Na maioria das religiões o
homem exerce, normalmente, um papel de maior destaque e importância, em termos
sacerdotais e também nas sociedades com grande influência religiosa. Apesar dos
avanços sociais recentes que deram mais liberdade às mulheres, essas são,
muitas vezes, relegadas a um papel secundário no dia a dia religioso.
Com base nesse raciocínio, o
ex-pastor batista e bacharel em teologia Axel Bezerra Alves escreveu um artigo
no qual traça o paralelo entre as doutrinas restritivas às mulheres ainda
presentes em muitas religiões, com o fato de elas serem, normalmente, mais
devotas e mais dedicadas à religião do que os homens.
Em seu texto, publicado
recentemente no blog do jornalista Paulo Lopes, Alves trata a questão como um
paradoxo. Ele afirma ainda se tratar de um bom assunto para estudos
antropológicos e psicológicos, ao citar as imigrantes muçulmanas na Europa, que
muitas vezem entram na justiça para terem o direito de usar o véu
característico de sua religião.
Ao desenvolver o assunto,
ex-pastor classifica as principais religiões do mundo, como cristianismo, como
“extremamente machistas” e cita algumas características ou fatos históricos
relacionados às religiões para endossar tal linha de pensamento. Entre outros,
ele cita o fato de a igreja católica, bem como algumas protestantes, não
permitirem o sacerdócio feminino. Ele critica também o islamismo, afirmando que
“entre os muçulmanos, é evidente a submissão da mulher; é obrigada a dividir o
marido com outras em silêncio, casa-se muito cedo, às vezes antes da
puberdade”.
Bacharel em teologia, Alves
afirma também que nas salas de aula os professores que tentam questionar a
religião encontram maior resistência nas mulheres religiosas, e que entre os homens
a resistência é muito menor.
Criticando diretamente as
religiões, o ex-pastor finaliza dizendo que “a religião é condescendente com
estupradores e pedófilos”, e que é um “tropeço” na luta pela conquista de
direitos femininos.
Por Dan Martins, para o Gospel+
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