A postura de
algumas igrejas cristãs em condescender com a união marital entre pessoas do
mesmo sexo não possui aprovação da ampla maioria dos cristãos, mas mesmo assim,
foi alvo de críticas por um líder religioso muçulmano.
O islamismo, igual
ao cristianismo, reprova a homossexualidade e a união entre pessoas do mesmo
sexo, embora a maneira de lidar com essas situações seja amplamente oposta.
Muitos muçulmanos extremistas condenam homossexuais à morte, e os executam em
praça pública. No cristianismo, o senso comum é de denunciar o pecado, sem
agredir o pecador. Em ambos os casos, há exceções.
O xeique Ahmed
Mohamed el-Tayeb, imã da mesquita Al-Azhar, no Cairo, Egito, afirmou que
os cristãos que apoiam o casamento gay estão abandonando por completo a Bíblia Sagrada:
“Infelizmente, alguns chefes das igrejas nos Estados Unidos aceitam casamentos
do mesmo sexo. Eu me pergunto, o que resta da Bíblia nessas igrejas?”,
questionou, segundo informações do Anglican Ink.
El-Tayeb, que é
considerado um dos sacerdotes mais moderados do Egito, fez essas afirmações
durante uma palestra na Universidade Islâmica de Syarif Hidayatullah, na
Indonésia. De origem sunita – mesma etnia dos fundadores do Estado Islâmico – o
religioso muçulmano pôs em dúvida a fidelidade a Jesus Cristo de alguns líderes
evangélicos nos Estados Unidos: “O que eles vão dizer na frente de Jesus?”.
O discurso do imã
também abordou questões políticas do governo norte-americano, que vem impondo a
aceitação à homossexualidade como condicionantes para oferta de ajuda externa a
algumas nações. Nesse contexto, acusou as igrejas liberais de dar suporte a
esta prática, que considerou uma “chantagem”.
A fala do líder
muçulmano é uma referência à Igreja Episcopal dos Estados Unidos e a uma
denominação presbiteriana, conhecida pela sigla PCUSA, que manifestaram seu
apoio ao casamento gay. A primeira, recebeu uma sanção da Comunhão Anglicana
internacional por aprovar o casamento gay e consagrar bispos homossexuais; a
segunda, foi repudiada pelas demais denominações presbiterianas do país e do
mundo, incluindo a brasileira.
Fonte: Gnotícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário