A jornalista Rachel
Scheherazade, conhecida por suas opiniões polêmicas e firmes, expressas no
telejornal SBT Brasil, concedeu uma entrevista e falou sobre a virada em sua vida
que a levou à emissora de Silvio Santos e ao reconhecimento nacional.
Aos 40 anos de idade, Rachel
atraiu olhares e manifestações de admiração e ódio. Nas redes sociais – local
onde tornou-se conhecida depois de um comentário crítico sobre o carnaval – a
jornalista viu um internauta desejar que fosse estuprada esse ano, e afirmou
que processará o autor do comentário.
Evangélica desde os 23 anos,
Rachel é membro de uma Igreja Batista. Natural de João Pessoa, o comentário
contra os festejos dos foliões, ainda pela TV Tambaú, da Paraíba, rendeu um
convite de Leon Abravanel, sobrinho de Silvio Santos e diretor do SBT. “Achei
que fosse trote [...] Vim desconfiando que seria um convite. Nunca quis sair da
minha cidade, não preciso sair da minha região para me realizar”, revela a
jornalista, que mesmo assim, topou.
Segundo informações de Mônica
Bergamo, colunista da Folha de S. Paulo, o salário de R$ 150 mil ajudou Rachel
se decidir. Casada, com dois filhos, o desafio de vir para São Paulo e comandar
o principal jornalístico do SBT ficou menos difícil com a companhia da família.
O marido, Rodrigo, aceitou
deixar o emprego para acompanhar a esposa na jornada: “Foi uma prova de fogo. O
homem nordestino pode ser muito machista. Olhamos o que é melhor para a
família”, disse Rachel.
No âmbito político, ela revela
ter votado em Lula, mas se decepcionado com o ex-presidente e seu partido: “Eu
era de esquerda. Pintei a cara para o Collor sair. Votei no Lula até ele ser
eleito. Me decepcionei com o PT. Com a minha maturidade, passei a ter
posicionamentos mais de direita do que de esquerda”, contou Rachel, que agora
vota “em pessoas, não em partidos”.
Recentemente, o político que a
decepcionou à frente do Palácio do Planalto, a criticou usando tom de
menosprezo contra a “jornalista do SBT, de 20 e poucos anos” que faria
“críticas sem embasamento”. A opinião de Lula sobre Rachel Scheherazade foi
contestada pelo jornalista Reinaldo Azevedo, notório direitista e católico.
“Ele é um fofo! Me defendeu na história do Lula”, comentou Rachel.
Sobre o pastor Marco Feliciano
(PSC-SP), Rachel diz que “ele sofre perseguição religiosa” por ser evangélico,
como ela, que afirmou ter encontrado na fé a força necessária para superar as
dificuldades que encontrou em São Paulo: “A fé é 100% importante. Não teria
resistido às dificuldades que encontrei aqui se não fosse pela fé”. As
dificuldades, segundo ela, foram junto a colegas de trabalho. “[Me] olhavam de
banda por ter chegado pelas mãos do dono”.
O contrato com o SBT vai até 2015, quando a jornalista pensará se retorna a João Pessoa ou continua na jornada em São Paulo. “Por enquanto, estou feliz”, resume Rachel.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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