domingo, 5 de fevereiro de 2017

Mananciais no deserto

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1° de Fevereiro

Eu é que fiz isto. (1 Rs 12.24.)

Meu filho, eu hoje tenho uma mensagem para você; q uero segredá-la ao seu ouvido, para que ela possa dissip ar as nuvens escuras que surjam na sua vida e amaciar os lugares ásperos que você tenha de atravessar. É breve, apenas cinco palavras, mas deixe-a penetrar no íntimo de sua alma e use-a como travesseiro onde reclinar a fronte cansada: EU é que fiz isto.

Você já tinha pensado antes, que tudo o que lhe co ncerne tam-bém concerne a mim? Pois aquele que toca em você, t oca na menina dos meus olhos (Zc 2.8). Você é muito precioso aos meus olhos (Is 43.4). Portanto, educá-lo é o meu maior prazer.

Quero que você entenda que, quando as tentações o assaltam e o inimigo vem como um rio, fui eu quem o permitiu; que a sua fraqueza precisa da minha força, e que a sua segurança está em me deixar combater em seu lugar.

Você está em circunstâncias difíceis, cercado de pessoas que não o compreendem, que não consultam o seu gosto, e o d eixam de lado? Eu é que fiz isto. Eu sou o Deus das circunstâncias. Você não veio a este lugar por acaso; é exatamente o lugar que Deus tinha em mente para você.

Você não Me pediu para torná-lo humilde? Veja, ent ão, que eu o coloquei exatamente na escola em que essa lição é aprendida; seu ambiente seus companheiros só estão servindo para a operação da minha vontade.

Você está em dificuldades financeiras? Está difíci l fazer o dinheiro dar? Eu é que fiz isto, pois Eu sou o que toma conta da sua bolsa, e quero que busque os seus recursos em Mim e dependa de Mim. Meus suprimentos são inesgotáveis (Fp 4.19). Eu quero le vá-lo a provar as minhas promessas. Que não seja dito de você: "Nem p or isso crestes no Senhor vosso Deus" (Dt 1.32).

Você está passando pelo vale da dor? Eu é que fiz isto. Eu sou o "homem de dores e que sabe o que é padecer". Deixei que os recursos do consolo terreno o desapontassem a fim de que, voltando-se para Mim. você encontrasse a eterna consolação (2 Ts 2.16,17) .

Você aspirou fazer um grande trabalho para Mim, e em vez disso foi deixado de parte, num leito de dor e fraqueza? Eu é que fiz isso. Eu não conseguia a sua atenção nos seus dias atarefado s e queria ensinar-lhe algumas lições mais profundas. Alguns dos Meus maiores obreiros são pessoas afastadas do serviço ativo, a fim de que possam aprender a manejar a arma da oração.

Coloco hoje na sua mão este vaso de bálsamo santo. Use-o livremente, meu filho. Toda circunstância que se le vantar, cada palavra que o ferir, cada interrupção que o queira impacientar, cada revelação da sua fraqueza seja ungida com ele. O ferrão desapare cerá quando você aprender a ver-Me em todas as coisas.- Laura A. B. Snouw

2 de Fevereiro

Na sombra da sua mão me escondeu; fez-me como uma flecha polida, e me guardou na sua aljava. (Is 49.2.)

"Na sombra." Todos nós precisamos estar ali de vez em quando. A claridade do dia brilha demais; nossos olhos ficam

irritados e incapazes de discernir as delicadas nuanças de cor ou aprecias os tons neutros: o ensombreado do quarto de enfermidade; a ensombreada casa de pranto; o ensombreado viver de onde fugiu o sol

Mas não temamos! É a sombra da mão de Deus. Ele está guiando a nossa vida. Há lições que só podem ser aprendidas ali. A fotografia do

Seu rosto só pode fixar-se na câmara escura. Não pe nsemos que Ele nos deixou de lado. Ainda estamos na Sua aljava. Ele nã o nos lançou fora como algo sem valor. Está apenas guardando-nos bem perto, até chegar o momento de enviar-nos a executar algum trabalho em que o Seu nome

será glorificado.



    Você, leitor, que está na sombra e solitário, considere como a

aljava está atada ao guerreiro, ao alcance fácil de sua mão e guardada

com todo o cuidado. — Christ in Isaiah, de Meyer



Há ocasiões em que a sombra fornece muito mais cond ições de crescimento. O milho cresce mais rapidamente na sombra das noites de verão. O Sol do meio-dia enrola-lhe as folhas; mas depressa elas se desenrolam se uma nuvem cobre o céu. A sombra faz um trabalho que a claridade não faz. A beleza das estrelas só é vista quando a noite chega. Há plantas que só florescem na sombra; e há muitos campos verdes em terras de neblina, de nuvens e de sombra.

3 de Fevereiro

E logo o Espírito o impeliu para o deserto. (Mc 1.12.)

Dir-se-ia uma prova um tanto estranha do favor divino. "Logo." Logo, depois do quê? Depois dos céus abertos, da de scida do Espírito como pomba, da voz de bênção do Pai: "Tu és o meu F ilho amado, em ti me comprazo." Não, não é uma experiência fora do no rmal. Eu também já passei por isso. Sempre depois de alcançar o ápice é que vêm os momentos de maior depressão. Ainda ontem eu me enco ntrava lá nas alturas e cantava no esplendor da manhã; hoje estou abatido e meu canto emudeceu. Ao meio-dia eu me aquecia com o calor da presença divina; ao entardecer estou no deserto, dizendo: "O meu caminho está encoberto ao Senhor".

Mas será que reparamos no conforto daquela palavra "logo"? Por que vem ela imediatamente após a bênção? Exatamente para mostrar que se trata de uma experiência que se segue à bênç ão. Deus resplandece sobre nós, para nos preparar para os lugares desertos da vida — para os seus Getsêmanis, os seus Calvários. Ele nos levanta, para nos dar forças a fim de irmos mais ao fundo; Ele nos ilumina, a fim de poder nos enviar dentro da noite, a fim de fazer de nós um amparo aos desamparados.

Nem sempre estamos prontos para o deserto; Só estamos preparados, após a experiência do Jordão. Nada a nã o ser a visão do Filho pode preparar-nos para o peso que o Espírito colocará em nosso coração; só a glória do batismo poderá fazer-nos suportar a fome no deserto. — George Matheson

Depois da bênção vem a batalha.

O tempo de prova que marca e enriquece poderosamente a vida espiritual de uma pessoa não é um tempo qualquer, mas um período em que o próprio inferno parece estar solto, um período em que percebemos que somos levados a uma armadilha, em que sabemos que Deus está permitindo estarmos à mercê de Satanás. Mas é um pe ríodo que sempre termina em triunfo certo para os que entregaram a Ele, o Senhor, a guarda de sua alma; é um período que nos torna muito úteis nas mãos do Senhor. — Aphra White

4 de Fevereiro

 Eu te farei cavalgar sobre as alturas da terra. (Is 58.14.)

Dizem que uma das primeiras regras que um piloto aprende é pôr o avião de encontro ao vento e voar contra ele. O v ento o eleva a maiores alturas. Onde foi que aprenderam isto? Foi com as aves. Se um pássaro está voando por prazer, ele vai ao sabor do vento. Mas se enfrenta algum perigo, faz meia-volta e voa contra o vento, a fim de ir mais para cima; e sobe cada vez mais alto.

Os sofrimentos são os ventos de Deus, ventos contr ários, às vezes ventos fortes. São os furacões de Deus, mas t omam a nossa vida e a levam a alturas maiores e em direção aos céus de Deus. Todos nós já observamos no verão dias em que a atmosfera está tã o opressiva que é até difícil respirar. Mas depois aparece uma nuvem no horizonte, ao ocidente, e ela cresce, e se derrama em rica benção sobre a terra. É o relâmpago que corta os ares, é o trovão que ressoa, é a pesada chuva que cai. A atmosfera fica leve, e há uma vida nova no ar; tudo mudou.

Exatamente esse mesmo princípio é o que opera na vida humana. Quando a tempestade cai, a atmosfera do coração se transforma, é purificada e recebe vida nova; uma parte do céu é trazida à terra. — Selecionado

Os obstáculos deveriam fazer-nos cantar. O vento c anta, não quando está atravessando a amplidão dos mares, mas quando encontra o obstáculo dos braços das árvores ou quando é quebra do pelas finas cordas de uma harpa eólica. Então ele canta, com poder e beleza. Libertemos nossa alma para cruzar os obstáculos da vida, as sombrias florestas da dor, ou até mesmo os pequenos embaraços e aborrecimentos que o próprio amor oferece, e ela também cantará. - Selecionado
Cânticos na noite Só Deus pode dar.

E dá, que o provei

E o tenho provado.


Pois Ele é o meu cântico

E a minha alegria:

Éo mesmo, se é noite,

É o mesmo, se é dia; Não pode mudar!


5 de Fevereiro

Portanto não saireis apressadamente. (Is 52.12.)

Creio que ainda não começamos a compreender o poder maravilhoso que há em estarmos quietos. Estamos sem pre tão apressados — precisamos estar fazendo alguma coisa — tão apres-sados, que corremos o perigo de não dar a Deus uma oportunidade de operar. Podemos estar certos de que, se Deus nos diz: "Aquietai-vos", ou: "Estai quietos", é porque Ele vai fazer alguma coisa.

Esta é a nossa dificuldade com respeito à vida cristã; nós queremos fazer alguma coisa — quando precisamos é d eixar que Ele opere em nós. Quando posamos para uma fotografia também precisamos estar bem quietos.

Deus tem um propósito eterno a nosso respeito, e é que sejamos semelhantes a Seu Filho; e para que isto se concretize, precisamos estar quietos em Suas mãos. Ouvimos tanto falar em ativid ades, que talvez precisemos conhecer o que é estar quieto. — Crumbs

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