O que as pragas causaram no Egito.

Devido ao grande sucesso, o período das pragas representado em Os Dez Mandamentos deve se alongar por mais alguns capítulos. Inicialmente, a invasão das pragas durariam pouco mais de uma semana, agora, após a Record conseguir pela primeira vez superar a Globo em pleno horário nobre, nada mais sensato do que alongar os capítulos que representarão as pragas para manter o interesse dos telespectadores e aumentar ainda mais a audiência.

Atualmente Os Dez Mandamentos está mostrando a quarta praga, a invasão das moscas. O inicio da praga começou a ser retratado no capítulo da última terça-feira (15) e deve durar até a próxima quinta-feira (17), quando uma nova onda de sofrimento deve ser apresentado. Confira abaixo detalhes sobre as pragas que invadiram o Egito.

Primeira praga: Água do Rio Nilo vira sangue

 Essa é uma das piores pragas do Egito, já que os egípcios vivem em função do rio Nilo. Além disso, segundo a mitologia, o rio é regido por algumas divindades – ele representa as lágrimas da deusa Isis. Ao ser transformado em sangue, toda a vida no Egito é impactada. Não há água para beber, os sacerdotes não podem fazer suas limpezas e purificações para as cerimônias religiosas, a plantação é prejudicada, ou seja, tudo é alterado por conta desta praga.

Segunda praga: Rãs e Sapos

 Por causa da transformação da água em sangue, as rãs acabaram saindo de seu habitat natural, e isso é sinal de desordem cósmica. Nesta praga, as rãs se multiplicam, saem do rio e invadem a cidade. Um verdadeiro descontrole natural.

Terceira Praga: Piolhos

Para os egípcios, o piolho é um parasita que representa sujeira e impureza, principalmente. Como os sacerdotes precisam se manter puros para ter contato com coisas ligadas aos deuses, como estátuas, fazer ofertas e elevações, por exemplo, eles raspavam cabeça e pelos do corpo para evitar este bicho. Mas vale lembrar que esta proliferação afeta não só o cabelo dos egípcios, mas também o resto do corpo e os torna impuros.

Praga atual: Moscas

 As moscas causaram um grande problema para o Egito, também associado à limpeza – os egípcios tinham o costume de tomar três banhos por dia, no mínimo. Se existe mosca, existe sujeira. Este inseto leva contaminação ao corpo, aos alimentos e às coisas sagradas, já que os sacerdotes precisavam estar limpos e aptos para praticar rituais. Além disso, elas levam doenças aos animais, o que tem relação com a próxima praga.

Praga número 5: Doença dos animais

Essa praga é, na verdade, um duplo problema. Com a morte dos animais domésticos e de serviço, surge um buraco econômico no Egito devido à escassez de carros de bois e animais que ajudam na plantação. O segundo problema tem relação com os deuses serem antropomórficos, ou seja, eles se apresentarem como metade humanos e metade animais. Como cada Deus tem um bicho que o representa, a morte dos animais também seria a morte dos deuses.

Praga número 6: Úlceras

Quem apresenta alguma doença, como úlcera, que causa manchas na pele, é considerada uma pessoa suja, impura e encontrará dificuldades para praticar cultos e cerimônias adequadamente. Além disso, essas úlceras também podem ser um castigo da deusa da vingança e destruição, Sekhmet. Ela só interrompe as mortes com a invenção do vinho – os homens serviam vinho a ela, que acreditava ser sangue.

Praga número 7: Granizo

Incomum, o granizo traz um impacto direto ao povo egípcio. Por causa dele, quase metade da plantação é perdida, o que faz o povo passar fome. Esta praga causa um grande problema econômico.

Praga número 8: Gafanhotos

A passagem dos gafanhotos interfere na alimentação dos egípcios, que acabam passando fome – praticamente 80% da produção de trigo são afetadas com a chegada da praga. Esse problema causa desordem social e medo.

Praga número 9: Trevas (Dia se transformará em noite)

Com o dia se transformando em noite, os egípcios passam a acreditar que toda a vida na terra deixará de existir. Isso porque, na mitologia, o deus Rá é o Sol. E a cada fim de dia, quando o Sol desce pelo horizonte e desaparece, os egípcios acreditam que ele está passando pelo mundo dos mortos, numa viagem extremamente perigosa. Para os egípcios, se o Sol não voltar de manhã para o mundo dos vivos, o mundo morre.

Última praga, número 10: Morte dos primogênitos

Para os egípcios, quando o primogênito morre, toda a geração preparada para comandar o Egito desaparecerá. Isso porque, para o faraó, o mais velho assumirá o trono. Além disso, outro problema desta praga é que o processo de luto e mumificação, no caso do faraó, demora 72 dias. Com a morte dos primogênitos, o Egito entra em luto, o que gera a melhor oportunidade para o povo hebreu sair do Egito.