
1° de Fevereiro
Eu é que fiz isto. (1 Rs 12.24.)
Meu
filho, eu hoje tenho uma mensagem para você; q uero segredá-la ao seu ouvido,
para que ela possa dissip ar as nuvens escuras que surjam na sua vida e amaciar
os lugares ásperos que você tenha de atravessar. É breve, apenas cinco
palavras, mas deixe-a penetrar no íntimo de sua alma e use-a como travesseiro
onde reclinar a fronte cansada: EU é que
fiz isto.
Você já tinha
pensado antes, que tudo o que lhe co ncerne tam-bém concerne a mim? Pois aquele
que toca em você, t oca na menina dos meus olhos (Zc 2.8). Você é muito
precioso aos meus olhos (Is 43.4). Portanto, educá-lo é o meu maior prazer.
Quero que você
entenda que, quando as tentações o assaltam e o inimigo vem como um rio, fui eu
quem o permitiu; que a sua fraqueza precisa da minha força, e que a sua
segurança está em me deixar combater em seu lugar.
Você está em circunstâncias
difíceis, cercado de pessoas que não o compreendem, que não consultam o seu
gosto, e o d eixam de lado? Eu é que fiz isto. Eu sou o Deus das
circunstâncias. Você não veio a este lugar por acaso; é exatamente o lugar que
Deus tinha em mente para você.
Você não Me
pediu para torná-lo humilde? Veja, ent ão, que eu o coloquei exatamente na
escola em que essa lição é aprendida; seu ambiente seus companheiros só estão
servindo para a operação da minha vontade.
Você está em
dificuldades financeiras? Está difíci l fazer o dinheiro dar? Eu é que fiz
isto, pois Eu sou o que toma conta da sua bolsa, e quero que busque os seus
recursos em Mim e dependa de Mim. Meus suprimentos são inesgotáveis (Fp 4.19).
Eu quero le vá-lo a provar as minhas promessas. Que não seja dito de você:
"Nem p or isso crestes no Senhor vosso Deus" (Dt
1.32).
Você
está passando pelo vale da dor? Eu é que fiz isto. Eu sou o "homem de
dores e que sabe o que é padecer". Deixei que os recursos do consolo
terreno o desapontassem a fim de que, voltando-se para Mim. você encontrasse a
eterna consolação (2 Ts 2.16,17) .
Você
aspirou fazer um grande trabalho para Mim, e em vez disso foi deixado de parte,
num leito de dor e fraqueza? Eu é que fiz isso. Eu não conseguia a sua atenção
nos seus dias atarefado s e queria ensinar-lhe algumas lições mais profundas.
Alguns dos Meus maiores obreiros são pessoas afastadas do serviço ativo, a fim
de que possam aprender a manejar a arma da oração.
Coloco hoje na
sua mão este vaso de bálsamo santo. Use-o livremente, meu filho. Toda
circunstância que se le vantar, cada palavra que o ferir, cada interrupção que
o queira impacientar, cada revelação da sua fraqueza seja ungida com ele. O
ferrão desapare cerá quando você aprender a ver-Me em todas as coisas.- Laura A. B. Snouw
2 de
Fevereiro
Na sombra da sua mão me escondeu; fez-me como
uma flecha polida, e me guardou na sua aljava. (Is 49.2.)
"Na
sombra." Todos nós precisamos estar ali de vez em quando. A claridade do
dia brilha demais; nossos olhos ficam
irritados e incapazes de
discernir as delicadas nuanças de cor ou aprecias os tons neutros: o
ensombreado do quarto de enfermidade; a ensombreada casa de pranto; o
ensombreado viver de onde fugiu o sol
Mas não
temamos! É a sombra da mão de Deus. Ele está guiando a nossa vida. Há lições
que só podem ser aprendidas ali. A fotografia do
Seu rosto só pode fixar-se
na câmara escura. Não pe nsemos que Ele nos deixou de lado. Ainda estamos na
Sua aljava. Ele nã o nos lançou fora como algo sem valor. Está apenas
guardando-nos bem perto, até chegar o momento de enviar-nos a executar algum
trabalho em que o Seu nome
será glorificado.
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Você, leitor, que está na sombra e solitário, considere como a
aljava está atada ao guerreiro, ao alcance fácil de sua mão e guardada
com todo o cuidado. — Christ in Isaiah, de Meyer
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Há
ocasiões em que a sombra fornece muito mais cond ições de crescimento. O milho
cresce mais rapidamente na sombra das noites de verão. O Sol do meio-dia
enrola-lhe as folhas; mas depressa elas se desenrolam se uma nuvem cobre o céu.
A sombra faz um trabalho que a claridade não faz. A beleza das estrelas só é
vista quando a noite chega. Há plantas que só florescem na sombra; e há muitos
campos verdes em terras de neblina, de nuvens e de sombra.
3 de
Fevereiro
E logo o
Espírito o impeliu para o deserto. (Mc 1.12.)
Dir-se-ia uma
prova um tanto estranha do favor divino. "Logo." Logo, depois do quê?
Depois dos céus abertos, da de scida do Espírito como pomba, da voz de bênção
do Pai: "Tu és o meu F ilho amado, em ti me comprazo." Não, não é uma
experiência fora do no rmal. Eu também já passei por isso. Sempre depois de
alcançar o ápice é que vêm os momentos de maior depressão. Ainda ontem eu me
enco ntrava lá nas alturas e cantava no esplendor da manhã; hoje estou abatido
e meu canto emudeceu. Ao meio-dia eu me aquecia com o calor da presença divina;
ao entardecer estou no deserto, dizendo: "O meu caminho está encoberto ao Senhor".
Mas será que
reparamos no conforto daquela palavra "logo"? Por que vem ela
imediatamente após a bênção? Exatamente para mostrar que se trata de uma
experiência que se segue à bênç ão. Deus resplandece sobre nós, para nos
preparar para os lugares desertos da vida — para os seus Getsêmanis, os seus
Calvários. Ele nos levanta, para nos dar forças a fim de irmos mais ao fundo;
Ele nos ilumina, a fim de poder nos enviar dentro da noite, a fim de fazer de
nós um amparo aos desamparados.
Nem
sempre estamos prontos para o deserto; Só estamos preparados, após a
experiência do Jordão. Nada a nã o ser a visão do Filho pode preparar-nos para
o peso que o Espírito colocará em nosso coração; só a glória do batismo poderá
fazer-nos suportar a fome no deserto. — George
Matheson
Depois
da bênção vem a batalha.
O
tempo de prova que marca e enriquece poderosamente a vida espiritual de uma
pessoa não é um tempo qualquer, mas um período em que o próprio inferno parece
estar solto, um período em que percebemos que somos levados a uma armadilha, em
que sabemos que Deus está permitindo estarmos à mercê de Satanás. Mas é um pe
ríodo que sempre termina em triunfo certo para os que entregaram a Ele, o
Senhor, a guarda de sua alma; é um período que nos torna muito úteis nas mãos
do Senhor. — Aphra White
4 de
Fevereiro
Eu te farei cavalgar sobre
as alturas da terra. (Is
58.14.)
Dizem que uma das primeiras regras que um piloto aprende é pôr o
avião de encontro ao vento e voar contra ele. O v ento o eleva a maiores
alturas. Onde foi que aprenderam isto? Foi com as aves. Se um pássaro está
voando por prazer, ele vai ao sabor do vento. Mas se enfrenta algum perigo, faz
meia-volta e voa contra o vento, a fim de ir mais para cima; e sobe cada vez
mais alto.
Os sofrimentos
são os ventos de Deus, ventos contr ários, às vezes ventos fortes. São os
furacões de Deus, mas t omam a nossa vida e a levam a alturas maiores e em
direção aos céus de Deus. Todos nós já observamos no verão dias em que a atmosfera
está tã o opressiva que é até difícil respirar. Mas depois aparece uma nuvem no
horizonte, ao ocidente, e ela cresce, e se derrama em rica benção sobre a
terra. É o relâmpago que corta os ares, é o trovão que ressoa, é a pesada chuva
que cai. A atmosfera fica leve, e há uma vida
nova no ar; tudo mudou.
Exatamente
esse mesmo princípio é o que opera na vida humana. Quando a tempestade cai, a
atmosfera do coração se transforma, é purificada e recebe vida nova; uma parte
do céu é trazida à terra. — Selecionado
Os
obstáculos deveriam fazer-nos cantar. O vento c anta, não quando está
atravessando a amplidão dos mares, mas quando encontra o obstáculo dos braços
das árvores ou quando é quebra do pelas finas cordas de uma harpa eólica. Então
ele canta, com poder e beleza. Libertemos nossa alma para cruzar os obstáculos
da vida, as sombrias florestas da dor, ou até mesmo os pequenos embaraços e
aborrecimentos que o próprio amor oferece, e ela também cantará. - Selecionado
Cânticos na noite Só Deus
pode dar.
E o tenho provado.
Pois Ele
é o meu cântico
E a
minha alegria:
Éo mesmo, se é noite,
É o mesmo, se é dia; Não pode mudar!
5 de
Fevereiro
Portanto
não saireis apressadamente. (Is 52.12.)
Creio que ainda
não começamos a compreender o poder maravilhoso que há em estarmos quietos.
Estamos sem pre tão apressados — precisamos estar fazendo alguma coisa — tão apres-sados, que corremos o perigo de
não dar a Deus uma oportunidade de operar. Podemos estar certos de que, se Deus
nos diz: "Aquietai-vos", ou: "Estai quietos", é porque Ele
vai fazer alguma coisa.
Esta é a nossa
dificuldade com respeito à vida cristã; nós
queremos fazer alguma coisa — quando precisamos é d eixar que Ele opere em nós. Quando posamos para
uma fotografia também precisamos estar bem quietos.
Deus
tem um propósito eterno a nosso respeito, e é que sejamos semelhantes a Seu
Filho; e para que isto se concretize, precisamos estar quietos em Suas mãos.
Ouvimos tanto falar em ativid ades, que talvez precisemos conhecer o que é
estar quieto. — Crumbs
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