As questões relacionadas à
ideologia de gênero vêm sendo abordada com maior frequência na mídia
brasileira, e no último domingo, o programa Fantástico, da TV Globo, exibiu uma
reportagem que foi entendida, por muitos telespectadores, como tendenciosa, e
criticada por especialistas.
A matéria, de quase cinco
minutos, relatava a rotina de uma família da cidade de Portland, no estado de
Oregon (EUA), que cria seus dois filhos sem “impor” um gênero a eles.
Resultado: o mais velho, nascido no sexo masculino, se diz menino “na maior
parte”, mas também “um pouco menina”.
Brisen, oito anos de idade,
usa roupas masculinas e femininas, deixa o cabelo comprido e tem problemas de
ansiedade por causa das gozações que enfrenta na escola. Já sua irmã, de quatro
anos, aos dois já havia dado mostras que queria ser tratada como menina.
A mãe, Arwyn Daemyir, é uma
massagista que se dedica ao ativismo da ideologia de gênero, mantendo um blog
sobre o assunto. Na reportagem, ela afirmou que “cerca de 1% das crianças são
transgêneros ou não se encaixam nas classificações tradicionais de menino ou
menina”.
Um especialista ouvido pela
reportagem destacou que a maneira como essa família educa os filhos pode trazer
problemas no futuro: “[Em] uma criação sem gênero algum você cria uma bolha
artificial onde as crianças vivem num mundo sem masculino e feminino, só que no
mundo real, existe o masculino e feminino, existe macho e fêmea, existem os
artigos que definem o que é masculino e feminino, e esse choque do neutro para
a realidade pode ter consequências na estruturação dessa criança”, afirmou Alexandre Saadeh, especialista em sexualidade
infantil e chefe do Ambulatório de Transtorno de Gênero e Orientação Sexual da
Universidade de São Paulo (USP).
A psicóloga Marisa Lobo, uma
das principais vozes contra a ideologia de gênero, também criticou a reportagem:
“Vejo com muita preocupação essa tentativa de programas de TV no Brasil
participarem dessa engenharia social que visa claramente a reorientação sexual
da humanidade. As crianças criadas dessa forma estão sendo cobaias, pois essa
teoria Queer de desconstrução sexual, de gênero, é uma ideologia somente, uma
falácia e aceita por alguns desavisados como verdade. Deixar de simbolizar seus
filhos de acordo com seu sexo cria conflitos de identidade no futuro. Pode
parecer lindo na matéria, mas já há casos de desajuste que a mídia não mostra,
gerados por este tipo de criação. Creio que o ser humano mereça ser respeitado
em sua essência e a criança protegida. A saúde mental de nossas crianças está
em risco. Podemos educar nossas crianças para respeitar o outro claro, mas, sem
desconstruí-lo como sujeito e sem conflitar sua identidade. Isso é
desnecessário e perigoso”.
Fonte: Gnotícias
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