O pastor Poroca negou que
estaria incentivando evangélicos a perseguirem católicos e destruírem as
imagens dos santos, como o acusou o padre Quirino Pedro. No entanto, afirmou
que apóia a iniciativa do grupo de evangélicos pois “está escrito na Bíblia
para quebrar os ídolos e lançar as imagens fora dos templos”.
Apesar da apologia
ao vandalismo, Poroca disse que estava “livre, inocente” das acusações de
organizar o ataque. “Eles pregaram a Bíblia, quanto à verdade não existe lei.
Se estamos pregando a verdade e está atingindo alguém é porque esta pessoa é
contra Deus”, disse, antes de acrescentar: “A imagem não presta nem para jogar no
lixo, é praga, é demônio, é maldita. Deus abomina. É a Bíblia que diz. A Bíblia
diz que quebre e queime”.
De acordo com o site
Catingueiro Online, o pastor Luiz Lourenço Poroca disse que a imprensa da
Paraíba deveria ser mais respeitosa com ele e retribuir o que ele faz: “Eu amo
todos vocês, nunca destratei nenhum de vocês, mas não me calo diante da
verdade”.
A sequência de ataques de
Poroca não se resumiu à liturgia católica, e atingiu também o papa Francisco,
que segundo ele, veio ao Brasil para “adorar o demônio, que é Aparecida”.
O episódio da destruição de uma imagem de Aparecida na cidade de Carrapateira,
região de Cajazeiras (PB), causou indignação em todo o país. Além de tirarem a
imagem da paróquia, o grupo quebrou, urinou e ateou fogo à estátua. Uma fiel da
cidade lamentou a situação e desabafou: “Ouvi uma pessoa dizer que tinha mijado
em cima da imagem e só não tinha cagado porque não estava com vontade no
momento”.
O padre Quirino, responsável
pela paróquia da cidade, denunciou a perseguição religiosa na cidade: “Estão
também chamando os católicos de baratas pretas”, lamentou.
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