valores
da família tradicional, e mesmo sendo homossexuais, se tornaram alvo de uma
campanha de boicote do cantor Elton John, que também é gay.
Por fim, Feliciano afirmou que
“os homossexuais pretendem boicotar produtos de empresas que têm se recusado a
patrocinar as paradas gays realizadas no Brasil”. O pastor baseou seu argumento
a partir do anúncio feito pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), “a mais antiga entidade
do gênero em atuação no Brasil”, que estaria tendo “dificuldade de arrecadar
recursos para a 10ª Parada Gay da Bahia que será realizada em 11 de setembro em
Salvador”.
Fonte: Gnotícias
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